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Sepse Pediátrica
Sidney Cunha da Silva
UTI Pediátrica / 2022
Hospital Santa Lúcia Sul
Sepse Pediátrica
● Conceito: SEPSE - é a presença de disfunção orgânica ameaçadora à vida
em decorrência da resposta desregulada do organismo a uma infecção, seja
ela causada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários.
●
○ SRIS (Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica)
■ 2 critérios (alteração da temperatura ou nº de leucócitos);
○ Sepse: “SRIS” secundária a processo infeccioso confirmado ou
suspeito, sem necessidade de identificação do agente infeccioso.
○ Sepse grave: associação com disfunção orgânica ou sinais de
hipoperfusão (hipotensão ou não, hipoxemia, acidose lática, oligúria
e alteração aguda do sensório).
○ Choque séptico: associação com falência circulatória aguda.
● Infecção prévia, Hipertermia e/ou Hipotermia, Alteração do sensório e/ou
Convulsões, Desconforto respiratório, Intolerância alimentar, Distúrbios de
perfusão,
○ PENSE EM SEPSE.
Grupo Santa - HSLS
UTI Pediátrica 2022
Sepse Pediátrica
● Condições de Risco
○ ALTO RISCO
■ Malignidade;
■ Asplenia;
■ Doença falciforme;
■ Transplante de medula óssea;
■ Presença de cateter central;
■ Transplante de órgão sólido;
■ Paralisia cerebral grave;
■ Imunodeficiência ou imunodepressão.
Grupo Santa - HSLS
UTI Pediátrica 2022
Sepse Pediátrica
● Sinais de alarme
○ Pele fria, úmida ou pegajosa;
○ Coloração da pele pálida ou cianótica / petéquias / moteamento;
○ Temperatura axilar < 36° C;
○ Temperatura axilar > 38,5° C;
○ Inconsciência e hipotonia;
○ Letargia;
○ Alteração do sensório;
○ Convulsões;
○ Desconforto respiratório ou respiração ruidosa;
○ Frequência respiratória > 60;
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Sepse Pediátrica
● Critérios de inclusão:
● Para a inclusão: pacientes acima de 29 dias e até 12 anos, 11 meses e 29 dias de
idade.
● Segundo tabela abaixo:
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Sepse Pediátrica
● 5 - Critérios exclusão:
○ Bebês < de 29 dias - Protocolo de Sepse Neonatal e crianças > 13 anos -
Protocolo de sepse adulto.
○ Paciente fora de possibilidade terapêutica e com ordem de não
reanimação.
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Sepse Pediátrica
● História clínica e Exame Físico
● Foco:
○ Sistema cardiorrespiratório (SatO2, FR, FC, PA, TEC, amplitude de
pulsos, nível de consciência e diurese)
● Suspeitar de sepse em todos os pacientes com INFECÇÃO.
○ SIRS são frequentes em crianças, (alterações de temperatura,
taquicardia e taquipneia), mesmo em infecções de pouca gravidade
e/ou outras comodidades não infecciosas.
○ Reconhecimento precoce (melhora a sobrevida).
○ Reconhecer antes da hipotensão (choque descompensado)
critérios clínicos.
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UTI Pediátrica 2022
Sepse Pediátrica
● Reavaliação clínica
○ Após cada intervenção, avalia-se o estado hemodinâmico do paciente e a
necessidade ou não de alterarmos a conduta.
■ O exame físico:
● Sistema cardiorrespiratório (SatO2, FR, FC, PA, TEC, amplitude de
pulsos, nível de consciência e diurese).
● O diagnóstico deve ser clínico.
● Os exames:
○ Distúrbios metabólicos e disfunções associadas, devem ser monitoradas e
corrigidas.
■ 1ª e 6ª hora
Grupo Santa - HSLS
UTI Pediátrica 2022
Checklist Sepse Pediátrica (ILAS)
Sepse Pediátrica
Grupo Santa - HSLS
UTI Pediátrica 2022
Sepse Pediátrica
○ Taquicardia -
■ (FC) > 2 (DP) acima do normal para idade na ausência de estímulos
externos; ou elevação inexplicável entre 0,5 a 4 h;
○ Bradicardia
■ FC < percentil 10 para idade na ausência de estímulos externos,
drogas β-bloqueadoras ou doença cardíaca congênita; ou redução
inexplicável por um período de tempo de 30 minutos;
○ Taquipnéia
■ FR > 2 DP acima do normal para idade OU Ventilação mecânica
devido a um processo agudo não relacionado à doença
neuromuscular ou necessidade de anestesia geral;
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UTI Pediátrica 2022
Diagnóstico de Sepse Pediátrica
BJA Education - Volume 21, Number 2, 2021
Critérios de Disfunção Orgânica em Pediatria
-Neurológica
(ECG ≤ 8 - Escala de Cornell - CAPD ≥ 9)
- Respiratória
PaO2/FIO2 ≤ 300 (LEVE) - CNAF (≥1,5 L/kg/min ou ≥ 30 L/min), VNI, não
respirador ou venturi; FIO2 ≥ 0,4 em todos os modos; (não severa)
SpO2/FIO2 ≤ 264 - CNAF (≥1,5 L/kg/min ou ≥30 L/min), VNI, não respirador ou
venturi; FIO2 ≥0,4 em todos os modos de suporte;
Insuficiência ventilatória (pulmão obstrutivo, asma, sem falha de
oxigenação) / NVI - CNAF (≥ 1,5 L/kg/min ou >= 30 L/min), VNI, ou venturi; FIO2 ≥
0,4 em todos os modos; (não severa);
80% ≤ SpO2 ≤ 97% Se em CNAF (≥1,5 L/kg/min ou ≥30 L/min), VNI, não
respirador ou venturi; FIO2 ≥ 0,4 em todos os modos de suporte
IO = (FIO2 × PAM × 100) / PaO2 ≥ 4 a <16 VMI (não severa) e >16 (Grave)
ISO = (FIO2 × MAP × 100) /SpO2 ≥ 5 a < 12,3 em VMI Quando 80% ≤ SpO2 ≤
97% (Leve) e ≥ 12,3, em VMI - Grave, quando 80% ≤ SpO2 ≤ 97%
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UTI Pediátrica 2022
Pediatric Organ Dysfunction Information Update Mandate (PODIUM) Contemporary Organ Dysfunction
Criteria: Executive Summary - PEDIATRICS Volume 149, number s1, January 2022
Critérios de Disfunção Orgânica em Pediatria
- Cardiovascular
Ecmo - Pressão sistólica - Score de drogas vasoativas
Lactato sérico
>= 3 a <5 (não severo)
>= 5 (severo)
Troponina I sérica - 0.6–2.0 ng/mL
Saturação de O2 venosa Central < 70%
Echocardiographia
Fraçao de ejeção
30% to <50% (não severo)
<30% (severo)
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Pediatric Organ Dysfunction Information Update Mandate (PODIUM) Contemporary Organ
Dysfunction Criteria: Executive Summary - PEDIATRICS Volume 149, number s1, January 2022
Critérios de Disfunção Orgânica em Pediatria
Renal
Débito urinário
< 0,5ml/kg/h >= 6 horas
<0,5ml/kg/h >= 12 horas
Creatinina sérica
Aumento 1,5 a 1,9 vezes da basal ou >= 0,3mg%
ou aumento >= a 2 vezes a basal, concomitante a redução do débito urinário
<0,5ml/kg/h >= 6 horas
RFG
eGFR Decrease to <35 mL/min/1.73m2, Excluindo neonatos <30 dias
Inicio de Terapia de substituição renal(exceto intoxicação e hiperamonemia)
Sobrecarga hídrica
20% após 48 horas da admissão em UTI
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Pediatric Organ Dysfunction Information Update Mandate (PODIUM) Contemporary Organ Dysfunction
Criteria: Executive Summary - PEDIATRICS Volume 149, number s1, January 2022
Critérios de pRIFLE 2007 KDIGO 2012
pRIPLE 2007 KDIGO
2012
Classe Cr sérica
estimada por
Schwartz
Diurese Estágio Cr sérica ou RFG Diurese
Risco eCC/h em l em
25%
< 0,5ml/kg em 8
horas
I Crs > 0,3mg% ou > 1,5 – 1,9
x a basal em < 48 horas
< 0,5ml/kg/h em 6 a
12 horas
Injúria eCCl em 50% < 0,5ml/kg em
16 horas
II Crs de 2 – 2,9 x a basal < 0,5ml/kg/h em 12
horas
Falência eCCl em 75% ou
eCCl <
35mL/min. /
1,73ml/m²
< 0,3ml/kg em
24 horas ou
anúria em 12
horas
III Crs de 3 c basal ou Crs >
4mg% ou inicio de TSR OU
EM < 18 anos eCCl <
35ml/min./1,73m²
< 0,3ml/kg/h em 24
horas ou anúria em
12 horas
Perda Falência > 4
semanas
Falência > 4
semanas
Falência > 4
semanas
Falência > 4 semanas Falência > 4
semanas
ESRF
(Terminal)
Falência > 3
meses
Falência > 3
meses
Falência > 3
meses
Falência > 3 meses Falência > 3 meses
OBS.: Pontuar em cima do maior desvio creatinina ou fluxo urinário
Critérios de Disfunção Orgânica em Pediatria
Endócrina:
- Glicemia < 150 mg/dL e <50 mg/dL
- Tiroxina total sérica <4,2 lg/dL
- Cortisol antes e depois da estimulação com ACTH;
Pico <18 lg/dL e/ou incremento de <9;
-Nível medido 30 minutos e 1 h após o estímulo;
.
Considerar em pacientes com suspeita clínica de suprarrenal primária:
-Hiponatremia inexplicada,
-Hipercalemia ,
-Hipoglicemia,
-Instabilidade hemodinâmica
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Pediatric Organ Dysfunction Information Update Mandate (PODIUM) Contemporary Organ Dysfunction
Criteria: Executive Summary - PEDIATRICS Volume 149, number s1, January 2022
Critérios de Disfunção Orgânica em Pediatria
Imunológica
Contagem absoluta de neutrófilos periféricos <500 células/lL
Contagem absoluta de linfócitos periféricos <1000 células/lL
Contagem de linfócitos T CD4
<750 células/lL Idade <1 ano
<500 células/lL Idade 1–5 anos
<200 células / lL Idade ≥ 6 anos
Porcentagem de linfócitos T CD4 dos linfócitos totais
<26% Idade <1 ano
<22% Idade 1–5 anos
<14% Idade ≥ 6 anos
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Pediatric Organ Dysfunction Information Update Mandate (PODIUM) Contemporary Organ Dysfunction
Criteria: Executive Summary - PEDIATRICS Volume 149, number s1, January 2022
CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
Grupo Santa - HSLS
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
● Hipotensão: sinal tardio de choque séptico na fase descompensada.
■ A Hipotensão NÃO se faz necessária para o diagnóstico de
choque séptico em crianças ( deve ser reconhecido antes da
hipotensão).
● A cada hora de atraso na restauração da perfusão tecidual e da pressão
arterial, aumenta duas vezes o risco de morte.
● Reconhecimento precoce e tratamento agressivo ( melhora o bom
prognóstico).
● Presença dos sinais acima, sem explicação, pense em sepse inicie as
medidas. Se não for sepse a antibioticoterapia poderá ser revista e
suspensa.
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
Infecção prévia:
Temperatura anormal: _____ °C
Hipotensão: _____ mmHg
Taquicardia: _____ bpm
Taquipneia: _____ irpm
Enchimento capilar alterado: > 3 seg ou < 1 seg
Estado mental alterado: _____
Pulso anormal: diminuídos OU amplos
Pele anormal: mosqueada, fria ou petéquias
Observação: Iniciar a terapêutica quando presença de hipotensão
OU; presença de três critérios positivos na triagem
OU presença de dois critérios positivos e condições
de alto risco.
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
● Prevenção e tratamento
● 1º hora:
○ Oxigenação
○ Monitorização
○ Acesso venoso, antibioticoterapia, coleta de exames,
○ Ressuscitação volêmica,
○ Correção de hipoglicemia e hipocalcemia,
○ Inotrópico ou vasopressor nas crianças em choque refratário a fluidos e
de acordo com o perfil hemodinâmico do choque.
○ Descrever procedimentos preventivos e tratamento para o quadro clínico
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
○ Monitorização:
● Admissão:
○ Monitorização hemodinâmica na 1º hora de choque;
○ Oximetria de pulso contínua
○ ECG contínuo
○ Pressão arterial (PA) de 15/15min
○ Temperatura
○ Débito urinário (h/h) por sonda vesical de demora
○ Ecocardiograma funcional (se disponível)
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
○ Oxigenação:
● Máscara não reinalante (desconforto respiratório e hipoxemia) e se
disponível, CPAP e/ou CN de alto fluxo de oxigênio. Objetivo: SO2 >
92%.
● Atenção:
○ Sedação, analgesia e VPP antes da ressuscitação volêmica podem
levar a queda da pré carga e instabilidade hemodinâmica na
intubação.
○ Pode haver disfunção ventricular diastólica e sistólica graves que
causam edema pulmonar, dessaturação durante a intubação,
portanto, considerar EPINEFRINA venosa antes do procedimento.
Grupo Santa - HSLS
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
● Acesso venoso:
○ Dois acessos periféricos e/ou intraósseo para ressuscitação
volêmica e administração inicial de inotrópicos,
○ Estabilização da criança e passagem de acesso venoso central.
○ Concentração máxima de epinefrina em veia
periférica de 20 mcg/ml.
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
● Exames sugeridos na 1ª hora
○ Proteína C Reativa
○ Gasometria Arterial e Lactato sérico
○ Hemograma completo
○ Provas de coagulação:
■ TAP, TTPA, fibrinogênio e d-dímero e ferritina (sangramento ou sinais
de gangrena periférica).
○ Bioquímica: Glicemia, Cálcio iônico, Na / K, Creatinina
○ Culturas direcionadas ao foco infeccioso
○ Se possível 2 amostras de hemocultura em sítios diferentes
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
● Identificação e fluxos
● Pedidos identificados (atendimento diferenciado pelo laboratório).
● Resultado do lactato em menos de 30 minutos.
● Hemocultura:
○ 1 vidro de hemocultura para lactentes e escolares
○ 2 vidros para adolescentes e adultos jovens.
○ Culturas de todos os outros sítios para investigação do foco.
● Crianças com choque séptico, comumente níveis normais de lactato.
● Na 1ª hora:
○ A critério do médico a coleta de outros exames: procalcitonina,
uréia, troponina, CPK, Na, K, cálcio iônico, TGO/TGP, bilirrubinas…
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
● Antimicrobiano:
● Antimicrobiano venoso, de amplo espectro, de acordo com o foco, na
1º h da identificação da sepse.
○ A prescrição deve ser entregue ao enfermeiro para administrá-lo
em menos de 30ʼ.
● Acesso periférico difícil em crianças pequenas (lactentes e
pré-escolares), administrar por via oral ou intramuscular.
● Não deve ser retardado para a coleta das culturas.
● Controle precoce e agressivo da fonte de infecção.
● Atraso do antibiótico, controle inadequado do sítio de infecção, não
remoção de dispositivos infectados estão associados a um aumento
da mortalidade na sepse.
Grupo Santa - HSLS
UTI Pediátrica 2022
CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
● Antimicrobiano na 1º hora:
○ Bactericidas / fungicidas, sem correção de dose para insuficiência
renal ou hepática.
○ Dose de ataque antes da infusão contínua
○ Ceftriaxona se foco domiciliar em criança hígida + Clindamicina na
Síndrome do choque tóxico ou suspeita de Streptococcus pyogenes.
○ Foco abdominal: Clindamicina e gentamicina ou piperacilina +
tazobactam ou ertapenem.
○ Crianças com doença de base, foco intra hospitalar ou internação
prévia recente: Vancomicina e cefepima ou meropenem.
● Considerar indicações de antivirais ou antifúngicos conforme o caso.
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
● Administração de fluídos:
● A ressuscitação volêmica:
○ Soluções cristalóides ringer e ringer lactato e na ausência, SF0,9% e
albumina a 5%.
■ Infundir 40 a 60mL/kg ou mais durante as primeiras horas.
■ Infundir em 20ml/kg em 5-10 minutos, na sepse grave e choque
séptico.
■ Reavaliar a perfusão, PA, SVO2 e Ecocardiograma funcional, entre as
infusões.
● Atenção:
○ Sinais de edema pulmonar (estertores crepitantes) e congestão
sistêmica (aumento do fígado), interromper infusões e iniciar
furosemida.
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
● Drogas inotrópicas:
○ Epinefrina: 0.05 a 0,3 mcg/kg/min e escalonar conforme a clínica.
○ Hipotensão refratária: Noradrenalina e/ou vasopressina.
○ Disfunção cardíaca no ecocardio funcional: Milrinona E/OU Dobutamina.
● Administração para crianças > 20 kg (diluição padrão):
○ Acesso periférico: Solução padrão
■ Epinefrina: 1mg/ml = 4 mg (4 mL) / 250 mL de SF ou SG 5% (16
mcg/mL) EV a 10 mL / h (0,13 mcg/kg/min).
● Dose: 0,05 mcg/kg/min a 2 mcg/kg/min; Concentração máxima:
10 mg/250 mL (Duke); 30 mg/ 250 mL (Lit).
■ Norepinefrina: 1 mg/mL: 4 mg / 250 mL SG 5% (16 mcg/mL)
( SF perda de potência por oxidação) = Dose: 0,1 a 2 mcg/kg/min.
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
● Vasopressina 20 unidades /mL:
○ Solução: 50 unidades / 50 mL de SF 0,9% (1 unidade/ mL);
■ Dose: 0,0003 - 0,002 mcg/kg/min e/ou (0,018 – 0,12 U/kg/h)
● Dobutamina 250 mg/ 20 mL:
○ Solução: 500 mg / 250 mL - SG 5% ( 2.000 mcg /mL)
■ Dose: 2 – 20 mcg/kg/min.
● Milrinona (1mg/mL):
○ Solução: 20 mg / 100 mL SG 5%/SF0,9% (200 mcg/mL);
■ Dose: 0,25 – 0,75 mcg/kg/min.
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
● Nível de hemoglobina:
○ Hb = ou > 7 g/dL
○ Hb = ou > a 9 g/dL (descompensados)
○ Hb < 5 g/dL), anemia grave (hemólise autoimune, sangramento ou crise de
falcização,
■ Concentrado de hemácias e evitar expandir com cristalóide.
● Corticóide:
● Púrpura fulminante ou uso crônico de corticosteróides.
○ Hidrocortisona 100 mg/m2/dia dividida em 3 doses ou em infusão contínua até
7 dias.
● Considerar na hipotensão refratária ao uso de noradrenalina (doses = ou > 0.5
mcg/kg/min.) e/ou vasopressina.
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
● Correção dos distúrbios metabólicos:
○ Hipoglicemia:
■ Lactentes e crianças: 1 g/kg de glicose com SG 25% 4 mL/kg);
■ Adolescentes: 1g/kg ou SG 25% 4 mL/kg ou SG 50% 2mL/kg;
○ Gluconato de Cálcio a 10%: 1 mL/kg, máximo de 20 mL, infusão em
30 minutos, em acesso central se for possível.
● Outras Recomendações
● PLASMA:
○ Distúrbio de coagulação e sangramento ativo e procedimento
invasivo;
● Plaquetas: < 50.000 mm3;
● Ventilação mecânica: estratégias de ventilação protetora;
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
● Sedação e analgesia:
○ etomidato (lesão adrenal) e propofol (hipotensão);
● Glicemia:
○ Glicemia abaixo de 180 mg%;
● Diuréticos:
○ Precoce, depois da estabilidade hemodinâmica, evitar balanço
hídrico acumulado positivo acima de 10% do peso corporal;
● Nutrição: preferência à nutrição enteral (meta aguda);
● Imunoglobulina: choque tóxico e fasciíte necrosante;
● Na 6º hora:
○ Avaliar o status da perfusão e novas disfunções orgânicas.
○ Gasometria e lactato arterial ou venoso, glicemia, cálcio iônico,
creatinina, Na / K, uréia, TGO e TGP, Coagulograma…
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
● Critérios de interrupção:
○ Primeiras 72 h:
■ Estabilização hemodinâmica (reduzir suporte inotrópico).
● Persistência de disfunção de múltiplos órgãos:
■ SAM (Hiperferritinemia, Disfunção Hepatobiliar e CIVD);
■ Complicações da Hipervolemia: PARDS (SARA) e IRA;
■ TAMOF – Plaquetas < 100.000 e IRA : (Foco não controlado)
● Rever os antibióticos
○ Infecção fúngica?
○ Abordagem cirúrgica (coleções ou necrose de alças);
○ Drogas imunossupressoras (reduzir ou suspender);
○ Imunodeficiência: imunoglobulinas, imunoterapia (GM-CSF);
○ Comorbidades: A evolução é secundária a DMOS persistente ou
deterioração sistêmica secundária às comorbidades (Diferênciar)
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
● Monitorização:
○ Após 01 hora
○ Choque refratário a fluidos: PVC e PAI (monitorização invasiva ou
minimamente invasiva).
○ Descrever medidas de monitorização para minimizar os sinais de
deterioração clínica;
○ Monitorização da SvO2%: gasometria venosa central seriada ou
monitorização contínua da SvO2;
○ Ecocardiograma funcional: DC e complacência da VCI;
○ Monitorização da pressão de perfusão:
■ PP: PAM – PVC
■ PP: PAM – PIA
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Fluxograma da Sepse Pediátrica (ILAS)
Grupo Santa - HSLS
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Fluxograma da Sepse Pediátrica - 2º PASSO
Grupo Santa - HSLS
UTI Pediátrica 2022
Fluxograma da Sepse Pediátrica - 2º PASSO
Grupo Santa - HSLS
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
● Critérios de alta:
○ Parâmetros hemodinâmicos e respiratório estáveis,
○ Via aérea pérvia,
○ Gasometria arterial estável,
○ Requisitos mínimos de oxigênio,
○ Monitorização da pressão intracraniana removida,
○ Estabilidade neurológica com controle de convulsões,
○ Pacientes com vias aéreas artificiais (traqueostomia), que já não
necessitam de aspiração excessiva,
○ Retirada da terapia de substituição renal com resolução de doença grave.
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
● Cuidados especiais: (Cumprir as metas)
○ Tempo de Exames Laboratoriais
○ Descrever casos especiais para aplicação do protocolo
Lactato: Em até 1 hora após solicitação do exame
Laboratório completo Em até 1 hora após a solicitação do exame
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
● Pontos chaves para sucesso do protocolo
○ Hemoculturas e culturas dos sítios pertinentes ao foco em suspeita antes
da administração da primeira dose de antimicrobianos;
○ A coleta da hemocultura, não pode atrasar a dose do antimicrobiano;
○ Dose do antimicrobiano em até uma hora após o diagnóstico;
○ Antimicrobianos de amplo espectro, bactericidas / fungicidas, sem
correção de dose para insuficiência renal ou hepática;
○ Reavalie o antimicrobiano, com o resultados de cultura disponível;
○ Tempo curto de tratamento de 7 a 10 dias (gravidade e evolução);
○ Suspenda os antimicrobianos, caso seja afastada a hipótese de infecção;
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CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO
● Indicadores:
○ Coleta de hemocultura antes do antibiótico;
○ Administração de antibiótico de amplo espectro na primeira hora;
○ Aderência ao protocolo de Sepse 1 e 6 horas;
○ Mortalidade por Sepse;
○ Mortalidade por Choque Séptico;
○ Mortalidade Hospitalar;
○ Mortalidade Geral;
○ Descrever os indicadores de resultados a serem mensurados
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  • 1. Sepse Pediátrica Sidney Cunha da Silva UTI Pediátrica / 2022 Hospital Santa Lúcia Sul
  • 2. Sepse Pediátrica ● Conceito: SEPSE - é a presença de disfunção orgânica ameaçadora à vida em decorrência da resposta desregulada do organismo a uma infecção, seja ela causada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários. ● ○ SRIS (Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica) ■ 2 critérios (alteração da temperatura ou nº de leucócitos); ○ Sepse: “SRIS” secundária a processo infeccioso confirmado ou suspeito, sem necessidade de identificação do agente infeccioso. ○ Sepse grave: associação com disfunção orgânica ou sinais de hipoperfusão (hipotensão ou não, hipoxemia, acidose lática, oligúria e alteração aguda do sensório). ○ Choque séptico: associação com falência circulatória aguda. ● Infecção prévia, Hipertermia e/ou Hipotermia, Alteração do sensório e/ou Convulsões, Desconforto respiratório, Intolerância alimentar, Distúrbios de perfusão, ○ PENSE EM SEPSE. Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 3. Sepse Pediátrica ● Condições de Risco ○ ALTO RISCO ■ Malignidade; ■ Asplenia; ■ Doença falciforme; ■ Transplante de medula óssea; ■ Presença de cateter central; ■ Transplante de órgão sólido; ■ Paralisia cerebral grave; ■ Imunodeficiência ou imunodepressão. Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 4. Sepse Pediátrica ● Sinais de alarme ○ Pele fria, úmida ou pegajosa; ○ Coloração da pele pálida ou cianótica / petéquias / moteamento; ○ Temperatura axilar < 36° C; ○ Temperatura axilar > 38,5° C; ○ Inconsciência e hipotonia; ○ Letargia; ○ Alteração do sensório; ○ Convulsões; ○ Desconforto respiratório ou respiração ruidosa; ○ Frequência respiratória > 60; Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 5. Sepse Pediátrica ● Critérios de inclusão: ● Para a inclusão: pacientes acima de 29 dias e até 12 anos, 11 meses e 29 dias de idade. ● Segundo tabela abaixo: Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 6. Sepse Pediátrica ● 5 - Critérios exclusão: ○ Bebês < de 29 dias - Protocolo de Sepse Neonatal e crianças > 13 anos - Protocolo de sepse adulto. ○ Paciente fora de possibilidade terapêutica e com ordem de não reanimação. Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 7. Sepse Pediátrica ● História clínica e Exame Físico ● Foco: ○ Sistema cardiorrespiratório (SatO2, FR, FC, PA, TEC, amplitude de pulsos, nível de consciência e diurese) ● Suspeitar de sepse em todos os pacientes com INFECÇÃO. ○ SIRS são frequentes em crianças, (alterações de temperatura, taquicardia e taquipneia), mesmo em infecções de pouca gravidade e/ou outras comodidades não infecciosas. ○ Reconhecimento precoce (melhora a sobrevida). ○ Reconhecer antes da hipotensão (choque descompensado) critérios clínicos. Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 8. Sepse Pediátrica ● Reavaliação clínica ○ Após cada intervenção, avalia-se o estado hemodinâmico do paciente e a necessidade ou não de alterarmos a conduta. ■ O exame físico: ● Sistema cardiorrespiratório (SatO2, FR, FC, PA, TEC, amplitude de pulsos, nível de consciência e diurese). ● O diagnóstico deve ser clínico. ● Os exames: ○ Distúrbios metabólicos e disfunções associadas, devem ser monitoradas e corrigidas. ■ 1ª e 6ª hora Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 10. Sepse Pediátrica Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 11. Sepse Pediátrica ○ Taquicardia - ■ (FC) > 2 (DP) acima do normal para idade na ausência de estímulos externos; ou elevação inexplicável entre 0,5 a 4 h; ○ Bradicardia ■ FC < percentil 10 para idade na ausência de estímulos externos, drogas β-bloqueadoras ou doença cardíaca congênita; ou redução inexplicável por um período de tempo de 30 minutos; ○ Taquipnéia ■ FR > 2 DP acima do normal para idade OU Ventilação mecânica devido a um processo agudo não relacionado à doença neuromuscular ou necessidade de anestesia geral; Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 12. Diagnóstico de Sepse Pediátrica BJA Education - Volume 21, Number 2, 2021
  • 13. Critérios de Disfunção Orgânica em Pediatria -Neurológica (ECG ≤ 8 - Escala de Cornell - CAPD ≥ 9) - Respiratória PaO2/FIO2 ≤ 300 (LEVE) - CNAF (≥1,5 L/kg/min ou ≥ 30 L/min), VNI, não respirador ou venturi; FIO2 ≥ 0,4 em todos os modos; (não severa) SpO2/FIO2 ≤ 264 - CNAF (≥1,5 L/kg/min ou ≥30 L/min), VNI, não respirador ou venturi; FIO2 ≥0,4 em todos os modos de suporte; Insuficiência ventilatória (pulmão obstrutivo, asma, sem falha de oxigenação) / NVI - CNAF (≥ 1,5 L/kg/min ou >= 30 L/min), VNI, ou venturi; FIO2 ≥ 0,4 em todos os modos; (não severa); 80% ≤ SpO2 ≤ 97% Se em CNAF (≥1,5 L/kg/min ou ≥30 L/min), VNI, não respirador ou venturi; FIO2 ≥ 0,4 em todos os modos de suporte IO = (FIO2 × PAM × 100) / PaO2 ≥ 4 a <16 VMI (não severa) e >16 (Grave) ISO = (FIO2 × MAP × 100) /SpO2 ≥ 5 a < 12,3 em VMI Quando 80% ≤ SpO2 ≤ 97% (Leve) e ≥ 12,3, em VMI - Grave, quando 80% ≤ SpO2 ≤ 97% Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022 Pediatric Organ Dysfunction Information Update Mandate (PODIUM) Contemporary Organ Dysfunction Criteria: Executive Summary - PEDIATRICS Volume 149, number s1, January 2022
  • 14. Critérios de Disfunção Orgânica em Pediatria - Cardiovascular Ecmo - Pressão sistólica - Score de drogas vasoativas Lactato sérico >= 3 a <5 (não severo) >= 5 (severo) Troponina I sérica - 0.6–2.0 ng/mL Saturação de O2 venosa Central < 70% Echocardiographia Fraçao de ejeção 30% to <50% (não severo) <30% (severo) Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022 Pediatric Organ Dysfunction Information Update Mandate (PODIUM) Contemporary Organ Dysfunction Criteria: Executive Summary - PEDIATRICS Volume 149, number s1, January 2022
  • 15. Critérios de Disfunção Orgânica em Pediatria Renal Débito urinário < 0,5ml/kg/h >= 6 horas <0,5ml/kg/h >= 12 horas Creatinina sérica Aumento 1,5 a 1,9 vezes da basal ou >= 0,3mg% ou aumento >= a 2 vezes a basal, concomitante a redução do débito urinário <0,5ml/kg/h >= 6 horas RFG eGFR Decrease to <35 mL/min/1.73m2, Excluindo neonatos <30 dias Inicio de Terapia de substituição renal(exceto intoxicação e hiperamonemia) Sobrecarga hídrica 20% após 48 horas da admissão em UTI Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022 Pediatric Organ Dysfunction Information Update Mandate (PODIUM) Contemporary Organ Dysfunction Criteria: Executive Summary - PEDIATRICS Volume 149, number s1, January 2022
  • 16. Critérios de pRIFLE 2007 KDIGO 2012 pRIPLE 2007 KDIGO 2012 Classe Cr sérica estimada por Schwartz Diurese Estágio Cr sérica ou RFG Diurese Risco eCC/h em l em 25% < 0,5ml/kg em 8 horas I Crs > 0,3mg% ou > 1,5 – 1,9 x a basal em < 48 horas < 0,5ml/kg/h em 6 a 12 horas Injúria eCCl em 50% < 0,5ml/kg em 16 horas II Crs de 2 – 2,9 x a basal < 0,5ml/kg/h em 12 horas Falência eCCl em 75% ou eCCl < 35mL/min. / 1,73ml/m² < 0,3ml/kg em 24 horas ou anúria em 12 horas III Crs de 3 c basal ou Crs > 4mg% ou inicio de TSR OU EM < 18 anos eCCl < 35ml/min./1,73m² < 0,3ml/kg/h em 24 horas ou anúria em 12 horas Perda Falência > 4 semanas Falência > 4 semanas Falência > 4 semanas Falência > 4 semanas Falência > 4 semanas ESRF (Terminal) Falência > 3 meses Falência > 3 meses Falência > 3 meses Falência > 3 meses Falência > 3 meses OBS.: Pontuar em cima do maior desvio creatinina ou fluxo urinário
  • 17. Critérios de Disfunção Orgânica em Pediatria Endócrina: - Glicemia < 150 mg/dL e <50 mg/dL - Tiroxina total sérica <4,2 lg/dL - Cortisol antes e depois da estimulação com ACTH; Pico <18 lg/dL e/ou incremento de <9; -Nível medido 30 minutos e 1 h após o estímulo; . Considerar em pacientes com suspeita clínica de suprarrenal primária: -Hiponatremia inexplicada, -Hipercalemia , -Hipoglicemia, -Instabilidade hemodinâmica Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022 Pediatric Organ Dysfunction Information Update Mandate (PODIUM) Contemporary Organ Dysfunction Criteria: Executive Summary - PEDIATRICS Volume 149, number s1, January 2022
  • 18. Critérios de Disfunção Orgânica em Pediatria Imunológica Contagem absoluta de neutrófilos periféricos <500 células/lL Contagem absoluta de linfócitos periféricos <1000 células/lL Contagem de linfócitos T CD4 <750 células/lL Idade <1 ano <500 células/lL Idade 1–5 anos <200 células / lL Idade ≥ 6 anos Porcentagem de linfócitos T CD4 dos linfócitos totais <26% Idade <1 ano <22% Idade 1–5 anos <14% Idade ≥ 6 anos Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022 Pediatric Organ Dysfunction Information Update Mandate (PODIUM) Contemporary Organ Dysfunction Criteria: Executive Summary - PEDIATRICS Volume 149, number s1, January 2022
  • 19. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 20. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ● Hipotensão: sinal tardio de choque séptico na fase descompensada. ■ A Hipotensão NÃO se faz necessária para o diagnóstico de choque séptico em crianças ( deve ser reconhecido antes da hipotensão). ● A cada hora de atraso na restauração da perfusão tecidual e da pressão arterial, aumenta duas vezes o risco de morte. ● Reconhecimento precoce e tratamento agressivo ( melhora o bom prognóstico). ● Presença dos sinais acima, sem explicação, pense em sepse inicie as medidas. Se não for sepse a antibioticoterapia poderá ser revista e suspensa. Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 21. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO Infecção prévia: Temperatura anormal: _____ °C Hipotensão: _____ mmHg Taquicardia: _____ bpm Taquipneia: _____ irpm Enchimento capilar alterado: > 3 seg ou < 1 seg Estado mental alterado: _____ Pulso anormal: diminuídos OU amplos Pele anormal: mosqueada, fria ou petéquias Observação: Iniciar a terapêutica quando presença de hipotensão OU; presença de três critérios positivos na triagem OU presença de dois critérios positivos e condições de alto risco. Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 22. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ● Prevenção e tratamento ● 1º hora: ○ Oxigenação ○ Monitorização ○ Acesso venoso, antibioticoterapia, coleta de exames, ○ Ressuscitação volêmica, ○ Correção de hipoglicemia e hipocalcemia, ○ Inotrópico ou vasopressor nas crianças em choque refratário a fluidos e de acordo com o perfil hemodinâmico do choque. ○ Descrever procedimentos preventivos e tratamento para o quadro clínico Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 23. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ○ Monitorização: ● Admissão: ○ Monitorização hemodinâmica na 1º hora de choque; ○ Oximetria de pulso contínua ○ ECG contínuo ○ Pressão arterial (PA) de 15/15min ○ Temperatura ○ Débito urinário (h/h) por sonda vesical de demora ○ Ecocardiograma funcional (se disponível) Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 24. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ○ Oxigenação: ● Máscara não reinalante (desconforto respiratório e hipoxemia) e se disponível, CPAP e/ou CN de alto fluxo de oxigênio. Objetivo: SO2 > 92%. ● Atenção: ○ Sedação, analgesia e VPP antes da ressuscitação volêmica podem levar a queda da pré carga e instabilidade hemodinâmica na intubação. ○ Pode haver disfunção ventricular diastólica e sistólica graves que causam edema pulmonar, dessaturação durante a intubação, portanto, considerar EPINEFRINA venosa antes do procedimento. Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 25. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ● Acesso venoso: ○ Dois acessos periféricos e/ou intraósseo para ressuscitação volêmica e administração inicial de inotrópicos, ○ Estabilização da criança e passagem de acesso venoso central. ○ Concentração máxima de epinefrina em veia periférica de 20 mcg/ml. Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 26. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ● Exames sugeridos na 1ª hora ○ Proteína C Reativa ○ Gasometria Arterial e Lactato sérico ○ Hemograma completo ○ Provas de coagulação: ■ TAP, TTPA, fibrinogênio e d-dímero e ferritina (sangramento ou sinais de gangrena periférica). ○ Bioquímica: Glicemia, Cálcio iônico, Na / K, Creatinina ○ Culturas direcionadas ao foco infeccioso ○ Se possível 2 amostras de hemocultura em sítios diferentes Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 27. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ● Identificação e fluxos ● Pedidos identificados (atendimento diferenciado pelo laboratório). ● Resultado do lactato em menos de 30 minutos. ● Hemocultura: ○ 1 vidro de hemocultura para lactentes e escolares ○ 2 vidros para adolescentes e adultos jovens. ○ Culturas de todos os outros sítios para investigação do foco. ● Crianças com choque séptico, comumente níveis normais de lactato. ● Na 1ª hora: ○ A critério do médico a coleta de outros exames: procalcitonina, uréia, troponina, CPK, Na, K, cálcio iônico, TGO/TGP, bilirrubinas… Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 28. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ● Antimicrobiano: ● Antimicrobiano venoso, de amplo espectro, de acordo com o foco, na 1º h da identificação da sepse. ○ A prescrição deve ser entregue ao enfermeiro para administrá-lo em menos de 30ʼ. ● Acesso periférico difícil em crianças pequenas (lactentes e pré-escolares), administrar por via oral ou intramuscular. ● Não deve ser retardado para a coleta das culturas. ● Controle precoce e agressivo da fonte de infecção. ● Atraso do antibiótico, controle inadequado do sítio de infecção, não remoção de dispositivos infectados estão associados a um aumento da mortalidade na sepse. Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 29. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ● Antimicrobiano na 1º hora: ○ Bactericidas / fungicidas, sem correção de dose para insuficiência renal ou hepática. ○ Dose de ataque antes da infusão contínua ○ Ceftriaxona se foco domiciliar em criança hígida + Clindamicina na Síndrome do choque tóxico ou suspeita de Streptococcus pyogenes. ○ Foco abdominal: Clindamicina e gentamicina ou piperacilina + tazobactam ou ertapenem. ○ Crianças com doença de base, foco intra hospitalar ou internação prévia recente: Vancomicina e cefepima ou meropenem. ● Considerar indicações de antivirais ou antifúngicos conforme o caso. Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 30. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ● Administração de fluídos: ● A ressuscitação volêmica: ○ Soluções cristalóides ringer e ringer lactato e na ausência, SF0,9% e albumina a 5%. ■ Infundir 40 a 60mL/kg ou mais durante as primeiras horas. ■ Infundir em 20ml/kg em 5-10 minutos, na sepse grave e choque séptico. ■ Reavaliar a perfusão, PA, SVO2 e Ecocardiograma funcional, entre as infusões. ● Atenção: ○ Sinais de edema pulmonar (estertores crepitantes) e congestão sistêmica (aumento do fígado), interromper infusões e iniciar furosemida. Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 31. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ● Drogas inotrópicas: ○ Epinefrina: 0.05 a 0,3 mcg/kg/min e escalonar conforme a clínica. ○ Hipotensão refratária: Noradrenalina e/ou vasopressina. ○ Disfunção cardíaca no ecocardio funcional: Milrinona E/OU Dobutamina. ● Administração para crianças > 20 kg (diluição padrão): ○ Acesso periférico: Solução padrão ■ Epinefrina: 1mg/ml = 4 mg (4 mL) / 250 mL de SF ou SG 5% (16 mcg/mL) EV a 10 mL / h (0,13 mcg/kg/min). ● Dose: 0,05 mcg/kg/min a 2 mcg/kg/min; Concentração máxima: 10 mg/250 mL (Duke); 30 mg/ 250 mL (Lit). ■ Norepinefrina: 1 mg/mL: 4 mg / 250 mL SG 5% (16 mcg/mL) ( SF perda de potência por oxidação) = Dose: 0,1 a 2 mcg/kg/min. Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 32. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ● Vasopressina 20 unidades /mL: ○ Solução: 50 unidades / 50 mL de SF 0,9% (1 unidade/ mL); ■ Dose: 0,0003 - 0,002 mcg/kg/min e/ou (0,018 – 0,12 U/kg/h) ● Dobutamina 250 mg/ 20 mL: ○ Solução: 500 mg / 250 mL - SG 5% ( 2.000 mcg /mL) ■ Dose: 2 – 20 mcg/kg/min. ● Milrinona (1mg/mL): ○ Solução: 20 mg / 100 mL SG 5%/SF0,9% (200 mcg/mL); ■ Dose: 0,25 – 0,75 mcg/kg/min. Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 33. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ● Nível de hemoglobina: ○ Hb = ou > 7 g/dL ○ Hb = ou > a 9 g/dL (descompensados) ○ Hb < 5 g/dL), anemia grave (hemólise autoimune, sangramento ou crise de falcização, ■ Concentrado de hemácias e evitar expandir com cristalóide. ● Corticóide: ● Púrpura fulminante ou uso crônico de corticosteróides. ○ Hidrocortisona 100 mg/m2/dia dividida em 3 doses ou em infusão contínua até 7 dias. ● Considerar na hipotensão refratária ao uso de noradrenalina (doses = ou > 0.5 mcg/kg/min.) e/ou vasopressina. Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 34. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ● Correção dos distúrbios metabólicos: ○ Hipoglicemia: ■ Lactentes e crianças: 1 g/kg de glicose com SG 25% 4 mL/kg); ■ Adolescentes: 1g/kg ou SG 25% 4 mL/kg ou SG 50% 2mL/kg; ○ Gluconato de Cálcio a 10%: 1 mL/kg, máximo de 20 mL, infusão em 30 minutos, em acesso central se for possível. ● Outras Recomendações ● PLASMA: ○ Distúrbio de coagulação e sangramento ativo e procedimento invasivo; ● Plaquetas: < 50.000 mm3; ● Ventilação mecânica: estratégias de ventilação protetora; Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 35. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ● Sedação e analgesia: ○ etomidato (lesão adrenal) e propofol (hipotensão); ● Glicemia: ○ Glicemia abaixo de 180 mg%; ● Diuréticos: ○ Precoce, depois da estabilidade hemodinâmica, evitar balanço hídrico acumulado positivo acima de 10% do peso corporal; ● Nutrição: preferência à nutrição enteral (meta aguda); ● Imunoglobulina: choque tóxico e fasciíte necrosante; ● Na 6º hora: ○ Avaliar o status da perfusão e novas disfunções orgânicas. ○ Gasometria e lactato arterial ou venoso, glicemia, cálcio iônico, creatinina, Na / K, uréia, TGO e TGP, Coagulograma… Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 36. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ● Critérios de interrupção: ○ Primeiras 72 h: ■ Estabilização hemodinâmica (reduzir suporte inotrópico). ● Persistência de disfunção de múltiplos órgãos: ■ SAM (Hiperferritinemia, Disfunção Hepatobiliar e CIVD); ■ Complicações da Hipervolemia: PARDS (SARA) e IRA; ■ TAMOF – Plaquetas < 100.000 e IRA : (Foco não controlado) ● Rever os antibióticos ○ Infecção fúngica? ○ Abordagem cirúrgica (coleções ou necrose de alças); ○ Drogas imunossupressoras (reduzir ou suspender); ○ Imunodeficiência: imunoglobulinas, imunoterapia (GM-CSF); ○ Comorbidades: A evolução é secundária a DMOS persistente ou deterioração sistêmica secundária às comorbidades (Diferênciar) Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 37. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ● Monitorização: ○ Após 01 hora ○ Choque refratário a fluidos: PVC e PAI (monitorização invasiva ou minimamente invasiva). ○ Descrever medidas de monitorização para minimizar os sinais de deterioração clínica; ○ Monitorização da SvO2%: gasometria venosa central seriada ou monitorização contínua da SvO2; ○ Ecocardiograma funcional: DC e complacência da VCI; ○ Monitorização da pressão de perfusão: ■ PP: PAM – PVC ■ PP: PAM – PIA Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 38. Fluxograma da Sepse Pediátrica (ILAS) Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 39. Fluxograma da Sepse Pediátrica - 2º PASSO Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 40. Fluxograma da Sepse Pediátrica - 2º PASSO Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 41. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ● Critérios de alta: ○ Parâmetros hemodinâmicos e respiratório estáveis, ○ Via aérea pérvia, ○ Gasometria arterial estável, ○ Requisitos mínimos de oxigênio, ○ Monitorização da pressão intracraniana removida, ○ Estabilidade neurológica com controle de convulsões, ○ Pacientes com vias aéreas artificiais (traqueostomia), que já não necessitam de aspiração excessiva, ○ Retirada da terapia de substituição renal com resolução de doença grave. Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 42. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ● Cuidados especiais: (Cumprir as metas) ○ Tempo de Exames Laboratoriais ○ Descrever casos especiais para aplicação do protocolo Lactato: Em até 1 hora após solicitação do exame Laboratório completo Em até 1 hora após a solicitação do exame Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 43. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ● Pontos chaves para sucesso do protocolo ○ Hemoculturas e culturas dos sítios pertinentes ao foco em suspeita antes da administração da primeira dose de antimicrobianos; ○ A coleta da hemocultura, não pode atrasar a dose do antimicrobiano; ○ Dose do antimicrobiano em até uma hora após o diagnóstico; ○ Antimicrobianos de amplo espectro, bactericidas / fungicidas, sem correção de dose para insuficiência renal ou hepática; ○ Reavalie o antimicrobiano, com o resultados de cultura disponível; ○ Tempo curto de tratamento de 7 a 10 dias (gravidade e evolução); ○ Suspenda os antimicrobianos, caso seja afastada a hipótese de infecção; Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
  • 44. CHOQUE SÉPTICO PEDIÁTRICO ● Indicadores: ○ Coleta de hemocultura antes do antibiótico; ○ Administração de antibiótico de amplo espectro na primeira hora; ○ Aderência ao protocolo de Sepse 1 e 6 horas; ○ Mortalidade por Sepse; ○ Mortalidade por Choque Séptico; ○ Mortalidade Hospitalar; ○ Mortalidade Geral; ○ Descrever os indicadores de resultados a serem mensurados Grupo Santa - HSLS UTI Pediátrica 2022
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