SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 38
SEPSE
Choque Séptico em Pediatria
Internato: Pediatria 11/2013 FACIMED
Internos:
Eduardo Betelli
Juliana Aguiar Ledur
Marina Cazula
e
Preceptor: Dr. Flávio Ferrari
Objetivos
• Definição: Infecção, Bacteremia, SIRS, Sepse,
Sepse Grave , Choque Séptico e DMOS;
•
•
Como diagnosticar?
Tratamento – “Golden Hours”
DEFINIÇÕES:
Infecção : definida como o fenômeno de
resposta inflamatória à presença de um
microorganismo e seus produtos ou a
invasão de um tecido previamente estéril
por microorganismos.
 Sepse : resposta sistêmica à
infecção (SRIS causada por uma
infecção).
SIRS (Síndrome da Resposta Inflamatória
Sistêmica)
é a consequência de um desequilíbrio na
resposta inflamatória do hospedeiro.
 Sepse grave : associada com
disfunção orgânica,
anormalidades de perfusão e/ou
hipotensão.
 Choque séptico : sepse grave com
hipotensão, apesar da adequada
ressuscitação volêmica (manifestações
de acidose láctica, oligúria e/ou
alteração aguda do sensório)
Bacteremia : presença de bactérias
no sangue
SDMO?
2 OU MAIS SISTEMAS
ACOMETIDOS
Fisiopatologia
LPS, TNF, IL-1, IL-6, e IL-8
metabolismoeciment
O2 e o seu
Alterações doDesequilíbrio
forn
entre o
o de
consumo
Disfunção
Cardíaca
Má distribuição
do fluxo sanguíneo
Libertação de mediadores:
exógenos e endógenos
SIRS/Sepse/Choque Séptico
Etiologia
The epidemiology of severe sepsis in children in the United States. Watson RS, Carcillo JA, Linde-Zwirble WT, Clermont G, Lidicker J, Angus
DC. Am J Respir Crit Care Med. 2003;167(5):695.
Researching severe Sepsis and Organ dysfunction in children: a global perspective (RESOLVE) study group. Nadel S, Goldstein B, et al.
Lancet. 2007;369(9564):836.
Sepse neonatal
precoce
Streptococcus agalactiae, Escherichia coli
Haemophilus influenzae, Listeria
monocytogenes
Sepse neonatal
tardia
Staphylococcus coagulase-negativa
Staphylococcus aureus, E coli, Klebsiella sp
Pseudomonas aeruginosa, Enterobacter sp,
S agalactiae, Candida sp, Serratia sp
Acinetobacter sp, Anaeróbios
Maioria das
sepses em
crianças
H influenzae type b, Streptococcus
pneumoniae, Neisseria meningitidis,
Salmonella sp
•
•
Critérios Diagnósticos para SRIS;
Sepse e quando suspeitar?
Critérios diagnósticos para SRIS:
2 ou mais
critérios!!
-TEMPERATURA
-FR
-FC
-LEUCÓCITOS
SEPSE!SRIS INFECÇÃO
Síndrome da Resposta Inflamatória Sistemica
• Presença de pelo menos dois dos seguintes
critérios :
• - temperatura acima de 38 ºC retal ( 37,8ºC oral
ou 37,2ºC axilar) ou menor que 36ºC retal (
35,8ºC oral ou 35,2ºC axilar)
• - frequência cardíaca > P90 para idade
• - taquipnéia c/ frequência respiratória > P90 para
idade ou hiperventilação c/ PCO2 < 32 mmHg
• - contagem leucocitária > 12.000 células/mm³
(ou < 4.000 células/mm³) ou ainda mais de 10%
de formas imaturas (bastonetes)
SEPSE? Quando suspeitar?
LABORATORIAIS
Diagnóstico de sepse está baseado em um alto índice de
suspeita!
QUADRO CLÍNICO
• súbito/grave X quadro insidioso
(apresentação imprevisível)
• Sinais e sintomas variam de acordo
c/ a faixa etária
• Qto + jovem, + inespecífico
HISTÓRIA EXAME
CLÍNICA FÍSICO
EXAMES
ACHAR FOCO
INFECCIOSO!!
Dificuldades no diagnóstico!
• Faixa etária pediátrica
(sintomatologia muito
variável)
• Empenho em encarar tal
quadro clínico como sepse
• Reconhecimento precoce e
adoção de medidas de
suporte/terapêuticas que
alterem o prognóstico
desses doentes
• Classificar o paciente como
séptico( qual estágio???)
SEPSE DE ORIGEM HOSPITALAR
• - letargia/irritabilidade
•- pele pálida
•- vômitos/problemas na alimentação
•- bradicardia
•- má perfusão periférica
•- apnéia, gemido, cianose
•- convulsões
•- distensão abdominal
•- icterícia/hepatoesplenomegalia
•- rash cutâneo
• *sintomatologia menos
característica (confundida ou
mimetizada por situações de
gravidade ou por tratamentos em
uso)
•- distensão abdominal
•- hipotonia gástrica/resíduo
gástrico
•- íleo
•- náuseas/vômitos
•- taquicardia/taquipnéia
•- instabilidade vasomotora e
térmica
•- palidez
•SEMPRE LEMBRAR DE INFECÇÃO
FÚNGICA!
SEPSE LACTENTE
•- sintomatologia semelhante à do
RN
•* alteração no nível de
consciência ou apnéia  sinais
precoces!
•Lactentes maiores e crianças
•- febre/calafrio
•- prostração
•- irritabilidade
•- palidez
•- distensão abdominal e/ou íleo
paralítico*
SEPSE RN
Tabela 1.1 – Critérios diagnósticos para sepse.
Infecção, documentada ou suspeitada, e algum dos seguintes:
Variáveis gerais
- febre (temperatura corporal > 38,3°C)
- hipotermia (temperatura corporal < 36°C)
- frequência cardíaca > 90 batimentos por minuto ou > 2 desvios-padrão acima do
valor normal para a idade
- taquipnéia
- alteração doestado mental
- edema significativo ou balanço hídrico positivo (> 20 ml/kg em 24 h)
- hiperglicemia (glicemia > 120 mg/dl) na ausência de diabete
Variáveis inf lamatórias
- leucocitose (contagem de leucócitos > 12.000)
- leucopenia (contagem de leucócitos < 4.000)
- contagem de leucócitos normal com mais de 10% de formas imaturas
- proteína C reativa plasmática > 2 desvios-padrão acima dovalor normal
- procalcitonina plasmática > 2 desvios-padrão acima dovalor normal
Variáveis hemodinâmicas
- hipotensão arterial (PAS < 90 mmHg, PAM < 70 mmHg ou uma redução na PAS >
40 mmHg em adultos ou < 2 desvios-padrão abaixodo normal para a idade)
- SvO2 > 70%c
- índice cardíaco > 3,5 l/min-1
Variáveis de disfunção orgânica
- hipoxemia arterial (PaO2/FiO2 < 300)
- oligúria aguda (débito urinário < 0,5 ml/kg/h por pelo menos 2 h)
- aumento na creatinina > 0,5 mg/dl
- distúrbios de coagulação (RNI > 1,5 ou TTP > 60 s)
- íleo (ausência de ruídos intestinais)
- trombocitopenia (contagem de plaquetas < 100.000/Pl)
- hiperbilirrubinemia (bilirrubina total plasmática > 4 mg/dl)
Variáveis de perfusão tecidual
- hiperlactatemia
- diminuição do f luxo capilar
CRITÉRIOS
DIAGNÓSTICOS
PARA SEPSE
SEPSE GRAVE
SEPSE GRAVE!
• Sepse grave : associada com disfunção orgânica, anormalidades
de perfusão e/ou hipotensão.
• É caracterizada pela ocorrência de sepse mais um dos seguintes
critérios :
• - diminuição do estado de consciência ( Glasgow < 15 sem
doença do SNC)
• - lactato arterial > 1.6 mEq/L ou lactato venoso > 2.2 mEq/L
• - débito urinário < 1 mL/Kg/hora por duas horas consecutivas
medidas c/ sonda urinária.
Mortalidade
Pacientes com SRIS
e sua evolução: 4%
CHOQUE SÉPTICO
(Sepse Grave + Hipotensão
refratária)
SEPSE GRAVE
(Sepse + Disfunção orgânica)
18%
SEPSE
(SRIS + infecção)
26%
Disfunções orgânicas na Sepse
NEUROLÓGICA
GASTROINTESTINAL
HEPÁTICA RENAL
PULMONAR HEMATOLÓGICA
SEPSECARDIOVASCULAR METABÓLICA
Mais precoce nas
crianças
 Disfunções
orgânicas- cardiovascular: disfunção miocárdica (edema miocárdico, alterações na fibra
miocárdica, fatores depressores -> citocinas?)
pulmonar : lesão endotélio pulmonar -> edema intersticial, desequilíbrio
V/Q, hipoxemia, complacência pulmonar (SARA -> “pulmão de sepse”)
renal : disfunção tubular renal (hipoperfusão renal + lesão endotelial) NTA 
oligúria, queda na TFG e creatinina
neurológica : alteração nível de consciência (encefalopatia séptica), fraqueza
muscular e respiratória ( polineuropatia do doente crítico)
-
-
-
- gastrointestinal : retardo no esvaziamento, úlceras de estresse, translocação
bacteriana, isquemia da mucosa
hepática : colestase ( elevação BD), TGO/TGP tocadas e icterícia  sinal de
pior prognóstico
hematológica : leucopenia ( pior prognóstico), anemia progressiva,
plaquetopenia por consumo( infecção, drogas, CIVD)
metabólica : hiperglicemia, glicogenólise, catabolismo proteico e lipídico,
aumento na secreção de insulina e na sua resistência periférica.
-
-
-
*disfunção pulmonar e renal são mais precoces
Diagnóstico Laboratorial Sepse:
Diagnóstico
microbiológico
Exames auxiliares :
provas de coagulação,
função renal,
hepática, exames de
imagem (localizar o
foco da infecção)
Hemograma
Diagnóstico
Laboratorial
Indicadores de
resposta
inflamatória
sistêmica (PCR,
Ferritina,
Gasometria e
lactato
Procalcitonina
IDENTIFICAR AGENTE
AGRESSOR!
IDENTIFICAR ALTERAÇÕES
METABÓLICAS!
 Diagnóstico microbiológico : culturas (sangue, urina, liquor, secreções) Positividade de 30 a 50%
- se longa permanência em UTI pesquisar fungos!
Hemograma : alterações morfológicas dos neutrófilos, leucopenia e plaquetopenia (mau prognóstico), própria sepse, CIVD, uso de drogas, PTT
 Gasometria e lactato hipoperfusão, metabolismo anaeróbico, prognóstico
pH, manuseio
respiratório
acidose metabólica deprime a função
miocárdica e indica perfusão!


Exames auxiliares : provas de coagulação, função renal, hepática, exames de imagem (localizar o foco da infecção)
Indicadores de resposta inflamatória sistêmica – proteínas de fase aguda
- Proteína C reativa (PCR)
•
•
•
•
•
•
•
Produzida pelos hepatócitos
Ativa o sistema do complemento
Sua secreção inicia em 4 a06h, c/ pico entre 36 e 50h (48h)
Não se correlaciona c/ a gravidade da infecção
Permanece elevada vários dias após a eliminação da infecção
Condições não infecciosa
Análise evolutiva, guiando a antibioticoterapia
- Procalcitonina
• Precursora da calcitonina, secretada pela tireóide
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Liberação induzida por toxinas bacterianas
Elevação precoce, 2h após a endotoxemia, pico com 14h
Marcador de infecção grave e sepse
Maior sensibilidade no diagnóstico precoce de sepse*
Discrimina melhor causas infecciosas de não infecciosas
Útil na diferenciação de infecção bacteriana X viral
Melhor valor prognóstico comparado ao PCR*
Níveis > 2 ng/mL -> alto risco de sepse grave e choque séptico
Alto custo
Não é bom p/infecções neonatais
* Sugerem alguns estudos, ainda não está comprovado
Choque:
• O choque é um diagnóstico fisiológico: síndrome na qual a
perfusão tecidual está reduzida a ponto do qual o fluxo
sanguíneo ser inadequado para suprir as demandas
metabólicas celulares. No choque séptico, o miocárdio, os
vasos e o sangue não conseguem levar às células, o
oxigênio para o seu metabolismo.
O Choque séptico é um choque por sepse grave com
disfunção cardiovascular. Há um desequilíbrio entre a
oferta e o consumo de oxigênio (consumo aumentado na
célula e a oferta diminuída). Assim, falta oxigênio na célula
e é por isto que eles morrem.
•
Choque séptico
Autor(es): Eduardo J. Troster. Realizado por Paulo R. Margotto
Diferença na resposta hemodinâmica
entre adulto e criança
Adultos:
Diferenças na resposta
hemodinâmica
Crianças:
– A hipovolemia é a marca do choque
séptico pediátrico –
reposição volêmica
agressiva
50% apresentam choque frio:
extremidades frias, elevação da RVS
Baixa reserva cardíaca: não
conseguem dobrar a frequência
cardíaca FC) vasoconstrição
periférica dificultando a função
cardíaca
Requerem inotrópicos,
vasodilatadorese as vezes
ECMO para dar suporte a função
cardíaca
– 90% dos pacientes adultos
apresentam síndrome do
choque hiperdinâmico ou –
choque quente diminuição –
da resistência vascular
sistêmica (RVS), hipotensão,
taquicardia e aumento da
concentração de O2 na artéria
pulmonar;
Uso de vasopressores;
–
–
Comparação entre terapias usadas nos adultos e crianças com choque séptico
CHOQUE SÉPTICO – FASES:
Crianças previamente saudáveis e com
mecanismos homeostáticos intactos podem
compensar bem durante estados de
hipoperfusão por períodos relativamente
longos.
• 1)No início do curso do processo da doença,
observações comuns geralmente incluem
regulação da temperatura anormal, pele quente,
uma pressão de pulso * alargada (Warm shock -
choque quente), taquicardia, taquipnéia,
enquaWnAtoRMaSHpOrCeKs!são arterial
média é
COLD SHOCK!
freqüentemente mantida.
• 2) Os sinais clínicos de choque séptico tardio
incluem hipotensão, taquicardia com pressão de
pulso estreita, extremidades frias (Cold shock -
choque frio),respiração rápida e superficial,
oligúria, alteração do nível de consciência e
FASE
TARDIA!
INÍCIO!
1 FASE!
IMPORTANTE IDENTIFICAR QUAL FASE!!!
TRATAMENTOS DIFERENTES!!!!!!
CHOQUE QUENTE!
TRATAMENTO COM DROGAS DIFERENTES!
ATENÇÃO!
Rubor TEC>2s
TEC<2s Pulso diminuído e
filiforme
Pulso cheio e amplo
ou oscilante Livedo
CHOQUE FRIO!
Tratamento Multifatorial
• Abordagem inicial : medidas de suporte de vida
-
-
-
via aérea adequada ( suplementação c/ O2)
manutenção de respiração efetiva
ressuscitação volêmica e cardiovascular
• Acesso vascular adequado ( tempo estimado
sua obtenção em crianças é de 5 minutos)
Rastreamento do foco infeccioso
Terapia antimicrobiana (iniciar na 1° HORA!!)
p/
•
•
Tratamento
 Terapêutica antimicrobiana
 Ressuscitação volêmica
 Drogas vasoativas
 Terapia imunomoduladora
 Terapia adjuvante
BASE DA
TERAPÊUTICA
OBS : limites entre sepse – sepse grave – choque
séptico – DMO não são claramente detectados na
prática clínica!
OBS : evolução crítica, na maioria dos casos, ocorre
ainda fora da UTI!
Tratamento Sepse : Golden Hours
traduzido – 1 HORA
GERALMENTE EM PRONTO SOCORRO!
Continuação... Fluxograma Golden Hours – a partir da
1 hora, preferencialmente em Uti...
1.
2.
3.
Reconhecer sinais de baixa perfusão (0-5 min)
ABCs (0-5min)
Estabelecer Acesso venoso e Monitorização
O volume inicial geralmente exige
40-60ml/kg mas pode chegar a 200ml/kg
primeira hora.
na
• Neonates >2kg:
• Ampicillin plus gentamicin: Ampicillin for 0-7d: 50 mg/kg
IV/IM/IO q8h; ampicillin >7d: 50 mg/kg IV/IM/IO
q6h plus gentamicin (dosing institution dependent):
4mg/kg IV/IO/IM q24h (alternative for 0-7d: 2.5 mg/kg
IV/IO/IM q12h; alternative for >7d: 2.5 mg/kg IV/IO/IM
q8h) or
• Ampicillin plus cefotaxime: Ampicillin for 0-7d: 50 mg/kg
IV/IM/IO q8h; ampicillin >7d: 50 mg/kg IV/IM/IO
q6h plus cefotaxime 50 mg/kg IV/IO q8h
• Infants (>1mo) and children:
• Ceftriaxone 75 mg/kg (max 2g) IV/IO/IM
q24h plus vancomycin 15mg/kg (max 1g) IV/IO q8h
• Immunosuppressed patients:
• Vancomycin 15 mg/kg IV/IO (max 1 g/dose)
q8h plus cefepime 50 mg/kg IV/IO (max 2g/dose) q8h;
consider antifungal therapy
4. Reposição Fluidos e Eletrólitos;
5. Iniciar ATB empírica após coleta de
material para culturas;
6.Choque refratário a reposição volêmica: Inotrópicos!
CHOQUE FRIO
(VASOCONSTRIÇÃO)CHOQUE QUENTE
(VASODILATAÇÃO!)
Dopamina 10 mcg / kg /
min IV / IO
(ATIVIDADE INOTRÓPICA)
Norepinefrina 0,1-2 mcg / kg
/ min IV / IO infusão
(ATIVIDADE VASOPRESSORA)
Se refratário:
Epinefrina 0,05-3 mcg /
kg / min IV / IO infusão
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
. Objetivos Terapêuticos
Clinicos
Frequência cardíaca ideal para a idade;
Enchimento capilar < 2seg
Ausência de diferenças entre pulsos centrais
Extremidades quentes; (bem perfundidas)
Pressão sanguínea ideal para a idade;
Débito urinário >1 mL/kg/h;
Estado mental sem alterações;
CVP >8 mmHg
Laboratory
Decreasing lactate
SvO2 >70%
e periféricos;
Referências
Sepse grave e Choque septico em pediatria.
http://www.paulomargotto.com.br/documentos/sepse%20grave_choque%20septico.ppt
•
• Diferenças entre choque septico em adultos e crianças.
http://www.paulomargotto.com.br/busca_resultado.php?busca=Diferen%E7as+entre+choque+s%
E9ptico+do+adulto+e+da+crian%E7a&Submit=Buscar
• Sepse em Pediatria. 10/2012 http://www.paulomargotto.com.br/documentos/sepse_pedriat.ppt
• Tratamento choque Septico em Pediatria. Emedicine 07/2013.
http://emedicine.medscape.com/article/2072410-overview
• Guideline Surviving Sepsis 2012.
http://www.survivingsepsis.org/SiteCollectionDocuments/Guidelines-Portuguese.pdf
• Suporte farmacológico a lactentes e crianças com choque séptico. J. Pediatr. (Rio
J.) vol.83 no.2 suppl.0 PortoAlegre May 2007 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0021-
75572007000300005&script=sci_arttext
• Choque em crianças. Revista de Ribeirão Preto . 2012.
http://revista.fmrp.usp.br/2012/vol45n2/Simp4_Choque%20em%20Crian%E7as.pdf

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Fibrose cistica Medicina UFT
Fibrose cistica Medicina UFT Fibrose cistica Medicina UFT
Fibrose cistica Medicina UFT
 
Aula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal CrônicaAula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal Crônica
 
Aulasepsisuti 6ano-130130065348-phpapp01
Aulasepsisuti 6ano-130130065348-phpapp01Aulasepsisuti 6ano-130130065348-phpapp01
Aulasepsisuti 6ano-130130065348-phpapp01
 
Caso Clínico IRA
Caso Clínico IRACaso Clínico IRA
Caso Clínico IRA
 
Diaphragmatic function of sepsis
Diaphragmatic function of sepsisDiaphragmatic function of sepsis
Diaphragmatic function of sepsis
 
Sepse
Sepse Sepse
Sepse
 
Foi febre de_origem_indeterminada
Foi febre de_origem_indeterminadaFoi febre de_origem_indeterminada
Foi febre de_origem_indeterminada
 
Sepse
SepseSepse
Sepse
 
Doença Renal Crônica - Laboratório
Doença Renal Crônica - LaboratórioDoença Renal Crônica - Laboratório
Doença Renal Crônica - Laboratório
 
GLOMERULONEFRITE E SINDROME NEFRÓTICA
GLOMERULONEFRITE E SINDROME NEFRÓTICAGLOMERULONEFRITE E SINDROME NEFRÓTICA
GLOMERULONEFRITE E SINDROME NEFRÓTICA
 
Insuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal CrônicaInsuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal Crônica
 
Propedeutica ira irc 2016
Propedeutica ira irc 2016Propedeutica ira irc 2016
Propedeutica ira irc 2016
 
Choque séptico apresentação de slides
Choque séptico   apresentação de slidesChoque séptico   apresentação de slides
Choque séptico apresentação de slides
 
Insuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal CrônicaInsuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal Crônica
 
Sepse
Sepse Sepse
Sepse
 
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãOSepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
 
Sepse
SepseSepse
Sepse
 
INSUFICIENCIA HEPÁTICA E HIPERTENSÃO PORTA
INSUFICIENCIA HEPÁTICA E HIPERTENSÃO PORTAINSUFICIENCIA HEPÁTICA E HIPERTENSÃO PORTA
INSUFICIENCIA HEPÁTICA E HIPERTENSÃO PORTA
 
Sepsis Neonatal
Sepsis NeonatalSepsis Neonatal
Sepsis Neonatal
 
Tosse 1
Tosse 1 Tosse 1
Tosse 1
 

Semelhante a Choque séptico em pediatria: diagnóstico e tratamento

Webinar proqualis setembro Detecção precoce e manejo clínico da Sepse
Webinar proqualis setembro Detecção precoce e manejo clínico da SepseWebinar proqualis setembro Detecção precoce e manejo clínico da Sepse
Webinar proqualis setembro Detecção precoce e manejo clínico da SepseProqualis
 
CHOQUE SEPTICO PEDIÁTRICO hmib hsl.pptx2022.pdf
CHOQUE SEPTICO PEDIÁTRICO hmib hsl.pptx2022.pdfCHOQUE SEPTICO PEDIÁTRICO hmib hsl.pptx2022.pdf
CHOQUE SEPTICO PEDIÁTRICO hmib hsl.pptx2022.pdfSIDNEY SILVA
 
Choque Séptico em Pediatria.pptx
Choque Séptico em Pediatria.pptxChoque Séptico em Pediatria.pptx
Choque Séptico em Pediatria.pptxAguiarneto3
 
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-121277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1Reila Silva
 
Fibrose cistica
Fibrose cisticaFibrose cistica
Fibrose cisticaMandydra
 
8. Sepse - Cardec.ppt
8. Sepse - Cardec.ppt8. Sepse - Cardec.ppt
8. Sepse - Cardec.pptMEDUFPI90
 
Manejo da Meningite Bacteriana na Infância
Manejo da Meningite Bacteriana na InfânciaManejo da Meningite Bacteriana na Infância
Manejo da Meningite Bacteriana na InfânciaProfessor Robson
 
Conduta no paciente com dengue com base na estratificação de risco - 2010/2011
Conduta no paciente com dengue com base na estratificação de risco - 2010/2011Conduta no paciente com dengue com base na estratificação de risco - 2010/2011
Conduta no paciente com dengue com base na estratificação de risco - 2010/2011Steban Freire
 
CFSH 7 - Injúria Renal Aguda.pptx
CFSH 7 - Injúria Renal Aguda.pptxCFSH 7 - Injúria Renal Aguda.pptx
CFSH 7 - Injúria Renal Aguda.pptxLeonardo Rodrigues
 
European Position Paper on Rhinosinusitis and Nasal Polyps 2012
European Position Paper on Rhinosinusitis and Nasal Polyps 2012European Position Paper on Rhinosinusitis and Nasal Polyps 2012
European Position Paper on Rhinosinusitis and Nasal Polyps 2012Natacha Santos
 
Em Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue IIEm Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue IImarioaugusto
 
Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)
 Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)  Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)
Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO) Hospital de Câncer de Barretos
 
Linha de Cuidado de Sepse
Linha de Cuidado de SepseLinha de Cuidado de Sepse
Linha de Cuidado de SepseMarco Lamim
 

Semelhante a Choque séptico em pediatria: diagnóstico e tratamento (20)

Webinar proqualis setembro Detecção precoce e manejo clínico da Sepse
Webinar proqualis setembro Detecção precoce e manejo clínico da SepseWebinar proqualis setembro Detecção precoce e manejo clínico da Sepse
Webinar proqualis setembro Detecção precoce e manejo clínico da Sepse
 
CHOQUE SEPTICO PEDIÁTRICO hmib hsl.pptx2022.pdf
CHOQUE SEPTICO PEDIÁTRICO hmib hsl.pptx2022.pdfCHOQUE SEPTICO PEDIÁTRICO hmib hsl.pptx2022.pdf
CHOQUE SEPTICO PEDIÁTRICO hmib hsl.pptx2022.pdf
 
Choque Séptico em Pediatria.pptx
Choque Séptico em Pediatria.pptxChoque Séptico em Pediatria.pptx
Choque Séptico em Pediatria.pptx
 
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-121277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1
 
Fibrose cistica
Fibrose cisticaFibrose cistica
Fibrose cistica
 
Fibrose cistica
Fibrose cisticaFibrose cistica
Fibrose cistica
 
Pancreatite
PancreatitePancreatite
Pancreatite
 
8. Sepse - Cardec.ppt
8. Sepse - Cardec.ppt8. Sepse - Cardec.ppt
8. Sepse - Cardec.ppt
 
Manejo da Meningite Bacteriana na Infância
Manejo da Meningite Bacteriana na InfânciaManejo da Meningite Bacteriana na Infância
Manejo da Meningite Bacteriana na Infância
 
Sarcoidose
SarcoidoseSarcoidose
Sarcoidose
 
Lacm Bia e Maurício
Lacm Bia e MaurícioLacm Bia e Maurício
Lacm Bia e Maurício
 
Conduta no paciente com dengue com base na estratificação de risco - 2010/2011
Conduta no paciente com dengue com base na estratificação de risco - 2010/2011Conduta no paciente com dengue com base na estratificação de risco - 2010/2011
Conduta no paciente com dengue com base na estratificação de risco - 2010/2011
 
Ictericia
IctericiaIctericia
Ictericia
 
CFSH 7 - Injúria Renal Aguda.pptx
CFSH 7 - Injúria Renal Aguda.pptxCFSH 7 - Injúria Renal Aguda.pptx
CFSH 7 - Injúria Renal Aguda.pptx
 
European Position Paper on Rhinosinusitis and Nasal Polyps 2012
European Position Paper on Rhinosinusitis and Nasal Polyps 2012European Position Paper on Rhinosinusitis and Nasal Polyps 2012
European Position Paper on Rhinosinusitis and Nasal Polyps 2012
 
Em Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue IIEm Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue II
 
Em Tempos De Dengue
Em Tempos De DengueEm Tempos De Dengue
Em Tempos De Dengue
 
Meningite bacteriana
Meningite bacterianaMeningite bacteriana
Meningite bacteriana
 
Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)
 Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)  Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)
Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)
 
Linha de Cuidado de Sepse
Linha de Cuidado de SepseLinha de Cuidado de Sepse
Linha de Cuidado de Sepse
 

Último

Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxConceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxPedroHPRoriz
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...kassiasilva1571
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxrafaelacushman21
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologiaprofdeniseismarsi
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadojosianeavila3
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAKaiannyFelix
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completomiriancarvalho34
 

Último (13)

Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxConceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
 

Choque séptico em pediatria: diagnóstico e tratamento

  • 1. SEPSE Choque Séptico em Pediatria Internato: Pediatria 11/2013 FACIMED Internos: Eduardo Betelli Juliana Aguiar Ledur Marina Cazula e Preceptor: Dr. Flávio Ferrari
  • 2. Objetivos • Definição: Infecção, Bacteremia, SIRS, Sepse, Sepse Grave , Choque Séptico e DMOS; • • Como diagnosticar? Tratamento – “Golden Hours”
  • 3. DEFINIÇÕES: Infecção : definida como o fenômeno de resposta inflamatória à presença de um microorganismo e seus produtos ou a invasão de um tecido previamente estéril por microorganismos.  Sepse : resposta sistêmica à infecção (SRIS causada por uma infecção). SIRS (Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica) é a consequência de um desequilíbrio na resposta inflamatória do hospedeiro.  Sepse grave : associada com disfunção orgânica, anormalidades de perfusão e/ou hipotensão.  Choque séptico : sepse grave com hipotensão, apesar da adequada ressuscitação volêmica (manifestações de acidose láctica, oligúria e/ou alteração aguda do sensório) Bacteremia : presença de bactérias no sangue
  • 4. SDMO? 2 OU MAIS SISTEMAS ACOMETIDOS
  • 5. Fisiopatologia LPS, TNF, IL-1, IL-6, e IL-8 metabolismoeciment O2 e o seu Alterações doDesequilíbrio forn entre o o de consumo Disfunção Cardíaca Má distribuição do fluxo sanguíneo Libertação de mediadores: exógenos e endógenos SIRS/Sepse/Choque Séptico
  • 6. Etiologia The epidemiology of severe sepsis in children in the United States. Watson RS, Carcillo JA, Linde-Zwirble WT, Clermont G, Lidicker J, Angus DC. Am J Respir Crit Care Med. 2003;167(5):695. Researching severe Sepsis and Organ dysfunction in children: a global perspective (RESOLVE) study group. Nadel S, Goldstein B, et al. Lancet. 2007;369(9564):836. Sepse neonatal precoce Streptococcus agalactiae, Escherichia coli Haemophilus influenzae, Listeria monocytogenes Sepse neonatal tardia Staphylococcus coagulase-negativa Staphylococcus aureus, E coli, Klebsiella sp Pseudomonas aeruginosa, Enterobacter sp, S agalactiae, Candida sp, Serratia sp Acinetobacter sp, Anaeróbios Maioria das sepses em crianças H influenzae type b, Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis, Salmonella sp
  • 7. • • Critérios Diagnósticos para SRIS; Sepse e quando suspeitar?
  • 8. Critérios diagnósticos para SRIS: 2 ou mais critérios!! -TEMPERATURA -FR -FC -LEUCÓCITOS SEPSE!SRIS INFECÇÃO Síndrome da Resposta Inflamatória Sistemica • Presença de pelo menos dois dos seguintes critérios : • - temperatura acima de 38 ºC retal ( 37,8ºC oral ou 37,2ºC axilar) ou menor que 36ºC retal ( 35,8ºC oral ou 35,2ºC axilar) • - frequência cardíaca > P90 para idade • - taquipnéia c/ frequência respiratória > P90 para idade ou hiperventilação c/ PCO2 < 32 mmHg • - contagem leucocitária > 12.000 células/mm³ (ou < 4.000 células/mm³) ou ainda mais de 10% de formas imaturas (bastonetes)
  • 9. SEPSE? Quando suspeitar? LABORATORIAIS Diagnóstico de sepse está baseado em um alto índice de suspeita! QUADRO CLÍNICO • súbito/grave X quadro insidioso (apresentação imprevisível) • Sinais e sintomas variam de acordo c/ a faixa etária • Qto + jovem, + inespecífico HISTÓRIA EXAME CLÍNICA FÍSICO EXAMES ACHAR FOCO INFECCIOSO!! Dificuldades no diagnóstico! • Faixa etária pediátrica (sintomatologia muito variável) • Empenho em encarar tal quadro clínico como sepse • Reconhecimento precoce e adoção de medidas de suporte/terapêuticas que alterem o prognóstico desses doentes • Classificar o paciente como séptico( qual estágio???)
  • 10. SEPSE DE ORIGEM HOSPITALAR • - letargia/irritabilidade •- pele pálida •- vômitos/problemas na alimentação •- bradicardia •- má perfusão periférica •- apnéia, gemido, cianose •- convulsões •- distensão abdominal •- icterícia/hepatoesplenomegalia •- rash cutâneo • *sintomatologia menos característica (confundida ou mimetizada por situações de gravidade ou por tratamentos em uso) •- distensão abdominal •- hipotonia gástrica/resíduo gástrico •- íleo •- náuseas/vômitos •- taquicardia/taquipnéia •- instabilidade vasomotora e térmica •- palidez •SEMPRE LEMBRAR DE INFECÇÃO FÚNGICA! SEPSE LACTENTE •- sintomatologia semelhante à do RN •* alteração no nível de consciência ou apnéia  sinais precoces! •Lactentes maiores e crianças •- febre/calafrio •- prostração •- irritabilidade •- palidez •- distensão abdominal e/ou íleo paralítico* SEPSE RN
  • 11. Tabela 1.1 – Critérios diagnósticos para sepse. Infecção, documentada ou suspeitada, e algum dos seguintes: Variáveis gerais - febre (temperatura corporal > 38,3°C) - hipotermia (temperatura corporal < 36°C) - frequência cardíaca > 90 batimentos por minuto ou > 2 desvios-padrão acima do valor normal para a idade - taquipnéia - alteração doestado mental - edema significativo ou balanço hídrico positivo (> 20 ml/kg em 24 h) - hiperglicemia (glicemia > 120 mg/dl) na ausência de diabete Variáveis inf lamatórias - leucocitose (contagem de leucócitos > 12.000) - leucopenia (contagem de leucócitos < 4.000) - contagem de leucócitos normal com mais de 10% de formas imaturas - proteína C reativa plasmática > 2 desvios-padrão acima dovalor normal - procalcitonina plasmática > 2 desvios-padrão acima dovalor normal Variáveis hemodinâmicas - hipotensão arterial (PAS < 90 mmHg, PAM < 70 mmHg ou uma redução na PAS > 40 mmHg em adultos ou < 2 desvios-padrão abaixodo normal para a idade) - SvO2 > 70%c - índice cardíaco > 3,5 l/min-1 Variáveis de disfunção orgânica - hipoxemia arterial (PaO2/FiO2 < 300) - oligúria aguda (débito urinário < 0,5 ml/kg/h por pelo menos 2 h) - aumento na creatinina > 0,5 mg/dl - distúrbios de coagulação (RNI > 1,5 ou TTP > 60 s) - íleo (ausência de ruídos intestinais) - trombocitopenia (contagem de plaquetas < 100.000/Pl) - hiperbilirrubinemia (bilirrubina total plasmática > 4 mg/dl) Variáveis de perfusão tecidual - hiperlactatemia - diminuição do f luxo capilar CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA SEPSE
  • 12. SEPSE GRAVE SEPSE GRAVE! • Sepse grave : associada com disfunção orgânica, anormalidades de perfusão e/ou hipotensão. • É caracterizada pela ocorrência de sepse mais um dos seguintes critérios : • - diminuição do estado de consciência ( Glasgow < 15 sem doença do SNC) • - lactato arterial > 1.6 mEq/L ou lactato venoso > 2.2 mEq/L • - débito urinário < 1 mL/Kg/hora por duas horas consecutivas medidas c/ sonda urinária.
  • 14. Pacientes com SRIS e sua evolução: 4% CHOQUE SÉPTICO (Sepse Grave + Hipotensão refratária) SEPSE GRAVE (Sepse + Disfunção orgânica) 18% SEPSE (SRIS + infecção) 26%
  • 15. Disfunções orgânicas na Sepse NEUROLÓGICA GASTROINTESTINAL HEPÁTICA RENAL PULMONAR HEMATOLÓGICA SEPSECARDIOVASCULAR METABÓLICA Mais precoce nas crianças
  • 16.  Disfunções orgânicas- cardiovascular: disfunção miocárdica (edema miocárdico, alterações na fibra miocárdica, fatores depressores -> citocinas?) pulmonar : lesão endotélio pulmonar -> edema intersticial, desequilíbrio V/Q, hipoxemia, complacência pulmonar (SARA -> “pulmão de sepse”) renal : disfunção tubular renal (hipoperfusão renal + lesão endotelial) NTA  oligúria, queda na TFG e creatinina neurológica : alteração nível de consciência (encefalopatia séptica), fraqueza muscular e respiratória ( polineuropatia do doente crítico) - - - - gastrointestinal : retardo no esvaziamento, úlceras de estresse, translocação bacteriana, isquemia da mucosa hepática : colestase ( elevação BD), TGO/TGP tocadas e icterícia  sinal de pior prognóstico hematológica : leucopenia ( pior prognóstico), anemia progressiva, plaquetopenia por consumo( infecção, drogas, CIVD) metabólica : hiperglicemia, glicogenólise, catabolismo proteico e lipídico, aumento na secreção de insulina e na sua resistência periférica. - - - *disfunção pulmonar e renal são mais precoces
  • 17. Diagnóstico Laboratorial Sepse: Diagnóstico microbiológico Exames auxiliares : provas de coagulação, função renal, hepática, exames de imagem (localizar o foco da infecção) Hemograma Diagnóstico Laboratorial Indicadores de resposta inflamatória sistêmica (PCR, Ferritina, Gasometria e lactato Procalcitonina IDENTIFICAR AGENTE AGRESSOR! IDENTIFICAR ALTERAÇÕES METABÓLICAS!
  • 18.  Diagnóstico microbiológico : culturas (sangue, urina, liquor, secreções) Positividade de 30 a 50% - se longa permanência em UTI pesquisar fungos! Hemograma : alterações morfológicas dos neutrófilos, leucopenia e plaquetopenia (mau prognóstico), própria sepse, CIVD, uso de drogas, PTT  Gasometria e lactato hipoperfusão, metabolismo anaeróbico, prognóstico pH, manuseio respiratório acidose metabólica deprime a função miocárdica e indica perfusão!   Exames auxiliares : provas de coagulação, função renal, hepática, exames de imagem (localizar o foco da infecção) Indicadores de resposta inflamatória sistêmica – proteínas de fase aguda - Proteína C reativa (PCR) • • • • • • • Produzida pelos hepatócitos Ativa o sistema do complemento Sua secreção inicia em 4 a06h, c/ pico entre 36 e 50h (48h) Não se correlaciona c/ a gravidade da infecção Permanece elevada vários dias após a eliminação da infecção Condições não infecciosa Análise evolutiva, guiando a antibioticoterapia - Procalcitonina • Precursora da calcitonina, secretada pela tireóide • • • • • • • • • • Liberação induzida por toxinas bacterianas Elevação precoce, 2h após a endotoxemia, pico com 14h Marcador de infecção grave e sepse Maior sensibilidade no diagnóstico precoce de sepse* Discrimina melhor causas infecciosas de não infecciosas Útil na diferenciação de infecção bacteriana X viral Melhor valor prognóstico comparado ao PCR* Níveis > 2 ng/mL -> alto risco de sepse grave e choque séptico Alto custo Não é bom p/infecções neonatais * Sugerem alguns estudos, ainda não está comprovado
  • 19. Choque: • O choque é um diagnóstico fisiológico: síndrome na qual a perfusão tecidual está reduzida a ponto do qual o fluxo sanguíneo ser inadequado para suprir as demandas metabólicas celulares. No choque séptico, o miocárdio, os vasos e o sangue não conseguem levar às células, o oxigênio para o seu metabolismo. O Choque séptico é um choque por sepse grave com disfunção cardiovascular. Há um desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio (consumo aumentado na célula e a oferta diminuída). Assim, falta oxigênio na célula e é por isto que eles morrem. • Choque séptico Autor(es): Eduardo J. Troster. Realizado por Paulo R. Margotto
  • 20. Diferença na resposta hemodinâmica entre adulto e criança Adultos: Diferenças na resposta hemodinâmica Crianças: – A hipovolemia é a marca do choque séptico pediátrico – reposição volêmica agressiva 50% apresentam choque frio: extremidades frias, elevação da RVS Baixa reserva cardíaca: não conseguem dobrar a frequência cardíaca FC) vasoconstrição periférica dificultando a função cardíaca Requerem inotrópicos, vasodilatadorese as vezes ECMO para dar suporte a função cardíaca – 90% dos pacientes adultos apresentam síndrome do choque hiperdinâmico ou – choque quente diminuição – da resistência vascular sistêmica (RVS), hipotensão, taquicardia e aumento da concentração de O2 na artéria pulmonar; Uso de vasopressores; – –
  • 21. Comparação entre terapias usadas nos adultos e crianças com choque séptico
  • 22. CHOQUE SÉPTICO – FASES: Crianças previamente saudáveis e com mecanismos homeostáticos intactos podem compensar bem durante estados de hipoperfusão por períodos relativamente longos. • 1)No início do curso do processo da doença, observações comuns geralmente incluem regulação da temperatura anormal, pele quente, uma pressão de pulso * alargada (Warm shock - choque quente), taquicardia, taquipnéia, enquaWnAtoRMaSHpOrCeKs!são arterial média é COLD SHOCK! freqüentemente mantida. • 2) Os sinais clínicos de choque séptico tardio incluem hipotensão, taquicardia com pressão de pulso estreita, extremidades frias (Cold shock - choque frio),respiração rápida e superficial, oligúria, alteração do nível de consciência e
  • 23. FASE TARDIA! INÍCIO! 1 FASE! IMPORTANTE IDENTIFICAR QUAL FASE!!! TRATAMENTOS DIFERENTES!!!!!!
  • 24. CHOQUE QUENTE! TRATAMENTO COM DROGAS DIFERENTES! ATENÇÃO! Rubor TEC>2s TEC<2s Pulso diminuído e filiforme Pulso cheio e amplo ou oscilante Livedo CHOQUE FRIO!
  • 25.
  • 26. Tratamento Multifatorial • Abordagem inicial : medidas de suporte de vida - - - via aérea adequada ( suplementação c/ O2) manutenção de respiração efetiva ressuscitação volêmica e cardiovascular • Acesso vascular adequado ( tempo estimado sua obtenção em crianças é de 5 minutos) Rastreamento do foco infeccioso Terapia antimicrobiana (iniciar na 1° HORA!!) p/ • •
  • 27.
  • 28. Tratamento  Terapêutica antimicrobiana  Ressuscitação volêmica  Drogas vasoativas  Terapia imunomoduladora  Terapia adjuvante BASE DA TERAPÊUTICA OBS : limites entre sepse – sepse grave – choque séptico – DMO não são claramente detectados na prática clínica! OBS : evolução crítica, na maioria dos casos, ocorre ainda fora da UTI!
  • 29.
  • 30. Tratamento Sepse : Golden Hours traduzido – 1 HORA GERALMENTE EM PRONTO SOCORRO!
  • 31. Continuação... Fluxograma Golden Hours – a partir da 1 hora, preferencialmente em Uti...
  • 32. 1. 2. 3. Reconhecer sinais de baixa perfusão (0-5 min) ABCs (0-5min) Estabelecer Acesso venoso e Monitorização
  • 33. O volume inicial geralmente exige 40-60ml/kg mas pode chegar a 200ml/kg primeira hora. na • Neonates >2kg: • Ampicillin plus gentamicin: Ampicillin for 0-7d: 50 mg/kg IV/IM/IO q8h; ampicillin >7d: 50 mg/kg IV/IM/IO q6h plus gentamicin (dosing institution dependent): 4mg/kg IV/IO/IM q24h (alternative for 0-7d: 2.5 mg/kg IV/IO/IM q12h; alternative for >7d: 2.5 mg/kg IV/IO/IM q8h) or • Ampicillin plus cefotaxime: Ampicillin for 0-7d: 50 mg/kg IV/IM/IO q8h; ampicillin >7d: 50 mg/kg IV/IM/IO q6h plus cefotaxime 50 mg/kg IV/IO q8h • Infants (>1mo) and children: • Ceftriaxone 75 mg/kg (max 2g) IV/IO/IM q24h plus vancomycin 15mg/kg (max 1g) IV/IO q8h • Immunosuppressed patients: • Vancomycin 15 mg/kg IV/IO (max 1 g/dose) q8h plus cefepime 50 mg/kg IV/IO (max 2g/dose) q8h; consider antifungal therapy 4. Reposição Fluidos e Eletrólitos; 5. Iniciar ATB empírica após coleta de material para culturas;
  • 34. 6.Choque refratário a reposição volêmica: Inotrópicos!
  • 35. CHOQUE FRIO (VASOCONSTRIÇÃO)CHOQUE QUENTE (VASODILATAÇÃO!) Dopamina 10 mcg / kg / min IV / IO (ATIVIDADE INOTRÓPICA) Norepinefrina 0,1-2 mcg / kg / min IV / IO infusão (ATIVIDADE VASOPRESSORA) Se refratário: Epinefrina 0,05-3 mcg / kg / min IV / IO infusão
  • 36.
  • 37. • • • • • • • • • • • • • . Objetivos Terapêuticos Clinicos Frequência cardíaca ideal para a idade; Enchimento capilar < 2seg Ausência de diferenças entre pulsos centrais Extremidades quentes; (bem perfundidas) Pressão sanguínea ideal para a idade; Débito urinário >1 mL/kg/h; Estado mental sem alterações; CVP >8 mmHg Laboratory Decreasing lactate SvO2 >70% e periféricos;
  • 38. Referências Sepse grave e Choque septico em pediatria. http://www.paulomargotto.com.br/documentos/sepse%20grave_choque%20septico.ppt • • Diferenças entre choque septico em adultos e crianças. http://www.paulomargotto.com.br/busca_resultado.php?busca=Diferen%E7as+entre+choque+s% E9ptico+do+adulto+e+da+crian%E7a&Submit=Buscar • Sepse em Pediatria. 10/2012 http://www.paulomargotto.com.br/documentos/sepse_pedriat.ppt • Tratamento choque Septico em Pediatria. Emedicine 07/2013. http://emedicine.medscape.com/article/2072410-overview • Guideline Surviving Sepsis 2012. http://www.survivingsepsis.org/SiteCollectionDocuments/Guidelines-Portuguese.pdf • Suporte farmacológico a lactentes e crianças com choque séptico. J. Pediatr. (Rio J.) vol.83 no.2 suppl.0 PortoAlegre May 2007 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0021- 75572007000300005&script=sci_arttext • Choque em crianças. Revista de Ribeirão Preto . 2012. http://revista.fmrp.usp.br/2012/vol45n2/Simp4_Choque%20em%20Crian%E7as.pdf