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CAPÍTULO26
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e OlivierBlanchard
Política fiscal:
Um resumo
OlivierBlanchard
Pearson Education
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Restrição orçamentária do governo26.1
Suponha que, partindo de um orçamento equilibrado,
o governo corte os impostos, criando, dessa maneira,
um déficit orçamentário. O que acontecerá com a
dívida ao longo do tempo? O governo precisará
aumentar os impostos mais adiante? Se for esse o
caso, em quanto?
Política fiscal: o que você aprendeu
e onde
Neste capítulo, estudaremos de modo mais
profundo as implicações da restrição
orçamentária com que se defronta o governo e
discutiremos questões atuais de política fiscal
nos Estados Unidos.
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
A matemática dos déficits e da dívida
Podemos escrever o déficit orçamentário no ano t como:
d e f i c i t r B G Tt t t t= + −− 1
é a dívida pública no final do anoé a dívida pública no final do ano tt-1.-1.
Em palavras: o déficit orçamentário é igual aosEm palavras: o déficit orçamentário é igual aos
gastos, inclusive os pagamentos de juros sobre agastos, inclusive os pagamentos de juros sobre a
dívida, menos os impostos líquidos de transferências.dívida, menos os impostos líquidos de transferências.
r B t − 1
são os gastos do governo com bens e serviçossão os gastos do governo com bens e serviços
durante o anodurante o ano tt..
G t
éé igual aos impostos menos as transferênciasigual aos impostos menos as transferências
durante o anodurante o ano tt..
T t
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
A matemática dos déficits e da dívida
Observe duas características de
 Medimos os pagamentos de juros como
pagamentos de juros reais em vez de
pagamentos de juros efetivos. A maneira correta
de medir o déficit às vezes é chamada de déficit
ajustado pela inflação.
 G não inclui os pagamentos de transferências.
d e f i c i t r B G Tt t t t= + −− 1
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
A restrição orçamentária do governo afirma que a
variação da dívida pública durante o ano t é igual ao
déficit durante o ano t:
Freqüentemente convém decompor o déficit na soma
de dois termos:
 Pagamentos de juros sobre a dívida, rBt-1
 A diferença entre os gastos e os impostos, Gt-Tt.
Esse termo é chamado de déficit primário (de
maneira equivalente, Tt – Gt é chamado de
superávit primário).
A matemática dos déficits e da dívida
B B d e f i c i tt t t− =− 1
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
A matemática dos déficits e da dívida
Ou:
B B B Tt t t t t− = + −− −1 1r G
Variação da dívida pagamentos de juros Déficit primário
B r B G Tt t t t= + + −−( )1 1
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Cálculo da inflação e
mensuração dos déficits
Déficits orçamentários
federais oficiais e
ajustados pela inflação
para os Estados
Unidos desde 1968
Figura 1
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Impostos atuais versus futuros
Vamos examinar as implicações de uma
diminuição dos impostos por um ano para a
trajetória da dívida e dos impostos futuros.
Comece com um orçamento equilibrado; ao final
do primeiro ano, suponha que o governo diminua
os impostos em 1 durante um ano.
O que acontece depois disso?
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Pagamento total no ano 2
Substituindo B2 = 0 e B1 = 1 e transpondo os
termos:
Em palavras: para pagar toda a dívida no ano 2,
o governo deve apresentar um superávit primário
igual a (1 + r).
B r B G T2 1 2 21= + + −( ) ( )
T G r r2 2 1 1 1− = + = +( ) ( )
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Pagamento total no ano 2
Cortes de impostos,
pagamento da dívida e
estabilização da dívida
((a) Se a dívida fora) Se a dívida for
totalmente paga durante ototalmente paga durante o
ano 2, a diminuição dosano 2, a diminuição dos
impostos em 1 no ano 1impostos em 1 no ano 1
necessitará de umnecessitará de um
aumento nos impostosaumento nos impostos
igual a (1 +igual a (1 + rr) no ano 2.) no ano 2.
T G r r2 2 1 1 1− = + = +( ) ( )
Figura 26.1
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Pagamento total no ano 2
Cortes de impostos,
pagamento da dívida e
estabilização da dívida
((b) Se a dívida forb) Se a dívida for
totalmente paga durante ototalmente paga durante o
ano 5, a diminuição dosano 5, a diminuição dos
impostos em 1 no ano 1impostos em 1 no ano 1
necessitará de umnecessitará de um
aumento nos impostosaumento nos impostos
igual a (1 +igual a (1 + rr))44
durante odurante o
ano 5.ano 5.
Figura 26.1
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Pagamento total no ano 2
Cortes de impostos,
pagamento da dívida e
estabilização da dívida
(c) Se a dívida for(c) Se a dívida for
estabilizada do ano 2 emestabilizada do ano 2 em
diante, os impostosdiante, os impostos
deverão serdeverão ser
permanentementepermanentemente
maiores emmaiores em rr a partir doa partir do
ano 2.ano 2.
Figura 26.1
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Pagamento total no ano t
A dívida no final do ano t−1 é dada por:
no ano t, quando a dívida for paga, a restriçãono ano t, quando a dívida for paga, a restrição
orçamentária é:orçamentária é:
A dívida no final do ano t é igual a zero:
B rt
t
−
−
= +1
2
1( )
B r B G Tt t t t= + + −−( ) ( )1 1
0 1 1 2
= + + + −−
( ) ( ) ( )r r G Tt
t t
o que implica que, para pagar a dívida, o
governo deverá apresentar um superávit primário
durante ano t igual a:
T G rt t
t
− = + −
( )1 1
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Pagamento total no ano t
Nosso primeiro conjunto de conclusões:
 Se os gastos do governo permanecerem
inalterados, uma diminuição dos impostos
deverá finalmente ser compensada por um
aumento dos impostos no futuro.
 Quanto mais o governo esperar para
aumentar os impostos, ou quanto maior for a
taxa real de juros, maior será o aumento final
dos impostos.
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Estabilização da dívida no ano t
De , a restrição
orçamentária no ano 2 é dada por
Sob a hipótese de que a dívida seja estabilizada
no ano 2, temos . Substituindo na
equação anterior:
Reorganizando e passando para o lado
esquerdo:
B r B G T2 1 2 21= + + −( ) ( )
1 1 2 2= + + −( ) ( )r G T
T G r r2 2 1 1− = + − =( )
B B2 1 1= =
B r B G Tt t t t= + + −−( )1 1
( )G T2 2−
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Estabilização da dívida no ano t
Os cálculos anteriores nos levam a concluir que:
1. Se os gastos do governo permanecerem
inalterados, uma diminuição dos impostos
deverá finalmente ser compensada por um
aumento dos impostos no futuro.
2. Quanto mais o governo esperar para
aumentar os impostos, ou quanto maior for a
taxa real de juros, maior será o aumento final
dos impostos.
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Estabilização da dívida no ano t
Os cálculos anteriores nos levam a concluir que:
 O legado de déficits passados é uma dívida
pública maior.
 Para estabilizar a dívida, o governo deve
eliminar o déficit.
 Para eliminar o déficit, o governo deve
apresentar um superávit primário igual aos
pagamentos de juros sobre a dívida
existente. Isso requer impostos mais altos
para sempre.
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Evolução da razão
dívida-PIB
Em uma economia na qual o produto cresce ao
longo do tempo, faz mais sentido que nos
concentremos na razão entre a dívida e o
produto.
A razão dívida-PIB, ou coeficiente de
endividamento, fornece a evolução da razão
entre a dívida e o PIB.
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
A matemática do coeficiente de
endividamento
Para derivar a evolução do coeficiente de
endividamento, são necessários alguns passos.
Não se preocupe: a equação final é fácil de
entender. B
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t
t
t
t t
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1
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Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
A matemática do coeficiente de
endividamento
Isso exigiu muitos passos, mas essa relação final tem uma
interpretação simples:
 A variação do coeficiente de endividamento ao longo
do tempo é igual à soma de dois termos.
 O primeiro termo é a diferença entre a taxa real de
juros e a taxa de crescimento vezes o coeficiente de
endividamento inicial.
 O segundo termo é a razão entre o déficit primário e o
PIB.
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Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
A evolução do coeficiente de
endividamento nos países da OCDE
Essa equação implica que o aumento da razão
entre dívida e PIB será maior:
 quanto maior for a taxa real de juros;
 quanto menor for a taxa de crescimento do
produto;
 quanto maior for o coeficiente de
endividamento inicial;
 quanto maior for a razão entre o déficit
primário e o PIB.
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Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
A evolução do coeficiente de
endividamento nos países da OCDE
 Na década de 1960, houve um forte
crescimento do PIB. Conseqüentemente, r−g
foi negativa. A maioria dos países pôde
diminuir seus coeficientes de endividamento
sem ter de apresentar superávits primários.
 Na década de 1970, r−g foi novamente
negativa, em média, devido a taxas reais de
juros muito baixas, que levaram a uma maior
diminuição do coeficiente de endividamento.
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Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
A evolução do coeficiente de
endividamento nos países da OCDE
 Na década de 1980, as taxas reais de juros aumentaram ao
mesmo tempo que as taxas de crescimento diminuíram.
Assim, seus coeficientes de endividamento aumentaram
rapidamente.
 Ao longo da década de 1990, as taxas reais de juros
permaneceram altas e as taxas de crescimento se
mantiveram baixas. Entretanto, a maioria dos países
apresentou superávits primários suficientemente grandes para
diminuir seus coeficientes de endividamento.
 Até agora, na década de 2000, as taxas reais de juros estão
baixas, mas muitos países vêm apresentando déficits
primários e seus coeficientes de endividamento estão subindo
novamente.
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Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
A evolução do coeficiente de
endividamento nos países da OCDE
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Quatro temas em política fiscal
Tendo examinado o funcionamento da
mecânica da restrição orçamentária do
governo, podemos agora tratar de quatro
temas em que essa restrição
desempenha um papel importante.
26.2
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Equivalência ricardiana
A equivalência ricardiana, que teve o seu
desenvolvimento ampliado por Robert Barro e é por
isso conhecida também como proposição de
Ricardo-Barro, é o argumento de que uma vez
levada em conta a restrição orçamentária do
governo, nem os déficits nem as dívidas têm efeito
sobre a atividade econômica.
Os consumidores não alteram o consumo em
resposta ao corte de impostos se o valor presente da
renda do trabalho líquida de impostos não é afetado.
Os impostos menores de hoje serão exatamente
compensados por impostos maiores amanhã.
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Déficits, estabilização do produto e o
déficit com ajuste cíclico
O fato de os déficits orçamentários terem efeitos
adversos implica que déficits durante recessões
devem ser compensados por superávits nas
fases de crescimento acelerado.
O déficit que ocorre quando o produto está no
nível natural do produto é chamado déficit de
pleno emprego. Outros termos utilizados são
déficit da metade do ciclo, déficit do emprego
padronizado, déficit estrutural e déficit com
ajuste cíclico.
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Déficits, estabilização do produto e o
déficit com ajuste cíclico
 Uma regra prática confiável é a de que uma
diminuição de 1% do produto leva
automaticamente a um aumento do déficit de
0,4% do PIB.
 Se o produto estiver, digamos, 5% abaixo de
seu nível natural, o déficit como porcentagem
do PIB será, portanto, cerca de 2% maior do
que seria se o produto estivesse no nível
natural de produto.
Esse efeito da atividade sobre o déficit é
chamado estabilizador automático.
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Guerras e déficits
O ônus econômico de uma guerra afeta os
consumidores e as empresas de modo diferente,
dependendo de como a guerra é financiada.
Há dois bons motivos para os governos
apresentarem déficits durante as guerras:
 O primeiro é distributivo. O financiamento do
déficit é um modo de repassar parte do ônus
da guerra aos que sobreviveram a ela.
 O segundo é mais estritamente econômico.
Os gastos com déficits ajudam a reduzir as
distorções tributárias.
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Repassando o ônus da guerra
Guerras levam a grandes aumentos dos gastos
do governo.
 Suponha que o governo conte com o
financiamento do déficit. Com uma subida
acentuada dos gastos do governo, haverá um
aumento muito grande da demanda por bens.
 Suponha, em vez disso, que o governo
financie o aumento de gastos por meio de um
aumento de impostos. O consumo diminuirá
acentuadamente.
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Redução das distorções tributárias
Alíquotas de impostos muito altas podem levar a
grandes distorções econômicas. As pessoas
trabalham menos e passam a se dedicar a
atividades ilegais, não tributadas.
Uniformização dos impostos é a idéia de que é
melhor manter uma alíquota de impostos
relativamente constante.
A uniformização dos impostos implica a
apresentação de grandes déficits quando os
gastos do governo são excepcionalmente altos e
de pequenos superávits no restante do tempo.
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Os perigos de uma dívida muito alta
Quanto maior a razão dívida-PIB, maior o potencial para
uma dinâmica da dívida catastrófica.
Expectativas de uma dívida cada vez maior sugerem que
um problema possa ocorrer, o que leva ao surgimento do
problema, validando as expectativas iniciais.
Repúdio da dívida é o cancelamento da dívida, em parte
ou totalmente.
B
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t
t
t
t
t t
t
− = − +
−−
−
−
−
1
1
1
1
( )
( )
Déficits, consumo e investimento nos
Estados Unidos durante a Segunda
Guerra Mundial
Em 1944, os gastos do governo norte-americano em
bens e serviços aumentaram de 15% para 45%!
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
O orçamento dos Estados Unidos: números
atuais e expectativas futuras
Concluímos este capítulo examinando os
números atuais do orçamento norte-
americano e discutindo os problemas
enfrentados pela política fiscal dos
Estados Unidos, agora e no futuro.
26.3
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Números atuais
Existem muitas definições diferentes de ‘gastos’,
‘receitas’ e ‘déficit’:
 Alguns números referem-se ao orçamento do
governo federal. Alguns números consolidam
as contas dos governos federal, estaduais e
municipais.
 Um conjunto de números baseia-se no
sistema contábil do governo; o outro conjunto
baseia-se no sistema de contas nacionais.
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Números atuais
Estas são as diferenças principais entre os números
do governo e os números de CRPN:
 Os números do orçamento do governo são
apresentados por ano fiscal.
 Os números do orçamento do governo são
apresentados em duas categorias: ‘orçamentário’
e ‘extra-orçamentário’.
 Os dois sistemas contábeis diferem no modo
como tratam a venda de ativos governamentais.
 Os dois sistemas diferem na forma como tratam o
investimento do governo.
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Números atuais
Estas são as diferenças principais entre os números
do governo e os números de CRPN:
 A diferença entre a medida oficial de déficit e a
medida de CRPN de déficit pode ser positiva ou
negativa.
 Um deles é a dívida bruta, a soma dos itens que
compõem o passivo financeiro do governo
federal.
 O outro número, mais relevante, é a dívida
líquida, ou de modo equivalente, a dívida em
poder do público.
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Números atuais
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Projeções de orçamento de médio
prazo
Projeções de déficits:
déficit do governo
federal, anos fiscais de
2003 a 2014
Figura 26.2
Sob as regras fiscais
atuais, o déficit
praticamente desaparece
em 2014. Entretanto, sob
as hipóteses mais
realistas de gastos e
receitas, o déficit
permanecerá alto ao
longo do período.
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
O orçamento dos Estados Unidos
O Departamento de Orçamento do Congresso
dos Estados Unidos (Congressional Budget
Office — CBO) é um órgão apartidário que ajuda
o Congresso a avaliar os custos e os efeitos de
decisões fiscais.
A linha verde apresenta os déficits projetados
sob as regras atuais (chamadas projeções de
linha de base).
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Desafios de longo prazo: baixa poupança,
envelhecimento e assistência médica
Acabamos de chegar à conclusão de que os
déficits orçamentários dos Estados Unidos
provavelmente permanecerão altos pelo menos
até a próxima década. Há três motivos para nos
preocuparmos com isso: a baixa poupança, o
envelhecimento e o aumento dos custos com
assistência médica.
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Déficits e a baixa taxa de poupança
nos Estados Unidos
A taxa de poupança dos Estados Unidos está
entre as mais baixas da OCDE.
Essa baixa taxa de poupança deveria ser motivo
de preocupação. Os Estados Unidos são, hoje, o
país mais devedor do mundo, e terão de pagar
muitos juros para o resto do mundo por um
futuro indeterminado.
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Aposentadoria e o sistema de
assistência médica
Programas de concessão de benefícios são
programas que prevêem o pagamento de
benefícios a todos os que atendam aos
requisitos de elegibilidade determinados pela lei.
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Aposentadoria e o sistema de
assistência médica
A razão entre os gastos com programas de concessão de
benefícios e o PIB aumentará. Esse aumento projetado se
deve às seguintes razões:
 O envelhecimento dos Estados Unidos: a razão de
dependência dos idosos — a razão entre a população
de 65 anos ou mais e a população entre 20 e 64 anos
— aumentará de cerca de 20% em 1998 para mais de
40% em 2050.
 O aumento contínuo e rápido do custo da assistência
médica.
Mesmo se todos os gastos, excetuando-se as
transferências, fossem eliminados, ainda assim não
haveria o suficiente para cobrir o aumento projetado dos
gastos com programas de concessão de benefícios.
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Aposentadoria e o sistema de
assistência médica
Desde 1983, as contribuições à Previdência
Social superaram os benefícios da Previdência
Social. O Fundo Fiduciário da Previdência
Social é um fundo em que os superávits são
acumulados. Os ativos desse fundo fiduciário
são agora iguais a cerca de 14% do PIB.
Segundo projeções, o Fundo Fiduciário da
Previdência Social atingirá o pico em 2030, para,
então, diminuir e se tornar igual a zero em 2045.
Capítulo26:Políticafiscal—umresumo
© 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard
Palavras-chave
 déficit ajustado pela inflação
 restrição orçamentária do governo
 déficit primário (superávit primário)
 razão dívida-PIB, coeficiente de
endividamento
 equivalência ricardiana,
proposição de Ricardo-Barro
 déficit de pleno emprego
 déficit da metade do ciclo
 déficit com emprego padronizado
 déficit estrutural
 déficit com ajuste cíclico
 estabilizador automático
 unformização dos impostos
 repúdio da dívida
 Departamento de Orçamento do
Congresso dos Estados Unidos
 projeções de linha de base
 programas de concessão de
benefícios
 Fundo Fiduciário da Previdência
Social

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Ch26 4e t

  • 1. CAPÍTULO26 © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e OlivierBlanchard Política fiscal: Um resumo OlivierBlanchard Pearson Education
  • 2. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Restrição orçamentária do governo26.1 Suponha que, partindo de um orçamento equilibrado, o governo corte os impostos, criando, dessa maneira, um déficit orçamentário. O que acontecerá com a dívida ao longo do tempo? O governo precisará aumentar os impostos mais adiante? Se for esse o caso, em quanto? Política fiscal: o que você aprendeu e onde Neste capítulo, estudaremos de modo mais profundo as implicações da restrição orçamentária com que se defronta o governo e discutiremos questões atuais de política fiscal nos Estados Unidos.
  • 3. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard A matemática dos déficits e da dívida Podemos escrever o déficit orçamentário no ano t como: d e f i c i t r B G Tt t t t= + −− 1 é a dívida pública no final do anoé a dívida pública no final do ano tt-1.-1. Em palavras: o déficit orçamentário é igual aosEm palavras: o déficit orçamentário é igual aos gastos, inclusive os pagamentos de juros sobre agastos, inclusive os pagamentos de juros sobre a dívida, menos os impostos líquidos de transferências.dívida, menos os impostos líquidos de transferências. r B t − 1 são os gastos do governo com bens e serviçossão os gastos do governo com bens e serviços durante o anodurante o ano tt.. G t éé igual aos impostos menos as transferênciasigual aos impostos menos as transferências durante o anodurante o ano tt.. T t
  • 4. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard A matemática dos déficits e da dívida Observe duas características de  Medimos os pagamentos de juros como pagamentos de juros reais em vez de pagamentos de juros efetivos. A maneira correta de medir o déficit às vezes é chamada de déficit ajustado pela inflação.  G não inclui os pagamentos de transferências. d e f i c i t r B G Tt t t t= + −− 1
  • 5. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard A restrição orçamentária do governo afirma que a variação da dívida pública durante o ano t é igual ao déficit durante o ano t: Freqüentemente convém decompor o déficit na soma de dois termos:  Pagamentos de juros sobre a dívida, rBt-1  A diferença entre os gastos e os impostos, Gt-Tt. Esse termo é chamado de déficit primário (de maneira equivalente, Tt – Gt é chamado de superávit primário). A matemática dos déficits e da dívida B B d e f i c i tt t t− =− 1
  • 6. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard A matemática dos déficits e da dívida Ou: B B B Tt t t t t− = + −− −1 1r G Variação da dívida pagamentos de juros Déficit primário B r B G Tt t t t= + + −−( )1 1
  • 7. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Cálculo da inflação e mensuração dos déficits Déficits orçamentários federais oficiais e ajustados pela inflação para os Estados Unidos desde 1968 Figura 1
  • 8. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Impostos atuais versus futuros Vamos examinar as implicações de uma diminuição dos impostos por um ano para a trajetória da dívida e dos impostos futuros. Comece com um orçamento equilibrado; ao final do primeiro ano, suponha que o governo diminua os impostos em 1 durante um ano. O que acontece depois disso?
  • 9. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Pagamento total no ano 2 Substituindo B2 = 0 e B1 = 1 e transpondo os termos: Em palavras: para pagar toda a dívida no ano 2, o governo deve apresentar um superávit primário igual a (1 + r). B r B G T2 1 2 21= + + −( ) ( ) T G r r2 2 1 1 1− = + = +( ) ( )
  • 10. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Pagamento total no ano 2 Cortes de impostos, pagamento da dívida e estabilização da dívida ((a) Se a dívida fora) Se a dívida for totalmente paga durante ototalmente paga durante o ano 2, a diminuição dosano 2, a diminuição dos impostos em 1 no ano 1impostos em 1 no ano 1 necessitará de umnecessitará de um aumento nos impostosaumento nos impostos igual a (1 +igual a (1 + rr) no ano 2.) no ano 2. T G r r2 2 1 1 1− = + = +( ) ( ) Figura 26.1
  • 11. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Pagamento total no ano 2 Cortes de impostos, pagamento da dívida e estabilização da dívida ((b) Se a dívida forb) Se a dívida for totalmente paga durante ototalmente paga durante o ano 5, a diminuição dosano 5, a diminuição dos impostos em 1 no ano 1impostos em 1 no ano 1 necessitará de umnecessitará de um aumento nos impostosaumento nos impostos igual a (1 +igual a (1 + rr))44 durante odurante o ano 5.ano 5. Figura 26.1
  • 12. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Pagamento total no ano 2 Cortes de impostos, pagamento da dívida e estabilização da dívida (c) Se a dívida for(c) Se a dívida for estabilizada do ano 2 emestabilizada do ano 2 em diante, os impostosdiante, os impostos deverão serdeverão ser permanentementepermanentemente maiores emmaiores em rr a partir doa partir do ano 2.ano 2. Figura 26.1
  • 13. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Pagamento total no ano t A dívida no final do ano t−1 é dada por: no ano t, quando a dívida for paga, a restriçãono ano t, quando a dívida for paga, a restrição orçamentária é:orçamentária é: A dívida no final do ano t é igual a zero: B rt t − − = +1 2 1( ) B r B G Tt t t t= + + −−( ) ( )1 1 0 1 1 2 = + + + −− ( ) ( ) ( )r r G Tt t t o que implica que, para pagar a dívida, o governo deverá apresentar um superávit primário durante ano t igual a: T G rt t t − = + − ( )1 1
  • 14. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Pagamento total no ano t Nosso primeiro conjunto de conclusões:  Se os gastos do governo permanecerem inalterados, uma diminuição dos impostos deverá finalmente ser compensada por um aumento dos impostos no futuro.  Quanto mais o governo esperar para aumentar os impostos, ou quanto maior for a taxa real de juros, maior será o aumento final dos impostos.
  • 15. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Estabilização da dívida no ano t De , a restrição orçamentária no ano 2 é dada por Sob a hipótese de que a dívida seja estabilizada no ano 2, temos . Substituindo na equação anterior: Reorganizando e passando para o lado esquerdo: B r B G T2 1 2 21= + + −( ) ( ) 1 1 2 2= + + −( ) ( )r G T T G r r2 2 1 1− = + − =( ) B B2 1 1= = B r B G Tt t t t= + + −−( )1 1 ( )G T2 2−
  • 16. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Estabilização da dívida no ano t Os cálculos anteriores nos levam a concluir que: 1. Se os gastos do governo permanecerem inalterados, uma diminuição dos impostos deverá finalmente ser compensada por um aumento dos impostos no futuro. 2. Quanto mais o governo esperar para aumentar os impostos, ou quanto maior for a taxa real de juros, maior será o aumento final dos impostos.
  • 17. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Estabilização da dívida no ano t Os cálculos anteriores nos levam a concluir que:  O legado de déficits passados é uma dívida pública maior.  Para estabilizar a dívida, o governo deve eliminar o déficit.  Para eliminar o déficit, o governo deve apresentar um superávit primário igual aos pagamentos de juros sobre a dívida existente. Isso requer impostos mais altos para sempre.
  • 18. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Evolução da razão dívida-PIB Em uma economia na qual o produto cresce ao longo do tempo, faz mais sentido que nos concentremos na razão entre a dívida e o produto. A razão dívida-PIB, ou coeficiente de endividamento, fornece a evolução da razão entre a dívida e o PIB.
  • 19. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard A matemática do coeficiente de endividamento Para derivar a evolução do coeficiente de endividamento, são necessários alguns passos. Não se preocupe: a equação final é fácil de entender. B Y r B Y G T Y t t t t t t t = + + −− ( )1 1 B Y r Y Y B Y G T Y t t t t t t t t t − − − − = +       + −1 1 1 1 1( ) B Y r g B Y G T Y t t t t t t t = + − + −− − ( )1 1 1 B Y B Y r g B Y G T Y t t t t t t t t t − = − + −− − − − 1 1 1 1 ( )
  • 20. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard A matemática do coeficiente de endividamento Isso exigiu muitos passos, mas essa relação final tem uma interpretação simples:  A variação do coeficiente de endividamento ao longo do tempo é igual à soma de dois termos.  O primeiro termo é a diferença entre a taxa real de juros e a taxa de crescimento vezes o coeficiente de endividamento inicial.  O segundo termo é a razão entre o déficit primário e o PIB. B Y B Y r g B Y G T Y t t t t t t t t t − = − + −− − − − 1 1 1 1 ( )
  • 21. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard A evolução do coeficiente de endividamento nos países da OCDE Essa equação implica que o aumento da razão entre dívida e PIB será maior:  quanto maior for a taxa real de juros;  quanto menor for a taxa de crescimento do produto;  quanto maior for o coeficiente de endividamento inicial;  quanto maior for a razão entre o déficit primário e o PIB. B Y B Y r g B Y G T Y t t t t t t t t t − = − + −− − − − 1 1 1 1 ( )
  • 22. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard A evolução do coeficiente de endividamento nos países da OCDE  Na década de 1960, houve um forte crescimento do PIB. Conseqüentemente, r−g foi negativa. A maioria dos países pôde diminuir seus coeficientes de endividamento sem ter de apresentar superávits primários.  Na década de 1970, r−g foi novamente negativa, em média, devido a taxas reais de juros muito baixas, que levaram a uma maior diminuição do coeficiente de endividamento. B Y B Y r g B Y G T Y t t t t t t t t t − = − + −− − − − 1 1 1 1 ( )
  • 23. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard A evolução do coeficiente de endividamento nos países da OCDE  Na década de 1980, as taxas reais de juros aumentaram ao mesmo tempo que as taxas de crescimento diminuíram. Assim, seus coeficientes de endividamento aumentaram rapidamente.  Ao longo da década de 1990, as taxas reais de juros permaneceram altas e as taxas de crescimento se mantiveram baixas. Entretanto, a maioria dos países apresentou superávits primários suficientemente grandes para diminuir seus coeficientes de endividamento.  Até agora, na década de 2000, as taxas reais de juros estão baixas, mas muitos países vêm apresentando déficits primários e seus coeficientes de endividamento estão subindo novamente. B Y B Y r g B Y G T Y t t t t t t t t t − = − + −− − − − 1 1 1 1 ( )
  • 24. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard A evolução do coeficiente de endividamento nos países da OCDE
  • 25. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Quatro temas em política fiscal Tendo examinado o funcionamento da mecânica da restrição orçamentária do governo, podemos agora tratar de quatro temas em que essa restrição desempenha um papel importante. 26.2
  • 26. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Equivalência ricardiana A equivalência ricardiana, que teve o seu desenvolvimento ampliado por Robert Barro e é por isso conhecida também como proposição de Ricardo-Barro, é o argumento de que uma vez levada em conta a restrição orçamentária do governo, nem os déficits nem as dívidas têm efeito sobre a atividade econômica. Os consumidores não alteram o consumo em resposta ao corte de impostos se o valor presente da renda do trabalho líquida de impostos não é afetado. Os impostos menores de hoje serão exatamente compensados por impostos maiores amanhã.
  • 27. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Déficits, estabilização do produto e o déficit com ajuste cíclico O fato de os déficits orçamentários terem efeitos adversos implica que déficits durante recessões devem ser compensados por superávits nas fases de crescimento acelerado. O déficit que ocorre quando o produto está no nível natural do produto é chamado déficit de pleno emprego. Outros termos utilizados são déficit da metade do ciclo, déficit do emprego padronizado, déficit estrutural e déficit com ajuste cíclico.
  • 28. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Déficits, estabilização do produto e o déficit com ajuste cíclico  Uma regra prática confiável é a de que uma diminuição de 1% do produto leva automaticamente a um aumento do déficit de 0,4% do PIB.  Se o produto estiver, digamos, 5% abaixo de seu nível natural, o déficit como porcentagem do PIB será, portanto, cerca de 2% maior do que seria se o produto estivesse no nível natural de produto. Esse efeito da atividade sobre o déficit é chamado estabilizador automático.
  • 29. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Guerras e déficits O ônus econômico de uma guerra afeta os consumidores e as empresas de modo diferente, dependendo de como a guerra é financiada. Há dois bons motivos para os governos apresentarem déficits durante as guerras:  O primeiro é distributivo. O financiamento do déficit é um modo de repassar parte do ônus da guerra aos que sobreviveram a ela.  O segundo é mais estritamente econômico. Os gastos com déficits ajudam a reduzir as distorções tributárias.
  • 30. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Repassando o ônus da guerra Guerras levam a grandes aumentos dos gastos do governo.  Suponha que o governo conte com o financiamento do déficit. Com uma subida acentuada dos gastos do governo, haverá um aumento muito grande da demanda por bens.  Suponha, em vez disso, que o governo financie o aumento de gastos por meio de um aumento de impostos. O consumo diminuirá acentuadamente.
  • 31. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Redução das distorções tributárias Alíquotas de impostos muito altas podem levar a grandes distorções econômicas. As pessoas trabalham menos e passam a se dedicar a atividades ilegais, não tributadas. Uniformização dos impostos é a idéia de que é melhor manter uma alíquota de impostos relativamente constante. A uniformização dos impostos implica a apresentação de grandes déficits quando os gastos do governo são excepcionalmente altos e de pequenos superávits no restante do tempo.
  • 32. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Os perigos de uma dívida muito alta Quanto maior a razão dívida-PIB, maior o potencial para uma dinâmica da dívida catastrófica. Expectativas de uma dívida cada vez maior sugerem que um problema possa ocorrer, o que leva ao surgimento do problema, validando as expectativas iniciais. Repúdio da dívida é o cancelamento da dívida, em parte ou totalmente. B Y B Y r g B Y G T Y t t t t t t t t t − = − + −− − − − 1 1 1 1 ( ) ( ) Déficits, consumo e investimento nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial Em 1944, os gastos do governo norte-americano em bens e serviços aumentaram de 15% para 45%!
  • 33. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard O orçamento dos Estados Unidos: números atuais e expectativas futuras Concluímos este capítulo examinando os números atuais do orçamento norte- americano e discutindo os problemas enfrentados pela política fiscal dos Estados Unidos, agora e no futuro. 26.3
  • 34. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Números atuais Existem muitas definições diferentes de ‘gastos’, ‘receitas’ e ‘déficit’:  Alguns números referem-se ao orçamento do governo federal. Alguns números consolidam as contas dos governos federal, estaduais e municipais.  Um conjunto de números baseia-se no sistema contábil do governo; o outro conjunto baseia-se no sistema de contas nacionais.
  • 35. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Números atuais Estas são as diferenças principais entre os números do governo e os números de CRPN:  Os números do orçamento do governo são apresentados por ano fiscal.  Os números do orçamento do governo são apresentados em duas categorias: ‘orçamentário’ e ‘extra-orçamentário’.  Os dois sistemas contábeis diferem no modo como tratam a venda de ativos governamentais.  Os dois sistemas diferem na forma como tratam o investimento do governo.
  • 36. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Números atuais Estas são as diferenças principais entre os números do governo e os números de CRPN:  A diferença entre a medida oficial de déficit e a medida de CRPN de déficit pode ser positiva ou negativa.  Um deles é a dívida bruta, a soma dos itens que compõem o passivo financeiro do governo federal.  O outro número, mais relevante, é a dívida líquida, ou de modo equivalente, a dívida em poder do público.
  • 37. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Números atuais
  • 38. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Projeções de orçamento de médio prazo Projeções de déficits: déficit do governo federal, anos fiscais de 2003 a 2014 Figura 26.2 Sob as regras fiscais atuais, o déficit praticamente desaparece em 2014. Entretanto, sob as hipóteses mais realistas de gastos e receitas, o déficit permanecerá alto ao longo do período.
  • 39. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard O orçamento dos Estados Unidos O Departamento de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (Congressional Budget Office — CBO) é um órgão apartidário que ajuda o Congresso a avaliar os custos e os efeitos de decisões fiscais. A linha verde apresenta os déficits projetados sob as regras atuais (chamadas projeções de linha de base).
  • 40. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Desafios de longo prazo: baixa poupança, envelhecimento e assistência médica Acabamos de chegar à conclusão de que os déficits orçamentários dos Estados Unidos provavelmente permanecerão altos pelo menos até a próxima década. Há três motivos para nos preocuparmos com isso: a baixa poupança, o envelhecimento e o aumento dos custos com assistência médica.
  • 41. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Déficits e a baixa taxa de poupança nos Estados Unidos A taxa de poupança dos Estados Unidos está entre as mais baixas da OCDE. Essa baixa taxa de poupança deveria ser motivo de preocupação. Os Estados Unidos são, hoje, o país mais devedor do mundo, e terão de pagar muitos juros para o resto do mundo por um futuro indeterminado.
  • 42. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Aposentadoria e o sistema de assistência médica Programas de concessão de benefícios são programas que prevêem o pagamento de benefícios a todos os que atendam aos requisitos de elegibilidade determinados pela lei.
  • 43. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Aposentadoria e o sistema de assistência médica A razão entre os gastos com programas de concessão de benefícios e o PIB aumentará. Esse aumento projetado se deve às seguintes razões:  O envelhecimento dos Estados Unidos: a razão de dependência dos idosos — a razão entre a população de 65 anos ou mais e a população entre 20 e 64 anos — aumentará de cerca de 20% em 1998 para mais de 40% em 2050.  O aumento contínuo e rápido do custo da assistência médica. Mesmo se todos os gastos, excetuando-se as transferências, fossem eliminados, ainda assim não haveria o suficiente para cobrir o aumento projetado dos gastos com programas de concessão de benefícios.
  • 44. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Aposentadoria e o sistema de assistência médica Desde 1983, as contribuições à Previdência Social superaram os benefícios da Previdência Social. O Fundo Fiduciário da Previdência Social é um fundo em que os superávits são acumulados. Os ativos desse fundo fiduciário são agora iguais a cerca de 14% do PIB. Segundo projeções, o Fundo Fiduciário da Previdência Social atingirá o pico em 2030, para, então, diminuir e se tornar igual a zero em 2045.
  • 45. Capítulo26:Políticafiscal—umresumo © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Palavras-chave  déficit ajustado pela inflação  restrição orçamentária do governo  déficit primário (superávit primário)  razão dívida-PIB, coeficiente de endividamento  equivalência ricardiana, proposição de Ricardo-Barro  déficit de pleno emprego  déficit da metade do ciclo  déficit com emprego padronizado  déficit estrutural  déficit com ajuste cíclico  estabilizador automático  unformização dos impostos  repúdio da dívida  Departamento de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos  projeções de linha de base  programas de concessão de benefícios  Fundo Fiduciário da Previdência Social