1. O documento descreve o período do 1o Reinado no Brasil, sob o governo de D. Pedro I, desde a Independência em 1822 até sua abdicação em 1831. 2. O período foi marcado por disputas políticas entre liberais e conservadores, crise econômica, guerras de independência e a Confederação do Equador. 3. A impopularidade crescente e a instabilidade política levaram D. Pedro I a abdicar em 1831, encerrando o 1o Reinado.
6. 1. Estado nacional brasileiro
o Território, língua, tradição, costumes, símbolos.
o Sistema político, soberania, poderes constituídos.
o Símbolos: bandeira, hino nacional, constituição.
o Construção de uma identidade nacional.
o Monarquia representaria: conciliação entre os
valores europeus e brasileiros, pacificação,
civilização, integridade e união territoriais.
7.
8. 2. Estruturas Coloniais:
Sem mudanças estruturais profundas:
o Latifúndios.
o Monocultura e agroexportação.
o Dependência externa.
o Escravidão.
o Elites privilegiadas e exclusão do povo.
9. 3. Reconhecimento Externo:
EUA e a Doutrina Monroe (26/05/1824)
“A América para os Americanos”.
o Os EUA buscavam apoio na América para barrar
a intervenção inglesa.
o 1º Estado a reconhecer o Brasil independente
em troca de apoio político.
10. Portugal – Tratado de Paz e Amizade de 1825:
o O reconhecimento custou ao Brasil o valor de dois
milhões de libras esterlinas.
D. João VI – Imperador honorário.
Inglaterra – exigências:
o Renovação dos Tratados de Comércio e Navegação
de 1810 com tarifas preferenciais.
o Compromisso com o fim do tráfico e da escravidão.
11. 4. Guerras de Independência:
o Algumas províncias rejeitaram a Independência
do Brasil e foram à guerra contra D. Pedro I.
o Bahia, Piauí, Maranhão, Cisplatina e Grão – Pará.
o Mercenários estrangeiros foram contratados e
reprimiram violentamente os rebeldes.
o Em outubro de 1823 a Cisplatina (último reduto de
rebeldes) foi incorporada ao Brasil.
12. Mulheres na História do Brasil:
Madre Joanna Angélica de Jesus
Colocou o convento Nossa Senhora da
Conceição da Lapa (Bahia) como abrigo
de independentistas. Em fevereiro de
1822 colocou – se à frente dos soldados
portugueses, enfrentou – os e teve o
peito perfurado por baionetas.
Tornou – se mártir e heroína da
Independência.
13. Maria Quitéria de Jesus Medeiros
Em Junho de 1822 quis se alistar no
exército para lutar contra os
portugueses. O pai não deixou e ela
fugiu de casa, cortou os cabelos,
vestiu – se como homem e alistou – se
como soldado Medeiros.
O pai descobriu e revelou seu segredo.
Maria recusou – se a voltar pra casa e,
devido à sua bravura foi mantida no
exército, onde comandou um batalhão
só de mulheres soldados.
14. Batalha do Pirajá – BA (1822/1823):
o Forças independentistas lutavam para impedir o
abastecimento da cidade de Salvador.
o Os baianos resistiram aos soldados portugueses.
o A batalha construiu uma consciência política local
de apoio à autonomia nacional.
o O dia da fuga de Madeira de Mello e seu exército
é o dia da independência da Bahia (02 de Julho).
15.
16. Batalha do Jenipapo – PI (1822/1823)
o Soldados comandados pelo Major Fidié contra
independentistas sertanejos (Parnaíba e Campo
Maior) armados de facas, foices, facões, peixeiras.
o O conflito se deu às margens do Rio Jenipapo em
13/03/1823 e tornou – se uma das batalhas mais
sangrentas no processo de independência.
o O fim da guerra e a vitória de D. Pedro I marcaram a
consolidação da Independência do Brasil.
17.
18. 5. Estrutura política:
PARTIDO PARTIDO
PORTUGUÊS BRASILEIRO
PORTUGUESES ELITE AGRÁRIA
CONSERVADOR RADICALISMO
ABSOLUTISMO MONARQUIA
ANTIDEMOCRÁ- CONSTITUIÇÃO
TICO. “LIBERALISMO”
19. José Bonifácio
(1763 – 1838)
Bonifácios:
Seguidores de
José Bonifácio
defendiam uma
Monarquia
centralizada
submetida à
Constituição e
abolição gradual
da escravidão.
20. Partido brasileiro (restringir o absolutismo):
Liberais moderados (senhores, agroexportadores)
o Reformas econômicas, liberdades civis e políticas.
o Manter a escravidão, menos poderes a D. Pedro I.
Liberais exaltados (intelectuais, classe média)
o Reformas profundas na sociedade.
o Separação entre Igreja e Estado, sufrágio universal.
o Federalismo, República e abolição da escravidão.
21. A – Assembleia Constituinte:
o Elitista.
o Liberal.
o Antiabsolutista.
o Antidemocrática.
Debate Principal:
o Mais ou menos poderes a D. Pedro I.
22. B – Constituição da Mandioca:
1ª versão de Constituição
o Influência europeia.
o Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
o Limitava os poderes de D. Pedro I.
o Eleições indiretas para deputados e senadores.
o Voto censitário: povo fora do poder.
o Renda medida em alqueires de farinha mandioca.
23. C – Noite da Agonia (1823):
o Atritos políticos com D. Pedro I.
o A crise levou à queda do gabinete dos Andradas.
o Os constituintes ficaram cercados.
o Prisões e banimentos políticos.
o Hostilidades entre portugueses e brasileiros.
o Criação do Conselho de Estado para elaborar uma
nova Constituição.
24. D – Constituição de 1824:
o Outorgada (imposta).
o Estado: Monarquia Constitucional e Hereditária.
o Padroado: religião oficial – Católica.
o Voto censitário calculado em réis:
Mínimo de 100$000 (réis) para votar.
o O Brasil separava – se definitivamente de Portugal.
o D. Pedro I impedido de ser rei de outro reino.
25. Divisão dos Poderes:
o Executivo: Imperador.
o Legislativo: Deputados e Senadores.
o Judiciário: Juízes, oficiais de justiça, promotores,
advogados.
Poder Moderador:
o Exclusividade de D. Pedro I.
o Mediador interferindo nos poderes.
26.
27. E – Absolutismo Monárquico:
o Estado absolutista.
o Poder centralizado em D. Pedro I.
o Constituição outorgada.
o Elite no poder.
Poder Moderador:
o D. Pedro I com amplos poderes.
28.
29. 6. Confederação do Equador:
o Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.
o Movimento liberal de oposição ao absolutismo de
D. Pedro I implantando uma República no Nordeste.
o Líderes: Cipriano Barata, Frei Caneca, Manuel
Carvalho Paes de Andrade.
o D. Pedro I nomeou Francisco Paes Barreto como
governador de Pernambuco em oposição a Manuel
Carvalho Paes de Andrade.
30.
31. Objetivos da revolta:
o Constituição liberal.
o Diminuir a influência do governo federal nos
assuntos regionais.
o Acabar com o tráfico de escravos para o Brasil.
o Organizar forças de resistências populares contra a
repressão do governo central imperial.
o Formação de um governo republicano na região
32.
33. Consequências:
oEm 1824, forças governistas tomaram Recife e
Olinda, depois o Ceará.
oOs revoltosos são presos e receberam severas
punições, sem direito a clemência do Imperador.
o Frei Caneca condenado à forca, mas com a recusa
do carrasco em executa – lo foi fuzilado.
oOutros receberam a mesma pena e alguns fugiram.
34.
35. 7. Economia:
o Crise profunda.
o Estrutura colonial.
o Dependência externa.
o Monocultura em crise.
o Déficits comerciais.
o Dívida externa.
36. A – Açúcar:
o Crise após expulsão dos holandeses.
o Concorrência com as Antilhas.
o Açúcar de beterraba europeu.
B – Algodão:
o Concorrência com os EUA.
C – Tabaco:
o Pressões inglesas contra o tráfico.
37. 8. Guerra da Cisplatina (1825 e 1828):
o Tentativa de conter o separatismo na Cisplatina.
o Atritos na região da Bacia Platina.
o Empréstimos junto à Inglaterra.
o Endividamento e derrota na guerra.
o Agravamento da crise econômica.
o Aumentou a impopularidade de D. Pedro I.
38.
39. 9. Sucessão do trono português:
o D. João VI morreu em 1826 e D. Pedro I era seu
herdeiro imediato.
o D. Pedro I era proibido de ser rei em outro reino.
o D. Pedro I fez rainha sua filha D. Maria da Glória,
com 7 anos e seu irmão, D. Miguel, seria o regente.
o D. Miguel afastou a sobrinha e tomou – lhe o trono.
o D. Pedro I e D. Miguel entraram em guerra.
42. 10. Assassinato do jornalista Líbero Badaró:
o Liberal, opunha – se ao absolutismo de D. Pedro I.
o Após a queda de Carlos X, rei da França, em 1830,
Líbero Badaró defendeu que o Brasil deveria fazer
o mesmo e acabar com o absolutismo.
o Manifestações populares ocorreram em oposição
a D. Pedro I, contrariando seus aliados.
o Líbero Badaró foi assassinado em 20/11/1830.
43.
44. 9. Abdicação de D. Pedro I:
Fatores/causas:
o Absolutismo.
o Crise econômica abalando a sustentação política.
o Incompetência técnica em gerir a crise.
o Sucessão do trono português.
o Assassinato de Líbero Badaró.
o Impopularidade e isolamento político.
45. Domitila sabia como
satisfazer um homem na
cama e isso era o que D.
Pedro valorizava numa
mulher. Pedro também
manteve um caso com a
irmã de Domitila, Maria
Benedita, com quem teve
um filho. Aquela mulher de
olhos grandes e negros
tomou o lugar de primeira
nas graças do Imperador.
A violência e sexualidade da
paixão de ambos pode ser
comprovada por cartas
trocadas entre eles, em que
D. Pedro a chamava de
Titila, filha e meu amor,
enquanto assinava como
“Fogo foguinho”,
“Demonão”.
46.
47. Noite das Garrafadas e abdicação (13/03/1831):
o Após a morte de Líbero Badaró, apoiadores e
opositores de D. Pedro I entraram em atrito.
o Por onde passava D. Pedro I era alvo de
hostilidades num clima de permanente tensão.
o O que seria uma festa para a caravana real
transformou – sem em guerra civil.
o D. Pedro I abdicou em 07/04/1831.
48. CARTA DE ABDICAÇÃO DE D. PEDRO I
"Usando do direito
que a Constituição
me concede,
declaro que hei
muito
voluntariamente
abdicado na pessoa
de meu muito
amado e prezado
filho o Senhor D.
Pedro de Alcântara.
Boa Vista, 7 de
abril de mil
oitocentos e trinta
e um, décimo da
Independência e do
Império.
49.
50. “Aqui têm a minha
abdicação. Estimarei que
felizes. Retiro-me para a
Europa e deixo um país
que sempre amei
e que amo ainda.”
(07/04/1831)
51. Retorno para Portugal
Após a renúncia, D Pedro I retornou para Portugal,
onde lutou para restituir sua filha ao trono que
havia sido tomado pelo irmão D. Miguel. Com a
reconquista do trono e a decretação da maioridade
de sua filha, coroada como Maria II em 1834.
D. Pedro I morreu de tuberculose no palácio de
Queluz, em 24/09/1834, aos 36 anos.