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Cuidados de Enfermagem
durante o óbito e pós-óbito
Prof: Jennefer Teixeira
Email: enfprofjenneferteixeira12@gmail.com
Óbito e Pós-Óbito
• A morte não é um acontecimento que deve ser temido ou enfrentado
a todo custo diante de doenças progressivas e intratáveis, contudo,
deve ser compreendida como um aspecto natural do avanço de
muitas doenças e até da trajetória da própria vida.
• A partir desse novo olhar a ser construído, os profissionais inseridos
no cuidado direto devem estar preparados para identificar pacientes
que se aproximam do momento final de vida, pois a identificação da
proximidade da morte permite a elaboração de um novo plano de
cuidados onde as ações são direcionadas para o conforto e bem estar
do paciente e acolhimento dos familiares diante do sofrimento e luto.
Como função prática, constatar o óbito é responsabilidade da equipe
médica, no entanto, todo o cuidado a ser prestado no pós-óbito é
função da equipe de enfermagem. Segundo o Art. 19 do Código de
Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE), os profissionais têm o
dever de respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade do ser
humano, em todo seu ciclo vital, inclusive nas situações de morte e
pós-morte
Principais ações de Enfermagem
• Idealmente, uma vez que é identificado a proximidade com a fase
final de vida os pacientes devem ser mantidos em quartos individuais
onde familiares orientados sobre o processo possam ficar próximos.
Visitas devem ser liberadas de acordo com o que foi estabelecido
entre familiares e desejo prévio do Paciente.
• O ambiente deve ser calmo, com pouco trânsito de pessoas e as
intervenções devem ser minimamente invasivas com objetivo de
manter o paciente confortável até o momento de partida
Durante o óbito imediato
Objetivo: Acolher familiares e deixar o paciente em posição digna em um
ambiente calmo.
• A equipe médica deve constatar a morte;
• A comunicação da morte pode ser realizada pelo enfermeiro e deve ser
balizada de acordo com protocolo da instituição;
• Desligar aparelhos ou equipamentos que emitem sinais sonoros;
• Proteger a privacidade do paciente e familiares.
• Em quartos compartilhados deve-se utilizar biombos e restringir o trânsito
de pessoas neste momento;
• Pedir licença à família durante o manuseio do familiar que acabou de
partir;
• Desconectar dispositivos que estejam em
funcionamento durante o óbito (ex.: infusão de
medicações);
• Manter o silêncio e ambiente calmo;
• Acolher familiares, ofertar conforto;
• Posicionar o paciente em decúbito dorsal e braços
posicionados ao lado do corpo, retirar travesseiros e
almofadas;
• Cobrir com um lençol até o ombro;
• Elevar levemente a cabeceira;
• Se necessário, colocar prótese dentária;
• Fechar os olhos e fechar a boca (obs: se
necessário posicionar um coxim abaixo da
mandíbula);
• Respeitar o momento da família se despedir;
• Perguntar se familiares querem um momento à
sós com o paciente e explicar a necessidade de
cuidados de enfermagem após o momento de
despedida;
• Respeitar rituais religiosos e espiritualidade da
família....
Preparo do Corpo pós-Óbito
Objetivo: deixar o corpo limpo e organizado, posicionado para
sepultamento.
• Comunicar familiares sobre a necessidade de preparar o corpo;
• Solicitar que aguardem do lado de fora do quarto;
• Orientar e esclarecer dúvidas;
• Se necessário, encaminhar ao serviço de assistência social para
orientações gerais;
• Questionar algum costume ou ritual que deva ser respeitado;
• Reunir material próximo ao paciente;
• Utilizar Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs);
• Seguir o protocolo institucional para o
tamponamento, oclusão de orifícios e drenagem de
fluídos.
• Retirar dispositivos e cateteres;
• Realizar curativos se necessários;
• Manter a aparência mais próximo do natural antes
do enrijecimento cadavérico (rigor mortis), decúbito
dorsal, mãos juntas acima da região epigástrica e
pés juntos;
• Identificar o corpo de acordo com padrão da
instituição;
• Cobrir com a proteção padrão da instituição (ex: lençol)
para o trânsito até lugar destinado. Desde que possível
evitar o encaminhamento na frente dos familiares;
• Retirar EPIs e higienizar as mãos;
• Materiais devem ser descartados ou encaminhados ao
expurgo
• Os pertences do paciente devem ser reunidos e
entregues ao familiar responsável.
• Realizar anotações de enfermagem: data e
horário do óbito, detalhes importantes, nome do
médico que constatou o óbito, cuidados
realizados, horário de transferência, quem
recebeu os pertences e intercorrências que
forem importantes;
• Solicitar limpeza terminal do leito;
Atenção...
Para aspectos práticos do cotidiano dos profissionais de
enfermagem é importante que cada instituição possua
treinamentos e protocolos que padronizem as ações
durante o momento do óbito. Além disso, é importante
lembrar que os profissionais de saúde não estão
imunes ao luto ou a dor da perda, sendo assim,
recomenda-se que as instituições possuam programas
de suporte técnico e psicossocial aos profissionais
expostos diariamente a situações de sofrimento.
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  • 1. Cuidados de Enfermagem durante o óbito e pós-óbito Prof: Jennefer Teixeira Email: enfprofjenneferteixeira12@gmail.com
  • 2.
  • 3. Óbito e Pós-Óbito • A morte não é um acontecimento que deve ser temido ou enfrentado a todo custo diante de doenças progressivas e intratáveis, contudo, deve ser compreendida como um aspecto natural do avanço de muitas doenças e até da trajetória da própria vida. • A partir desse novo olhar a ser construído, os profissionais inseridos no cuidado direto devem estar preparados para identificar pacientes que se aproximam do momento final de vida, pois a identificação da proximidade da morte permite a elaboração de um novo plano de cuidados onde as ações são direcionadas para o conforto e bem estar do paciente e acolhimento dos familiares diante do sofrimento e luto.
  • 4. Como função prática, constatar o óbito é responsabilidade da equipe médica, no entanto, todo o cuidado a ser prestado no pós-óbito é função da equipe de enfermagem. Segundo o Art. 19 do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE), os profissionais têm o dever de respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade do ser humano, em todo seu ciclo vital, inclusive nas situações de morte e pós-morte
  • 5. Principais ações de Enfermagem • Idealmente, uma vez que é identificado a proximidade com a fase final de vida os pacientes devem ser mantidos em quartos individuais onde familiares orientados sobre o processo possam ficar próximos. Visitas devem ser liberadas de acordo com o que foi estabelecido entre familiares e desejo prévio do Paciente. • O ambiente deve ser calmo, com pouco trânsito de pessoas e as intervenções devem ser minimamente invasivas com objetivo de manter o paciente confortável até o momento de partida
  • 6. Durante o óbito imediato Objetivo: Acolher familiares e deixar o paciente em posição digna em um ambiente calmo. • A equipe médica deve constatar a morte; • A comunicação da morte pode ser realizada pelo enfermeiro e deve ser balizada de acordo com protocolo da instituição; • Desligar aparelhos ou equipamentos que emitem sinais sonoros; • Proteger a privacidade do paciente e familiares. • Em quartos compartilhados deve-se utilizar biombos e restringir o trânsito de pessoas neste momento; • Pedir licença à família durante o manuseio do familiar que acabou de partir;
  • 7. • Desconectar dispositivos que estejam em funcionamento durante o óbito (ex.: infusão de medicações); • Manter o silêncio e ambiente calmo; • Acolher familiares, ofertar conforto; • Posicionar o paciente em decúbito dorsal e braços posicionados ao lado do corpo, retirar travesseiros e almofadas; • Cobrir com um lençol até o ombro; • Elevar levemente a cabeceira; • Se necessário, colocar prótese dentária;
  • 8. • Fechar os olhos e fechar a boca (obs: se necessário posicionar um coxim abaixo da mandíbula); • Respeitar o momento da família se despedir; • Perguntar se familiares querem um momento à sós com o paciente e explicar a necessidade de cuidados de enfermagem após o momento de despedida; • Respeitar rituais religiosos e espiritualidade da família....
  • 9. Preparo do Corpo pós-Óbito Objetivo: deixar o corpo limpo e organizado, posicionado para sepultamento. • Comunicar familiares sobre a necessidade de preparar o corpo; • Solicitar que aguardem do lado de fora do quarto; • Orientar e esclarecer dúvidas; • Se necessário, encaminhar ao serviço de assistência social para orientações gerais; • Questionar algum costume ou ritual que deva ser respeitado; • Reunir material próximo ao paciente;
  • 10. • Utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs); • Seguir o protocolo institucional para o tamponamento, oclusão de orifícios e drenagem de fluídos. • Retirar dispositivos e cateteres; • Realizar curativos se necessários; • Manter a aparência mais próximo do natural antes do enrijecimento cadavérico (rigor mortis), decúbito dorsal, mãos juntas acima da região epigástrica e pés juntos;
  • 11. • Identificar o corpo de acordo com padrão da instituição; • Cobrir com a proteção padrão da instituição (ex: lençol) para o trânsito até lugar destinado. Desde que possível evitar o encaminhamento na frente dos familiares; • Retirar EPIs e higienizar as mãos; • Materiais devem ser descartados ou encaminhados ao expurgo
  • 12. • Os pertences do paciente devem ser reunidos e entregues ao familiar responsável. • Realizar anotações de enfermagem: data e horário do óbito, detalhes importantes, nome do médico que constatou o óbito, cuidados realizados, horário de transferência, quem recebeu os pertences e intercorrências que forem importantes; • Solicitar limpeza terminal do leito;
  • 13. Atenção... Para aspectos práticos do cotidiano dos profissionais de enfermagem é importante que cada instituição possua treinamentos e protocolos que padronizem as ações durante o momento do óbito. Além disso, é importante lembrar que os profissionais de saúde não estão imunes ao luto ou a dor da perda, sendo assim, recomenda-se que as instituições possuam programas de suporte técnico e psicossocial aos profissionais expostos diariamente a situações de sofrimento.
  • 14.