2. Abstração informal no Brasil
• Tanto a abstração geométrica (índole construtivista) quanto a abstração lírica
• Surgem no Brasil com maior ênfase na década de 1950
• No final da década de 1940 há um grande contato com artistas estrangeiros
(instituições que surgiram)
• A arte abstrata se torna mais comum
• Já no final da década de 1940 alguns artistas já trabalhavam nessa área
• Samsor Flexor
• Cícero Dias
• Antônio Bandeira
• Posteriormente, outros artistas surgiram (por exemplo):
• Iberê Camargo
• Manabu Mabe
• Tomie Ohtake
3. Abstração informal no Brasil
• Samsor Flexor (1907-1971): Soroca, Bessarábia, Rússia
• Estuda pintura e química na Bélgica (Academia Real de Belas
Artes-1922) Também em Paris (1924) estuda na Escola Nacional
Superior de Belas Artes e paralelamente estuda História da Arte
em Sorbonne
• Quando se converte ao catolicismo em 1933, passa a executar
pinturas de cunho religioso.
• Participa da resistência Francesa na 2ª Guerra Mundial e é
obrigado a fugir de Paris (Nessa época suas obras são mais
sombrias e Flexor inicia estudos expressionistas e cubistas
sobre a Paixão de Cristo)
• Em 1946, realiza viagem ao Brasil e expõe na Galeria Prestes
Maia, em São Paulo, e em 1948, fixa-se na cidade.
• Em 1951 cria o Atelier-Abstração, tendo como aluno, Wega
Nery (1912-2007), entre outros.
• Em meados da década de 1960 aproxima-se da abstração lírica
e da figuração.
Flexor, Auto-Retrato aos 15 anos.
Aquarela sobre papel, 25x18 cm
.Coleção Particular
4. Flexor,
Abstração
tropical,
1948. Óleo
sobre tela,
92x73 cm .
Galeria
Saramenha
(Rio de
Janeiro, RJ)
Flexor, A
coroa de
Espinhos1950
. Óleo sobre
tela,
100x80,80 cm
.Coleção
Museu de
Arte
Contemporân
ea da
Universidade
de São Paulo
6. Flexor, Formas Sobrepostas, 1951. Óleo sobre tela,
64,5x81 cm. Palácio Boa Vista (Campos de Jordão,
SP)
• Atelier abstração (São Paulo,
1951): Grupo pioneiro no
estudo da arte abstrata no
Brasil, iniciado antes da I
Bienal
• Foi fundado por Samsor
Flexor em sua residência
• Nas aulas, Flexor realizava
exercícios de linhas, uso das
cores, e exercícios da
abstração, baseados em
rígidos cálculos matemáticos
• O atelier era também palco
de inúmeras discussões sobre
arte e cultura na época, além
de recitais e conferências.
7. Cícero Dias, Eu vi o mundo... Ele começava em Recife,
1926-9. guache e técnica mista sobre papel, colado
em tela, 198x12000 cm. (Recorte)
Abstração informal no Brasil
•Cícero Dias
•No começo suas obras eram leves
e representavam quase sonhos
•Mistura literatura do imaginário
nordestino e surrealismo
•Na década de 40, se direciona ao
surrealismo
Cícero Dias, Gamboa do Carmo no
Recife, 1929, óleo sobre tela, 71x60
cm. Coleção Particular
8. Cícero Dias, Porto do Recife, 1930, óleo sobre tela,
105x105 cm. Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Cícero Dias, Sem
título. 1930, aquarela
e guache sobre
papel.
9. Cícero Dias, Cronométrico. 1947, Óleo sobre tela, 76.00 cm x 64.00 cm
Cícero Dias, Sem título, 1940, Óleo sobre tela, 80x100 cm. Coleção Particula
10. Abstração informal no Brasil
• Antônio Bandeira (1922-1967)
• Pintor, desenhista, gravador. Inicia-se na pintura como
autodidata
• No início de sua carreira a pintura tenta figurar cenas da
vida suburbana de Fortaleza (mas sem cair nos clichês do
retrato de pescadores e jangadeiros)
• Em seus quadros são privilegiadas as populações
marginais da cidade e personagens da vida boêmia
• É contemplado pelo governo francês com uma bolsa de
estudos: de 1946 a 50 frequenta a Escola Nacional
Superior de Belas Artes e a Académie de la Grande
Chaumière, na França, mas abandona ambas pois se
interessa pela arte não acadêmica
• De qualquer forma tem sua obra influenciada pelo
cubismo e fovismo
• Em 1948, participa da mostra La Rose des Vents, na
Galérie des Deux Ilés, que marca sua adesão ao
abstracionismo informal. Em 1951 volta para o Brasil
Antônio Bandeira, Auto Retrato, 1944.
Aquarela, 44x35 cm
12. Antônio Bandeira, Sem título, 1951. Óleo sobre
papelão, 46.20 cm x 55.60 cm
Antônio Bandeira, Árvores negras em Bonina,
1951. Óleo sobre tela, 56.00 cm x 47.00 cm
13. Antônio Bandeira, A Grande Cidade
Iluminada, 1953. Óleo sobre tela,
72,40x91,40 cm. Museu Nacional de
Belas Artes (MNBA)
14. Antônio Bandeira, A árvore, 1955. Óleo
sobre tela, 127.00 cm x 101.00 cm.
Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM RJ
16. Abstração informal no Brasil
• Iberê Camargo
• Iberê Bassani de Camargo (Restinga Seca RS 1914 - Porto Alegre RS 1994).
• Pintor, gravador, desenhista, escritor e professor
• Considerado um dos abstracionistas brasileiros mais gestuais
• Estuda pintura e arquitetura no RS
• Ganha uma bolsa para a ENBA fica por pouco tempo
• Funda, em 1953, o curso de gravura do Instituto Municipal de Belas Artes do Rio de
Janeiro. Posteriormente promove um curso livre de pintura no Theatro São Pedro,
em Porto Alegre, em duas temporadas entre 1960 e 1965.
• A partir de 1970, leciona na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul – UFRGS
• Também publica o artigo Tratado sobre Gravura em Metal, 1964, o livro técnico A
Gravura, 1992 e o livro de contos No Andar do Tempo: 9 contos e um esboço
autobiográfico, 1988.
17. Iberê Camargo, Auto retrato, 1943. Óleo sobre
tela, 69.00 cm x 59.00 cm. Fundação Iberê
Camargo
Iberê Camargo,
Dentro do mato,
1942. Óleo sobre
tela, 39 cm x 30 cm.
Coleção Prticular
18. Iberê Camargo,Mesa
azul com carreteis,
1959. Óleo sobre
tela, 100.00 cm x
62.00 cm. Coleção
Particular
Iberê Camargo, Formação de carreteis, 1960.
água-forte e água-tinta, 29cm x 48.8 cm. Coleção
Maria Coussirat Camargo - Fundação Iberê
Camargo (Porto Alegre, RS)
19. Abstração informal no Brasil
• Manabu Mabe
• Manabu Mabe (Kumamoto, Japão 1924 - São Paulo SP
1997)
• Pintor, gravador, ilustrador
• Vem para o Brasil em 1934 para se dedicar a lavoura
de café coma família.
• Conhece Tomoo Handa (artista japonês pertencente
ao grupo Seibi) e passa então a integrar o grupo
também.
• Em 1957 vende seu cafezal em Lins e muda-se para
São Paulo para dedicar-se exclusivamente à pintura
• A partir de então recebe vários prêmios e
homenagens: Em 1959, é homenageado com o artigo
The Year of Manabu Mabe [O ano de Manabu Mabe],
publicado na revista Time, em Nova York. Ganha o
prêmio de melhor pintor nacional na 5ª Bienal
Internacional de São Paulo e o prêmio de pintura na
1ª Bienal de Paris. Manabu Mabe, Mãe e Fiho, 1958. Laca
sobre tela, 100.00 cm x 60.00 cm.
22. Manabu Mabe, Sinfonia Pastoral,
1958. Óleo sobre tela, 130 x 162
cm
Manabu Mabe, Grito, 1958. Laca
sobre tela, 130.00 cm x 162.00
cm. Coleção Particular
24. Abstração informal no Brasil
• Tomie Ohtake
• Tomie Ohtake (Kyoto, Japão, 1913 - São Paulo, São Paulo, 2015)
• Pintora, gravadora, escultora. Vem para o Brasil em 1936, fixando-se em São
Paulo. Em 1952, inicia-se em pintura
• No ano seguinte, integra o Grupo Seibi
• Passa por um breve período de arte figurativa, Migrando então para o
abstracionismo.
• Nos anos de 1970, trabalha com serigrafia, litogravura e gravura em metal.
Nessa época, surgem em suas obras, as formas orgânicas e a sugestão de
paisagens.
• Na década de 1980, passa a utilizar uma gama cromática mais intensa e
contrastante.
• Dedica-se também à escultura, e realiza algumas delas para espaços públicos.
25. Tomie Ohtake, Sem título, 1957. Óleo sobre tela
Tomie Ohtake, Sem título, 1959. Óleo sobre
tela, 59.00 cm x 83.00 cm
26. Tomie Ohtake, Sem título, 1981. Óleo sobre tela,
150x150 cm
Tomie Ohtake,
Sem título,
1993. C.A |
Tiragem,
Gravura em
Metal, 59.40
cm x 39.60 cm.
Acervo Banco
Itaú
27. Tomie Ohtake, Sem título,
1972. Serigrafia sobre papel,
13/30 | Tiragem, 38.50 cm x
53.00 cm. Acervo Banco Itaú
28. Arte Concreta
• O que é arte concreta, mesmo?
• Arte sem conexão com a natureza
• “O que existe na realidade, não apenas no conceito”
• Por que não, Abstrato?
• Porque o abstrato usa formas abstraídas da natureza.
• A expressão foi cunhada em 1930, mas foi melhor lapidada e integrada a arte em
1936 por Max Bill
• Assim, o nome “Arte concreta” surge como uma tentativa de definição da pintura
não-figurativa
• Essa definição não conseguiu desbancar a arte abstrata, nome que ainda era
muito utilizado.
• Graças ao grupo de artistas concretos suíços (reuniu artistas como Max Bill,
Camille Graeser, Richard Lohse e Verena Loewnsberger), a arte concreta ganha
novas reflexões
29. • Antes do movimento concreto, os
artistas brasileiros já conheciam e
realizavam trabalhos no campo da
escultura Max Bill, Unidade
Tripartida, 1948-9. Aço
inoxidável, 114,0 x 88,3
x 98,2 cm. Doação ao
MAM, São Paulo
Max Bill, Begrenzung geht durch das zentrum (O limite passa pelo centro), 1972. Coleção Walter
+ Helga Sonanini, Suiza
30. Arte concreta
• Para Max Bill, a arte abstrata alcança de forma muito pequena a
representação de campos de energia e criação de certos ritmos.
Funções intrínsecas a arte concreta
• Bill propõe que a arte concreta se liga também a um conceito matemático
• Menos do que alardear, ela rediscutir a linguagem plástica moderna.
• As ideias da arte concreta vieram primeiro para a Argentina (onde usaram
da revista “Nueva Visión” para difundir as ideias) e depois para o Brasil.
• Já na década de 1950 o Brasil tinha um defensor dessa arte: Mário Pedrosa
31. Concretismo no Brasil
• Foi a partir da primeira bienal, os artistas começam a se interessar
mais por essa arte, e jovens artistas do Rio e São Paulo, começam a se
entregar mais às experiências da arte concreta.
• São Paulo: Grupo Ruptura (1952) - centrada no conceito de pura visualidade
da forma
• Rio de Janeiro: Grupo Frente – menos ortodoxo (década de 50), prega a
experimentação de todas as linguagens, ainda que no âmbito não figurativo
geométrico
• Anos depois, sintetizando e radicalizando a tendência construtivista, surge em
SP o movimento de arte concreta, ou concretismo, que reunia artistas
plásticos (a maioria vinda do grupo Ruptura) e poetas ardorosos
32. Grupo Ruptura – SP 1952
• Acreditavam que as artes do passado estavam ligadas a um pensamento que não
respondia às questões da vida contemporânea
• Inicialmente o grupo contava com artistas como Waldemar Cordeiro e Geraldo de
Barros, entre outros
• O movimento concreto queria ampliar a atuação das artes, pensando o ambiente
urbano, modernizando o meio cultural e socializando as artes e a cultura
• Instituem a noção de objeto artístico como exercício de concreção racional de
uma idéia, cuja execução deve ser previamente guiada por leis claras e
inteligíveis, de preferência matemáticas.
• Em 1952, Realiza sua primeira exposição realizou-se a primeira exposição, no
MAM-SP e lançando-se o Manifesto Ruptura.
• O manifesto trazia ideias como: “a arte do passado foi grande, quando foi
inteligente. Contudo, a nossa inteligência não pode ser a de Leonardo. A história
deu um salto qualitativo. Não há mais continuidade! Então nós distinguimos: os
que criam formas novas de princípios velhos; os que criam formas novas de
princípios novos”.
33. Waldemar Cordeiro
• Waldemar Cordeiro. (Roma, Itália 1925 -
São Paulo, São Paulo, 1973).
• Artista plástico, designer, ilustrador,
paisagista, urbanista, jornalista e crítico de
arte
• Começa a trabalhar como caricaturista, em
1943, para o jornal satírico Petirosso
• Vem para o Brasil e começa a trabalhar
como jornalista e crítico de artes na Folha
da Manhã.
• 1948 volta para a Itália – inicia sua
produção abstrata
• Volta para o BR em 1949 e torna-se líder do
grupo Ruptura
Waldermar Cordeiro, Estudo, 1952. têmpera sobre papelão,
33cm x 38cm
34. Waldemar Cordeiro, Contradição Espacial, 1958.
esmalte sobre compensado, 95x100 cm
Waldemar Cordeiro, Pintura III, S/d. óleo sobre
tela de juta, 90.00 cm x 95.00 cm
35. Waldemar Cordeiro, Ideia visível, 1956. Tinta e
massa sobre madeira, 100cm x 100 cm. Acervo
Adolpho Leirner
36. Waldemar Cordeiro, Movimento, 1951.
Têmpera sobre tela, 90.20 cm x 95.00 cm.
Coleção Museu de Arte Contemporânea da
Universidade de São
38. Geraldo de Barros
• Geraldo de Barros (Chavantes, São
Paulo, 1923 - São Paulo, São Pailo,
1998)
• Fotógrafo, pintor, gravador, artista
gráfico, designer de móveis e
desenhista
• Em 1946, faz suas primeiras fotos com
uma câmera construída por ele
mesmo.
• Realiza várias obras na área da
fotografia experimental:
experimentações que consistem em
interferências no negativo, como
cortar, desenhar, pintar, perfurar...
• Vai para a Europa, chega a frequentar
a Escola de Ulm.
Geraldo de Barros, Auto-retrato, 1949. Edition Museé de l´Elysé
Lausanne, Suiça | Tiragem. Gelatina e prata, fotoforma,
28.50x28.00 cm. Acervo Banco Itaú
39. Geraldo de Barros, Auto-retrato, 1949.
Geraldo de Barros, Homenagem
a Volpi, s/d. Montagem em
laminado plástico, 100x100 cm.
Coleção particular
40. Geraldo de Barros, Fotoforma,
1949. Cópia única a partir de
montagem com papel celofane
prensado entre duas placas de
vidro
Geraldo de Barros, Fotoforma,
São Paulo SP, 1950. Tiragem
9/15, fotografia [superposição de
imagens no fotograma],
28.20 cm x 30.30 cm. Acervo
Banco Itaú
41. Geraldo de Barros, Movimento contra movimento,
1952. Pintura, esmalte sobre kelmite, 60x60.
Geraldo de Barros, Estrutura tridimensional, 1953.
Pintura, esmalte sobre kelmite, 60x60.
42. Grupo Frente
• Liderados por Ivan Serpa, precursor da abstração geométrica no Brasil, o
Frente abre sua primeira exposição em 1954
• Participam da mostra, apresentada pelo crítico Ferreira Gullar, Ivan Serpa,
Lygia Clark, Lygia Pape entre outros.
• A arte concreta predomina, no entanto a arte do grupo não se limita a ela.
rejeição à pintura modernista figurativa e nacionalista.
• Aos fundadores unem-se Abraham Palatnik, Hélio Oiticica, entre outros
• Não se trata "de uma panelinha fechada, nem muito menos uma academia
onde se ensinam e aprendem regrinhas e receitas para fazer
abstracionismo, concretismo, expressionismo e outros ismos“.
• A independência com que tratavam a arte concreta gera a crítica que do
Ruptura.
43. Ivan Serpa
• Ivan Ferreira Serpa (Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, 1923 - idem, 1973)
• Pintor, gravador, desenhista,
professor
• Estuda pintura, gravura e desenho no
RJ
• Começa a ensinar arte no MAM/RJ
• Um dos fundadores do grupo Frente
e permanece na liderança até sua
dissolução em 1956
• Sua obra, desde o início, oscila entre
o figurativo e a arte concreta Ivan Serpa, Formas, 1951. Óleo sobre tela, 97x130,20 cm. Coleção Museu
de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (SP)
44. Ivan Serpa, Sem título, 1953. Guache sobre papel,
50x50 cm
Ivan Serpa, Sem
título, 1953.
Esmalte
sintético sobre
chapa
aglomerada,
122.00 cm x
90.00 cm.
Coleção
Particula
46. Lygia Clark
• Lygia Pimentel Lins (Belo Horizonte MG
1920 - Rio de Janeiro RJ 1988)
• Pintora, escultora. Muda-se para o Rio de
Janeiro, em 1947, quando começa a
estudar arte
• Entre 1950 e 52 mora em Paris, onde
conhece grandes nomes como Fernand
Léger
• Volta para o Brasil e integra o grupo
Frente (1954-56)
• É uma das fundadoras do grupo
neoconcreto
47. Lygia Clark, Composição no 5. Série: Quebra da Moldura, 1954.
Óleo s/ tela e madeira, 107 x 91 cm.
Lygia Clark, Descoberta da linha orgânica, 1954.
Óleo s/ tela e madeira, 90 x 90 cm.
50. Lygia Pape
• Lygia Pape (Nova Friburgo, Rio de Janeiro,
1927 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004)
• Escultora, gravadora e cineasta
• Participa do movimento concreto e,
posteriormente, neoconcreto
• No fim da década de 1950, inicia a trilogia
de livros de artista composta por Livro da
Criação, Livro da Arquitetura e Livro do
Tempo
• A partir dos anos 1960, trabalha com
roteiro, montagem e direção
cinematográficos
• Ainda nos anos 1960, produz esculturas em
madeira e realiza o Livro-Poema, composto
de xilogravuras e poemas concretos.
Lygia Pape, Grupo Frente | Relevo em vermelho e azul
1955 – 1956. Têmpera sobre madeira, 40cm x 40cm x 3.5cm
51. Lygia Pape, Composição, 1955. Tiragem 1/4 | não
definida, xilogravura, 33.00 cm x 48.00 cm.
Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro, RJ)
Lygia Pape, Grupo Frente | Pintura em laranja e azul, 1955 – 1956.
Esmalte e têmpera sobre madeira, 40cm x 40cm x 3cm
52. Hélio
Oiticica• Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 1937 - idem, 1980). Artista
performático, pintor e escultor
• Estuda pintura com seu irmão César
Oiticica no Museu de Arte Moderna
do Rio de Janeiro (MAM/RJ), em
1954 – Ivan Serpa como tutor
• Em 1954, escreve seu primeiro texto
sobre artes plásticas
• A partir de então o registro escrito de reflexões sobre arte e sua produção torna-se um hábito.
• Participa do Grupo Frente em 1955 e 1956
• Em 1959, passa a integrar o Grupo Neoconcreto época em que abandona os trabalhos
bidimensionais e cria relevos espaciais, bólides, capas, estandartes, tendas e penetráveis.
53. Hélio Oiticica/Grupo Frente, Sem título, 1955. Têmpera
sobre cartão, 43.50 cm x 49.80 cm. Coleção Hercilia e
Sérgio Fadel
Hélio Oiticica/Grupo Frente, Sem título, 1956. Guache
sobre cartão, 55.00 cm x 45.00 cm
54. Hélio Oiticica/Grupo Frente, Sem título, 1955. Guache sobre cartão, 43
x 50 cm. Projeto Helio Oiticica (Rio de Janeiro, RJ)
Hélio Oiticica/Grupo Frente, Sem título, 1956.
Guache sobre cartão, 35,5x44,5cm. Projeto
Helio Oiticica (Rio de Janeiro, RJ)
55. Do Concreto ao Neoconcreto
• Os grupos (Frente e Ruptura) realizariam juntos, em 1956/57, em
ambas as cidades, a I Exposição Nacional de Arte Concreta. Desta
exposição decorreriam polêmicas entre os grupos, principalmente
entre Cordeiro e Gullar, que levariam à cisão e fundação do Grupo
Neoconcreto – RJ
• Os artistas paulistas enfatizam o conceito de pura visualidade da
forma, o grupo carioca se opõe ao propor uma articulação forte entre
arte e vida
Notas do Editor
Após a 2ª G.M. as informações circulam com mais rapidez e intensidade O contato com artistas estrangeiros é maior
Outro como: Wega Neri, Fayga Ostrower também surgem nessa época
Ao se fixar no BR já é um artista Maduro e Experiente
Sua pintura pode ser considerada “meio abstrata” pois ainda trata de temas figurativos
A combinação de planos e linhas verticais, diagonais e horizontais e de pontos rítmicos pela colocação de tonalidades quentes ao lado de tons rebaixados, na intenção de atingir uma harmonia dentro da assimetria. Esta abstração, mais musical do que matemática,
Final de 50’s Suas obras ganham mais caracte´risticas da abstração lírica de formas orgânicas
Representa engenhos de cana-de-açúcar (o próprio pintor cresceu num deles), a arquitetura da capital pernambucana, o artesanato regional, os mulatos e os brancos.
Ela tinha 3 mestros a mais – mulheres nuas. Que foi retirada
Imaginário nordestino tratado na literatura de cordel
Artista modernista
Seus trabalhos em guache e nanquim adquirem progressivamente esta feição.
Na pintura essa mudança aparece a partir de 1949, em trabalhos como Paysage Lointain, em que o artista incorpora as manchas, riscos e as formas coloridas sem submetê-los a um desenho prévio.
Lembra Picasso
Cubismo ()/só que é mais leve
Em 1966 executa painel de 49 metros quadrados oferecido pelo Brasil à Organização Mundial de Saúde (OMS), em Genebra
Mata a tiros um homem que o agride na rua O marca permanentemente
A partir de 1958 – Hérnia de disco – é obrigado a pintar apenas em seu ateliê faz pinturas mais escuras
Tentou expor essa obra (esquerda) no RS não teve espaço – Batalhou pela bolsa na ENBA
Direita: já em sua fase mais escura
Vem para o estado de SP
Pratica como autodidata revistas e livros japoneses de arte
Seibi artistas japoneses, normalmente suas pinturas visavam mais a cor e não se preocupavam com retratar a
Os artistas se reuniam informalmente e pintavam cenas dos bairros e arredores de Sampa
Com a 2ª G.M. Foram proibidas as reuniões de grupos japoneses e Alemães, (1942-47)
Todos os japoneses artistas tinham outros meios de sobrevivência
Nome deriva das letras, em japonês, para a frase “ Grupo de Artistas Plásticos de São Paulo”
No início da década de 1960, emprega uma gama cromática reduzida, com predominância de duas ou três cores.
Explora bastante as transparências e tintas diluídas
Influência da arte japonesa uso de poucos elementos muito significativos
Ainda mesclava os mesmos conceitos
Arte concreta- ligação com a matemática
Fita de moebius
Unidade tripartida: Foi um dos trabalhos premiados na primeira bienal BR.
A bienal (1951) trouxe grande interesse nesse tipo de arte
Campos de energia: - COR
Voltaram a problematizar a representação sob o ponto de vista do :cubismo The stijil (Mondrian - neoplasticismo)
Vertente do abstracionismo
Max Bill – construtivista e também namorou a arte concreta
Max Bill – aluno da Bauhaus
O concretismo se afasta de conotações líricas ou simbólicas.
O quadro, construído exclusivamente com elementos plásticos - planos e cores -, não tem outra significação senão ele próprio.
Aproximação da escultura, da arquitetura e dos relevos.
A criação dos museus de arte e de galerias criam condições para a experimentação concreta nos anos 1950,
Se liga as ideias de Max Bill - a arte concreta enquanto algo que realmente existe
1946. – viaja para o Br para conhecer o pai.
Carreira curta porém intensa
explora a princípio o expressionismo, tendência com a qual se alinham seus primeiros trabalhos.
Rapidamente, volta seu interesse para o abstrato,
Convicção de que cabia à arte o papel de transformar o mundo, por meio da execução do novo.
Várias obras na área da fotografia
Ulm: ideias próximas a Bauhaus – Conhece Max Bill ( um dos grandes teóricos com concretismo) - quando retorna, passa a integrar o grupo Ruptura
Detalhezinhos de recorte
Kelmite = Eucatex – É um plástico
Serpa ganhou o prêmio “Melhor obra de Artista jovem” na 1ª Bienal internacional de SP
Já falamos um pouco dele
Fernand Léger – Foi cubista
Não aprofundar – Trabalho dia 22
Impressionistas – Cézanne abre caminho para os cubistas ( o ponto de partida não é mais a natureza e sim a linguagem) – Mondrian (radicaliza) – Malevich (exclui os elementos – sensível na ausência) – Lygia Clark (exclui a moldura – elimina o espaço artístico e o real - INTERAÇÃO)
A obra não é mais máquina ou objeto
Os cariocas enfatizam mais a presença da intuição como influência no trabalho artístico