2. O choque séptico é uma infecção generalizada
que acontece quando as bactérias, fungos ou
vírus de uma infecção local chegam à corrente
sanguínea atingindo todo o corpo. Provoca uma
diminuição da pressão arterial dificultando a
chegada de sangue e de oxigênio no cérebro,
coração, rins e outros órgãos.
O choque séptico tem uma alta taxa de
mortalidade, e pode ser curado quando o
indivíduo é tratado rapidamente, mas o quadro
pode não melhorar e evoluir para a morte, se o
indivíduo tiver outras doenças associadas.
3. Algumas definições:
Infecção: fenômeno microbiano, caracterizado por uma
resposta inflamatória à presença de microorganismos ou à
invasão de tecidos normalmente estéreis por estes
organismos;
Bacteremia: presença de bactérias viáveis na corrente ;
Sete: resposta inflamatória à infecção;
Choque séptico: sepse relacionada com hipotensão, apesar
da adequada reposição volêmica com a presença de
anormalidades da perfusão que podem estar associadas à
acidose metabólica, oligúria ou alteração aguda do estado
mental.
Síndrome da disfunção de múltiplos órgãos (SDMO):
presença da alteração na função orgânica, em um paciente
agudamente enfermo;
4. A origem do choque séptico vem a partir de uma inflamação causada por algum
agente infeccioso, que migra ou insere toxinas na corrente sanguínea, desencadeando a
ativação excessiva de células de defesa resultando numa anarquia metabólica ( Excessiva
ação inflamatória e excessiva ativação de células fagocitárias) desencadeando uma série
de fatores sanguíneos formando um efeito de cascata inflamatória no organismo.
Durante a resposta imunológica os macrófagos irão aumentar o consumo de oxigênio e
de enzimas que descontroladamente podem causar danos na homeostasia. Esse
processo irá desencadear a partir da intensa resposta celular a disfunções
cardiovasculares, pulmonares, neurológicas, renais, gastrointestinais, hepáticas,
volêmicas e metabólicas, ocasionando alguns dos sintomas do choque séptico e
podendo levar a síndrome de disfunção de múltiplos órgãos (SDMO).
5. O choque séptico ocorre mais frequentemente em recém-nascidos, em
indivíduos com mais de 50 anos de idade e naqueles com
comprometimento do sistema imune. A sua gravidade é maior quando a
contagem leucocitária encontra-se baixa, como ocorre em indivíduos com
câncer e que fazem uso de drogas antineoplásicas ou que apresentam
doenças crônicas como diabetes e cirrose.
O choque séptico é causado por toxinas produzidas por certas bactérias
e por citosinas, que são substâncias sintetizadas pelo sistema imune para
combater as infecções. Os vasos sanguíneos dilatam, produzindo queda da
pressão arterial apesar do aumento da frequência cardíaca e do volume de
sangue bombeado. Os vasos sanguíneos também podem tornar-se mais
permeáveis, permitindo o escape de líquido da corrente sanguínea para os
tecidos, o fluxo sanguíneo aos órgãos vitais, sobretudo aos rins e ao
cérebro, diminui. Posteriormente, os vasos sanguíneos contraem em uma
tentativa de elevar a pressão arterial, mas o débito cardíaco diminui e,
consequentemente, a pressão arterial permanece muito baixa.
6. Infecção;
Febre alta;
Frequência cardíaca maior que 90 bpm;
Frequência respiratória maior que 20 rpm (respiração
rápida);
Leucócitos acima de 12 000 ou abaixo de 4 000 cel/mm3;
Pressão muito baixa;
Inchaço;
Pouca urina;
Diminuição das plaquetas sanguíneas;
Dificuldade em respirar ;
Perda da consciência ou confusão mental.
7. O tratamento para o choque séptico
requer a toma de antibióticos. Além disso
é preciso que o indivíduo respire por
aparelhos, receba sangue, medicamentos
para regularizar a pressão arterial e a
função renal. O paciente diagnosticado
com choque séptico deve ser internado
na UTI (Unidade de terapia intensiva) até
a sua alta.
8. Controlar infecção com uso de antibióticos.
Verificar a manutenção da ventilação e oxigenação adequadas.
Proceder a correção da volemia.
Manutenção da pressão arterial.
Instalar monitor cardíaco.
Avaliar padrão respiratório.
Administrar medicação prescrita ou de acordo com o protocolo da
instituição.
Colher material para exames laboratoriais.
Avaliar o estado de consciência.
Aferir sinais vitais.
Caso necessário auxiliar na entubação e ligar ventilador mecânico.
Demais cuidado como higienização e mudança de decúbito.
9. Maria Aparecida Alves
Silvia Cristina de Miranda Afonso
Lindiane Eloisa de Lima
Fabiana