O documento resume a biografia do escultor brasileiro Franz Weissmann em três frases:
- Weissmann nasceu na Áustria em 1911 e imigrou para o Brasil com sua família em 1921, fixando-se em São Paulo. Ele estudou arquitetura e pintura na Escola Nacional de Belas Artes entre 1939-1941.
- A partir de 1950, Weissmann desenvolveu trabalhos construtivistas e geométricos, participando do Grupo Frente e assinando o Manifesto Neoconcreto em 1959. Suas obras exploraram estilos como o figur
2. BIOGRAFIA
BIOGRAFIA
- 1911 - Franz Weissmann nasceu na Áustria
- 1921 - Chega ao Brasil com a família, fixando-se no interior de São
Paulo
- 1939 - Ingressa na Escola Nacional de Belas Artes, onde estuda
Arquitetura e Pintura, permanece até 1941.
Buscando um pensamento menos acadêmico do que o encontrado na
Escola Nacional, passa a estudar desenho e escultura em pedra com
August Zamoysk.
- 1944 - É convidado por Guignard, para participar da constituição da
primeira escola de arte moderna na cidade de Belo Horizonte, idealizada
por Juscelino Kubitschek, na qual permanece até 1956, formando na
cidade toda uma geração de artistas, à qual pertencem, entre outros,
Amilcar de Castro, Farnese de Andrade e Mary Vieira.
Nesta época desenvolve uma série de desenhos e modelagens
figurativas.
3. BIOGRAFIA
BIOGRAFIA
- 1951 - Participou, no Rio, das atividades concretistas e da formação
do Grupo Frente.
Recebe o Prêmio Matarazzo de Escultura no Salão de Arte Moderna.
Participa da 1ª Bienal Internacional de São Paulo.
Conquista o 1° lugar no concurso de Monumento ao Pracinha,
promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte.
- 1959 - Assina junto com Amilcar de Castro, Ferreira Gullar, Lygia
Clark, Lygia Pape, Reynaldo Jardim e Theon Spanudis, o Manifesto
Neoconcreto.
Parte em viagem para a Europa com a família .
Participa da Konkrete Kunst, Remontagem da Exposição Internacional
de Arte Concreta organizada por Max Bill.
No final deste mesmo ano, volta com a família para o Brasil.
- 1960-65 - viajou pela Europa e Extremo Oriente, a partir daí,
residindo em Paris, Roma e Madrid, desenvolvendo uma fase nova,
expressionista, de chapas de metal amassado.
- 1965 - voltou ao Brasil, retornando pouco depois ao construtivismo.
4. BIOGRAFIA
BIOGRAFIA
- 1969 - Integra o grupo de artistas que se recusa a participar da X
Bienal Internacional de São Paulo, em solidariedade ao boicote
internacional que protestava contra a ditadura no Brasil.
- 1979 - É homenageado pelo jornal O Globo, que lhe concede o titulo de
“Carioca Honorário”, pela “humanização da paisagem trazida por suas
esculturas a locais públicos do Rio”.
Participa da coletiva de inauguração da Galeria Aktuell no Rio de Janeiro.
- Participou de várias mostras nacionais e internacionais de arte
construtiva nos anos 60 a 80 e de outras coletivas no exterior, como as
Bienais de Veneza: 32ª/1964 e 36ª/1972, esta com Salas Especiais e
grandes esculturas nos jardins; e a 11ª Bienal de Escultura ao Ar Livre do
Museu de Middelheim, em Antuérpia, Bélgica. Figurou em várias Bienais
de São Paulo, com Sala Especial, na 8ª/1965 e participação na Sala
Especial “Em Busca da Essência”, na 19ª/1987. Obras sua figuram em
Museus, Instituições Culturais, coleções particulares, edifícios
empresariais. Suas peças de grandes formatos podem ser encontradas
em espaços públicos de várias cidades do Brasil.
5. BIOGRAFIA
BIOGRAFIA
- 1993 - Recebe, no Rio de Janeiro, do Ministério da Cultura, através da
Funarte, o Prêmio Nacional de Arte por ocasião do XIII Salão Nacional
de Artes Plásticas.
Participa do Brasil 100 Anos de Arte Moderna, mostra da Coleção de
Arte Brasileira de Sérgio Fadel no Museu Nacional de Belas Artes / Rio
de Janeiro.
- 1994 - Apresenta a série “Mondrianas” em homenagem a Piet Mondrian
no Gabinete de Arte Raquel Arnaud / São Paulo.
- 2000 - Exposição individual: Franz Weissmann na Galeria Anna Maria
Niemeyer / Rio de Janeiro.
Integra o módulo Modernismo da Mostra do Redescobrimento: Brasil+
500anos, na Fundação Bienal de São Paulo.
- 2005 - Exposição coletiva: A Poética da Forma - Museu Arte
Contemporânea, Niterói.
Falece em sua residência no Rio de Janeiro, dia 18 de julho.
6. - Suas obras podem ser descritas nos seguintes estilos:
Figurativismo
- Os primeiros trabalhos do escultor foram baseados neste estilo.
Observa-se que sua obra figurativista era inquieta e não limitava a uma
concepção acadêmica. As figuras humanas foram aos poucos
geometrizadas, havia uma crescente simplificação, elas se tornavam
mais finas, mais construídas com uma progressiva valorização dos
espaços.
ESTILO
“...O problema do espaço me absorvia integralmente e
a massa, a figura, já não contava no meu trabalho”
Há um total abandono desse estilo por volta de 1954.
Título : O 'flautista'
Ano : 1954
Técnica : escultura de bronze
OLITSE
7. Concreto
- A partir 1950 o artista elabora trabalhos de cunho construtivista,
neste há uma busca incessantemente pela essência da figura, e
também a realização de esculturas com forma cada vez mais
geometrizantes, nas quais o espaço vazado já aparece como um
elemento definidor em seus trabalhos.
- Em 1957 Franz Weissmann reuniu-se ao grupo neoconcreto.
ESTILO
Título : Blocos Modulares
OLITSE
Ano : 1953
Técnica : Escultura em alumínio
8. Informalismo
- Na década de 1960 suas obras, conhecidas como amassados, são
alinhadas ao informalismo, Weissmann neste momento abandona a
construção geométrica, sendo apontados pelos críticos como um
intervalo expressivo em sua pesquisa, na qual a preocupação com a
materialidade toma o primeiro plano.
ESTILO
Título : Série amassados
OLITSE
Ano : 1966
Técnica : Escultura em alumínio
9. Concreto / Neoconcreto
- Nesta fase, no qual se inicia por volta de 1966, Franz Weissmann
retorna às suas experimentações com formas geométricas e modulares,
desta vez atua no sentido de anular a presença do material, de torná-lo
secundário ou acessório. Para ele, então, o verdadeiro material não era
o alumínio, o ferro ou a madeira, mas o vazio.
ESTILO
Título : Coluna Neoconcreta
Ano : 1979
Técnica : Escultura em aço pintado
OLITSE
10. ONALP
OPLANO
O Plano
- Em geral as obras de Franz Weissmann caracteriza pela substituição
do volume pelo plano e o fio, pela valorização do espaço e não da
massa.
O plano é trabalhado com os elementos da poética weissmanniana: o
corte, a dobra, e a torção. O resultado final entre o plano e suas
articulações com o elemento vazado, produz a tridimensionalidade
característica de Weissmann. (o volume é virtual, ele é sugerido.)
11. ROC
A COR
- Anteriormente á 1967 os matérias empregados eram apresentados na
sua cor natural, posteriormente a esta data a utilização da cor pintada se
torna fundamental em seus trabalhos, pelo fato de proporcionar mais
força expressiva e dinâmica as esculturas e também quebrar o silêncio
da pureza geométrica. A cor também foi utilizada como instrumento de
unificação. A cor une os elementos e os planos entre si porque dá
continuidade ao espaço. Quando foi preciso criar contrastes de sombra e
luz, ou de profundidade, usou-se cores distintas, exatamente com a
função contrária, a de acentuar as diferenças de planos no espaço.
Weissmann considerava que cada obra exigia uma cor.
Título : Três Pontos Título: Formas
Ano : 1957 Ano: 1987
Técnica : Escultura em ferro recortado Técnica: Aço e Pintura Automotiva
12. ROC
A COR
Obra: Sem Titulo Título: Dobradura
Técnica: Ferro Monocromatico e pintura automotiva Ano: 1987
Técnica: Aço e Pintura Automotiva
14. O POETA DAS FORMAS LIVRES
- A obra de Weissmann nega qualquer ideia estática de monumento
em favor da celebração do transitório. As suas articulações com o
cubo, o retângulo ou a fita serão expansivas ou concentradas, mas
invariavelmente instáveis e provisórias.
- Num plano mais abstrato de reflexão, a experiência do espaço
vazio, recorre ao arquiteto tcheco Adolf Loos e o estilo modernista
internacional, despojado, de linhas novas e arrojado. Caracterizado
por formas retilíneas e básicas, espaços internos abertos e a
OBRAS
exclusão radical do ornamento. A densidade das esculturas de
Weissmann parte desta potência e princípio. O desdobramento é
uma percepção estética auto-referente, adicional e intuitiva, sempre
à procura da complementação com a cor. Pois ela é parte da obra.
Usada para estabelecer relações com o observador e provocar o
status da escultura como arte pública.
SARBO
15. Fitas
Fita Torção
OBRAS
Fita" - escultura em aço pintado 1985 - “Grande quadrado preto com fita”, 1985 -
Pinacoteca do Estado - Parque da Luz Aço pintado, 240 x 240x 120 cm
Coleção MAM - SP, doação artista.
SARBO Fita Portal
Fita amarela (“Marco”) - 2003
16. Planos
Rio de Janeiro
Quadrado em Torção no Espaço, 200x160x220 cm, Aço Pintado, 1985.
Casa de Cultura Laura Alvim, Ipanema
OBRAS
SARBO Plano Inclinado
17. Plano em 3 pontos - 2000 Plano em torção no espaço - 2000
OBRAS
Plano desarticulado - (Dois cubos) - 2000 Janela em 3 pontos - 2000
SARBO
18. Diagonais
Flor tropical - 1989
Diagonais em preto e branco - 1975 - 2001
OBRAS
Coluna dorsal estreita - 2004
SARBO Coluna diagonal -1988
19. Construções
Construção em triângulos (Pinças) - 2000 Seta (construção em fita) - 1977
OBRAS
Construção em triângulos (transitável) - 2000
SARBO São Paulo
MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo) – Parque do Ibirapuera
'Angels' (Cantoneiras), 1975
20. Janelas
OBRAS
Sequência de janelas c.1970 - 2003
Sem título - 2002
SARBO
21. Neoconcretas
Módulo neoconcreto 1957 - 94
Brasilia
"Três Pontos", obra instalada no Museu de Arte de Brasília (MAB).
OBRAS
Sequência neoconcreta - 2001
SARBO Espaço circular - 1957 - 2004
22. Cubo
Cubo mutável - 1952 - c. 1970
Cubo vazado - 1951
(versão definitiva em aço inox de 1974)
OBRAS
Dois cubos lineares virtuais
(Estrutura Linear) - 1954
Coluna concreta vazada - 1953 - 1998
SARBO
23. - O Cubo Vazado - A precisão geométrica é um fator de clareza e de
liberdade. Suas possibilidades e desenvolvimentos consecutivos
identificam a obra de Weissmann com a criação, em 1951, ainda em
Belo Horizonte, do Cubo Vazado, considerado uma das primeiras
esculturas construtivas brasileiras. Foi um rompimento definitivo com a
figuração, partindo do cubo como recurso tridimensional e do quadrado
como elemento plano. Weissmann desarticula o cubo, que se abre
despojado do seu núcleo, e equilibrado em uma de suas arestas. "É
como se seu peso tivesse sido abolido. A posição é virtual, não absoluta
- uma das possíveis, apenas. O vazio se torna uma outra dimensão,
presente e sensível. O vazio ocupa, preenche e positiva: fica, por assim
dizer, concreto."
OBRAS
O Cubo Virtual (1952) ou... ... ou pornocubo. 1952 - 70
SARBO
24. Fios
Estrutura nº 1 – 1954
(2° prêmio de escultura da Bienal de SP em 55
Coluna 'japonesa' - 1950
(primeira coluna construtiva do artista
OBRAS
Dois cubos lineares virtuais (Estrutura Linear) - 1954
SARBO Três cubos lineares virtuais (Em ordem crescente) - 1954
25. São Paulo
Nossa Caixa
Escultura em aço - Avenida Paulista 460
Nossa Caixa Metro Brigadeiro
OBRAS
Manoel Macedo Galeria de Arte - SP Arte 2008
Rua Lima Duarte, 158
Belo Horizonte - MG - Brasil
SARBO
26. OBRAS
"Diálogo" - escultura em aço 4,43m x 5,15m x 1,50m 1979
SARBO
27. OBRAS
São Paulo
"Escultura" - escultura em ferro 1986
Museu da Casa Brasileira
SARBO
28. OBRAS
Rio de Janeiro
Lâmina Larga em Torção no Espaço,
220x220x220 cm, Aço Pintado, 1980.
Edifício IBM do Brasil, Botafogo
SARBO