1. O documento discute a arquitetura do Hospital Juliano Moreira em Belém no final do século XIX e início do século XX. 2. O hospital foi construído para tratar pacientes com deficiência mental longe do centro da cidade como parte de um esforço maior para embelezar e higienizar Belém. 3. Sua arquitetura apresentava características ecléticas com influências neoclássicas e tinha o objetivo de oferecer melhores condições de tratamento aos pacientes.
Da Almedina à Feliz Lusitânia: personagens do patrimônio
Arquitetura hospitalar em Belém na 1a República
1. ARQUITETURA HOSPITALAR EM BELÉM NA 1ª REPÚBLICA: O CASO DO
HOSPITAL JULIANO MOREIRA
Laura Caroline de Carvalho da Costa
Discente do Curso de Arquitetura e Urbanismo UFPA
Cybelle Salvador Miranda
Professora FAU/PPGAU/UFPA
RESUMO
No final do século XIX e início do XX, a cidade de Belém atravessava uma fase de
mudanças em sua estrutura urbana e paisagística, como conseqüência de um processo de
expansão resultante da economia advinda do comércio da borracha. No governo de Antônio
Lemos (1897-1912), essas alterações foram visíveis por meio de projetos que visavam
embelezar a cidade e oferecer à sociedade melhores condições de saúde física e mental,
construindo hospitais, manicômios e presídios afastados dos aglomerados urbanos. Uma
das instituições de saúde construídas nesse período é o Hospital Juliano Moreira, criado
para tratar dos portadores de deficiência mental. O presente trabalho faz uma análise da
história do hospital no que tange à sua arquitetura e contribuição para a Psiquiatria no Pará,
além de seu significado no imaginário belemense.
Palavras-chave: Arquitetura Hospitalar, Ecletismo, Psiquiatria, Hospital Juliano
Moreira.
ABSTRACT OU RESUMEN
At the end of nineteenth and early twentieth centuries, the city of Belem was going through a
phase of changes in its urban structure and landscape as a result of a process resulting of an
economic expansion stemming from the rubber trade. During Antonio Lemos government
(1897-1912), these changes were visible through projects which aimed to beautify the city
and offer to the society better conditions of physical and mental health, by building hospitals,
asylums and prisons far away from urban areas. One of the health institutions built in this
period is the Hospital Moreira, created to deal with the mentally disabled. This paper
analyzes the history of the hospital in terms of its architecture and contribution to Psychiatry
in Para, and its meaning in the belemense imaginary.
Key Words: Hospital Architecture, Ecletism, Psychiatry, Hospital Juliano Moreira.
1. O Contexto
A capital do Estado do Pará, Belém, passou por inúmeras mudanças em sua
morfologia urbana; contudo, uma das mais evidentes deu-se no final do século XIX e
início do XX, por meio dos esforços de seus intendentes em reorganizar a cidade e
remodelar sua paisagem. Essas mudanças foram desenhadas através de diretrizes
que trouxeram inúmeros benéficos para a nova configuração da cidade. Segundo
Andrade e Tângari (2002), tais diretrizes, percebidas com mais intensidade durante
a intendência de Antonio Lemos (1897-1912), baseavam-se em:
a) Construção de uma paisagem organizada e ao mesmo tempo compatível com
a visibilidade comercial de Belém, devido ao boom da borracha;
2. b) Alternativas para amenizar o clima belemense, o que incluiria um projeto
arbóreo ao longo de sua malha urbana;
c) Oferta de melhores condições de saúde física e mental, por meio da criação
de espaços adequados para tais fins.
Imagem 01: Praça da República, um dos ícones da nova proposta de embelezamento da cidade.
Fonte: <http://is.gd/UOQz6C>. Acesso em 27 dez. 2010.
Dessa forma, durante o período conhecido como 1ª República (1889-1930),
além de intervenções paisagísticas – como a criação de amplas e arborizadas áreas,
a exemplo da Praça da República – construíram-se também espaços destinados ao
cuidado da saúde física e mental, como é o caso do Hospital Juliano Moreira.
2. O Hospital Juliano Moreira
A origem do hospital está relacionada ao antigo Hospício de Alienados,
fundado em 19 de julho de 1892 como busca de solução para o problema dos loucos
na cidade (MEIRA,1984)1 que assistiria o recolhimento dos doentes alienados que
ameaçavam a higienização da Belém do Grão-Pará. Antes da existência da
Instituição, as primeiras tentativas de oferecer cuidados aos doentes mentais datam
do século XVIII, no prédio próprio da Santa Casa da Misericórdia do Pará conhecido
como Hospital Bom Jesus dos Pobres Enfermos. Entretanto, o número de alienados
e o comportamento violento de alguns deles obrigou as autoridades a confinar os
doentes mentais no Tucunduba, onde as condições de higiene e tratamento não
eram adequadas, pois além de possuir instalações precárias apresentava condições
subumanas para tratar até mesmo dos pacientes de hanseníase. Segundo relato de
Arthur Vianna, o Tucunduba
“... era um extremo e pungente refúgio para os desgraçados morféticos que
horrorizava pela sua desorganização, pelas inferiores condições de seu
edifício, pela penúria dos socorros que lhe prestavam os serviços...” (apud
MEIRA,1984, s.p.)
A autorização para aquisição do terreno que abrigaria o “Hospício de
Alienados” foi feita por meio das leis nº. 1.239 (13.11.1896) e nº. 1.314 (01.12.1887).
Acredita-se que o Dr. José Paes de Carvalho, então médico e presidente do Partido
Republicano, tenha exercido influência para acelerar o processo, dado o interesse
na melhoria das condições de salubridade da Belém do século XIX. Autorizada a
3. compra do terreno, a Diretoria da Santa Casa escolheu como local o pitoresco e
aprazível bairro do Marco da Légua (à época local “distante” do centro da cidade e
utilizado pelos moradores como área de recreio no período de verão) próximo ao
Bosque Municipal2 na Avenida Tito Franco.
Imagem 02: Portão de Entrada do Lazareto do Tucunduba, onde os primeiros pacientes com
distúrbios psiquiátricos foram atendidos.
Fonte: Fundação Getúlio Vargas
Imagem 03: Alguns pacientes do Lazareto do Tucunduba
Fonte: Idem
A escolha do local justifica-se pelo contexto histórico em que o hospital se
inseria, no qual os dirigentes procuravam fazer “limpeza” na cidade de Belém, que
incluía situar manicômios, hospitais e presídios distantes dos aglomerados urbanos
centrais, garantindo, assim, o embelezamento e a higienização do espaço. O projeto
do prédio coube ao engenheiro Manoel Odorico Nina Ribeiro e a construção, a cargo
da empresa Clívio H. Cardoso & Cia., com custo total de 235,00 (duzentos e trinta e
cinco contos de réis).
4. Apesar dos reparos e manutenção constante do hospital, o então governador
Augusto Montenegro (1901-1909) observou
“[...] condições tais que, longe de favorecer a cura, apresentavam o triste
desfecho, pela intercorrência de mortos diversos”, bem como a falta de
equipamentos adequados para tratar os pacientes, tendo se tornado o
hospício um “depósito de loucos” (MEIRA, 1984).
O governo anterior, de Paes de Carvalho (1897-1901), tinha intenção de
transferir as instalações para outro local, mas Montenegro preferiu investir na
melhoria do prédio. Demoliu a casa de banhos que causava infiltrações e era foco
de polinevrite e construiu outras duas com modernos aparelhos hidroterápicos
trazidos da Europa.
Foram diretores da casa, entre outras autoridades sanitárias: Gemiliano Lyra
Castro, Isidoro Azevedo Ribeiro, Antônio Porto de Oliveira, Benedito Klautau, Aluyzio
da Fonseca, Pedro Rosado, Eduardo Azevedo Ribeiro, Massoud Rouffeil, Eduardo
Virgolino, Eliseu Resende e Dorvalino Braga. Isidoro Ribeiro foi o primeiro paraense
a ter uma especialização em psiquiatria na Europa. De acordo com Braga (s.d.), “...
humanizou o Hospício de Alienados, abolindo as camisas de força, os troncos, as
cadeias e proibindo os maus tratos”.3 Antonio Porto de Oliveira instituiu o estágio de
sextanistas de Medicina e psiquiatras por meio de concursos e José Edmundo
Cutrim incentivou técnicas que envolviam grupos multidisciplinares no atendimento
aos pacientes. (BRAGA, s.d.)
Os métodos de tratamento utilizados no hospital eram semelhantes aos
usados na Europa, considerados vanguardistas na época: tratamento pela insulina,
eletro-convulsoterapia, praxiterapia e terapia ocupacional, além de estudo das artes
e esportes. O uso das terapias de choque teve início nos anos 40, durante a direção
de Dorvalino Braga, começando com o cardiazol endovenoso, o que trouxe
resultados eficazes no combate às psicoses endógenas (BRAGA, s.d.). Em 1950,
em virtude de resultados satisfatórios dos psicofármacos, os neurolépticos
antipsicóticos passaram a fazer parte do tratamento aos doentes mentais. Sob a
coordenação de Maria Helena Braga, a praxiterapia envolvia atividades como
pintura, escultura em argila, gesso e madeira, costura, bordado, festas dançantes,
torneios esportivos e passeios, ainda segundo Braga (s.d).
3. Arquitetura
O hospital psiquiátrico Juliano Moreira era uma construção
predominantemente horizontal, marcado pela simetria característica das construções
de partido neoclássico, cujas aberturas organizavam-se em ritmo regular. Adotou,
como os demais hospitais da época, o modelo pavilhonar, com setores específicos
para homens, mulheres e crianças. O uso do porão e as platibandas encobrindo a
cobertura representavam o „avanço‟ arquitetônico da época, ao balizar-se por
padrões franceses.
5. Imagem 04: Vista do Hospital Juliano Moreira, observe-se os trilhos da
Estrada de Ferro de Bragança que passava em frente ao Hospital
Fonte:
<http://picasaweb.google.com/HaroldoBaleixe/BelMDoParLbumDe1902#5197110961171015346>.
Acesso em 28 jan. 2010
O interior do Asilo recebeu modificações em relação ao projeto inicial em
decorrência da necessidade de oferecer aos pacientes um tratamento mais
adequado, como a construção de salas de banho com equipamentos hidroterápicos
vindos da Europa. Em 1952, foi construído um pavilhão para os pacientes infantis e
do sexo feminino, em estilo moderno, contrastando com a arquitetura existente e,
em 1966, o pavilhão infantil foi modificado, com a criação de enfermarias com
capacidade para 100 leitos.
A entrada principal da instituição, de frente para a Av. Tito Franco (atual Av.
Almirante Barroso) era destacada pelo portão trabalhado em ferro, o qual dava
acesso ao hall do prédio. A fachada apresenta influência clássica observada através
do frontão triangular, pilastras com capitéis coríntios, posicionadas nas laterais do
vão de acesso principal em formato de arco pleno, além do uso de cúpula encimada
por uma lanterna. As janelas e os porões possuíam vãos retangulares, sem adornos
estilísticos.
6. Imagem 05: Portão do hospital
Fonte: RICCI E VALENTIM, 2009. s.p.
Ao lado do prédio foi construída uma capela, em cuja fachada é visível o uso
de arcos ogivais, elementos que fazem referência às catedrais góticas e volutas
discretas arrematando a torre central. Os traços neogóticos se repetem na fachada
voltada para o pátio interno. Contudo, foram empregados ornamentos clássicos,
como pilastras coríntias e arco pleno. Tal composição é tipicamente eclética, e
busca revelar através do repertório estilístico as funções de Hospital e Templo
religioso.
Imagem 06: Fachada do hospital, destacando a Capela do Juliano Moreira
Fonte: Idem, p.26
Em seu interior, o edifício hospitalar contava com pátio interno para realização
de atividades praxiterápicas e descanso dos pacientes, além da divisão de pavilhões
destinados ao tratamento de homens, mulheres e crianças.
7. Imagem 07: Pátio interno do Juliano Moreira a concepção de espaço assemelha-se
aos das antigas estações da Estrada de Ferro de Bragança em Belém e Igarapé-Açú
Fonte: <http://www.ccs.saude.gov.br>. Acesso em 28 jan. 2010
4. Considerações finais
Embora fosse um edifício de “agradável disposição arquitetônica” (MEIRA,
1984), a construção não atendia plenamente às necessidades do hospital e alguns
reparos relativos à higiene tiveram que ser feitos antes de sua ocupação, em 27 de
agosto de 1892, data em que houve a transferência de sete „loucos‟ do Tucunduba
para o local, sendo o mesmo revertido ao Governo do Estado em 1901. “O Pará foi a
terceira província do Império a criar espaços específicos para tratar os loucos,
depois do Rio de Janeiro (1852) e de Pernambuco (1864).”4
A denominação Hospital Juliano Moreira foi incorporada em 1937, em
homenagem ao renomado psiquiatra brasileiro que utilizava métodos de vanguarda
nos tratamentos psiquiátricos, especialmente pela perspectiva de tornar mais
humana a assistência aos doentes mentais, retirando assim a denominação de
“hospício”, considerada estigmatizante. Entretanto, a medida não apagou a
denominação da memória do povo.
O governador Fernando Guilhon (1971-1975) construiu um Centro
Psiquiátrico com dinheiro destinado aos doentes mentais, que terminou servindo a
outros fins. O Juliano Moreira funcionou regularmente até 1982, quando parte das
instalações foram queimadas, destruídas que foram por incêndio considerado
criminoso, que em parte reflete o “abandono” destinado aos doentes mentais,
encerrando suas atividades em 1984. Conta-se que muitos enfermos receberam
alta, mas permaneceram no local sem quaisquer cuidados, no pavilhão Aluízio da
Fonseca, depois transformado em ambulatório. Alguns, dos poucos remanescentes
do hospital podem ser encontrados no Centro Integrado de Assistência Psiquiátrica
do Pará (CIASPA), em Ananindeua. Atualmente, o terreno abriga o Campus II da
Universidade do Estado do Pará (UEPA).
Segundo o Dr. Maiolino Miranda, em depoimento, a possível razão
determinante para a demolição do prédio do Hospital é uma tentativa de apagar a
mancha indelével que a casa representava para as pessoas, sempre correlacionado
8. aos campos de concentração nazista e pela influência italiana, que fez aprovar Lei
que proibia a construção de grandes hospitais para asilar pacientes com distúrbios
mentais. Além disso, citou a criação de um Centro de Estudos e o Boletim do
Hospital Juliano Moreira, tentativas de tornar a psiquiatria paraense “mais humana”.
No Centro realizavam-se reuniões entre a equipe de profissionais de Serviço Social,
Enfermagem, Terapia Ocupacional e o corpo técnico do hospital com os pacientes
nas quais se discutiam os temas sugeridos por estes últimos. Enquanto que o
Boletim foi criação do próprio Dr. Maiolino, a finalidade da publicação seria a de
registrar as reuniões do Centro de Estudos, além de realizar trabalhos teóricos e
relatar os experimentos com os pacientes.
Pouco antes de sair do Hospital, em 1974, o entrevistado conta que houve
uma rebelião de psicopatas, em geral, militares condenados pela Justiça e
transferidos ao Hospital pela ausência de Manicômio Judiciário em Belém. Os
“detentos” asilados queimaram colchões em protesto contra a qualidade da comida.
Notas:
1
Sobre o assunto, consultar o artigo publicado pelo memorialista da medicina Dr. Clóvis Meira no Jornal O
Liberal, em 25 de março de 1984, sob o título “O Hospício dos Alienados”.
2
Antigo Bosque Rodrigues Alves, hoje Jardim Botânico.
3
Cf. BRAGA, Dorvalino. Hospital Juliano Moreira; Sua Importância na Assistência aos doentes mentais no
Estado do Pará. [Belém]: s.n., s.d. p. 3.
4
Cf. COSTA, Josué. “Fim do Hospital sepultou quase um século de psiquiatria no Pará” In Jornal O Liberal,
Belém, 12 jan. 2007.
Referências:
ANDRADE, Valci Rubens Oliveira de. Antonio Lemos e as obras de melhoramentos
urbanos em Belém: a praça da República como estudo de caso. Rio de Janeiro:
UFRJ/FAU, 2003.
ANDRADE, Rubens; TÂNGARI, Vera Regina. A Praça da República e seus aspectos
morfológicos no desenho da paisagem de Belém. Disponível em <
http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
60982002000300003&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 30 jan. 2010.
BRAGA, Dorvalino. Hospital Juliano Moreira; Sua Importância na Assistência aos
doentes mentais no Estado do Pará. [Belém]: s.n., s.d.
BRAGA, Dorvalino, “Lances Históricos da História da Psiquiatria no estado do Pará” In
RICCI, Magda & VALENTIM, Rodolfo. História, Loucura e memória: o Acervo do
9. Hospital Psiquiátrico “Juliano Moreira”. Belém, Secretaria de Estado de Cultura/ Arquivo
Público do Estado do Pará, 2009: 48-53.
COSTA, Josué. “Fim do Hospital sepultou quase um século de psiquiatria no Pará” In Jornal
O Liberal, Belém, 12 jan. 2007.
CRUZ, Ernesto. Ruas de Belém (significado histórico de suas denominações). Belém,
Conselho Estadual de Cultura, 1970.
FIGUEIREDO, Aldrin & RODRIGUES, Sílvio. “Alienados, pajés e leprosos: medicina,
estigma e exclusão social na Amazônia (1830-1930)” In RICCI, Magda & VALENTIM,
Rodolfo. História, Loucura e memória: o Acervo do Hospital Psiquiátrico “Juliano
Moreira”. Belém, SECULT, 2009: 43-47.
FONSECA, Jorge Nassar Fleury da. Artes do Progresso: Uma história da Visualidade da
Exposição de Chicago de 1893. 19&20, Rio de Janeiro, v. IV, n. 1, janeiro de 2009.
Disponível em
http://www.dezenovevinte.net/arte%20decorativa/expo_1893_chicago.htm. Acesso em:
07.03.2010.
MEIRA, Clóvis. “O Hospício dos Alienados” In Jornal O Liberal. Belém, 25 de março de
1984.
____________. Medicina de Outrora no Pará. Belém, Grafisa, 1989.
RICCI, Magda & VALENTIM, Rodolfo (orgs.). História, Loucura e Memória: O Acervo do
Hospital Psiquiátrico “Juliano Moreira”. Belém, Secretaria de Estado de Cultura/ Arquivo
Público do Estado do Pará, 2009.
Laura Caroline de Carvalho da Costa é Bacharel em Design de Produto pela Universidade
do Estado do Pará (UEPA), Discente do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade
Federal do Pará (UFPA) e Bolsista do Projeto “Inventário Nacional do Patrimônio Cultural da
Saúde: Bens Edificados e Acervos”, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ).
Cybelle Salvador Miranda é Doutora em Antropologia, Docente do Curso de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Coordenadora do Projeto “Inventário
Nacional do Patrimônio Cultural da Saúde: Bens Edificados e Acervos”, da Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ).