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Abstração
informal
No Brasil
Abstração informal no Brasil
• Tanto a abstração geométrica (índole construtivista) quanto a abstração lírica
• Surgem no Brasil com maior ênfase na década de 1950
• No final da década de 1940 há um grande contato com artistas estrangeiros
(instituições que surgiram)
• A arte abstrata se torna mais comum
• Já no final da década de 1940 alguns artistas já trabalhavam nessa área
• Samsor Flexor
• Cícero Dias
• Antônio Bandeira
• Posteriormente, outros artistas surgiram (por exemplo):
• Iberê Camargo
• Manabu Mabe
• Tomie Ohtake
Abstração informal no Brasil
• Samsor Flexor (1907-1971): Soroca, Bessarábia, Rússia
• Estuda pintura e química na Bélgica (Academia Real de Belas
Artes-1922) Também em Paris (1924) estuda na Escola Nacional
Superior de Belas Artes e paralelamente estuda História da Arte
em Sorbonne
• Quando se converte ao catolicismo em 1933, passa a executar
pinturas de cunho religioso.
• Participa da resistência Francesa na 2ª Guerra Mundial e é
obrigado a fugir de Paris (Nessa época suas obras são mais
sombrias e Flexor inicia estudos expressionistas e cubistas
sobre a Paixão de Cristo)
• Em 1946, realiza viagem ao Brasil e expõe na Galeria Prestes
Maia, em São Paulo, e em 1948, fixa-se na cidade.
• Em 1951 cria o Atelier-Abstração, tendo como aluno, Wega
Nery (1912-2007), entre outros.
• Em meados da década de 1960 aproxima-se da abstração lírica
e da figuração.
Flexor, Auto-Retrato aos 15 anos.
Aquarela sobre papel, 25x18 cm
.Coleção Particular
Flexor,
Abstração
tropical,
1948. Óleo
sobre tela,
92x73 cm .
Galeria
Saramenha
(Rio de
Janeiro, RJ)
Flexor, A
coroa de
Espinhos1950
. Óleo sobre
tela,
100x80,80 cm
.Coleção
Museu de
Arte
Contemporân
ea da
Universidade
de São Paulo
Flexor, Bailarinas, 1950. Óleo sobre tela, 152 cm x
245 cm. Acervo Banco Itaú
Flexor, Formas Sobrepostas, 1951. Óleo sobre tela,
64,5x81 cm. Palácio Boa Vista (Campos de Jordão,
SP)
• Atelier abstração (São Paulo,
1951): Grupo pioneiro no
estudo da arte abstrata no
Brasil, iniciado antes da I
Bienal
• Foi fundado por Samsor
Flexor em sua residência
• Nas aulas, Flexor realizava
exercícios de linhas, uso das
cores, e exercícios da
abstração, baseados em
rígidos cálculos matemáticos
• O atelier era também palco
de inúmeras discussões sobre
arte e cultura na época, além
de recitais e conferências.
Cícero Dias, Eu vi o mundo... Ele começava em Recife,
1926-9. guache e técnica mista sobre papel, colado
em tela, 198x12000 cm. (Recorte)
Abstração informal no Brasil
•Cícero Dias
•No começo suas obras eram leves
e representavam quase sonhos
•Mistura literatura do imaginário
nordestino e surrealismo
•Na década de 40, se direciona ao
surrealismo
Cícero Dias, Gamboa do Carmo no
Recife, 1929, óleo sobre tela, 71x60
cm. Coleção Particular
Cícero Dias, Porto do Recife, 1930, óleo sobre tela,
105x105 cm. Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Cícero Dias, Sem
título. 1930, aquarela
e guache sobre
papel.
Cícero Dias, Cronométrico. 1947, Óleo sobre tela, 76.00 cm x 64.00 cm
Cícero Dias, Sem título, 1940, Óleo sobre tela, 80x100 cm. Coleção Particula
Abstração informal no Brasil
• Antônio Bandeira (1922-1967)
• Pintor, desenhista, gravador. Inicia-se na pintura como
autodidata
• No início de sua carreira a pintura tenta figurar cenas da
vida suburbana de Fortaleza (mas sem cair nos clichês do
retrato de pescadores e jangadeiros)
• Em seus quadros são privilegiadas as populações
marginais da cidade e personagens da vida boêmia
• É contemplado pelo governo francês com uma bolsa de
estudos: de 1946 a 50 frequenta a Escola Nacional
Superior de Belas Artes e a Académie de la Grande
Chaumière, na França, mas abandona ambas pois se
interessa pela arte não acadêmica
• De qualquer forma tem sua obra influenciada pelo
cubismo e fovismo
• Em 1948, participa da mostra La Rose des Vents, na
Galérie des Deux Ilés, que marca sua adesão ao
abstracionismo informal. Em 1951 volta para o Brasil
Antônio Bandeira, Auto Retrato, 1944.
Aquarela, 44x35 cm
Antônio Bandeira, Mulher
Lendo, 1947. Óleo sobre tela,
105x75 cm.
Antônio Bandeira, Sem título, 1951. Óleo sobre
papelão, 46.20 cm x 55.60 cm
Antônio Bandeira, Árvores negras em Bonina,
1951. Óleo sobre tela, 56.00 cm x 47.00 cm
Antônio Bandeira, A Grande Cidade
Iluminada, 1953. Óleo sobre tela,
72,40x91,40 cm. Museu Nacional de
Belas Artes (MNBA)
Antônio Bandeira, A árvore, 1955. Óleo
sobre tela, 127.00 cm x 101.00 cm.
Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM RJ
Antônio Bandeira, Composição, 1957.
Óleo sobre tela, 90x90 cm.
Abstração informal no Brasil
• Iberê Camargo
• Iberê Bassani de Camargo (Restinga Seca RS 1914 - Porto Alegre RS 1994).
• Pintor, gravador, desenhista, escritor e professor
• Considerado um dos abstracionistas brasileiros mais gestuais
• Estuda pintura e arquitetura no RS
• Ganha uma bolsa para a ENBA  fica por pouco tempo
• Funda, em 1953, o curso de gravura do Instituto Municipal de Belas Artes do Rio de
Janeiro. Posteriormente promove um curso livre de pintura no Theatro São Pedro,
em Porto Alegre, em duas temporadas entre 1960 e 1965.
• A partir de 1970, leciona na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul – UFRGS
• Também publica o artigo Tratado sobre Gravura em Metal, 1964, o livro técnico A
Gravura, 1992 e o livro de contos No Andar do Tempo: 9 contos e um esboço
autobiográfico, 1988.
Iberê Camargo, Auto retrato, 1943. Óleo sobre
tela, 69.00 cm x 59.00 cm. Fundação Iberê
Camargo
Iberê Camargo,
Dentro do mato,
1942. Óleo sobre
tela, 39 cm x 30 cm.
Coleção Prticular
Iberê Camargo,Mesa
azul com carreteis,
1959. Óleo sobre
tela, 100.00 cm x
62.00 cm. Coleção
Particular
Iberê Camargo, Formação de carreteis, 1960.
água-forte e água-tinta, 29cm x 48.8 cm. Coleção
Maria Coussirat Camargo - Fundação Iberê
Camargo (Porto Alegre, RS)
Abstração informal no Brasil
• Manabu Mabe
• Manabu Mabe (Kumamoto, Japão 1924 - São Paulo SP
1997)
• Pintor, gravador, ilustrador
• Vem para o Brasil em 1934 para se dedicar a lavoura
de café coma família.
• Conhece Tomoo Handa (artista japonês pertencente
ao grupo Seibi) e passa então a integrar o grupo
também.
• Em 1957 vende seu cafezal em Lins e muda-se para
São Paulo para dedicar-se exclusivamente à pintura
• A partir de então recebe vários prêmios e
homenagens: Em 1959, é homenageado com o artigo
The Year of Manabu Mabe [O ano de Manabu Mabe],
publicado na revista Time, em Nova York. Ganha o
prêmio de melhor pintor nacional na 5ª Bienal
Internacional de São Paulo e o prêmio de pintura na
1ª Bienal de Paris. Manabu Mabe, Mãe e Fiho, 1958. Laca
sobre tela, 100.00 cm x 60.00 cm.
Manabu Mabe, Nascente, 1968.
Manabu Mabe, Colheita de Café, 1956. Óleo sobre tela,
150.00 cm x 125.00 cm
Manabu Mabe, Sinfonia Pastoral,
1958. Óleo sobre tela, 130 x 162
cm
Manabu Mabe, Grito, 1958. Laca
sobre tela, 130.00 cm x 162.00
cm. Coleção Particular
Manabu Mabe, Sem título, 1973.
Óleo sobre tela, 28x33 cm
Abstração informal no Brasil
• Tomie Ohtake
• Tomie Ohtake (Kyoto, Japão, 1913 - São Paulo, São Paulo, 2015)
• Pintora, gravadora, escultora. Vem para o Brasil em 1936, fixando-se em São
Paulo. Em 1952, inicia-se em pintura
• No ano seguinte, integra o Grupo Seibi
• Passa por um breve período de arte figurativa, Migrando então para o
abstracionismo.
• Nos anos de 1970, trabalha com serigrafia, litogravura e gravura em metal.
Nessa época, surgem em suas obras, as formas orgânicas e a sugestão de
paisagens.
• Na década de 1980, passa a utilizar uma gama cromática mais intensa e
contrastante.
• Dedica-se também à escultura, e realiza algumas delas para espaços públicos.
Tomie Ohtake, Sem título, 1957. Óleo sobre tela
Tomie Ohtake, Sem título, 1959. Óleo sobre
tela, 59.00 cm x 83.00 cm
Tomie Ohtake, Sem título, 1981. Óleo sobre tela,
150x150 cm
Tomie Ohtake,
Sem título,
1993. C.A |
Tiragem,
Gravura em
Metal, 59.40
cm x 39.60 cm.
Acervo Banco
Itaú
Tomie Ohtake, Sem título,
1972. Serigrafia sobre papel,
13/30 | Tiragem, 38.50 cm x
53.00 cm. Acervo Banco Itaú
Arte Concreta
• O que é arte concreta, mesmo?
• Arte sem conexão com a natureza
• “O que existe na realidade, não apenas no conceito”
• Por que não, Abstrato?
• Porque o abstrato usa formas abstraídas da natureza.
• A expressão foi cunhada em 1930, mas foi melhor lapidada e integrada a arte em
1936 por Max Bill
• Assim, o nome “Arte concreta” surge como uma tentativa de definição da pintura
não-figurativa
• Essa definição não conseguiu desbancar a arte abstrata, nome que ainda era
muito utilizado.
• Graças ao grupo de artistas concretos suíços (reuniu artistas como Max Bill,
Camille Graeser, Richard Lohse e Verena Loewnsberger), a arte concreta ganha
novas reflexões
• Antes do movimento concreto, os
artistas brasileiros já conheciam e
realizavam trabalhos no campo da
escultura Max Bill, Unidade
Tripartida, 1948-9. Aço
inoxidável, 114,0 x 88,3
x 98,2 cm. Doação ao
MAM, São Paulo
Max Bill, Begrenzung geht durch das zentrum (O limite passa pelo centro), 1972. Coleção Walter
+ Helga Sonanini, Suiza
Arte concreta
• Para Max Bill, a arte abstrata alcança de forma muito pequena a
representação de campos de energia e criação de certos ritmos. 
Funções intrínsecas a arte concreta
• Bill propõe que a arte concreta se liga também a um conceito matemático
• Menos do que alardear, ela rediscutir a linguagem plástica moderna.
• As ideias da arte concreta vieram primeiro para a Argentina (onde usaram
da revista “Nueva Visión” para difundir as ideias) e depois para o Brasil.
• Já na década de 1950 o Brasil tinha um defensor dessa arte: Mário Pedrosa
Concretismo no Brasil
• Foi a partir da primeira bienal, os artistas começam a se interessar
mais por essa arte, e jovens artistas do Rio e São Paulo, começam a se
entregar mais às experiências da arte concreta.
• São Paulo: Grupo Ruptura (1952) - centrada no conceito de pura visualidade
da forma
• Rio de Janeiro: Grupo Frente – menos ortodoxo (década de 50), prega a
experimentação de todas as linguagens, ainda que no âmbito não figurativo
geométrico
• Anos depois, sintetizando e radicalizando a tendência construtivista, surge em
SP o movimento de arte concreta, ou concretismo, que reunia artistas
plásticos (a maioria vinda do grupo Ruptura) e poetas ardorosos
Grupo Ruptura – SP 1952
• Acreditavam que as artes do passado estavam ligadas a um pensamento que não
respondia às questões da vida contemporânea
• Inicialmente o grupo contava com artistas como Waldemar Cordeiro e Geraldo de
Barros, entre outros
• O movimento concreto queria ampliar a atuação das artes, pensando o ambiente
urbano, modernizando o meio cultural e socializando as artes e a cultura
• Instituem a noção de objeto artístico como exercício de concreção racional de
uma idéia, cuja execução deve ser previamente guiada por leis claras e
inteligíveis, de preferência matemáticas.
• Em 1952, Realiza sua primeira exposição realizou-se a primeira exposição, no
MAM-SP e lançando-se o Manifesto Ruptura.
• O manifesto trazia ideias como: “a arte do passado foi grande, quando foi
inteligente. Contudo, a nossa inteligência não pode ser a de Leonardo. A história
deu um salto qualitativo. Não há mais continuidade! Então nós distinguimos: os
que criam formas novas de princípios velhos; os que criam formas novas de
princípios novos”.
Waldemar Cordeiro
• Waldemar Cordeiro. (Roma, Itália 1925 -
São Paulo, São Paulo, 1973).
• Artista plástico, designer, ilustrador,
paisagista, urbanista, jornalista e crítico de
arte
• Começa a trabalhar como caricaturista, em
1943, para o jornal satírico Petirosso
• Vem para o Brasil e começa a trabalhar
como jornalista e crítico de artes na Folha
da Manhã.
• 1948 volta para a Itália – inicia sua
produção abstrata
• Volta para o BR em 1949 e torna-se líder do
grupo Ruptura
Waldermar Cordeiro, Estudo, 1952. têmpera sobre papelão,
33cm x 38cm
Waldemar Cordeiro, Contradição Espacial, 1958.
esmalte sobre compensado, 95x100 cm
Waldemar Cordeiro, Pintura III, S/d. óleo sobre
tela de juta, 90.00 cm x 95.00 cm
Waldemar Cordeiro, Ideia visível, 1956. Tinta e
massa sobre madeira, 100cm x 100 cm. Acervo
Adolpho Leirner
Waldemar Cordeiro, Movimento, 1951.
Têmpera sobre tela, 90.20 cm x 95.00 cm.
Coleção Museu de Arte Contemporânea da
Universidade de São
Waldemar Cordeiro, Movimento, 1958.
Esmalte sobre compensado, 51 x 51 cm.
Geraldo de Barros
• Geraldo de Barros (Chavantes, São
Paulo, 1923 - São Paulo, São Pailo,
1998)
• Fotógrafo, pintor, gravador, artista
gráfico, designer de móveis e
desenhista
• Em 1946, faz suas primeiras fotos com
uma câmera construída por ele
mesmo.
• Realiza várias obras na área da
fotografia experimental:
experimentações que consistem em
interferências no negativo, como
cortar, desenhar, pintar, perfurar...
• Vai para a Europa, chega a frequentar
a Escola de Ulm.
Geraldo de Barros, Auto-retrato, 1949. Edition Museé de l´Elysé
Lausanne, Suiça | Tiragem. Gelatina e prata, fotoforma,
28.50x28.00 cm. Acervo Banco Itaú
Geraldo de Barros, Auto-retrato, 1949.
Geraldo de Barros, Homenagem
a Volpi, s/d. Montagem em
laminado plástico, 100x100 cm.
Coleção particular
Geraldo de Barros, Fotoforma,
1949. Cópia única a partir de
montagem com papel celofane
prensado entre duas placas de
vidro
Geraldo de Barros, Fotoforma,
São Paulo SP, 1950. Tiragem
9/15, fotografia [superposição de
imagens no fotograma],
28.20 cm x 30.30 cm. Acervo
Banco Itaú
Geraldo de Barros, Movimento contra movimento,
1952. Pintura, esmalte sobre kelmite, 60x60.
Geraldo de Barros, Estrutura tridimensional, 1953.
Pintura, esmalte sobre kelmite, 60x60.
Grupo Frente
• Liderados por Ivan Serpa, precursor da abstração geométrica no Brasil, o
Frente abre sua primeira exposição em 1954
• Participam da mostra, apresentada pelo crítico Ferreira Gullar, Ivan Serpa,
Lygia Clark, Lygia Pape entre outros.
• A arte concreta predomina, no entanto a arte do grupo não se limita a ela.
 rejeição à pintura modernista figurativa e nacionalista.
• Aos fundadores unem-se Abraham Palatnik, Hélio Oiticica, entre outros
• Não se trata "de uma panelinha fechada, nem muito menos uma academia
onde se ensinam e aprendem regrinhas e receitas para fazer
abstracionismo, concretismo, expressionismo e outros ismos“.
• A independência com que tratavam a arte concreta gera a crítica que do
Ruptura.
Ivan Serpa
• Ivan Ferreira Serpa (Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, 1923 - idem, 1973)
• Pintor, gravador, desenhista,
professor
• Estuda pintura, gravura e desenho no
RJ
• Começa a ensinar arte no MAM/RJ
• Um dos fundadores do grupo Frente
e permanece na liderança até sua
dissolução em 1956
• Sua obra, desde o início, oscila entre
o figurativo e a arte concreta Ivan Serpa, Formas, 1951. Óleo sobre tela, 97x130,20 cm. Coleção Museu
de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (SP)
Ivan Serpa, Sem título, 1953. Guache sobre papel,
50x50 cm
Ivan Serpa, Sem
título, 1953.
Esmalte
sintético sobre
chapa
aglomerada,
122.00 cm x
90.00 cm.
Coleção
Particula
Ivan Serpa, Pintura
número 178, 1953.
Óleo, 97.00 cm x
130.00 cm. Coleção
Particular
Lygia Clark
• Lygia Pimentel Lins (Belo Horizonte MG
1920 - Rio de Janeiro RJ 1988)
• Pintora, escultora. Muda-se para o Rio de
Janeiro, em 1947, quando começa a
estudar arte
• Entre 1950 e 52 mora em Paris, onde
conhece grandes nomes como Fernand
Léger
• Volta para o Brasil e integra o grupo
Frente (1954-56)
• É uma das fundadoras do grupo
neoconcreto
Lygia Clark, Composição no 5. Série: Quebra da Moldura, 1954.
Óleo s/ tela e madeira, 107 x 91 cm.
Lygia Clark, Descoberta da linha orgânica, 1954.
Óleo s/ tela e madeira, 90 x 90 cm.
Lygia Clark, Superfície modulada nº 20,
1956. Tinta industrial s/ madeira, 60 x
120 cm.
Lygia Clark, Maquete para interior nº 1,
1955. Madeira e tinta industrial.
Lygia Pape
• Lygia Pape (Nova Friburgo, Rio de Janeiro,
1927 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004)
• Escultora, gravadora e cineasta
• Participa do movimento concreto e,
posteriormente, neoconcreto
• No fim da década de 1950, inicia a trilogia
de livros de artista composta por Livro da
Criação, Livro da Arquitetura e Livro do
Tempo
• A partir dos anos 1960, trabalha com
roteiro, montagem e direção
cinematográficos
• Ainda nos anos 1960, produz esculturas em
madeira e realiza o Livro-Poema, composto
de xilogravuras e poemas concretos.
Lygia Pape, Grupo Frente | Relevo em vermelho e azul
1955 – 1956. Têmpera sobre madeira, 40cm x 40cm x 3.5cm
Lygia Pape, Composição, 1955. Tiragem 1/4 | não
definida, xilogravura, 33.00 cm x 48.00 cm.
Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro, RJ)
Lygia Pape, Grupo Frente | Pintura em laranja e azul, 1955 – 1956.
Esmalte e têmpera sobre madeira, 40cm x 40cm x 3cm
Hélio
Oiticica• Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 1937 - idem, 1980). Artista
performático, pintor e escultor
• Estuda pintura com seu irmão César
Oiticica no Museu de Arte Moderna
do Rio de Janeiro (MAM/RJ), em
1954 – Ivan Serpa como tutor
• Em 1954, escreve seu primeiro texto
sobre artes plásticas
• A partir de então o registro escrito de reflexões sobre arte e sua produção torna-se um hábito.
• Participa do Grupo Frente em 1955 e 1956
• Em 1959, passa a integrar o Grupo Neoconcreto  época em que abandona os trabalhos
bidimensionais e cria relevos espaciais, bólides, capas, estandartes, tendas e penetráveis.
Hélio Oiticica/Grupo Frente, Sem título, 1955. Têmpera
sobre cartão, 43.50 cm x 49.80 cm. Coleção Hercilia e
Sérgio Fadel
Hélio Oiticica/Grupo Frente, Sem título, 1956. Guache
sobre cartão, 55.00 cm x 45.00 cm
Hélio Oiticica/Grupo Frente, Sem título, 1955. Guache sobre cartão, 43
x 50 cm. Projeto Helio Oiticica (Rio de Janeiro, RJ)
Hélio Oiticica/Grupo Frente, Sem título, 1956.
Guache sobre cartão, 35,5x44,5cm. Projeto
Helio Oiticica (Rio de Janeiro, RJ)
Do Concreto ao Neoconcreto
• Os grupos (Frente e Ruptura) realizariam juntos, em 1956/57, em
ambas as cidades, a I Exposição Nacional de Arte Concreta. Desta
exposição decorreriam polêmicas entre os grupos, principalmente
entre Cordeiro e Gullar, que levariam à cisão e fundação do Grupo
Neoconcreto – RJ
• Os artistas paulistas enfatizam o conceito de pura visualidade da
forma, o grupo carioca se opõe ao propor uma articulação forte entre
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Abstração informal e arte concreta no Brasil

  • 2. Abstração informal no Brasil • Tanto a abstração geométrica (índole construtivista) quanto a abstração lírica • Surgem no Brasil com maior ênfase na década de 1950 • No final da década de 1940 há um grande contato com artistas estrangeiros (instituições que surgiram) • A arte abstrata se torna mais comum • Já no final da década de 1940 alguns artistas já trabalhavam nessa área • Samsor Flexor • Cícero Dias • Antônio Bandeira • Posteriormente, outros artistas surgiram (por exemplo): • Iberê Camargo • Manabu Mabe • Tomie Ohtake
  • 3. Abstração informal no Brasil • Samsor Flexor (1907-1971): Soroca, Bessarábia, Rússia • Estuda pintura e química na Bélgica (Academia Real de Belas Artes-1922) Também em Paris (1924) estuda na Escola Nacional Superior de Belas Artes e paralelamente estuda História da Arte em Sorbonne • Quando se converte ao catolicismo em 1933, passa a executar pinturas de cunho religioso. • Participa da resistência Francesa na 2ª Guerra Mundial e é obrigado a fugir de Paris (Nessa época suas obras são mais sombrias e Flexor inicia estudos expressionistas e cubistas sobre a Paixão de Cristo) • Em 1946, realiza viagem ao Brasil e expõe na Galeria Prestes Maia, em São Paulo, e em 1948, fixa-se na cidade. • Em 1951 cria o Atelier-Abstração, tendo como aluno, Wega Nery (1912-2007), entre outros. • Em meados da década de 1960 aproxima-se da abstração lírica e da figuração. Flexor, Auto-Retrato aos 15 anos. Aquarela sobre papel, 25x18 cm .Coleção Particular
  • 4. Flexor, Abstração tropical, 1948. Óleo sobre tela, 92x73 cm . Galeria Saramenha (Rio de Janeiro, RJ) Flexor, A coroa de Espinhos1950 . Óleo sobre tela, 100x80,80 cm .Coleção Museu de Arte Contemporân ea da Universidade de São Paulo
  • 5. Flexor, Bailarinas, 1950. Óleo sobre tela, 152 cm x 245 cm. Acervo Banco Itaú
  • 6. Flexor, Formas Sobrepostas, 1951. Óleo sobre tela, 64,5x81 cm. Palácio Boa Vista (Campos de Jordão, SP) • Atelier abstração (São Paulo, 1951): Grupo pioneiro no estudo da arte abstrata no Brasil, iniciado antes da I Bienal • Foi fundado por Samsor Flexor em sua residência • Nas aulas, Flexor realizava exercícios de linhas, uso das cores, e exercícios da abstração, baseados em rígidos cálculos matemáticos • O atelier era também palco de inúmeras discussões sobre arte e cultura na época, além de recitais e conferências.
  • 7. Cícero Dias, Eu vi o mundo... Ele começava em Recife, 1926-9. guache e técnica mista sobre papel, colado em tela, 198x12000 cm. (Recorte) Abstração informal no Brasil •Cícero Dias •No começo suas obras eram leves e representavam quase sonhos •Mistura literatura do imaginário nordestino e surrealismo •Na década de 40, se direciona ao surrealismo Cícero Dias, Gamboa do Carmo no Recife, 1929, óleo sobre tela, 71x60 cm. Coleção Particular
  • 8. Cícero Dias, Porto do Recife, 1930, óleo sobre tela, 105x105 cm. Museu do Estado de Pernambuco (MEPE) Cícero Dias, Sem título. 1930, aquarela e guache sobre papel.
  • 9. Cícero Dias, Cronométrico. 1947, Óleo sobre tela, 76.00 cm x 64.00 cm Cícero Dias, Sem título, 1940, Óleo sobre tela, 80x100 cm. Coleção Particula
  • 10. Abstração informal no Brasil • Antônio Bandeira (1922-1967) • Pintor, desenhista, gravador. Inicia-se na pintura como autodidata • No início de sua carreira a pintura tenta figurar cenas da vida suburbana de Fortaleza (mas sem cair nos clichês do retrato de pescadores e jangadeiros) • Em seus quadros são privilegiadas as populações marginais da cidade e personagens da vida boêmia • É contemplado pelo governo francês com uma bolsa de estudos: de 1946 a 50 frequenta a Escola Nacional Superior de Belas Artes e a Académie de la Grande Chaumière, na França, mas abandona ambas pois se interessa pela arte não acadêmica • De qualquer forma tem sua obra influenciada pelo cubismo e fovismo • Em 1948, participa da mostra La Rose des Vents, na Galérie des Deux Ilés, que marca sua adesão ao abstracionismo informal. Em 1951 volta para o Brasil Antônio Bandeira, Auto Retrato, 1944. Aquarela, 44x35 cm
  • 11. Antônio Bandeira, Mulher Lendo, 1947. Óleo sobre tela, 105x75 cm.
  • 12. Antônio Bandeira, Sem título, 1951. Óleo sobre papelão, 46.20 cm x 55.60 cm Antônio Bandeira, Árvores negras em Bonina, 1951. Óleo sobre tela, 56.00 cm x 47.00 cm
  • 13. Antônio Bandeira, A Grande Cidade Iluminada, 1953. Óleo sobre tela, 72,40x91,40 cm. Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)
  • 14. Antônio Bandeira, A árvore, 1955. Óleo sobre tela, 127.00 cm x 101.00 cm. Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM RJ
  • 15. Antônio Bandeira, Composição, 1957. Óleo sobre tela, 90x90 cm.
  • 16. Abstração informal no Brasil • Iberê Camargo • Iberê Bassani de Camargo (Restinga Seca RS 1914 - Porto Alegre RS 1994). • Pintor, gravador, desenhista, escritor e professor • Considerado um dos abstracionistas brasileiros mais gestuais • Estuda pintura e arquitetura no RS • Ganha uma bolsa para a ENBA  fica por pouco tempo • Funda, em 1953, o curso de gravura do Instituto Municipal de Belas Artes do Rio de Janeiro. Posteriormente promove um curso livre de pintura no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, em duas temporadas entre 1960 e 1965. • A partir de 1970, leciona na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS • Também publica o artigo Tratado sobre Gravura em Metal, 1964, o livro técnico A Gravura, 1992 e o livro de contos No Andar do Tempo: 9 contos e um esboço autobiográfico, 1988.
  • 17. Iberê Camargo, Auto retrato, 1943. Óleo sobre tela, 69.00 cm x 59.00 cm. Fundação Iberê Camargo Iberê Camargo, Dentro do mato, 1942. Óleo sobre tela, 39 cm x 30 cm. Coleção Prticular
  • 18. Iberê Camargo,Mesa azul com carreteis, 1959. Óleo sobre tela, 100.00 cm x 62.00 cm. Coleção Particular Iberê Camargo, Formação de carreteis, 1960. água-forte e água-tinta, 29cm x 48.8 cm. Coleção Maria Coussirat Camargo - Fundação Iberê Camargo (Porto Alegre, RS)
  • 19. Abstração informal no Brasil • Manabu Mabe • Manabu Mabe (Kumamoto, Japão 1924 - São Paulo SP 1997) • Pintor, gravador, ilustrador • Vem para o Brasil em 1934 para se dedicar a lavoura de café coma família. • Conhece Tomoo Handa (artista japonês pertencente ao grupo Seibi) e passa então a integrar o grupo também. • Em 1957 vende seu cafezal em Lins e muda-se para São Paulo para dedicar-se exclusivamente à pintura • A partir de então recebe vários prêmios e homenagens: Em 1959, é homenageado com o artigo The Year of Manabu Mabe [O ano de Manabu Mabe], publicado na revista Time, em Nova York. Ganha o prêmio de melhor pintor nacional na 5ª Bienal Internacional de São Paulo e o prêmio de pintura na 1ª Bienal de Paris. Manabu Mabe, Mãe e Fiho, 1958. Laca sobre tela, 100.00 cm x 60.00 cm.
  • 21. Manabu Mabe, Colheita de Café, 1956. Óleo sobre tela, 150.00 cm x 125.00 cm
  • 22. Manabu Mabe, Sinfonia Pastoral, 1958. Óleo sobre tela, 130 x 162 cm Manabu Mabe, Grito, 1958. Laca sobre tela, 130.00 cm x 162.00 cm. Coleção Particular
  • 23. Manabu Mabe, Sem título, 1973. Óleo sobre tela, 28x33 cm
  • 24. Abstração informal no Brasil • Tomie Ohtake • Tomie Ohtake (Kyoto, Japão, 1913 - São Paulo, São Paulo, 2015) • Pintora, gravadora, escultora. Vem para o Brasil em 1936, fixando-se em São Paulo. Em 1952, inicia-se em pintura • No ano seguinte, integra o Grupo Seibi • Passa por um breve período de arte figurativa, Migrando então para o abstracionismo. • Nos anos de 1970, trabalha com serigrafia, litogravura e gravura em metal. Nessa época, surgem em suas obras, as formas orgânicas e a sugestão de paisagens. • Na década de 1980, passa a utilizar uma gama cromática mais intensa e contrastante. • Dedica-se também à escultura, e realiza algumas delas para espaços públicos.
  • 25. Tomie Ohtake, Sem título, 1957. Óleo sobre tela Tomie Ohtake, Sem título, 1959. Óleo sobre tela, 59.00 cm x 83.00 cm
  • 26. Tomie Ohtake, Sem título, 1981. Óleo sobre tela, 150x150 cm Tomie Ohtake, Sem título, 1993. C.A | Tiragem, Gravura em Metal, 59.40 cm x 39.60 cm. Acervo Banco Itaú
  • 27. Tomie Ohtake, Sem título, 1972. Serigrafia sobre papel, 13/30 | Tiragem, 38.50 cm x 53.00 cm. Acervo Banco Itaú
  • 28. Arte Concreta • O que é arte concreta, mesmo? • Arte sem conexão com a natureza • “O que existe na realidade, não apenas no conceito” • Por que não, Abstrato? • Porque o abstrato usa formas abstraídas da natureza. • A expressão foi cunhada em 1930, mas foi melhor lapidada e integrada a arte em 1936 por Max Bill • Assim, o nome “Arte concreta” surge como uma tentativa de definição da pintura não-figurativa • Essa definição não conseguiu desbancar a arte abstrata, nome que ainda era muito utilizado. • Graças ao grupo de artistas concretos suíços (reuniu artistas como Max Bill, Camille Graeser, Richard Lohse e Verena Loewnsberger), a arte concreta ganha novas reflexões
  • 29. • Antes do movimento concreto, os artistas brasileiros já conheciam e realizavam trabalhos no campo da escultura Max Bill, Unidade Tripartida, 1948-9. Aço inoxidável, 114,0 x 88,3 x 98,2 cm. Doação ao MAM, São Paulo Max Bill, Begrenzung geht durch das zentrum (O limite passa pelo centro), 1972. Coleção Walter + Helga Sonanini, Suiza
  • 30. Arte concreta • Para Max Bill, a arte abstrata alcança de forma muito pequena a representação de campos de energia e criação de certos ritmos.  Funções intrínsecas a arte concreta • Bill propõe que a arte concreta se liga também a um conceito matemático • Menos do que alardear, ela rediscutir a linguagem plástica moderna. • As ideias da arte concreta vieram primeiro para a Argentina (onde usaram da revista “Nueva Visión” para difundir as ideias) e depois para o Brasil. • Já na década de 1950 o Brasil tinha um defensor dessa arte: Mário Pedrosa
  • 31. Concretismo no Brasil • Foi a partir da primeira bienal, os artistas começam a se interessar mais por essa arte, e jovens artistas do Rio e São Paulo, começam a se entregar mais às experiências da arte concreta. • São Paulo: Grupo Ruptura (1952) - centrada no conceito de pura visualidade da forma • Rio de Janeiro: Grupo Frente – menos ortodoxo (década de 50), prega a experimentação de todas as linguagens, ainda que no âmbito não figurativo geométrico • Anos depois, sintetizando e radicalizando a tendência construtivista, surge em SP o movimento de arte concreta, ou concretismo, que reunia artistas plásticos (a maioria vinda do grupo Ruptura) e poetas ardorosos
  • 32. Grupo Ruptura – SP 1952 • Acreditavam que as artes do passado estavam ligadas a um pensamento que não respondia às questões da vida contemporânea • Inicialmente o grupo contava com artistas como Waldemar Cordeiro e Geraldo de Barros, entre outros • O movimento concreto queria ampliar a atuação das artes, pensando o ambiente urbano, modernizando o meio cultural e socializando as artes e a cultura • Instituem a noção de objeto artístico como exercício de concreção racional de uma idéia, cuja execução deve ser previamente guiada por leis claras e inteligíveis, de preferência matemáticas. • Em 1952, Realiza sua primeira exposição realizou-se a primeira exposição, no MAM-SP e lançando-se o Manifesto Ruptura. • O manifesto trazia ideias como: “a arte do passado foi grande, quando foi inteligente. Contudo, a nossa inteligência não pode ser a de Leonardo. A história deu um salto qualitativo. Não há mais continuidade! Então nós distinguimos: os que criam formas novas de princípios velhos; os que criam formas novas de princípios novos”.
  • 33. Waldemar Cordeiro • Waldemar Cordeiro. (Roma, Itália 1925 - São Paulo, São Paulo, 1973). • Artista plástico, designer, ilustrador, paisagista, urbanista, jornalista e crítico de arte • Começa a trabalhar como caricaturista, em 1943, para o jornal satírico Petirosso • Vem para o Brasil e começa a trabalhar como jornalista e crítico de artes na Folha da Manhã. • 1948 volta para a Itália – inicia sua produção abstrata • Volta para o BR em 1949 e torna-se líder do grupo Ruptura Waldermar Cordeiro, Estudo, 1952. têmpera sobre papelão, 33cm x 38cm
  • 34. Waldemar Cordeiro, Contradição Espacial, 1958. esmalte sobre compensado, 95x100 cm Waldemar Cordeiro, Pintura III, S/d. óleo sobre tela de juta, 90.00 cm x 95.00 cm
  • 35. Waldemar Cordeiro, Ideia visível, 1956. Tinta e massa sobre madeira, 100cm x 100 cm. Acervo Adolpho Leirner
  • 36. Waldemar Cordeiro, Movimento, 1951. Têmpera sobre tela, 90.20 cm x 95.00 cm. Coleção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São
  • 37. Waldemar Cordeiro, Movimento, 1958. Esmalte sobre compensado, 51 x 51 cm.
  • 38. Geraldo de Barros • Geraldo de Barros (Chavantes, São Paulo, 1923 - São Paulo, São Pailo, 1998) • Fotógrafo, pintor, gravador, artista gráfico, designer de móveis e desenhista • Em 1946, faz suas primeiras fotos com uma câmera construída por ele mesmo. • Realiza várias obras na área da fotografia experimental: experimentações que consistem em interferências no negativo, como cortar, desenhar, pintar, perfurar... • Vai para a Europa, chega a frequentar a Escola de Ulm. Geraldo de Barros, Auto-retrato, 1949. Edition Museé de l´Elysé Lausanne, Suiça | Tiragem. Gelatina e prata, fotoforma, 28.50x28.00 cm. Acervo Banco Itaú
  • 39. Geraldo de Barros, Auto-retrato, 1949. Geraldo de Barros, Homenagem a Volpi, s/d. Montagem em laminado plástico, 100x100 cm. Coleção particular
  • 40. Geraldo de Barros, Fotoforma, 1949. Cópia única a partir de montagem com papel celofane prensado entre duas placas de vidro Geraldo de Barros, Fotoforma, São Paulo SP, 1950. Tiragem 9/15, fotografia [superposição de imagens no fotograma], 28.20 cm x 30.30 cm. Acervo Banco Itaú
  • 41. Geraldo de Barros, Movimento contra movimento, 1952. Pintura, esmalte sobre kelmite, 60x60. Geraldo de Barros, Estrutura tridimensional, 1953. Pintura, esmalte sobre kelmite, 60x60.
  • 42. Grupo Frente • Liderados por Ivan Serpa, precursor da abstração geométrica no Brasil, o Frente abre sua primeira exposição em 1954 • Participam da mostra, apresentada pelo crítico Ferreira Gullar, Ivan Serpa, Lygia Clark, Lygia Pape entre outros. • A arte concreta predomina, no entanto a arte do grupo não se limita a ela.  rejeição à pintura modernista figurativa e nacionalista. • Aos fundadores unem-se Abraham Palatnik, Hélio Oiticica, entre outros • Não se trata "de uma panelinha fechada, nem muito menos uma academia onde se ensinam e aprendem regrinhas e receitas para fazer abstracionismo, concretismo, expressionismo e outros ismos“. • A independência com que tratavam a arte concreta gera a crítica que do Ruptura.
  • 43. Ivan Serpa • Ivan Ferreira Serpa (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1923 - idem, 1973) • Pintor, gravador, desenhista, professor • Estuda pintura, gravura e desenho no RJ • Começa a ensinar arte no MAM/RJ • Um dos fundadores do grupo Frente e permanece na liderança até sua dissolução em 1956 • Sua obra, desde o início, oscila entre o figurativo e a arte concreta Ivan Serpa, Formas, 1951. Óleo sobre tela, 97x130,20 cm. Coleção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (SP)
  • 44. Ivan Serpa, Sem título, 1953. Guache sobre papel, 50x50 cm Ivan Serpa, Sem título, 1953. Esmalte sintético sobre chapa aglomerada, 122.00 cm x 90.00 cm. Coleção Particula
  • 45. Ivan Serpa, Pintura número 178, 1953. Óleo, 97.00 cm x 130.00 cm. Coleção Particular
  • 46. Lygia Clark • Lygia Pimentel Lins (Belo Horizonte MG 1920 - Rio de Janeiro RJ 1988) • Pintora, escultora. Muda-se para o Rio de Janeiro, em 1947, quando começa a estudar arte • Entre 1950 e 52 mora em Paris, onde conhece grandes nomes como Fernand Léger • Volta para o Brasil e integra o grupo Frente (1954-56) • É uma das fundadoras do grupo neoconcreto
  • 47. Lygia Clark, Composição no 5. Série: Quebra da Moldura, 1954. Óleo s/ tela e madeira, 107 x 91 cm. Lygia Clark, Descoberta da linha orgânica, 1954. Óleo s/ tela e madeira, 90 x 90 cm.
  • 48. Lygia Clark, Superfície modulada nº 20, 1956. Tinta industrial s/ madeira, 60 x 120 cm.
  • 49. Lygia Clark, Maquete para interior nº 1, 1955. Madeira e tinta industrial.
  • 50. Lygia Pape • Lygia Pape (Nova Friburgo, Rio de Janeiro, 1927 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004) • Escultora, gravadora e cineasta • Participa do movimento concreto e, posteriormente, neoconcreto • No fim da década de 1950, inicia a trilogia de livros de artista composta por Livro da Criação, Livro da Arquitetura e Livro do Tempo • A partir dos anos 1960, trabalha com roteiro, montagem e direção cinematográficos • Ainda nos anos 1960, produz esculturas em madeira e realiza o Livro-Poema, composto de xilogravuras e poemas concretos. Lygia Pape, Grupo Frente | Relevo em vermelho e azul 1955 – 1956. Têmpera sobre madeira, 40cm x 40cm x 3.5cm
  • 51. Lygia Pape, Composição, 1955. Tiragem 1/4 | não definida, xilogravura, 33.00 cm x 48.00 cm. Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro, RJ) Lygia Pape, Grupo Frente | Pintura em laranja e azul, 1955 – 1956. Esmalte e têmpera sobre madeira, 40cm x 40cm x 3cm
  • 52. Hélio Oiticica• Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1937 - idem, 1980). Artista performático, pintor e escultor • Estuda pintura com seu irmão César Oiticica no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), em 1954 – Ivan Serpa como tutor • Em 1954, escreve seu primeiro texto sobre artes plásticas • A partir de então o registro escrito de reflexões sobre arte e sua produção torna-se um hábito. • Participa do Grupo Frente em 1955 e 1956 • Em 1959, passa a integrar o Grupo Neoconcreto  época em que abandona os trabalhos bidimensionais e cria relevos espaciais, bólides, capas, estandartes, tendas e penetráveis.
  • 53. Hélio Oiticica/Grupo Frente, Sem título, 1955. Têmpera sobre cartão, 43.50 cm x 49.80 cm. Coleção Hercilia e Sérgio Fadel Hélio Oiticica/Grupo Frente, Sem título, 1956. Guache sobre cartão, 55.00 cm x 45.00 cm
  • 54. Hélio Oiticica/Grupo Frente, Sem título, 1955. Guache sobre cartão, 43 x 50 cm. Projeto Helio Oiticica (Rio de Janeiro, RJ) Hélio Oiticica/Grupo Frente, Sem título, 1956. Guache sobre cartão, 35,5x44,5cm. Projeto Helio Oiticica (Rio de Janeiro, RJ)
  • 55. Do Concreto ao Neoconcreto • Os grupos (Frente e Ruptura) realizariam juntos, em 1956/57, em ambas as cidades, a I Exposição Nacional de Arte Concreta. Desta exposição decorreriam polêmicas entre os grupos, principalmente entre Cordeiro e Gullar, que levariam à cisão e fundação do Grupo Neoconcreto – RJ • Os artistas paulistas enfatizam o conceito de pura visualidade da forma, o grupo carioca se opõe ao propor uma articulação forte entre arte e vida

Notas do Editor

  1. Após a 2ª G.M. as informações circulam com mais rapidez e intensidade  O contato com artistas estrangeiros é maior Outro como: Wega Neri, Fayga Ostrower também surgem nessa época
  2. Ao se fixar no BR já é um artista Maduro e Experiente Sua pintura pode ser considerada “meio abstrata” pois ainda trata de temas figurativos A combinação de planos e linhas verticais, diagonais e horizontais e de pontos rítmicos pela colocação de tonalidades quentes ao lado de tons rebaixados, na intenção de atingir uma harmonia dentro da assimetria. Esta abstração, mais musical do que matemática,  Final de 50’s Suas obras ganham mais caracte´risticas da abstração lírica de formas orgânicas
  3. Representa engenhos de cana-de-açúcar (o próprio pintor cresceu num deles), a arquitetura da capital pernambucana, o artesanato regional, os mulatos e os brancos. Ela tinha 3 mestros a mais – mulheres nuas. Que foi retirada   Imaginário nordestino tratado na literatura de cordel  Artista modernista
  4. Seus trabalhos em guache e nanquim adquirem progressivamente esta feição. Na pintura essa mudança aparece a partir de 1949, em trabalhos como Paysage Lointain, em que o artista incorpora as manchas, riscos e as formas coloridas sem submetê-los a um desenho prévio.
  5. Lembra Picasso Cubismo ()/só que é mais leve
  6. Em 1966 executa painel de 49 metros quadrados oferecido pelo Brasil à Organização Mundial de Saúde (OMS), em Genebra Mata a tiros um homem que o agride na rua  O marca permanentemente A partir de 1958 – Hérnia de disco – é obrigado a pintar apenas em seu ateliê  faz pinturas mais escuras
  7. Tentou expor essa obra (esquerda) no RS  não teve espaço – Batalhou pela bolsa na ENBA Direita: já em sua fase mais escura
  8. Vem para o estado de SP Pratica como autodidata  revistas e livros japoneses de arte Seibi artistas japoneses, normalmente suas pinturas visavam mais a cor e não se preocupavam com retratar a Os artistas se reuniam informalmente e pintavam cenas dos bairros e arredores de Sampa Com a 2ª G.M. Foram proibidas as reuniões de grupos japoneses e Alemães, (1942-47) Todos os japoneses artistas tinham outros meios de sobrevivência Nome deriva das letras, em japonês, para a frase “ Grupo de Artistas Plásticos de São Paulo”
  9. No início da década de 1960, emprega uma gama cromática reduzida, com predominância de duas ou três cores.  Explora bastante as transparências e tintas diluídas Influência da arte japonesa  uso de poucos elementos muito significativos
  10. Ainda mesclava os mesmos conceitos Arte concreta- ligação com a matemática
  11. Fita de moebius Unidade tripartida: Foi um dos trabalhos premiados na primeira bienal BR. A bienal (1951) trouxe grande interesse nesse tipo de arte
  12. Campos de energia: - COR Voltaram a problematizar a representação sob o ponto de vista do :cubismo  The stijil (Mondrian - neoplasticismo) Vertente do abstracionismo Max Bill – construtivista e também namorou a arte concreta Max Bill – aluno da Bauhaus
  13. O concretismo se afasta de conotações líricas ou simbólicas. O quadro, construído exclusivamente com elementos plásticos - planos e cores -, não tem outra significação senão ele próprio. Aproximação da escultura, da arquitetura e dos relevos.  A criação dos museus de arte e de galerias criam condições para a experimentação concreta nos anos 1950, 
  14. Se liga as ideias de Max Bill - a arte concreta enquanto algo que realmente existe
  15. 1946. – viaja para o Br para conhecer o pai. Carreira curta porém intensa explora a princípio o expressionismo, tendência com a qual se alinham seus primeiros trabalhos. Rapidamente, volta seu interesse para o abstrato, Convicção de que cabia à arte o papel de transformar o mundo, por meio da execução do novo.
  16. Várias obras na área da fotografia Ulm: ideias próximas a Bauhaus – Conhece Max Bill ( um dos grandes teóricos com concretismo) - quando retorna, passa a integrar o grupo Ruptura
  17. Detalhezinhos de recorte
  18. Kelmite = Eucatex – É um plástico
  19. Serpa ganhou o prêmio “Melhor obra de Artista jovem” na 1ª Bienal internacional de SP
  20. Já falamos um pouco dele
  21. Fernand Léger – Foi cubista Não aprofundar – Trabalho dia 22 Impressionistas – Cézanne abre caminho para os cubistas ( o ponto de partida não é mais a natureza e sim a linguagem) – Mondrian (radicaliza) – Malevich (exclui os elementos – sensível na ausência) – Lygia Clark (exclui a moldura – elimina o espaço artístico e o real - INTERAÇÃO)
  22. A obra não é mais máquina ou objeto Os cariocas enfatizam mais a presença da intuição como influência no trabalho artístico