SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 15
Baixar para ler offline
ESCOLA MUNICIPAL DE SAÚDE MARIA CAROLA KELLER
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
ENFERMEIRO ALAN REGIS RAMOS DA SILVA
Cuidados de enfermagem durante o óbito
e pós-óbito
2
INTRODUÇÃO
Temas relacionados à morte ou como abordar doenças que não possuem
tratamento ainda são pouco presentes durante a formação dos profissionais
da saúde e, para colaborar com o despreparo teórico, as experiências práticas
destinadas à formação profissional ainda são muito focadas no aspecto
curativo das doenças e insuficientes em preparar o profissional para uma
realidade na qual muitas doenças não têm cura.
3
ÓBITO E PÓS-ÓBITO
A morte não é um acontecimento que deve ser temido ou enfrentado a
todo custo diante de doenças progressivas e intratáveis, contudo, deve ser
compreendida como um aspecto natural do avanço de muitas doenças e
até da trajetória da própria vida
4
ÓBITO E PÓS-ÓBITO
A partir desse novo olhar a ser construído, os profissionais inseridos no
cuidado direto devem estar preparados para identificar pacientes que se
aproximam do momento final de vida, pois a identificação da proximidade
da morte permite a elaboração de um novo plano de cuidados onde as ações
são direcionadas para o conforto e bem estar do paciente e acolhimento dos
familiares diante do sofrimento e luto.
5
ÓBITO E PÓS-ÓBITO
Como função prática, constatar o óbito é responsabilidade da equipe
médica, no entanto, todo o cuidado a ser prestado no pós-óbito é função da
equipe de enfermagem. Segundo o Art. 19 do Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem (CEPE), os profissionais têm o dever de
respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade do ser humano, em todo seu
ciclo vital, inclusive nas situações de morte e pós-morte.
6
PRINCIPAIS AÇÕES DE ENFERMAGEM
Idealmente, uma vez que é identificado a proximidade com a fase final de
vida os pacientes devem ser mantidos em quartos individuais onde
familiares orientados sobre o processo possam ficar próximos. Visitas
devem ser liberadas de acordo com o que foi estabelecido entre
familiares e desejo prévio do paciente.
7
PRINCIPAIS AÇÕES DE ENFERMAGEM
O ambiente deve ser calmo, com pouco trânsito de pessoas e as
intervenções devem ser minimamente invasivas com objetivo de manter
o paciente confortável até o momento de partida.
8
DURANTE O ÓBITO IMEDIATO
DEVEMOS ACOLHER FAMILIARES E DEIXAR O PACIENTE EM POSIÇÃO
DIGNA EM UM AMBIENTE CALMO
9
DURANTE O ÓBITO IMEDIATO
10
A equipe médica deve constatar a morte;
A comunicação da morte pode ser realizada pelo enfermeiro e deve
ser balizada de acordo com protocolo da instituição;
Desligar aparelhos ou equipamentos que emitem sinais sonoros;
Proteger a privacidade do paciente e familiares.
Em quartos compartilhados deve-se utilizar biombos e restringir o trânsito de
pessoas neste momento;
Pedir licença à família durante o manuseio do familiar que acabou de partir;
Desconectar dispositivos que estejam em funcionamento durante o óbito
(ex.: infusão de medicações);
Manter o silêncio e ambiente calmo;
DURANTE O ÓBITO IMEDIATO
11
Acolher familiares, ofertar conforto;
Posicionar o paciente em decúbito dorsal e braços posicionados ao lado do corpo,
retirar travesseiros e almofadas;
Cobrir com um lençol até o ombro;
Elevar levemente a cabeceira;
Se necessário, colocar prótese dentária;
Cerrar os olhos e fechar a boca
(obs: se necessário posicionar um coxim abaixo da mandíbula);
Respeitar o momento da família se despedir;
Perguntar se familiares querem um momento à sós com o paciente
e explicar a necessidade de cuidados de enfermagem após o momento de despedida;
Respeitar rituais religiosos e espiritualidade da família.
PREPARO DO CORPO PÓS-ÓBITO
12
Comunicar familiares sobre a necessidade de preparar o corpo;
Solicitar que aguardem do lado de fora do quarto;
Orientar e esclarecer dúvidas;Se necessário, encaminhar ao serviço de assistência
social para orientações gerais;
Questionar algum costume ou ritual que deva ser respeitado;
Reunir o material que será utilizado próximo ao paciente;
Utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs);
Seguir o protocolo institucional para o tamponamento, oclusão de orifícios e
drenagem de fluídos.
Retirar dispositivos e cateteres;
Realizar curativos se necessários;
PREPARO DO CORPO PÓS-ÓBITO
13
Manter a aparência mais próximo do natural antes do enrijecimento cadavérico
(rigor mortis), decúbito dorsal, mãos juntas acima da região epigástrica e pés juntos;
Identificar o corpo de acordo com padrão da instituição;
Cobrir com a proteção padrão da instituição (ex: lençol) para o trânsito até lugar
destinado. Desde que possível evitar o encaminhamento na frente dos familiares;
Retirar EPIs após o manuseio do corpo
Higienizar as mãos sempre que necessário ;
Materiais devem ser descartados ou encaminhados ao expurgo;
Os pertences do paciente devem ser reunidos e entregues ao familiar responsável.
Realizar anotações de enfermagem: data e horário do óbito, detalhes importantes,
nome do médico que constatou o óbito, cuidados realizados, horário de transferência,
quem recebeu os pertences e intercorrências que forem importantes;
Solicitar limpeza terminal do leito.
OS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DIANTE DO
ÓBITO!
14
Para aspectos práticos do cotidiano dos profissionais de enfermagem é importante
que cada instituição possua treinamentos e protocolos que padronizem as ações
durante o momento do óbito.
Além disso, é importante lembrar que os profissionais de saúde não estão
imunes ao luto ou a dor da perda, sendo assim, recomenda-se que as instituições
possuam programas de suporte técnico e psicossocial aos profissionais expostos
diariamente a situações de sofrimento.
Referências bibliográficas
15
Resolução COFEN nº 564/2017. Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem (CEPE). Acesso em abril de 2023
Santos RA, Moreira MCN. Resiliência e morte: o profissional de enfermagem
frente ao cuidado de crianças e adolescentes no processo de finitude da vida.
Ciência & Saúde Coletiva. Acesso em abril de 2023
Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Câmara Técnica: Orientação
Fundamentada Nº 21/2014 Revisada em fevereiro/2017. Acesso em abril de
2023

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

arrumação de leito.pptx
arrumação de leito.pptxarrumação de leito.pptx
arrumação de leito.pptxluciaitsp
 
Assistência de enfermagem ao recém nascido prematuro
Assistência de enfermagem ao recém nascido prematuroAssistência de enfermagem ao recém nascido prematuro
Assistência de enfermagem ao recém nascido prematuroJuliana Maciel
 
Alojamento conjunto e enfermagem
Alojamento conjunto e enfermagemAlojamento conjunto e enfermagem
Alojamento conjunto e enfermagemjusantos_
 
Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem
Semiologia e Semiotécnica em EnfermagemSemiologia e Semiotécnica em Enfermagem
Semiologia e Semiotécnica em EnfermagemMarco Antonio
 
Paciente em fase terminal
Paciente em fase terminalPaciente em fase terminal
Paciente em fase terminalRodrigo Abreu
 
higiene e conforto do paciente
higiene e conforto do pacientehigiene e conforto do paciente
higiene e conforto do pacienteViviane da Silva
 
Assistencia de Enfermagem ao Cliente Terminal
Assistencia de Enfermagem ao Cliente TerminalAssistencia de Enfermagem ao Cliente Terminal
Assistencia de Enfermagem ao Cliente TerminalKarla Ntz
 
Carrinho de emergencia
Carrinho de emergenciaCarrinho de emergencia
Carrinho de emergenciaandrei caldas
 
02 aula Assistência de enfermagem ao recém-nascido normal.
02 aula   Assistência de enfermagem ao recém-nascido normal.02 aula   Assistência de enfermagem ao recém-nascido normal.
02 aula Assistência de enfermagem ao recém-nascido normal.Edna Rúbia Paulino de Oliveira
 
Registros de Enfermagem
Registros de EnfermagemRegistros de Enfermagem
Registros de EnfermagemAndréa Dantas
 
Parada Cardiorrespiratória
Parada CardiorrespiratóriaParada Cardiorrespiratória
Parada CardiorrespiratóriaPaula Oliveira
 
Assistência de enfermagem em neonatologia
Assistência de enfermagem em neonatologiaAssistência de enfermagem em neonatologia
Assistência de enfermagem em neonatologiaAmanda Corrêa
 
manual protocolo feridas e curativos marco2021_digital_.pdf
manual protocolo feridas e curativos marco2021_digital_.pdfmanual protocolo feridas e curativos marco2021_digital_.pdf
manual protocolo feridas e curativos marco2021_digital_.pdfdocumentos9
 
Administração de medicamentos
Administração de medicamentosAdministração de medicamentos
Administração de medicamentosJanaína Lassala
 

Mais procurados (20)

arrumação de leito.pptx
arrumação de leito.pptxarrumação de leito.pptx
arrumação de leito.pptx
 
Aula PCR
Aula PCRAula PCR
Aula PCR
 
Assistência de enfermagem ao recém nascido prematuro
Assistência de enfermagem ao recém nascido prematuroAssistência de enfermagem ao recém nascido prematuro
Assistência de enfermagem ao recém nascido prematuro
 
Sondagens
SondagensSondagens
Sondagens
 
RCP
RCPRCP
RCP
 
Alojamento conjunto e enfermagem
Alojamento conjunto e enfermagemAlojamento conjunto e enfermagem
Alojamento conjunto e enfermagem
 
Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem
Semiologia e Semiotécnica em EnfermagemSemiologia e Semiotécnica em Enfermagem
Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem
 
Paciente em fase terminal
Paciente em fase terminalPaciente em fase terminal
Paciente em fase terminal
 
higiene e conforto do paciente
higiene e conforto do pacientehigiene e conforto do paciente
higiene e conforto do paciente
 
Assistencia de Enfermagem ao Cliente Terminal
Assistencia de Enfermagem ao Cliente TerminalAssistencia de Enfermagem ao Cliente Terminal
Assistencia de Enfermagem ao Cliente Terminal
 
Carrinho de emergencia
Carrinho de emergenciaCarrinho de emergencia
Carrinho de emergencia
 
02 aula Assistência de enfermagem ao recém-nascido normal.
02 aula   Assistência de enfermagem ao recém-nascido normal.02 aula   Assistência de enfermagem ao recém-nascido normal.
02 aula Assistência de enfermagem ao recém-nascido normal.
 
Registros de Enfermagem
Registros de EnfermagemRegistros de Enfermagem
Registros de Enfermagem
 
Parada Cardiorrespiratória
Parada CardiorrespiratóriaParada Cardiorrespiratória
Parada Cardiorrespiratória
 
Assistência de enfermagem em neonatologia
Assistência de enfermagem em neonatologiaAssistência de enfermagem em neonatologia
Assistência de enfermagem em neonatologia
 
Urgência e emergência
Urgência e emergênciaUrgência e emergência
Urgência e emergência
 
manual protocolo feridas e curativos marco2021_digital_.pdf
manual protocolo feridas e curativos marco2021_digital_.pdfmanual protocolo feridas e curativos marco2021_digital_.pdf
manual protocolo feridas e curativos marco2021_digital_.pdf
 
Administração de medicamentos
Administração de medicamentosAdministração de medicamentos
Administração de medicamentos
 
Punção venosa.
Punção venosa.Punção venosa.
Punção venosa.
 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)
 

Semelhante a Cuidados de enfermagem durante o óbito e pós-óbito.pdf

Cuidados de Enfermagem durante o óbito e pós-óbito - Aula 7.pdf
Cuidados de Enfermagem durante o óbito e pós-óbito - Aula 7.pdfCuidados de Enfermagem durante o óbito e pós-óbito - Aula 7.pdf
Cuidados de Enfermagem durante o óbito e pós-óbito - Aula 7.pdfJennyTeixeira1
 
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.Informações clinicas e a comunicação com o paciente.
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.Luciane Santana
 
AULA UTI SEXTA 13.pdf w,dwej,.jgpogipigj
AULA UTI SEXTA 13.pdf w,dwej,.jgpogipigjAULA UTI SEXTA 13.pdf w,dwej,.jgpogipigj
AULA UTI SEXTA 13.pdf w,dwej,.jgpogipigjElainneChrisFerreira
 
HUMANIZAÇÃO EM ENFERMAGEM
HUMANIZAÇÃO EM ENFERMAGEMHUMANIZAÇÃO EM ENFERMAGEM
HUMANIZAÇÃO EM ENFERMAGEMCarolMendona13
 
Cuidados paliativos
Cuidados paliativosCuidados paliativos
Cuidados paliativosleiafrocha
 
GE 079 Primeiros socorros básico (nova).pdf
GE 079 Primeiros socorros básico (nova).pdfGE 079 Primeiros socorros básico (nova).pdf
GE 079 Primeiros socorros básico (nova).pdfandersonmbraga1
 
SCORM DE CONTENÇÃO DO PACIENTE.pptx
SCORM DE CONTENÇÃO DO PACIENTE.pptxSCORM DE CONTENÇÃO DO PACIENTE.pptx
SCORM DE CONTENÇÃO DO PACIENTE.pptxDheniseMikaelly
 
Manualdeprimeirossocorros 120519162347-phpapp01
Manualdeprimeirossocorros 120519162347-phpapp01Manualdeprimeirossocorros 120519162347-phpapp01
Manualdeprimeirossocorros 120519162347-phpapp01Ariana Alves
 
CUIDADOS PALIATIVOS NA TERCEIRA IDADE
CUIDADOS PALIATIVOS NA TERCEIRA IDADECUIDADOS PALIATIVOS NA TERCEIRA IDADE
CUIDADOS PALIATIVOS NA TERCEIRA IDADEMárcio Borges
 
Pacientes críticos - enf 19 pdf.pdf
Pacientes críticos - enf 19 pdf.pdfPacientes críticos - enf 19 pdf.pdf
Pacientes críticos - enf 19 pdf.pdfThiagosilvaDeoliveir6
 
Atuação do enfermerio na visita domiciliar ao idoso demenciado acamado
Atuação do enfermerio na visita domiciliar ao idoso demenciado acamadoAtuação do enfermerio na visita domiciliar ao idoso demenciado acamado
Atuação do enfermerio na visita domiciliar ao idoso demenciado acamadocarolinylimadocarmo
 
Teorias sobre o conceito de tecnicas de enfermagem.pptx de fernando mango
Teorias sobre o conceito de tecnicas de enfermagem.pptx  de fernando mangoTeorias sobre o conceito de tecnicas de enfermagem.pptx  de fernando mango
Teorias sobre o conceito de tecnicas de enfermagem.pptx de fernando mangoRaimundo Bany
 
Teorias sobre o conceito de tecnicas de enfermagem.pptx de fernando mango.2
Teorias sobre o conceito de tecnicas de enfermagem.pptx  de fernando mango.2Teorias sobre o conceito de tecnicas de enfermagem.pptx  de fernando mango.2
Teorias sobre o conceito de tecnicas de enfermagem.pptx de fernando mango.2Raimundo Bany
 
Aula emergencias psiquiatricas
Aula emergencias psiquiatricasAula emergencias psiquiatricas
Aula emergencias psiquiatricasErivaldo Rosendo
 
aulaemergenciaspsiquiatricas-150924172602-lva1-app6891.pdf
aulaemergenciaspsiquiatricas-150924172602-lva1-app6891.pdfaulaemergenciaspsiquiatricas-150924172602-lva1-app6891.pdf
aulaemergenciaspsiquiatricas-150924172602-lva1-app6891.pdfermesonmartinsss
 
Assistência de Enfermagem ao corpo pós óbito.
Assistência de Enfermagem ao corpo pós óbito.Assistência de Enfermagem ao corpo pós óbito.
Assistência de Enfermagem ao corpo pós óbito.pososospos
 
Assistência de enfermagem
Assistência de enfermagem Assistência de enfermagem
Assistência de enfermagem Chris Siqueira
 
aula FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM enf 20..pptx
aula FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM enf 20..pptxaula FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM enf 20..pptx
aula FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM enf 20..pptxKelengomez
 

Semelhante a Cuidados de enfermagem durante o óbito e pós-óbito.pdf (20)

Cuidados de Enfermagem durante o óbito e pós-óbito - Aula 7.pdf
Cuidados de Enfermagem durante o óbito e pós-óbito - Aula 7.pdfCuidados de Enfermagem durante o óbito e pós-óbito - Aula 7.pdf
Cuidados de Enfermagem durante o óbito e pós-óbito - Aula 7.pdf
 
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.Informações clinicas e a comunicação com o paciente.
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.
 
AULA UTI.pptx
AULA UTI.pptxAULA UTI.pptx
AULA UTI.pptx
 
AULA UTI SEXTA 13.pdf w,dwej,.jgpogipigj
AULA UTI SEXTA 13.pdf w,dwej,.jgpogipigjAULA UTI SEXTA 13.pdf w,dwej,.jgpogipigj
AULA UTI SEXTA 13.pdf w,dwej,.jgpogipigj
 
HUMANIZAÇÃO EM ENFERMAGEM
HUMANIZAÇÃO EM ENFERMAGEMHUMANIZAÇÃO EM ENFERMAGEM
HUMANIZAÇÃO EM ENFERMAGEM
 
Cuidados paliativos
Cuidados paliativosCuidados paliativos
Cuidados paliativos
 
GE 079 Primeiros socorros básico (nova).pdf
GE 079 Primeiros socorros básico (nova).pdfGE 079 Primeiros socorros básico (nova).pdf
GE 079 Primeiros socorros básico (nova).pdf
 
SCORM DE CONTENÇÃO DO PACIENTE.pptx
SCORM DE CONTENÇÃO DO PACIENTE.pptxSCORM DE CONTENÇÃO DO PACIENTE.pptx
SCORM DE CONTENÇÃO DO PACIENTE.pptx
 
Manualdeprimeirossocorros 120519162347-phpapp01
Manualdeprimeirossocorros 120519162347-phpapp01Manualdeprimeirossocorros 120519162347-phpapp01
Manualdeprimeirossocorros 120519162347-phpapp01
 
CUIDADOS PALIATIVOS NA TERCEIRA IDADE
CUIDADOS PALIATIVOS NA TERCEIRA IDADECUIDADOS PALIATIVOS NA TERCEIRA IDADE
CUIDADOS PALIATIVOS NA TERCEIRA IDADE
 
Pacientes críticos - enf 19 pdf.pdf
Pacientes críticos - enf 19 pdf.pdfPacientes críticos - enf 19 pdf.pdf
Pacientes críticos - enf 19 pdf.pdf
 
Atuação do enfermerio na visita domiciliar ao idoso demenciado acamado
Atuação do enfermerio na visita domiciliar ao idoso demenciado acamadoAtuação do enfermerio na visita domiciliar ao idoso demenciado acamado
Atuação do enfermerio na visita domiciliar ao idoso demenciado acamado
 
Teorias sobre o conceito de tecnicas de enfermagem.pptx de fernando mango
Teorias sobre o conceito de tecnicas de enfermagem.pptx  de fernando mangoTeorias sobre o conceito de tecnicas de enfermagem.pptx  de fernando mango
Teorias sobre o conceito de tecnicas de enfermagem.pptx de fernando mango
 
Teorias sobre o conceito de tecnicas de enfermagem.pptx de fernando mango.2
Teorias sobre o conceito de tecnicas de enfermagem.pptx  de fernando mango.2Teorias sobre o conceito de tecnicas de enfermagem.pptx  de fernando mango.2
Teorias sobre o conceito de tecnicas de enfermagem.pptx de fernando mango.2
 
Aula emergencias psiquiatricas
Aula emergencias psiquiatricasAula emergencias psiquiatricas
Aula emergencias psiquiatricas
 
aulaemergenciaspsiquiatricas-150924172602-lva1-app6891.pdf
aulaemergenciaspsiquiatricas-150924172602-lva1-app6891.pdfaulaemergenciaspsiquiatricas-150924172602-lva1-app6891.pdf
aulaemergenciaspsiquiatricas-150924172602-lva1-app6891.pdf
 
Enfermagem Domicilar
Enfermagem DomicilarEnfermagem Domicilar
Enfermagem Domicilar
 
Assistência de Enfermagem ao corpo pós óbito.
Assistência de Enfermagem ao corpo pós óbito.Assistência de Enfermagem ao corpo pós óbito.
Assistência de Enfermagem ao corpo pós óbito.
 
Assistência de enfermagem
Assistência de enfermagem Assistência de enfermagem
Assistência de enfermagem
 
aula FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM enf 20..pptx
aula FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM enf 20..pptxaula FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM enf 20..pptx
aula FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM enf 20..pptx
 

Último

Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxSESMTPLDF
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 

Último (9)

Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 

Cuidados de enfermagem durante o óbito e pós-óbito.pdf

  • 1. ESCOLA MUNICIPAL DE SAÚDE MARIA CAROLA KELLER CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM ENFERMEIRO ALAN REGIS RAMOS DA SILVA
  • 2. Cuidados de enfermagem durante o óbito e pós-óbito 2
  • 3. INTRODUÇÃO Temas relacionados à morte ou como abordar doenças que não possuem tratamento ainda são pouco presentes durante a formação dos profissionais da saúde e, para colaborar com o despreparo teórico, as experiências práticas destinadas à formação profissional ainda são muito focadas no aspecto curativo das doenças e insuficientes em preparar o profissional para uma realidade na qual muitas doenças não têm cura. 3
  • 4. ÓBITO E PÓS-ÓBITO A morte não é um acontecimento que deve ser temido ou enfrentado a todo custo diante de doenças progressivas e intratáveis, contudo, deve ser compreendida como um aspecto natural do avanço de muitas doenças e até da trajetória da própria vida 4
  • 5. ÓBITO E PÓS-ÓBITO A partir desse novo olhar a ser construído, os profissionais inseridos no cuidado direto devem estar preparados para identificar pacientes que se aproximam do momento final de vida, pois a identificação da proximidade da morte permite a elaboração de um novo plano de cuidados onde as ações são direcionadas para o conforto e bem estar do paciente e acolhimento dos familiares diante do sofrimento e luto. 5
  • 6. ÓBITO E PÓS-ÓBITO Como função prática, constatar o óbito é responsabilidade da equipe médica, no entanto, todo o cuidado a ser prestado no pós-óbito é função da equipe de enfermagem. Segundo o Art. 19 do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE), os profissionais têm o dever de respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade do ser humano, em todo seu ciclo vital, inclusive nas situações de morte e pós-morte. 6
  • 7. PRINCIPAIS AÇÕES DE ENFERMAGEM Idealmente, uma vez que é identificado a proximidade com a fase final de vida os pacientes devem ser mantidos em quartos individuais onde familiares orientados sobre o processo possam ficar próximos. Visitas devem ser liberadas de acordo com o que foi estabelecido entre familiares e desejo prévio do paciente. 7
  • 8. PRINCIPAIS AÇÕES DE ENFERMAGEM O ambiente deve ser calmo, com pouco trânsito de pessoas e as intervenções devem ser minimamente invasivas com objetivo de manter o paciente confortável até o momento de partida. 8
  • 9. DURANTE O ÓBITO IMEDIATO DEVEMOS ACOLHER FAMILIARES E DEIXAR O PACIENTE EM POSIÇÃO DIGNA EM UM AMBIENTE CALMO 9
  • 10. DURANTE O ÓBITO IMEDIATO 10 A equipe médica deve constatar a morte; A comunicação da morte pode ser realizada pelo enfermeiro e deve ser balizada de acordo com protocolo da instituição; Desligar aparelhos ou equipamentos que emitem sinais sonoros; Proteger a privacidade do paciente e familiares. Em quartos compartilhados deve-se utilizar biombos e restringir o trânsito de pessoas neste momento; Pedir licença à família durante o manuseio do familiar que acabou de partir; Desconectar dispositivos que estejam em funcionamento durante o óbito (ex.: infusão de medicações); Manter o silêncio e ambiente calmo;
  • 11. DURANTE O ÓBITO IMEDIATO 11 Acolher familiares, ofertar conforto; Posicionar o paciente em decúbito dorsal e braços posicionados ao lado do corpo, retirar travesseiros e almofadas; Cobrir com um lençol até o ombro; Elevar levemente a cabeceira; Se necessário, colocar prótese dentária; Cerrar os olhos e fechar a boca (obs: se necessário posicionar um coxim abaixo da mandíbula); Respeitar o momento da família se despedir; Perguntar se familiares querem um momento à sós com o paciente e explicar a necessidade de cuidados de enfermagem após o momento de despedida; Respeitar rituais religiosos e espiritualidade da família.
  • 12. PREPARO DO CORPO PÓS-ÓBITO 12 Comunicar familiares sobre a necessidade de preparar o corpo; Solicitar que aguardem do lado de fora do quarto; Orientar e esclarecer dúvidas;Se necessário, encaminhar ao serviço de assistência social para orientações gerais; Questionar algum costume ou ritual que deva ser respeitado; Reunir o material que será utilizado próximo ao paciente; Utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs); Seguir o protocolo institucional para o tamponamento, oclusão de orifícios e drenagem de fluídos. Retirar dispositivos e cateteres; Realizar curativos se necessários;
  • 13. PREPARO DO CORPO PÓS-ÓBITO 13 Manter a aparência mais próximo do natural antes do enrijecimento cadavérico (rigor mortis), decúbito dorsal, mãos juntas acima da região epigástrica e pés juntos; Identificar o corpo de acordo com padrão da instituição; Cobrir com a proteção padrão da instituição (ex: lençol) para o trânsito até lugar destinado. Desde que possível evitar o encaminhamento na frente dos familiares; Retirar EPIs após o manuseio do corpo Higienizar as mãos sempre que necessário ; Materiais devem ser descartados ou encaminhados ao expurgo; Os pertences do paciente devem ser reunidos e entregues ao familiar responsável. Realizar anotações de enfermagem: data e horário do óbito, detalhes importantes, nome do médico que constatou o óbito, cuidados realizados, horário de transferência, quem recebeu os pertences e intercorrências que forem importantes; Solicitar limpeza terminal do leito.
  • 14. OS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DIANTE DO ÓBITO! 14 Para aspectos práticos do cotidiano dos profissionais de enfermagem é importante que cada instituição possua treinamentos e protocolos que padronizem as ações durante o momento do óbito. Além disso, é importante lembrar que os profissionais de saúde não estão imunes ao luto ou a dor da perda, sendo assim, recomenda-se que as instituições possuam programas de suporte técnico e psicossocial aos profissionais expostos diariamente a situações de sofrimento.
  • 15. Referências bibliográficas 15 Resolução COFEN nº 564/2017. Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE). Acesso em abril de 2023 Santos RA, Moreira MCN. Resiliência e morte: o profissional de enfermagem frente ao cuidado de crianças e adolescentes no processo de finitude da vida. Ciência & Saúde Coletiva. Acesso em abril de 2023 Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Câmara Técnica: Orientação Fundamentada Nº 21/2014 Revisada em fevereiro/2017. Acesso em abril de 2023