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O PASTOR E OS DESAFIOS DA NOVA LITURGIA.
Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito
e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
João 4:23-24
Liturgia – Definição e história
Dificuldades quanto ao tema:
Nosso tema não é de fácil trato. Falar sobre Liturgia já não é costumeiro, sobre a nova
liturgia mais difícil ainda pois, qual é a velha? No meio batista é muito difícil encontrar
literatura, ou ensino definitivo.
A palavra liturgia soa estranha aos ouvidos de muitos evangélicos atuais. Para eles, esse
termo sugere um culto excessivamente formal, rígido e sem vida, mero tradicionalismo
herdado do passado. (Alderi Souza de Matos - Rev. Ultimato 322)
- “entre os batistas há muita diversidade nos cultos. Os batistas nunca foram rígidos
quanto ao modelo de adoração coletiva. Insistimos não apenas na liberdade da
eclesiologia, mas também na liturgia.”(Paul Basden, Estilos de Louvor - p.38)
- (ilust.) -"Onde está Deus? - Uma mãe com dificuldades na educação de dois filhos
travessos, pede ajuda pro pastor. Esse pergunta pra um deles: - Menino, onde está Deus?
O menino assustado sai correndo em busca do outro irmão e avisa: - Estamos
encrencados. Deus sumiu, e eles pensam que fomos nós!
Definindo o termo liturgia:
Sila Rabello, Seminário Teológico Nazareno:
A palavra “Liturgia” vem da língua grega “Leitourgeo”. Significa um serviço
feito para o povo, servir publicamente em serviço sagrado. Dentro desta palavra
existem dois vocábulos: “Ergon” = trabalho. “Laós” = povo. Unindo as palavras
temos “serviço ao povo”.
(FREDERICO.Denise C.S. “O Que é Liturgia?” MK.Ed. RJ. 2005.p.23)
“Liturgia é o culto público oficial de uma igreja com o seu ritual.”
Nemuel Kessler
“Leitourgos”, no âmbito religioso, era quem se dedicava exclusivamente ao serviço do
templo quer na ordem cerimonial e ritual quer na manutenção e administração do
imóvel, dos móveis e dos objetos consagrados a Deus e destinados ao culto.”
Onézio Figueiredo, O Culto – Opúsculo II , p. 3
Rubem Amorese, em Louvor, Adoração e Liturgia,
A palavra liturgia vem do grego leitourgia, que quer dizer “função pública”,
também ligada ao serviço prestado aos deuses. Adotado pelo latim medieval, o
termo virou litur gia, significando culto público.
Na adoração secreta, pessoal, a liturgia não faz sentido, pois a organização das
ações não requer uma ordem formal. Esta se faz necessária quando outras
pessoas passam a ser envolvidas no processo. Assim, a liturgia nada mais é que
uma ordem empregada ao culto público, de forma a evitar o caos que reinaria
caso ela não existisse. No início da igreja cristã, ela surge rudimentar, nas
reuniões dominicais nos lares, apropriando-se de elementos do culto judaico.
Aos poucos, com o aparecimento das igrejas (templos),adquire elaboração mais
complexa e formal, chegando a ter sua ordem publicada. Essa ordem acaba por
estender-se ao calendário anual de atividades da igreja.
Necessidade da liturgia:
Rubem Amorese, em Louvor, Adoração e Liturgia,
Como em qualquer planejamento de atividades coletivas, o sentido do que se faz
é importante. A liturgia tem sua importância no culto por sua função de dar
sentido, de ordenar compreensivelmente as diversas etapas e os ritos que
compõem um ritual.
Uma liturgia mal elaborada pode conspirar contra a beleza da celebração e
prejudicar a compreensão e a participação no culto, tornando-o truncado e
cansativo. Uma liturgia bem elaborada considera aspectos tanto devocionais
quando de comunicação; tanto o conteúdo quanto a forma; tanto a informalidade
quanto a reverência.
Vale mencionar ainda o caráter funcional da organização litúrgica. Ou seja, ela
deve ser elaborada no sentido de facilitar os propósitos da celebração
comunitária. Em particular, ela deve ser avaliada pela maneira como cumpre ou
não três funções principais:
1) confirmação das crenças do grupo; (unidade doutrinaria)
2) reforço dos seus alvos (adoração, comunhão e ministério); e
3) reforço da identidade comunitária e da cultura particular do grupo.
(identidade, unidade denominacional)
Para Luiz Carlos Ramos (Rev. Metodista, prof. da FaTeo, SBC) liturgia deve ser
compreendida como uma vida de serviço à Causa Divina. Isso faz da liturgia um
conjunto harmonioso de palavras, gestos e expressões que orientam e desafiam a
comunidade celebrante a aperfeiçoar o seu testemunho cristão. Assim,
pedagogicamente, a liturgia deixa de ser mera questão formal, para exercer um
verdadeiro papel profético, desafiando a cada celebrante a transformar os passos
litúrgicos, contidos numa folha de papel, (ou uma parte do culto) em práticas do seu dia-
a-dia.
Historia...
A Bíblia é um livro que mostra o constante mover de Deus em direção ao homem, e a
resposta deste a Deus. Nesta busca do homem, ele cultua, e assim faz uso diverso de
atos litúrgicos.
- “O Antigo Testamento destaca a importância das coisas sagradas, representadas por
altares, utensílios, roupas, sacrifícios de animais, festas, comemorações, observância da
lei, circuncisão, cântico dos salmos e normas para os sacerdotes que serviam no templo.
(Basden, p.39)
- Muitos feitos no Antigo Testamento apontam para o serviço em busca do sagrado:
como locais e construções (os montes, ou vales, o tabernáculo, o Templo, ou até a
Torre, o Santuário), os encontros e reuniões (como as muitas festas instituídas, ou
assembléias em praça publica), os ornamentos e vestimentas sacerdotais; os altares
erigidos, ou sacrifícios oferecidos a Deus (ou deuses), os muitos detalhes sobre os
alimentos, as oferendas.
- No tocante ao cultuar temos muitas canções , salmos, danças e diversos instrumentos,
a leitura da Lei, as muitas orações de recitações que eram feita liturgicamente,
cerimônias e ritos diversos (como a circuncisão).
- Apesar de anunciar a Soberania e Grandeza de Deus, e de declarar a comunicação com
Deus, tais manifestações em geral transmitiam o distanciamento de Deus, ou a
interlocução com poucos indivíduos, com muitas exigências. (Como a própria lei era o
"aio", e tudo simbolizava ou apontava para Cristo, o Messias prometido).
Sabe-se que os primeiros cristãos mantinham seu costume, como judeus, de freqüentar
a sinagoga, aos sábados, para ouvir a leitura da Lei, dos Escritos e dos Profetas; e que,
no domingo, se reuniam nas casas para o “partir do pão” e celebrar a memória de Jesus.
Porém, à medida que os cristãos foram sendo expulsos das sinagogas, passaram a
concentrar no domingo a celebração da Palavra e da Mesa.
Dos relatos bíblicos e históricos, mencionados até aqui, podemos estabelecer um padrão
que dá o fundamento da liturgia cristã: a Celebração da Palavra e a Celebração da
Mesa. Quase todos os relatos têm em comum o fato de terem dois focos distintos e
complementares: a leitura e explicação da Palavra, de um lado, e a prática sacramental
do memorial instituído por Jesus, a eucaristia, ou Santa Ceia, ou ainda a Ceia do Senhor,
de outro. Pão e Palavra são, portanto, os pilares da liturgia. (Luiz Carlos Ramos -
Metodista)
"O culto cristão original foi extremamente simples, constando de orações, cânticos,
leituras do Antigo Testamento e das “memórias dos apóstolos”, exortações pelo
dirigente, coletas em prol dos carentes e celebração dos sacramentos, em especial a Ceia
do Senhor, ou Eucaristia. Logo depois, surgem fórmulas para certos elementos da
liturgia, como as belas orações eucarísticas existentes em um antigo manual eclesiástico
-- a “Didaquê”. Com o passar do tempo, a liturgia foi se tornando cada vez mais
padronizada, sendo usada com pequenas variações em todas as igrejas. O culto tinha
duas partes distintas: a Liturgia da Palavra, aberta a todos, e a Liturgia do Cenáculo,
somente para os batizados." (Alderi)
Depois de Constantino, já na Idade Média, o culto cristão tornou-se ritualístico e
aparatoso, perdendo a simplicidade original. Surgiram práticas desconhecidas dos
primeiros cristãos, como o uso de incenso, velas, orações pelos mortos e invocação dos
santos e de Maria. A língua utilizada era o latim e o celebrante dava as costas para o
povo, o que dificultava a comunicação e a compreensão do culto, e evidenciava a
diferença e distancia do clero e do leigo . O impacto sensorial e emocional da missa era
profundo, sendo intensificado pela rica arquitetura das Catedrais e decoração dos
templos. No entanto, havia pouca instrução bíblica e limitada edificação espiritual.
Os Reformadores movidos por convicções teológicas fizeram uma profunda
reformulação do culto e sua respectiva liturgia. As escrituras voltaram a ocupar lugar
destacado, a ceia deixou de ser um sacramento, uma ênfase no “sacerdócio de todos os
crentes” implicou maior participação dos fieis no culto a Deus, inclusive com a música
e uma liturgia na língua do povo. Agora, os pontos focais da liturgia eram o púlpito e a
mesa da comunhão.
Hoje, muitos evangélicos abandonaram por completo formas litúrgicas de culto. Talvez
isso fosse inevitável, por causa das transformações do protestantismo e da sociedade.
Todavia, chegou-se a uma situação em que, em nome da liberdade e da espontaneidade,
o culto se desvirtuou em muitas igrejas, sendo marcado pela irreverência,
superficialidade e preocupação prioritária com as necessidades humanas, e não com a
glória de Deus. Com isso, muitos crentes estão buscando igrejas que valorizam os
padrões bíblicos do culto e seguem a recomendação paulina à igreja de Corinto: “Tudo,
porém, seja feito com decência e ordem” (1Co 14.40).
DESAFIOS:
ALGUNS LIDERES BIBLICOS E NOSSOS DESAFIOS NA LITURGIA:
Tomarei alguns exemplos bíblicos de encontros com Deus, que podem nos ilustrar
alguns desafios que enfrentamos e nos faz refletir:
ABRAÃO:
É chamado por Deus, recebe uma grande promessa (Gn 12), é honrado com
vitórias, conquistas e riquezas, mas um dia é desafiado a entregar seu bem mais
precioso: Isaque, o filho da promessa (Gn 22).
Desafio: vivemos em dias de tanto egoísmo, de consumismo e de hedonismo
que nosso desafio é mostrar o valor da entrega, O culto tem sido lugar onde as
pessoas vão buscar algo para si mesmos: favores, bênçãos, alimento pra alma,
palavras de ânimo, música agradável (entreterimento) etc. É preciso ensinar a
entrega (do tempo, da inteligência, dos dons, do dinheiro, da vida).
O culto deve ser primariamente uma oferta a Deus, onde exige o devotar,
entregar, devolver a Ele gratidão por tudo o que recebemos durante a semana, os
dias, a vida. É uma resposta a tudo que Deus é, tem sido e feito em minha vida:
Como posso retribuir ao Senhor toda a sua bondade para comigo?
Erguerei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor.
Cumprirei para com o Senhor os meus votos, na presença de todo o seu povo.
Salmos 116:12-14
- Transliterando bem o texto, a resposta que posso dar ao Senhor por tudo o que
me tem feito, é erguer a taça e brindar de júbilo e cumprir tantas promessas que
fiz a Deus na hora de pedir algo. Cultuar, estar na presença de Deus é acima de
tudo brindar a Ele, com gratidão de coração.
Muitas coisas atraem os meus olhos, mas poucas coisas atraem o meu coração".
(Tim Reidmont)
MOISÉS:
Em MIDIÃ (Ex 3), no meio do deserto, o pastor solitário tem um encontro com
Deus de um modo extraordinário. A Sarça queimava e não se consumia, a voz
que atraiu, também exortou: o lugar é santo, sou um Deus santo.
Desafio: a secularização, ou mesmo da banalização do sagrado. Não sagrado
religioso ou fanático a respeito de feitos ou coisas, como o templo, os ritos, as
roupas, os dias etc. Sagrado aqui de reconhecer um Santo Deus, Transcendente,
que chama, fala, age, busca, que ordena sobre minha vida, que é e está acima de
tudo o mais, que merece mais que o respeito e admiração, mas toda devoção,
atenção e adoração. Ele é Santo.
No meio do caminho rumo a Canaã (Ex 32 e33), Moisés conversando com Deus
e recebendo os mandamentos. O povo lá embaixo em desobediência e
infidelidade, fazendo um bezerro-ídolo, e atribuindo ao ídolo o livramento que
Deus tinha dado. Deus faz a oferta de dar muitos benefícios para que sigam a
viagem sem Ele (anjos, terra produtiva, vitoria sobre inimigos- 33.1-3). Moisés
suplica a misericórdia e a presença do próprio Deus como prioridade da missão
(v.12-16).
Desafio de não perder o centro do culto e da vida: a presença do próprio Deus,
mais que as bênçãos dele. Hoje o culto é voltado em grande parte para o
mercado humano, e oferece proteção, curas, bênçãos, riquezas, orientações,
livramentos, etc. Não é errado buscar ou desejar tais coisas, desde que não
tomem o lugar do próprio Deus, não sejam o motivo de culto, de busca.
Você jamais saberá que Jesus é tudo de que você precisa, até Jesus ser tudo o
que você tem". (Max Lucado)
DAVI: 2Sm 6 e 1r 15 (Mens926)
O sonho de transportar a arca da aliança para Jerusalém se transforma em
pesadelo com a morte de Uzá. Mas Davi volta, aprende com o erro, faz certo, e
se alegra diante do Senhor, apesar dos contrariados.
O grande desafio da obediência com alegria. O equilíbrio entre fazer o certo, e se
rejubilar com isso. Uzá fez o dever de qualquer jeito, com improviso, por
obrigação. Se acostumou com a arca em sua casa e agiu com monotonia,
mecanicamente. Davi aprende, obedece as ordens de Deus sobre o culto, se
alegra e contagia os demais com sua alegria (v.14,15). O culto não deve ser
mecânico, monótono, por obrigação. Deve ser vivo, criativo, contagiante, e
acima de tudo, em obediência ao que Deus deseja - o culto é dele. O exemplo do
culto de Neemias (Nee 8).
ISAÍAS: chamado e esperança (cap.6)
Uma cena de culto majestosa, mas desafiadora. Um trono, Deus no centro,
serafins, pecado, santidade, chamado e dedicação. Mas a cena começa com "a
morte do rei Uzias", rei temente que no fim de sua história pecou diante de Deus
profanando o templo (2Cr 26). Ficou leproso. O chamado para o profeta
continua assim: pregue, mas não te ouvirão, serão todos destruídos, e só restará
"o toco queimado". Não desanime, a semente brotará do toco, e os evangelhos
relatam deste renascer do renovo do Senhor.
Desafio: nossos cultos devem servir para o chamado de crentes firmes e
perseverantes em seu chamado, e esperançosos, mesmo em tormentas, diante de
uma geração imediatista e triunfalista. Não estamos plantando alfaces, mas
carvalhos (Is 61). O nosso culto precisa fortalecer e encorajar nossos irmãos a
vencerem as dificuldades e problemas e firmarem-se no Senhor, e também
despertar a esperança na vida eterna, levantar os olhos e desejarem a eternidade,
a amarem “as coisas que são de cima” (Cl 3.1) mais que tudo o que possamos
apalpar ou segurar em nossas mãos.
Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos,
interiormente estamos sendo renovados dia após dia,
pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma
glória eterna que pesa mais do que todos eles.
Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que
se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno. 2 Coríntios 4:16-18
Encontros com Deus em situações difíceis: Midiã (deserto) ou Patmos (prisão)
ou no vazio do templo em tempos de velório (Isaías): produzem esperança.
JESUS: Jo 4.1-26
Muitos poderiam ser o exemplo de Jesus quanto ao culto e seu modo, como
diante de Satanás mostrando firmeza (Mt 4), ou na transfiguração com os
discípulos, mas creio que o encontro com a Samaritana é marcante quanto ao
nosso tema.
O debate era sobre a forma, a hora e o lugar de adoração, ou seja, qual a liturgia
certa. Jesus alcança o profundo do coração da mulher, conversa com ela, entende
o seu sofrer, pede e oferece algo, relaciona-se ternamente com ela, ensina com
amor, exorta com firmesa e a transforma em propagadora de sua mensagem (ela
testemunha aos conhecidos de sua cidade). O cerne da mensagem de Jesus é que
todo encontro com Deus se dá "em espírito e verdade".
Nosso grande desafio é não "emoldurar" o espírito e a verdade em formas,
rituais, estruturas, modelos, ordens, programas, etc. Todos podem acontecer,
mas são tão somente instrumentos passageiros e efêmeros do conteúdo dinâmico
e poderoso do evangelho e do poder de Deus. Que culto é o certo? Conservador,
tradicional, histórico, avivado, liberal? Onde, que posição, qual a roupa, com
quem? Quantos? Que estrutura? Será?
O grande ensino de Jesus quanto ao encontrar com Deus e cultuá-lo, não está nas
formas, nas coisas, nos modelos, mas sim, nos relacionamentos sinceros, no
viver e demostrar profundamente o amor, o perdão, a longaminidade e todo o
fruto do Espírito, que promove a verdade e o verdadeiro encontro com Deus.
Gastamos tempo, dinheiro, atenção e tudo o mais nas formas e muitas vezes
esquecemos os fundamentos. Eis o grande desafio.
Quais os desafios que temos como pastores em relação aos nossos cultos, nossa liturgia,
nossos encontros com Deus?
Creio que são muitos, mas destaquei aqui:
- uma liturgia que evidencie a centralidade de Deus em nossos cultos;
- uma liturgia que promova a entrega, a consagração em vez das buscas;
- uma liturgia viva, obediente a Deus, jubilosa e criativa em cultuar a Deus e proclamar
a mensagem;
- uma liturgia que desperte sentido de vida, de missão e esperança e assim ajudo cristãos
a vencerem seus males;
- uma liturgia que não emoldure, enquadrade ou amarre o espírito de adoradores e não
contamine a verdade que recebemos.
Que Deus nos ajude a sempre cultuá-lo dignamente
Sorocaba, 17 de Julho de 2013
Pr Eliezer Ferreira de Almeida
PIB em Santa Fé do Sul/SP
eliezer.almeida@hotmail.com
https://www.facebook.com/eliezer.almeida1

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O pastor e os desafios da nova liturgia

  • 1. O PASTOR E OS DESAFIOS DA NOVA LITURGIA. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. João 4:23-24 Liturgia – Definição e história Dificuldades quanto ao tema: Nosso tema não é de fácil trato. Falar sobre Liturgia já não é costumeiro, sobre a nova liturgia mais difícil ainda pois, qual é a velha? No meio batista é muito difícil encontrar literatura, ou ensino definitivo. A palavra liturgia soa estranha aos ouvidos de muitos evangélicos atuais. Para eles, esse termo sugere um culto excessivamente formal, rígido e sem vida, mero tradicionalismo herdado do passado. (Alderi Souza de Matos - Rev. Ultimato 322) - “entre os batistas há muita diversidade nos cultos. Os batistas nunca foram rígidos quanto ao modelo de adoração coletiva. Insistimos não apenas na liberdade da eclesiologia, mas também na liturgia.”(Paul Basden, Estilos de Louvor - p.38) - (ilust.) -"Onde está Deus? - Uma mãe com dificuldades na educação de dois filhos travessos, pede ajuda pro pastor. Esse pergunta pra um deles: - Menino, onde está Deus? O menino assustado sai correndo em busca do outro irmão e avisa: - Estamos encrencados. Deus sumiu, e eles pensam que fomos nós! Definindo o termo liturgia: Sila Rabello, Seminário Teológico Nazareno: A palavra “Liturgia” vem da língua grega “Leitourgeo”. Significa um serviço feito para o povo, servir publicamente em serviço sagrado. Dentro desta palavra existem dois vocábulos: “Ergon” = trabalho. “Laós” = povo. Unindo as palavras temos “serviço ao povo”. (FREDERICO.Denise C.S. “O Que é Liturgia?” MK.Ed. RJ. 2005.p.23) “Liturgia é o culto público oficial de uma igreja com o seu ritual.” Nemuel Kessler “Leitourgos”, no âmbito religioso, era quem se dedicava exclusivamente ao serviço do templo quer na ordem cerimonial e ritual quer na manutenção e administração do imóvel, dos móveis e dos objetos consagrados a Deus e destinados ao culto.” Onézio Figueiredo, O Culto – Opúsculo II , p. 3
  • 2. Rubem Amorese, em Louvor, Adoração e Liturgia, A palavra liturgia vem do grego leitourgia, que quer dizer “função pública”, também ligada ao serviço prestado aos deuses. Adotado pelo latim medieval, o termo virou litur gia, significando culto público. Na adoração secreta, pessoal, a liturgia não faz sentido, pois a organização das ações não requer uma ordem formal. Esta se faz necessária quando outras pessoas passam a ser envolvidas no processo. Assim, a liturgia nada mais é que uma ordem empregada ao culto público, de forma a evitar o caos que reinaria caso ela não existisse. No início da igreja cristã, ela surge rudimentar, nas reuniões dominicais nos lares, apropriando-se de elementos do culto judaico. Aos poucos, com o aparecimento das igrejas (templos),adquire elaboração mais complexa e formal, chegando a ter sua ordem publicada. Essa ordem acaba por estender-se ao calendário anual de atividades da igreja. Necessidade da liturgia: Rubem Amorese, em Louvor, Adoração e Liturgia, Como em qualquer planejamento de atividades coletivas, o sentido do que se faz é importante. A liturgia tem sua importância no culto por sua função de dar sentido, de ordenar compreensivelmente as diversas etapas e os ritos que compõem um ritual. Uma liturgia mal elaborada pode conspirar contra a beleza da celebração e prejudicar a compreensão e a participação no culto, tornando-o truncado e cansativo. Uma liturgia bem elaborada considera aspectos tanto devocionais quando de comunicação; tanto o conteúdo quanto a forma; tanto a informalidade quanto a reverência. Vale mencionar ainda o caráter funcional da organização litúrgica. Ou seja, ela deve ser elaborada no sentido de facilitar os propósitos da celebração comunitária. Em particular, ela deve ser avaliada pela maneira como cumpre ou não três funções principais: 1) confirmação das crenças do grupo; (unidade doutrinaria) 2) reforço dos seus alvos (adoração, comunhão e ministério); e 3) reforço da identidade comunitária e da cultura particular do grupo. (identidade, unidade denominacional) Para Luiz Carlos Ramos (Rev. Metodista, prof. da FaTeo, SBC) liturgia deve ser compreendida como uma vida de serviço à Causa Divina. Isso faz da liturgia um conjunto harmonioso de palavras, gestos e expressões que orientam e desafiam a comunidade celebrante a aperfeiçoar o seu testemunho cristão. Assim, pedagogicamente, a liturgia deixa de ser mera questão formal, para exercer um verdadeiro papel profético, desafiando a cada celebrante a transformar os passos litúrgicos, contidos numa folha de papel, (ou uma parte do culto) em práticas do seu dia- a-dia.
  • 3. Historia... A Bíblia é um livro que mostra o constante mover de Deus em direção ao homem, e a resposta deste a Deus. Nesta busca do homem, ele cultua, e assim faz uso diverso de atos litúrgicos. - “O Antigo Testamento destaca a importância das coisas sagradas, representadas por altares, utensílios, roupas, sacrifícios de animais, festas, comemorações, observância da lei, circuncisão, cântico dos salmos e normas para os sacerdotes que serviam no templo. (Basden, p.39) - Muitos feitos no Antigo Testamento apontam para o serviço em busca do sagrado: como locais e construções (os montes, ou vales, o tabernáculo, o Templo, ou até a Torre, o Santuário), os encontros e reuniões (como as muitas festas instituídas, ou assembléias em praça publica), os ornamentos e vestimentas sacerdotais; os altares erigidos, ou sacrifícios oferecidos a Deus (ou deuses), os muitos detalhes sobre os alimentos, as oferendas. - No tocante ao cultuar temos muitas canções , salmos, danças e diversos instrumentos, a leitura da Lei, as muitas orações de recitações que eram feita liturgicamente, cerimônias e ritos diversos (como a circuncisão). - Apesar de anunciar a Soberania e Grandeza de Deus, e de declarar a comunicação com Deus, tais manifestações em geral transmitiam o distanciamento de Deus, ou a interlocução com poucos indivíduos, com muitas exigências. (Como a própria lei era o "aio", e tudo simbolizava ou apontava para Cristo, o Messias prometido). Sabe-se que os primeiros cristãos mantinham seu costume, como judeus, de freqüentar a sinagoga, aos sábados, para ouvir a leitura da Lei, dos Escritos e dos Profetas; e que, no domingo, se reuniam nas casas para o “partir do pão” e celebrar a memória de Jesus. Porém, à medida que os cristãos foram sendo expulsos das sinagogas, passaram a concentrar no domingo a celebração da Palavra e da Mesa. Dos relatos bíblicos e históricos, mencionados até aqui, podemos estabelecer um padrão que dá o fundamento da liturgia cristã: a Celebração da Palavra e a Celebração da Mesa. Quase todos os relatos têm em comum o fato de terem dois focos distintos e complementares: a leitura e explicação da Palavra, de um lado, e a prática sacramental do memorial instituído por Jesus, a eucaristia, ou Santa Ceia, ou ainda a Ceia do Senhor, de outro. Pão e Palavra são, portanto, os pilares da liturgia. (Luiz Carlos Ramos - Metodista) "O culto cristão original foi extremamente simples, constando de orações, cânticos, leituras do Antigo Testamento e das “memórias dos apóstolos”, exortações pelo dirigente, coletas em prol dos carentes e celebração dos sacramentos, em especial a Ceia do Senhor, ou Eucaristia. Logo depois, surgem fórmulas para certos elementos da liturgia, como as belas orações eucarísticas existentes em um antigo manual eclesiástico -- a “Didaquê”. Com o passar do tempo, a liturgia foi se tornando cada vez mais padronizada, sendo usada com pequenas variações em todas as igrejas. O culto tinha duas partes distintas: a Liturgia da Palavra, aberta a todos, e a Liturgia do Cenáculo, somente para os batizados." (Alderi)
  • 4. Depois de Constantino, já na Idade Média, o culto cristão tornou-se ritualístico e aparatoso, perdendo a simplicidade original. Surgiram práticas desconhecidas dos primeiros cristãos, como o uso de incenso, velas, orações pelos mortos e invocação dos santos e de Maria. A língua utilizada era o latim e o celebrante dava as costas para o povo, o que dificultava a comunicação e a compreensão do culto, e evidenciava a diferença e distancia do clero e do leigo . O impacto sensorial e emocional da missa era profundo, sendo intensificado pela rica arquitetura das Catedrais e decoração dos templos. No entanto, havia pouca instrução bíblica e limitada edificação espiritual. Os Reformadores movidos por convicções teológicas fizeram uma profunda reformulação do culto e sua respectiva liturgia. As escrituras voltaram a ocupar lugar destacado, a ceia deixou de ser um sacramento, uma ênfase no “sacerdócio de todos os crentes” implicou maior participação dos fieis no culto a Deus, inclusive com a música e uma liturgia na língua do povo. Agora, os pontos focais da liturgia eram o púlpito e a mesa da comunhão. Hoje, muitos evangélicos abandonaram por completo formas litúrgicas de culto. Talvez isso fosse inevitável, por causa das transformações do protestantismo e da sociedade. Todavia, chegou-se a uma situação em que, em nome da liberdade e da espontaneidade, o culto se desvirtuou em muitas igrejas, sendo marcado pela irreverência, superficialidade e preocupação prioritária com as necessidades humanas, e não com a glória de Deus. Com isso, muitos crentes estão buscando igrejas que valorizam os padrões bíblicos do culto e seguem a recomendação paulina à igreja de Corinto: “Tudo, porém, seja feito com decência e ordem” (1Co 14.40). DESAFIOS: ALGUNS LIDERES BIBLICOS E NOSSOS DESAFIOS NA LITURGIA: Tomarei alguns exemplos bíblicos de encontros com Deus, que podem nos ilustrar alguns desafios que enfrentamos e nos faz refletir: ABRAÃO: É chamado por Deus, recebe uma grande promessa (Gn 12), é honrado com vitórias, conquistas e riquezas, mas um dia é desafiado a entregar seu bem mais precioso: Isaque, o filho da promessa (Gn 22). Desafio: vivemos em dias de tanto egoísmo, de consumismo e de hedonismo que nosso desafio é mostrar o valor da entrega, O culto tem sido lugar onde as pessoas vão buscar algo para si mesmos: favores, bênçãos, alimento pra alma, palavras de ânimo, música agradável (entreterimento) etc. É preciso ensinar a entrega (do tempo, da inteligência, dos dons, do dinheiro, da vida). O culto deve ser primariamente uma oferta a Deus, onde exige o devotar, entregar, devolver a Ele gratidão por tudo o que recebemos durante a semana, os dias, a vida. É uma resposta a tudo que Deus é, tem sido e feito em minha vida:
  • 5. Como posso retribuir ao Senhor toda a sua bondade para comigo? Erguerei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor. Cumprirei para com o Senhor os meus votos, na presença de todo o seu povo. Salmos 116:12-14 - Transliterando bem o texto, a resposta que posso dar ao Senhor por tudo o que me tem feito, é erguer a taça e brindar de júbilo e cumprir tantas promessas que fiz a Deus na hora de pedir algo. Cultuar, estar na presença de Deus é acima de tudo brindar a Ele, com gratidão de coração. Muitas coisas atraem os meus olhos, mas poucas coisas atraem o meu coração". (Tim Reidmont) MOISÉS: Em MIDIÃ (Ex 3), no meio do deserto, o pastor solitário tem um encontro com Deus de um modo extraordinário. A Sarça queimava e não se consumia, a voz que atraiu, também exortou: o lugar é santo, sou um Deus santo. Desafio: a secularização, ou mesmo da banalização do sagrado. Não sagrado religioso ou fanático a respeito de feitos ou coisas, como o templo, os ritos, as roupas, os dias etc. Sagrado aqui de reconhecer um Santo Deus, Transcendente, que chama, fala, age, busca, que ordena sobre minha vida, que é e está acima de tudo o mais, que merece mais que o respeito e admiração, mas toda devoção, atenção e adoração. Ele é Santo. No meio do caminho rumo a Canaã (Ex 32 e33), Moisés conversando com Deus e recebendo os mandamentos. O povo lá embaixo em desobediência e infidelidade, fazendo um bezerro-ídolo, e atribuindo ao ídolo o livramento que Deus tinha dado. Deus faz a oferta de dar muitos benefícios para que sigam a viagem sem Ele (anjos, terra produtiva, vitoria sobre inimigos- 33.1-3). Moisés suplica a misericórdia e a presença do próprio Deus como prioridade da missão (v.12-16). Desafio de não perder o centro do culto e da vida: a presença do próprio Deus, mais que as bênçãos dele. Hoje o culto é voltado em grande parte para o mercado humano, e oferece proteção, curas, bênçãos, riquezas, orientações, livramentos, etc. Não é errado buscar ou desejar tais coisas, desde que não tomem o lugar do próprio Deus, não sejam o motivo de culto, de busca. Você jamais saberá que Jesus é tudo de que você precisa, até Jesus ser tudo o que você tem". (Max Lucado) DAVI: 2Sm 6 e 1r 15 (Mens926) O sonho de transportar a arca da aliança para Jerusalém se transforma em pesadelo com a morte de Uzá. Mas Davi volta, aprende com o erro, faz certo, e se alegra diante do Senhor, apesar dos contrariados. O grande desafio da obediência com alegria. O equilíbrio entre fazer o certo, e se rejubilar com isso. Uzá fez o dever de qualquer jeito, com improviso, por obrigação. Se acostumou com a arca em sua casa e agiu com monotonia,
  • 6. mecanicamente. Davi aprende, obedece as ordens de Deus sobre o culto, se alegra e contagia os demais com sua alegria (v.14,15). O culto não deve ser mecânico, monótono, por obrigação. Deve ser vivo, criativo, contagiante, e acima de tudo, em obediência ao que Deus deseja - o culto é dele. O exemplo do culto de Neemias (Nee 8). ISAÍAS: chamado e esperança (cap.6) Uma cena de culto majestosa, mas desafiadora. Um trono, Deus no centro, serafins, pecado, santidade, chamado e dedicação. Mas a cena começa com "a morte do rei Uzias", rei temente que no fim de sua história pecou diante de Deus profanando o templo (2Cr 26). Ficou leproso. O chamado para o profeta continua assim: pregue, mas não te ouvirão, serão todos destruídos, e só restará "o toco queimado". Não desanime, a semente brotará do toco, e os evangelhos relatam deste renascer do renovo do Senhor. Desafio: nossos cultos devem servir para o chamado de crentes firmes e perseverantes em seu chamado, e esperançosos, mesmo em tormentas, diante de uma geração imediatista e triunfalista. Não estamos plantando alfaces, mas carvalhos (Is 61). O nosso culto precisa fortalecer e encorajar nossos irmãos a vencerem as dificuldades e problemas e firmarem-se no Senhor, e também despertar a esperança na vida eterna, levantar os olhos e desejarem a eternidade, a amarem “as coisas que são de cima” (Cl 3.1) mais que tudo o que possamos apalpar ou segurar em nossas mãos. Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno. 2 Coríntios 4:16-18 Encontros com Deus em situações difíceis: Midiã (deserto) ou Patmos (prisão) ou no vazio do templo em tempos de velório (Isaías): produzem esperança. JESUS: Jo 4.1-26 Muitos poderiam ser o exemplo de Jesus quanto ao culto e seu modo, como diante de Satanás mostrando firmeza (Mt 4), ou na transfiguração com os discípulos, mas creio que o encontro com a Samaritana é marcante quanto ao nosso tema. O debate era sobre a forma, a hora e o lugar de adoração, ou seja, qual a liturgia certa. Jesus alcança o profundo do coração da mulher, conversa com ela, entende o seu sofrer, pede e oferece algo, relaciona-se ternamente com ela, ensina com amor, exorta com firmesa e a transforma em propagadora de sua mensagem (ela testemunha aos conhecidos de sua cidade). O cerne da mensagem de Jesus é que todo encontro com Deus se dá "em espírito e verdade". Nosso grande desafio é não "emoldurar" o espírito e a verdade em formas, rituais, estruturas, modelos, ordens, programas, etc. Todos podem acontecer, mas são tão somente instrumentos passageiros e efêmeros do conteúdo dinâmico e poderoso do evangelho e do poder de Deus. Que culto é o certo? Conservador, tradicional, histórico, avivado, liberal? Onde, que posição, qual a roupa, com quem? Quantos? Que estrutura? Será?
  • 7. O grande ensino de Jesus quanto ao encontrar com Deus e cultuá-lo, não está nas formas, nas coisas, nos modelos, mas sim, nos relacionamentos sinceros, no viver e demostrar profundamente o amor, o perdão, a longaminidade e todo o fruto do Espírito, que promove a verdade e o verdadeiro encontro com Deus. Gastamos tempo, dinheiro, atenção e tudo o mais nas formas e muitas vezes esquecemos os fundamentos. Eis o grande desafio. Quais os desafios que temos como pastores em relação aos nossos cultos, nossa liturgia, nossos encontros com Deus? Creio que são muitos, mas destaquei aqui: - uma liturgia que evidencie a centralidade de Deus em nossos cultos; - uma liturgia que promova a entrega, a consagração em vez das buscas; - uma liturgia viva, obediente a Deus, jubilosa e criativa em cultuar a Deus e proclamar a mensagem; - uma liturgia que desperte sentido de vida, de missão e esperança e assim ajudo cristãos a vencerem seus males; - uma liturgia que não emoldure, enquadrade ou amarre o espírito de adoradores e não contamine a verdade que recebemos. Que Deus nos ajude a sempre cultuá-lo dignamente Sorocaba, 17 de Julho de 2013 Pr Eliezer Ferreira de Almeida PIB em Santa Fé do Sul/SP eliezer.almeida@hotmail.com https://www.facebook.com/eliezer.almeida1