A reunião científica desta vez foi apresentada pela Dra. Mariane Maeda, que falou sobre as estratégias de suporte de fase lútea após trigger com agonista do GnRH, comparando as condutas da ASRM e ESHRE. Falamos também sobre o impacto da cirurgia para retirada de endometrioma recidivante.
3. 3
Agonistas GnRH – menor pico de LH
– Fase lútea: 4 dias X 13 dias (HCG)
– Luteólise precoce queda níveis séricos de E2 e P, com pior
receptividade endometrial
– Regulação de fatores de crescimento e citocinas importantes na
implantação embrionária
– Falha de implantação e abortamento precoce
Uso de Agonista GnRH para maturação oócitos é efetiva na prevenção
de SHEO – qual o melhor protocolo para suplementação fase lútea?
Introdução
5. 5
Suporte intensivo na fase lútea (E2 + P)
Doses e vias de administração não estão bem estabelecidas
Não deve ser descontinuado precocemente!
Engmann et al., 2008
– 50mg-75 IM P/d após a captação até a 10ª semana de gestação
– Estradot 100-400 mcg/2 dias após captação
– Dosagem E2 e P: transfer, 1 semana após captação, e após, semanal
– E2>200 pg/mL; P> 20 ng/ml
– 53% gestação clínica
Protocolo Americano
6. 6
Sucesso após trigger com aGnRH
– LH e E2 no dia do trigger
– E2 ≥ 4000 pg/ml – suplementação intensiva na fase lútea é
suficiente
HCG adjuvante (baixa dose)
E2 ≥ 4000 pg/ml: aGnRH + E2/P
E2< 4000 pg/ml – duplo trigger
(aGnRH + HCG 1000UI)
Kumer N, Fertil Esteril. 2011
7. 7
LH- HCG : 80% aminoácidos e a subunidade β; mesmo receptor
HCG: maior vida longa do que LH (dias x horas)
Protocolo Europeu: aGnRH + HCG
– suporte da fase lútea inicial
– dose mínima para evitar SHEO
Quando realizar o HCG?
– 12h x 35h : menor taxa de gestação clínica
Protocolo Europeu
HCG: 35h após trigger (imediatamente após captação)
8. 8
2 estudos prospectivos randomizados
390 pacientes
Janeiro 2009 a dezembro 2011
9. 9
Primário: avaliar se o trigger de aGnRH + HCG 1500 UI (D0) reduz
a taxa de SHEO em pacientes de alto risco (15-25 folículos ≥11
mm)
Secundário: se a administração de +1500 UI HCG na fase lútea
inicial (D5) é segura em pacientes de baixo risco para SHEO (<14
folículos >11mm)
Objetivos
Papanikolau et al., 2006
10. 10
Puregon 150 ou 200UI (dose ajustada após D4)
D5: orgalutran 0,25 mg/d
Trigger: 2 folículos de 17 mm
Fase lútea: Crinone 90mg/d + E2 4mg VO até 7 sem
FIV
≤ 14 folículos ≥ 11 mm > 14 folículos ≥ 11 mm
Baixo risco SHEO Alto risco SHEO
*>25 folículos - excluídas
11. 11
Idade 25-40 anos
Ciclos menstruais regulares 25-34 dias ou
Oligomenorréia/ amenorreia ou
SOP
IMC 18-34,9 kg/m²
Ausência de anomalias uterinas
Excluídas pacientes com disfunções hipotalâmicas, diabetes, epilepsia,
doenças hepáticas, renais ou cardíacas, doenças metabólicas.
Critérios de inclusão e exclusão
12. 12
Alto risco SHEO
– Grupo A: trigger 0,5 mg buserelina + 1500 UI HCG
– Grupo B: 5000 UI HCG
Baixo Risco SHEO
– Grupo C: trigger 0,5 mg buserelina + 1500 UI HCG (DO+D5)
– Grupo D: 5000 UI HCG
Materiais e Métodos - Randomização
13. 13
SHEO (Navot et al., 1992)
- Moderada: distensão abdominal e desconforto, náusea, ascite,
ovário 8-12 cm, hematócrito <45% e ganho de peso< 2kg
- Grave: aumento ovário, ascite com ou sem hidrotórax,
Ht>45%, ganho de peso > 2kg, leucocitose, oligúria,
creatinina>1,0-1,5, ClCR>50 m/ min, disfunção hepática,
anasarca
Classificação - SHEO
15. 15
FIV, duração estimulação, FIV/ ICSI e população sem diferença
entre os grupos
Alto risco de SHEO: A x B
– Grupo A: nenhum caso de SHEO
– Grupo B: 2 casos de SHEO tardia moderada (3,4% - P=0,24)
– Sem diferença número de oócitos, taxa de implantação, gestação
clínica, abortamento
– HCG> taxa de transferência (P=0,02)
Resultados
16. 16
Baixo risco de SHEO: C x D
– Grupo C: 2 casos de SHEO (1,6%; P=0,22)
– Grupo D: nenhum caso
– Sem diferença entre o número de oócitos ou embriões, taxa de
implantação, gestação clínica ou abortamento
Resultados
18. 18
Apesar da presença de complicações (SHEO) – 2 casos Grupo B (alto
risco + HCG)e 2 casos Grupo C (baixo risco + HCG D0 e D5), diferença
não foi estatisticamente significativa
No entanto ....
– Não atingiu o n calculado – término antes do previsto
– Complicação potencialmente grave – deve ser valorizado!
Limitações do estudo
19. 19
Taxas reprodutivas semelhantes entre HCG x aGnRH
Conclusão
Folículos ≥ 11 mm 1ª opção 2ª opção
> 25 Freeze all Suporte fase lútea
15-25 aGnRH + HCG 35h
(E2<4000)
HCG
< 15 HCG ?
20. 20
“Individualized luteal support”
Determinar a menor dose de HCG sem aumentar o risco de
SHEO
Fase lútea sem progesterona exógena
LHr na fase lútea
Futuro
21.
22. 22
Excisão cirúrgica do endometrioma: piora reserva ovariana ( ↓ AMH)
Tratamento de endometriomas bilaterais – risco de FOP
Pior em:
– Cistos > 4cm
– Bilaterais
– Idade
– Experiência do cirurgião
Independente do método utilizado
Introdução
23. 23
Recorrência do endometrioma: elevada!
– 19,1% em 2 anos
– 20-50% em 5 anos
Variável de acordo com:
– Estágio da doença
– Idade na primeira cirurgia
– Técnica cirúrgica
– Tratamento pós operatório
– Experiência do cirurgião
Introdução
24. 24
Avaliar a reserva ovariana após excisão laparoscópica
de endometriomas unilaterais recorrentes
Objetivos
25. 25
Estudo caso-controle
Dados coletados prospectivamente; análise retrospectiva
Casos (18) x Controles (18)
Critérios de inclusão
– Menacme
– Endometrioma unilateral único ≥ 4,0 cm
– Dx histológico confirmado
– Seguimento na instituição
Critérios de exclusão
– Idade ≥ 40 anos
– SO no ovário contralateral
– Ooforectomia, Salpingectomia ou HTA
– Endometrioma persistente na 1ª SO
– Tratamentos hormonais adjuvantes
Materiais e Métodos
26. 26
3 meses antes SO, 3 meses após SO e anual
AMH e FSH – 2º dia do ciclo
AFC: 3º e 4º dias
Avaliação da reserva ovariana
29. 29
** A taxa de gestação foi similar entre os grupos (28,6% x 38,5%, P=0,695)
Resultados
30. 30
Endometrioma altera a reserva ovariana
– Altera a foliculogênese
– Justifica a excisão cirúrgica
2ª cirurgia pode ser mais difícil – maior lesão ovariana
Altera a reserva ovariana (FSH, AMH e AFC)
Viés: pode estar associado a comportamento biológico diferente do
endometrioma
Discussão
31. 31
Pacientes com idade mais avançada que tenha
diagnóstico de endometriose já abordada
cirurgicamente e que mantém desejo reprodutivo,
sugere-se FIV / manejo não-cirúrgico.
Conclusão
Notas do Editor
Duplo trigger – maturação oocitos
Enuqnato no prot europeu com HCG na captação atua no corpo luteo e receptividade endometrial – está rolando uma RCT
12 ou 35 h após o trigger
HCG – suporte fase lutea inicial e média , formação de múltiplos corpos luteosaté o HCG da gestação subir
6 doses 300 mg a cada 2 dias após triiger om analogo