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Fazenda Modelo
Chico Buarque de Holanda
Gênero
Narrativo -
Novela
Agropecuária
A primeira edição de 1974, pela Editora
Civilização brasileira, traz na capa a
reprodução de uma antiga imagem
mitológica de Creta, o Minotauro, monstro
com cabeça de touro e corpo de homem.
É possível identificar a relação intertextual
entre o Minotauro e o touro campeão
reprodutor da Fazenda Modelo, Abá.
Gênero Narrativo
• Fábulas
São composições literárias curtas, em que as
personagens são animais que apresentam
características humanas, muito presente na
literatura infantil. Na fábula, há uma lição de Moral,
seja ela explícita ou implícita.
• Alegoria
Figura de linguagem, de caráter moral, que deixa
de lado o sentido denotativo da palavra para realçar
o sentido figurado das palavras, ou seja, a
duplicidade de sentidos, ou mesmo sua
plurissignificação.
Considerações
A sociedade dos homens é a metáfora para os “Bois” e sua vida de
Gado – “Povo marcado, povo feliz”.
Há uma transposição do espaço fabular para um universo
subjetivo e fragmentado.
(Flashes do cotidiano – Característica Modernista)
(Fragmentação – característica do Cubismo)
Ôoo... Hei boi
Vocês que fazem parte dessa massa
Que passa nos projetos do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais do que receber
E ter que demonstrar sua coragem
À margem do que possa parecer
E ver que toda essa engrenagem
Já sente a ferrugem lhe comer
Êh, ô, ô, vida de gado
Povo marcado
Êh, povo feliz!
(fragmento da música Admirável
Gado Novo
Gênero Híbrido
– com mistura
de textos de
outros gêneros
Linguagem figurada –
metáforas, ironias,
prosopopeias, sinestesias,
antíteses, paradoxos, entre
outras.
Intertextualidade – Diálogo entre textos
Exemplos
O labirinto do Minotauro
A Revolução dos Bichos,
de George Orwell
( embora Chico Buarque
tenha dito que, na época,
não conhecia o livro).
O texto Bíblico
• A escolha desta imagem é
muito interessante para o
conjunto da obra – como mito –
há toda a questão simbólica
relacionada a poder, violência e
sacrifício. O mito renasce numa
visão saudosa e irônica.
Com relação ao Labirinto
• No Labirinto, o centro é o poder. Em um labirinto caminhos se cruzam, para
alguns não há saída, para outros é um impasse, é preciso vencer o medo.
Para outros, o fio de Ariadne é um presente.
• O conhecido mito do Fio de Ariadne ou mais conhecido como
Labirinto do Minotauro narra a trajetória de Teseu, um herói que
salvou a cidade de Creta do terrível minotauro, criatura nascida da
união de Zeus com a mulher do Rei da cidade, Minos. Assim o rei
constrói um labirinto para aprisionar a criatura, mas só conseguia
através do sacrifício de sete moças e sete rapazes a cada sete
anos.
Texto Bíblico
Epígrafe da Fazenda Modelo: “Não porás mordaça
ao boi, enquanto debulha”.
(Deuteronômio, Capítulo XXV, Versículo 4.)
O animal tinha o direito de se alimentar. Amordaçá-lo era
crueldade não
permitida na lei.
A Revolução dos Bichos, de
George Orwell
“Todos os animais são iguais, mas uns
mais iguais do que outros.”
Poder, Força, Exploração, Tortura,
Inocência...
Fazenda Modelo – Modernismo - 3ª Fase
(Literatura pós-moderna)
• ERA ASSIM: o que quiser que tenha, tinha. Tinha arrebol? Tinha.
Rouxinol? Tinha. Luar do sertão, palmeira imperial, girassol, tinha.
Também tinha temporal, barranco, às vezes lamaçal, o diabo. Depois
bananeira, até cachoeira, mutuca, boto, urubu, horizonte, pedra, pau,
trigo, joio, cactos, raios, estrela cadente, incandescências. Enfim. Bois,
vacas, bezerros andavam misturados (cerca não tinha) pelos
alqueires. Ao todo éramos doze mil cabeças, ou cento e vinte, ou doze
milhões, não sei, éramos muitas cabeças, mas ninguém sabia o
resultado do último censo.
• Observem a estrutura das histórias Infantis: Era uma vez... Era assim
Alegoria ou
Fábula?
“[...] eu não vejo porque você está falando deste
livro como alegoria. O livro é uma fábula escrita
com elementos muito reais até mesmo em níveis
de pecuária. Eu estudei aquilo tudo, nada é
chutado. Não há nenhuma sutileza nisso. Existe um
paralelo evidente entre um estábulo e – vamos
dizer – um colégio.”
(Chico Buarque em resposta ao jornalista Hélio Goldztein, 1977)
Personagens – escolha dos nomes
• Juvenal – “o Bom Boi” – o nome está ligado à juventude; relaciona-se
à deusa Juno (Fecundidade) – Ele amava e odiava Abá (contradição).
É o Conselheiro-Mor da Fazenda.
• Abá – significa homem, em tupi. O velho. Aurora – significa
promessa, esperança
“ Juntos ruminavam coisas como Justiça, abundância, mundo melhor,
um mundo fundado no nada feito”.
Adão – Relação com a Bíblia – a criação do homem - Anoia (Eva?) –
Ambos representam a consciência coletiva de um destino pré-figurado.
Fragmentos para pensar...
• “Juntos ruminavam coisas como justiça, abundância, mundo melhor, um
mundo fundado no nada feito, mundo às avessas do já mal feito, feitio de
mundo que ninguém viu, essas sandices que a gente só imagina quando
não tem que furar poço e cavucar atrás de raiz, toca boiada. Pastorelas e
barcarolas à parte, é inútil fazer romance do que acontecia na Fazenda.
Não há poesia com carrapatos, sarna, piolhos, gusanos, piraplasmosis e
toda espécie de parasitas.” (Abá e Aurora)
• “Aí Juvenal perdeu a cabeça e disse que, naquela fazenda, crimes, sumiços
e barbaridades sempre houve e ninguém nunca se importou com isso.
Agora as vaquinhas estão chocadas porque pode acontecer a seus filhos o
que antes só acontecia com os filhos da empregada.”
• “Mas a História há de isentar Juvenal, o Bom Boi, de toda e qualquer
responsabilidade quanto aos fatos que se seguem. Todos sabem que
ele sempre e apenas cumpriu ordens superiores. [...]
• Primeiro pronunciamento de Juvenal:
• — Vamos dar nome aos bois. Quatro agentes de confiança foram
destacados para o serviço: Klaus, Karim, Kamorra e Katazan. Era
evidente a euforia com que desceram ao pasto. Um desempenho
inédito.”
• “... E enlouquecia no seu labirinto, mergulhando contra as baias, chifrando
a lua, mugindo para a terra, mijando no bebedouro. Para tamanho
desvario, Juvenal não encontrava antídoto em nenhum dos modernos
compêndios técnicos. Antes, só foi decifrar um paliativo em antigas
brochuras. Muito a contragosto, pois, sacrificou sete virgens, vaquinhas lá
do descampado, para saciar a voracidade de Abá. Um desperdício,
lamentava Juvenal, gastar vela tão boa com armento ruim. E ao mesmo
tempo recolhia dados sobre as excelências da inseminação artificial. “
• “...Amor, liberdade, diz Juvenal, essas palavras são muito bonitas quando
não estão em jogo valores maiores. Está em jogo o futuro dos nossos
filhos. E é para eles que hoje existe um negócio chamado estabilidade. Um
ótimo negócio, porque ninguém investiria num organismo sujeito a riscos,
trancos, tombos, hemorragia, aborto.”
• “... DA TELA MÁGICA
• ERA UMA novidade atrás de outra. Agora havia um vidro colorido,
anteparo do vidro mágico que dividia a imagem em três faixas
horizontais de cores diferentes. O colorido não repetia o natural das
coisas, nem respeitava muito o contorno das pessoas, porém
estimulava a nossa imaginação. Juvenal, em close, aparecia de farda
azul, rosto vermelho e cabelos verdes, sua voz pausada. Sua voz que
esperava para só colocar o pronome no buraco certo e as ideias.
Todos prestavam atenção ao cuidado com que Juvenal usava os
verbos e os objetos. Então ele empregava muito a palavra quaisquer,
palavra que, confesso, a gente mal conhecia...”
“— Nós reconhecemos que há métodos condenáveis dentro de nosso sistema.
Reconhecemos também que foram praticadas algumas injustiças irremediáveis.
Reconhecemos com a maior consternação — e aí ele podia estar chorando de
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A Fábula da Fazenda Modelo

  • 2. Gênero Narrativo - Novela Agropecuária A primeira edição de 1974, pela Editora Civilização brasileira, traz na capa a reprodução de uma antiga imagem mitológica de Creta, o Minotauro, monstro com cabeça de touro e corpo de homem. É possível identificar a relação intertextual entre o Minotauro e o touro campeão reprodutor da Fazenda Modelo, Abá.
  • 3. Gênero Narrativo • Fábulas São composições literárias curtas, em que as personagens são animais que apresentam características humanas, muito presente na literatura infantil. Na fábula, há uma lição de Moral, seja ela explícita ou implícita. • Alegoria Figura de linguagem, de caráter moral, que deixa de lado o sentido denotativo da palavra para realçar o sentido figurado das palavras, ou seja, a duplicidade de sentidos, ou mesmo sua plurissignificação.
  • 4. Considerações A sociedade dos homens é a metáfora para os “Bois” e sua vida de Gado – “Povo marcado, povo feliz”. Há uma transposição do espaço fabular para um universo subjetivo e fragmentado. (Flashes do cotidiano – Característica Modernista) (Fragmentação – característica do Cubismo) Ôoo... Hei boi Vocês que fazem parte dessa massa Que passa nos projetos do futuro É duro tanto ter que caminhar E dar muito mais do que receber E ter que demonstrar sua coragem À margem do que possa parecer E ver que toda essa engrenagem Já sente a ferrugem lhe comer Êh, ô, ô, vida de gado Povo marcado Êh, povo feliz! (fragmento da música Admirável Gado Novo
  • 5. Gênero Híbrido – com mistura de textos de outros gêneros Linguagem figurada – metáforas, ironias, prosopopeias, sinestesias, antíteses, paradoxos, entre outras.
  • 6. Intertextualidade – Diálogo entre textos Exemplos O labirinto do Minotauro A Revolução dos Bichos, de George Orwell ( embora Chico Buarque tenha dito que, na época, não conhecia o livro). O texto Bíblico
  • 7. • A escolha desta imagem é muito interessante para o conjunto da obra – como mito – há toda a questão simbólica relacionada a poder, violência e sacrifício. O mito renasce numa visão saudosa e irônica.
  • 8. Com relação ao Labirinto • No Labirinto, o centro é o poder. Em um labirinto caminhos se cruzam, para alguns não há saída, para outros é um impasse, é preciso vencer o medo. Para outros, o fio de Ariadne é um presente. • O conhecido mito do Fio de Ariadne ou mais conhecido como Labirinto do Minotauro narra a trajetória de Teseu, um herói que salvou a cidade de Creta do terrível minotauro, criatura nascida da união de Zeus com a mulher do Rei da cidade, Minos. Assim o rei constrói um labirinto para aprisionar a criatura, mas só conseguia através do sacrifício de sete moças e sete rapazes a cada sete anos.
  • 9. Texto Bíblico Epígrafe da Fazenda Modelo: “Não porás mordaça ao boi, enquanto debulha”. (Deuteronômio, Capítulo XXV, Versículo 4.) O animal tinha o direito de se alimentar. Amordaçá-lo era crueldade não permitida na lei.
  • 10. A Revolução dos Bichos, de George Orwell “Todos os animais são iguais, mas uns mais iguais do que outros.” Poder, Força, Exploração, Tortura, Inocência...
  • 11. Fazenda Modelo – Modernismo - 3ª Fase (Literatura pós-moderna) • ERA ASSIM: o que quiser que tenha, tinha. Tinha arrebol? Tinha. Rouxinol? Tinha. Luar do sertão, palmeira imperial, girassol, tinha. Também tinha temporal, barranco, às vezes lamaçal, o diabo. Depois bananeira, até cachoeira, mutuca, boto, urubu, horizonte, pedra, pau, trigo, joio, cactos, raios, estrela cadente, incandescências. Enfim. Bois, vacas, bezerros andavam misturados (cerca não tinha) pelos alqueires. Ao todo éramos doze mil cabeças, ou cento e vinte, ou doze milhões, não sei, éramos muitas cabeças, mas ninguém sabia o resultado do último censo. • Observem a estrutura das histórias Infantis: Era uma vez... Era assim
  • 12.
  • 13. Alegoria ou Fábula? “[...] eu não vejo porque você está falando deste livro como alegoria. O livro é uma fábula escrita com elementos muito reais até mesmo em níveis de pecuária. Eu estudei aquilo tudo, nada é chutado. Não há nenhuma sutileza nisso. Existe um paralelo evidente entre um estábulo e – vamos dizer – um colégio.” (Chico Buarque em resposta ao jornalista Hélio Goldztein, 1977)
  • 14. Personagens – escolha dos nomes • Juvenal – “o Bom Boi” – o nome está ligado à juventude; relaciona-se à deusa Juno (Fecundidade) – Ele amava e odiava Abá (contradição). É o Conselheiro-Mor da Fazenda. • Abá – significa homem, em tupi. O velho. Aurora – significa promessa, esperança “ Juntos ruminavam coisas como Justiça, abundância, mundo melhor, um mundo fundado no nada feito”. Adão – Relação com a Bíblia – a criação do homem - Anoia (Eva?) – Ambos representam a consciência coletiva de um destino pré-figurado.
  • 15. Fragmentos para pensar... • “Juntos ruminavam coisas como justiça, abundância, mundo melhor, um mundo fundado no nada feito, mundo às avessas do já mal feito, feitio de mundo que ninguém viu, essas sandices que a gente só imagina quando não tem que furar poço e cavucar atrás de raiz, toca boiada. Pastorelas e barcarolas à parte, é inútil fazer romance do que acontecia na Fazenda. Não há poesia com carrapatos, sarna, piolhos, gusanos, piraplasmosis e toda espécie de parasitas.” (Abá e Aurora) • “Aí Juvenal perdeu a cabeça e disse que, naquela fazenda, crimes, sumiços e barbaridades sempre houve e ninguém nunca se importou com isso. Agora as vaquinhas estão chocadas porque pode acontecer a seus filhos o que antes só acontecia com os filhos da empregada.”
  • 16. • “Mas a História há de isentar Juvenal, o Bom Boi, de toda e qualquer responsabilidade quanto aos fatos que se seguem. Todos sabem que ele sempre e apenas cumpriu ordens superiores. [...] • Primeiro pronunciamento de Juvenal: • — Vamos dar nome aos bois. Quatro agentes de confiança foram destacados para o serviço: Klaus, Karim, Kamorra e Katazan. Era evidente a euforia com que desceram ao pasto. Um desempenho inédito.”
  • 17. • “... E enlouquecia no seu labirinto, mergulhando contra as baias, chifrando a lua, mugindo para a terra, mijando no bebedouro. Para tamanho desvario, Juvenal não encontrava antídoto em nenhum dos modernos compêndios técnicos. Antes, só foi decifrar um paliativo em antigas brochuras. Muito a contragosto, pois, sacrificou sete virgens, vaquinhas lá do descampado, para saciar a voracidade de Abá. Um desperdício, lamentava Juvenal, gastar vela tão boa com armento ruim. E ao mesmo tempo recolhia dados sobre as excelências da inseminação artificial. “ • “...Amor, liberdade, diz Juvenal, essas palavras são muito bonitas quando não estão em jogo valores maiores. Está em jogo o futuro dos nossos filhos. E é para eles que hoje existe um negócio chamado estabilidade. Um ótimo negócio, porque ninguém investiria num organismo sujeito a riscos, trancos, tombos, hemorragia, aborto.”
  • 18. • “... DA TELA MÁGICA • ERA UMA novidade atrás de outra. Agora havia um vidro colorido, anteparo do vidro mágico que dividia a imagem em três faixas horizontais de cores diferentes. O colorido não repetia o natural das coisas, nem respeitava muito o contorno das pessoas, porém estimulava a nossa imaginação. Juvenal, em close, aparecia de farda azul, rosto vermelho e cabelos verdes, sua voz pausada. Sua voz que esperava para só colocar o pronome no buraco certo e as ideias. Todos prestavam atenção ao cuidado com que Juvenal usava os verbos e os objetos. Então ele empregava muito a palavra quaisquer, palavra que, confesso, a gente mal conhecia...”
  • 19. “— Nós reconhecemos que há métodos condenáveis dentro de nosso sistema. Reconhecemos também que foram praticadas algumas injustiças irremediáveis. Reconhecemos com a maior consternação — e aí ele podia estar chorando de verdade, mas não dava para ver por causa dos seus óculos escuros de grossos graus.”