SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 99
O Brasil
dos
jesuítasSéculos XVI e
Século XVI
• Arquitetura dos primeiros colonizadores:
– Portugueses começam a se estabelecer na costa
em cerca de 1530
– Constroem entrepostos para estocar pau-brasil e
outros produtos comerciais, esses também
servem ao comércio de escravos índios
• Construções bem precárias
– Com as capitanias hereditárias novas moradias são
construídas
– Nessa época foram construídas moradias para os
colonizadores e os engenhos de açúcar
– A arquitetura era bastante simples:
• Estruturas retangulares, cobertas de palha sustentadas
por estruturas de madeira - conhecidos como
Tejupares
• Esses tejupares são evoluídos para casas de taipa
• Nessa época começam a aparecer as capelas e vilas
(dirigidas por missionários jesuítas)
Século XVI
• As capitanias fracassam e Portugal nomeia Tomé
de Souza para governar o Brasil.
• Em 1549 ele funda Salvador, capital da colônia
• Outros imigrantes vêm para a colônia
– A partir de então, manifestações artísticas se iniciam.
• O açúcar é um produto requisitado na Europa
• Ele se adapta bem ao clima do nordeste brasileiro
• Surgem vários engenhos na região, tornando-a
bastante rica
Século XVI
• Durante essa época as igrejas tiveram um
importante papel na arte brasileira
• Diversas ordens religiosas se instalaram aqui
no Brasil desde o século XVI
• Beneditinos, carmelitas, franciscanos e jesuítas
• Eles desenvolveram obras na área da pintura,
arquitetura, e escultura
Século XVI
• Os primeiros templos religiosos brasileiros se
caracterizavam por um estilo renascentista ou
maneirista português tardio
– Conhecido como Estilo Chão:
• Fachadas compostas por figuras geométricas básicas,
frontões triangulares, paredes contrastando entre
pedras e superfícies brancas.
• A decoração é escassa, em geral, apenas nos portais
– Interiores ricos em altares, pisos e azulejos
Século XVI
Igreja de Nossa Senhora da Graça, Olinda , século XVI
• O Altar principal
original foi
destruído
• Já os dois altares
laterais são
originais do século
XVI
• Outro exemplo desse estilo arquitetônico é a
Igreja de São Miguel no RS (XVII)
• Os primeiros vestígios do barroco são
encontrados na arte dos Sete Povos das Missões,
na região da Bacia do Prata.
– Nessa região aconteceu uma espécie de síntese
artística
– Foram feitas construções e obras de arte pelos índios
guaranis, com base me modelos europeus
– As edificações desses povos foram, quase totalmente,
destruídas, restando apenas ruínas.
Século XVII
Igreja de São Miguel, RS. Século XVII
Igreja de São Miguel, RS. Século XVII.
(vista superior)
Sino da igreja de São Miguel , RS
Representação
do local na
época das
missões
Planta de representação de uma Redução Jesuítica
• O museu das missões
conta com obras
resgatadas por seu
zelador
• Segundo a historiadora
Letícia Bauer, “aqueles
bens que ‘rolavam
abandonados’, em
verdade tinham
readquirido funções de
culto em outros locais,
integrando a
religiosidade e
articulando as redes
sociais comunitárias da
região”. Desse modo, “a
coleta dos santos foi
polêmica desde o início
(BOTELHO; VIVIAN;
BRUXEL, 2015).
Século VXII
• Nas primeiras décadas após o descobrimento,
não vieram artistas de fato para o Brasil.
• Os membros das ordens religiosas realizavam
alguns trabalhos direcionados à arte
– A maioria não apresentava muita habilidade
técnica
– Grande parte das obras não foram assinadas
– Algumas eram trazidas de Portugal para a colônia
Século VXII
• No século XVII um dos mais importantes nomes da arte
brasileira é o Frei Ricardo do Pilar
– Nasce em Colônia (Alemanha), vem para o BR na década
de 1660, designado no Mosteiro de São Bento, RJ.
– Era um pintor profissional e erudito, conhece latim
– Trouxe traços barroco (arte contemporânea da época) para
o BR
– Vive uma vida humilde, dividia suas roupas e comida com
os presos
– Prestes a morrer, em 1695, recebe como prêmio por 30
anos de serviço, o hábito. Como de costume, adota um
novo nome: Ricardo de Colônia Frei Ricardo do Pilar
Século VXII
Frei Ricardo do Pilar
Senhor dos Martírios
1690, óleo sobre madeira
288x183 cm
Frei Ricardo do Pilar, Senhor dos Martírios,
1690. Óleo sobre tela, 87x65 cm. Museu da
Arte Sacra, MAS, Salvador BA
Frei Ricardo do Pilar, Aparição de Nossa
Senhora a Santo Anselmo, 1670-3. Óleo
sobre madeira, 203x159 cm. Mosteiro de
São Bento. Rio de Janeiro, RJ (Painel
Lateral da Capela Mor)
Frei Ricardo do Pilar, Painéis do forro da capela-mor da Igreja e Mosteiro de São Bento, 1680 (aproximadamente). Óleo
sobre madeira, Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro, RJ
Frei Ricardo do Pilar,
Aparição de Nossa
Senhora a São Bernardo
(painel do forro da
capela-mor), 1680. Óleo
sobre madeira, 300x226
cm. Mosteiro de São
Bento. Rio de Janeiro, RJ
(Painel Lateral da Capela
Mor)
• O preconceito acadêmico ignorou a importância
de singelas representações.
• Somente no século XX, com estudiosos como
Mário de Andrade, teve início a reavaliação
cultural da pintura colonial.
• Escultura religiosa:
– Principalmente feitas por artistas portugueses e
trazidas já prontas para o BR.
– O anonimato é predominante nos poucos escultores
brasileiros quinhentistas
Século VXII
• Na segunda metade do século XVI, além dos
escultores de instituições religiosas, surgem
artistas populares
– Artistas com pouco ou nenhum ensinamento
sobre arte
– Interpretam os modelos clássicos
– Dão as figuras feições um tanto arcaicas e também
expressivas
– Arte fruto da fé e cheia de soluções originais
Século VXII
• Escultura encontrada entre o litoral
fluminense e paulista
Virgem Menina de Bertioga-SP, final do século XVI, 59 cm de
altura. Terracota policromada. Coleção Orandi Momesso, São
Paulo-SP. Foto Rafael Schunk (2012).
• Dois nomes sobressaem no campo da escultura do
século XVII
– Frei Agostinho da Piedade:
• Ceramista Português
• Foi responsável pela introdução no Brasil da escultura erudita
ibérica (SCHUNK, 2012).
– Frei Agostinho de Jesus
• Discípulo do Frei A. da Piedade
• Trabalhou nos estados da BA, SP e RJ
• Por volta de 1643 Frei Agostinho de Jesus é enviado ao sertão
paulista para o recém fundado Mosteiro dos Beneditinos de
Santana de Parnaíba-SP. Residindo no local por muitos anos, irá
produzir todo um conjunto escultórico de imagens nos altares
deste priorado e para a nova igreja matriz da vila (SCHUNK, 2012).
Frei Agostinho da Piedade, Busto relicário
de Santa Bárbara, aproximadamente 1630.
Barro cozido e policromado, 54 cm de
altura. Mosteiro de São Bento –
Salvador (em exposição permanente no
Museu de Arte Sacra da UFBA. Foto Rafael
Schunk -2010).
Frei Agostinho da Piedade, Busto relicário de Santa
Margarida, 55 cm
altura.
Frei Agostinho da Piedade, Busto relicário de Santa
scolástica, 55 cm. alt. Terracotas, cerca de 1630. Acervo do
Mosteiro de São Bento – Salvador. Fotos Rafael Schunk
(2010).
Frei Agostinho da Piedade, Nossa Senhora do Montesserrate, 1636
(encontrada em 1936). Barro cozido, policromado e resplendores
em prata, 92 cm de altura.
Na imagem encontra-se a seguinte
descrição: “Frei Agostinho da
Piedade Religioso Sacerdote de
São Bento fez esta imagem de
Nossa Senhora por mandado do
mui devoto Diogo de Sandoval, e
fê-la por sua devoção 1636”.
Frei Agostinho de Jesus
Nossa senhora da Conceição Aparecida
1650, terracota, 37 cm de altura
Frei Agostinho de Jesus
Nossa Senhora da Purificação,
séc. VXII. Museu da arte sacra
Frei Agostinho de Jesus, Perfis do Menino Jesus de Salvador-BA, 1640. Terracota vermelha policromada, 19,5 cm de altura.
Acervo do Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da Bahia – UFBA. Fotos Rafael Schunk (2010).
Frei Agostinho de Jesus, Nossa Senhora do Rosário – “a
pequena”, Terracota policromada, 34 cm de altura. Antiga
Matriz de Santana de Parnaíba-SP. Coleção Orandi Momesso,
São Paulo-SP. Foto Rafael Schunk (2012).
• Livros:
– SCHUNK, Rafael. Frei Agostinho de Jesus e as Tradições da Imaginária Colonial
Brasileira Séculos XVI-XVII. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2013.
– BOTELHO, A. VIVIAN, D. BRUXEL, L. Museu das Missões: Coleção Museus do
Ibram. Brasília: Instituto Brasileiro de Museus, 2015. Disponível em:
<http://www.museus.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/Museu-das-
Missoes.pdf> Acesso em: 30 de setembro de 2017
• Sites:
– http://www.arquidioceseolindarecife.org/2016/01/arquidiocese-lanca-
campanha-para-restauracao-da-igreja-e-do-seminario-de-olinda/
– https://patrimonioespiritual.org/2014/03/25/igreja-e-seminario-da-graca-
olinda/
– http://museudasmissoes.blogspot.com.br/2015/09/museu-das-missoes-
disponibiliza-dossie.html
Bibliografia
Principal
O
Parêntese
HolandêsSéculo XVII
• É sabido que antes da chegada dos holandeses no BR haviam
pintores de ofício trabalhando aqui, por exemplo:
– Jean de Léry (1555 no BR): Francês, acompanhou um grupo a
uma viagem para a “França Antártica” (atual Baía de Guanabara,
RJ)
– Joao Batista de Horn (na atual Bélgica): Pintor. Protestante,
converteu-se ao catolicismo e ingressou na Companhia de Jesus
(1606) em Pernambuco.
– Rita Joana de Sousa: Primeira mulher pintora conhecida no BR.
Nasceu e faleceu em Olinda (Pernambuco). Em 1902, no Anais
da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro divulgou-se o livro, até
então inédito, Desagravos do Brasil e Glórias de Pernambuco, de
Domingos do Loureto Couto, beneditino pernambucano.
Segundo o crítico José Roberto Teixeira Leite, o monge dedicou
à pintora um dos 17 capítulos de sua obra, cujo tema são as
mulheres famosas de Pernambuco.
Século XVII
Joao Batista de Horn, Ecnontro de Cristo com Maria e Verônica, 1606.
Óleo sobre madeira, 300x300 cm. Convento de Santo Antônio. Igreja
(Igaraçu, PE)
Jean de Léry, Índios Tupinambás Guerreiros,
século XVI. Xilogravura
• No século XVII, ocorreu o domínio parcial da
Companhia Outorgada das Índias Ocidentais onde
hoje é Pernambuco e parte da Paraíba
Século XVII
• O Conde Johan
Maurits van Nassau-
Siegen permaneceu
em Recife como
governador-capitão
do Brasil Holandês
entre 1637 e 1644
• Essa época foi de intensa atividade cultural na região
– Nassau era um nobre alemão, apreciador das artes e
ciência
– Ao vir para cá trouxe grupos de pintores, poetas e
cientistas
– Conta-se que o próprio Nassau custeava o pagamento
dessas pessoas
– O trabalho desses homens frutificou em mapas, livros,
quadros, gravuras e conhecimento científico
– Historia Naturalis Brasiliae é o primeiro conjunto de
informações botânicas zoológicas e étnicas sobre a
América que merece credibilidade.
Século XVII
• Credita-se que vários pintores acompanharam
Nassau, mas dois têm maior importância:
– Frans Post – pintor de paisagens
– Albert Eckhout – pintor de etnias e naturezas mortas
• Eles não deixaram continuadores e nem
exerceram influência direta em sua época.
• Pintaram gênero sem temática sacra
• Foram os primeiros pintores profissionais a
retratar paisagens, pessoas, flora e fauna
brasileiras.
Século XVII
• Frans Post:
– Primeiro paisagista europeu a trabalhar na América
– Filho de um pintor vitralista (Jan Post) e irmão de um
arquiteto (Pieter Post).
– Embarcou para o BR com 24 anos (1637)
– Parece ter se tornado bastante próximo de Nassau na
época
– No entanto voltou à Europa Antes de Nassau (passou
8 anos no BR)
– Viajou também para a África e outro locais na América
(retratando também suas paisagens).
Século XVII
– Mesmo de volta a Europa ainda pinta a temática
brasileira (1646)
– Existem diferenças na maneira de pintar de Post
enquanto estava no BR e depois de volta a Europa: a
principal, segundo especialistas, é a iluminação
– Se casa em 1650 e fica viúvo em 1664
– Passa seus últimos anos de vida de modo obscuro,
consumindo álcool excessivamente, fator que minou
sua produção e criatividade artística
– Pintou 18 quadros no Brasil, mas apenas 7 deles
foram encontrados até hoje.
Século XVII
– Não foi um pintor de grande produção (estima-se que
pintou cerca de 200 a 300 obras em 40 anos )
– Seu único discípulo, apenas seu sobrinho, Jan Post
– Não se sabe ao certo quanta obras de Jan foram
metamorfoseadas por Frans Post e atribuídas ao
pintor
– Obras pintadas no Brasil (atualmente no Museu do
Louvre): Rio São Francisco e Forte Maurício; Carro de
Bois; Paisagem de Porto Calvo; Forte dos Reis Magos;
Ilha de Itamaracá; Vista de Antônio Vaz (1640).
Século XVII
Frans Post. Rio São Francisco e Forte Maurício. Óleo sobre tela, 62 X 95 cm, 1638, Museu do Louvre, Paris, França.
Frans Post, Carro de Bois, 1638. Óleo sobre tela, 61x88 cm. Musée du Louvre (Paris, França)
Frans Post, Forte dos Reis Magos, 1638. Óleo sobre tela, 60x86 cm. Musée du Louvre (Paris, França)
Frans Post, Ilha de Itamaracá, 1637. Óleo sobre tela, 63,5x89,5 cm. Rijksmuseum Amsterdam (Holanda)
“A Ilha de Itamaracá , vista ao sul; a cidade está ao alto da montanha e o
forte de Orange ao sopé junto do mar. Desta maneira montaram os
portugueses”
Frans Post. Paisagem com plantação. O engenho.Óleo sobre tela, 71,5 x 91,5 cm. (1660), Coleção Museu Bojmans
Van Beuningen, Rotterdan, Holanda.
Frans Post. Cidade Maurícia e Recife. Óleo sobre tela, 48,2 X 53,6 cm. 1653, Coleção particular, São Paulo, Brasil.
Frans Post. Olinda.Óleo sobre tela, 80 X 110 cm. 1650-54. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil.
Frans Post. Olinda.Óleo sobre tela, 80 X 110 cm. 1650-54. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil. (Detalhe)
Frans Post, Panorama Brasileiro, 1652. Óleo sobre
tela, 282.50 x210.5 cm, Rijksmuseum Amsterdam
(Holanda)
Engenho de Açúcar , Frans Post, 1661
Óleo sobre tela
Franzs Post, “View of the Jesuit Church at Olinda, Brazil” (Vista da igreja jesuíta em Olinta, Brasil), 1665, óleo sobre tela, The
Detroit Institute of Arts
Frans Post, Claustro Franciscano de Igaraçu, s/d, óleo sobre madeira 48x70 cm.
Historiches Museum, Alemanha
• Albert Eckhout
– Pouca coisa se sabe de sua biografia
– Em 1636, convidado por Nassau, embarca para o BR e
permaneceu até 1644
– Em 1642 viajou também ao Chile
– Foi pintor de naturezas mortas e pessoas
– O castelo de Höefloessnitz abriga 80 painéis do artista,
representando pássaros brasileiros, cada um indicado
com nome indígena ou popular
– Foi pintor de naturezas mortas, frutos, legumes e
pessoas
– Aqui no BR fez vários desenhos e esboços
Século XVII
– Mais conhecido pelo conjunto de 21 telas sobre
motivos brasileiros:
• Quatro pares de retratos etnográficos dos habitantes do
Brasil no século XVII - Homem Tapuia (1643) e Mulher
Tapuia (1641); Homem Tupi (1643) e Mulher
Tupi (1641); Homem Mulato (1641) e Mulher
Mameluca (1641) e Homem Negro e Mulher Negra, ambos
de 1641
• 12 naturezas-mortas com frutas e vegetais tropicais ou
cultivados em solo brasileiro (todas sem indicação de data)
• E o grande painel Dança dos Tapuias (1641-3)
• Das suas 9 pinturas etnográficas 8 foram criadas sob o
mesmo esquema composicional
Século XVII
Albert Eckhout, Homem
tapuia , 1643, óleo
sobre tela
262x161 cm.
Nationalmuseet,
Albert Eckhout, Homem tapuia , 1643, óleo sobre tela 262x161 cm. Nationalmuseet,
Albert Eckhout. Mulher Tapuia. Óleo sobre tela,
266 X 159 cm., 1641. Museu Nacional da
Dinamarca, Copenhague.
Albert Eckhout. Mulher Tapuia. Óleo sobre tela,
266 X 159 cm., 1641. Museu Nacional da
Albert Eckhout.
MulherTupinambá. Óleo sobre
tela, 265 X 157 cm. 1641.
Albert Eckhout. Índio Tupinambá. Óleo
sobre tela. 267 X 159 cm. 1643. Museu
Nacional da Dinamarca, Copenhague.
Albert Eckhout. Índio Tupinambá. Óleo
sobre tela. 267 X 159 cm. 1643. Museu
Nacional da Dinamarca, Copenhague.
(Recorte)
Albert Eckhout. Negra. Óleo sobre tela, 267 X
178 cm. 1641. Museu Nacional da Dinamarca,
Copenhague.
Albert Eckhout. Negro. Óleo sobre tela. 264 X
162 cm. 1641. Museu Nacional da Dinamarca,
Albert Eckhout. O mulato. Óleo sobre tela,
265 X 163 cm, 1641, Museu Nacional da
Albert Eckhout, A Mameluca. Óleo sobre tela, 2267
X 160 cm, 1641, Museu Nacional da Dinamarca,
Copenhague.
Albert Eckhout, A Mameluca. Óleo sobre tela, 2267
X 160 cm, 1641, Museu Nacional da Dinamarca,
Copenhague. (Detalhe)
Albert Eckhout, A Mameluca. Óleo sobre tela, 2267
X 160 cm, 1641, Museu Nacional da Dinamarca,
a dos Tapuias, c. 1641-1644; óleo sobre tela, 168x294cm; Nationalmuseet, Copenhague, Dinamarca.
Albert Eckhout,
Abacaxi, melancia e
outras frutas, s/d,
óleo sobre tela
91x91 cm. National
museet, Dinamarca
Albert Eckhout,
Natureza morta,
S/d. Óleo sobre tela,
90x90 cm. Museu
Albert Eckhout, Natureza morta, S/d. Óleo sobre tela, 79x90 cm. Museu
Aspecto do salão principal do Castelo de Hoflössnitz (em 1996).
Os quadros de aves exóticas do salão principal de Hoflössnitz (da esquerda para a
direita e de cima para baixo). Pintura 1: “Caripira” (Fregata magnificens). Pintura 2:
Os quadros de aves exóticas do salão principal de Hoflössnitz (da esquerda para a direita e de
cima para baixo). Pintura 1: “Tuietê” (Forpus xanthopterygius), “Japui” (Icterus icterus) e
“Caiicupeucaÿa” (Tangara cayana). Pintura 2: “Caninde” (Ara ararauna).
• Outros estrangeiros: Zacharias Wagener
– Wagener (1614-68): Natural de Dresden (Alemanha)
filho de um líder religioso
– Vem para o Brasil em 1634 como soldado das
Companhia das Índias Ocidentais (Nassau só chega em
1637)
– 110 aquarelas compõem seu “livro dos animais”
– Registra a fauna, flora, cotidiano e a topografia do
Brasil.
– Os registros são acompanhados de breves descrições.
– Não se sabe se Wagener recebeu instrução formal
Século XVII
“Desde que em 1634, por vontade do Deus Onipotente, segui
do Velho para o Novo Mundo da América, onde fica a remota
e mui famosa terra do Brasil, à medida que os dias se
passavam fui travando cada vez mais conhecimento com
novas maravilhas, tais como peixes estranhos e aves
desconhecidas, animais úteis ou nocivos, belos frutos
saborosos e sadios [...] Minha viagem não tinha a princípio
como finalidade investigar a fundo o lugar e suas
peculiaridades pouco conhecidas [...] Entretanto visto por
diversas vezes me aconteceu ler descrições sobre essas coisas
estranhas, feitas pelos neerlandeses, sem encontrar figuras
fieis que as esclarecessem, decidi-me que finalmente [...] a
fornecer desenhos tão cuidadosos quanto possível dessas
curiosidades, que na maioria das vezes me foram dadas como
presentes dos selvagens [...].”
Século XVII
“Se agora alguém volvendo para esse modesto trabalho o
seu espírito crítico e talento artístico, achar que isso ou
aquilo está muito grande ou muito pequeno [...] saiba
esse alguém que para ele está aberto o caminho que
palmilhei, muitas vezes com perigo de vida, e que, já o
tendo eu desbravado, cabe-lhe percorrê-lo de novo, a fim
de, com sua maior capacidade, realizar trabalho mais
perfeito”
• Partia da observação do natural
• Alguns desenhos foram baseados nos estudos
preparatórios de Eckhout.
Século XVII
Zacharias Wagener, Mameluca (1634-41). Aquarela, in: Livro dos animais, Gabinete da Estampas, Dresden, Alemanha
Zacharias Wagener, Molher Negra, 1634-41. Aquarela, in Livro dos animais, Gabinete da Estampas, Dresden, Alemanha
Zacharias Wagener, Dança de negros, 1634-41. Aquarela, in Livro dos animais, Gabinete da Estampas, Dresden, Alemanha
“O Carangueijo que eu tinha começado a desenhar exalava tanto
mau cheiro que precisei jogá-lo fora deixando o desenho
incompleto”
“Trouxeram-me certa vez para desenhar o casco de um bonito
cágado; mas eu nunca pude saber como era a cabeça e os pés”
“Um (jacaré) foi capturado com vida nas águas perigosas do rio
Capiberibe e trazido para casa; media seis pés e meio de
comprimento, e por ele fiz este desenho”
Século XVII
Zacharias Wagener,Caranguejo, 1634-41. Aquarela in Livro dos animais, Gabinete da Estampas, Dresden, Alemanha
Zacharias Wagener, Tatu, 1634-41. Aquarela in Livro dos animais, Gabinete da Estampas, Dresden, Alemanha
• Georg Marcgraf (1610-44)
– Alemão e cientista (auxiliar de Willem Pies - Piso)
– Chega ao Brasil em 1638, morre em 1644
– Nesses seis anos, classificou mais de setecentas
espécies de plantas e animais, memórias sobre o
clima, os habitantes e seus idiomas, uma
descrição das estrelas do hemisfério sul, grande
quantidade de trabalhos cartográficos e estudos
sobre cartografia e numerosos desenhos
ilustrativos de seus textos científicos.
Século XVII
• Piso ficou enciumado com as realizações do ajudante
– Nassau presenteou Marcgraf com um completo
observatório astronômico em 1640
– Marcgraf não confiava em Piso, a ponto de ter codificado
algumas anotações (ainda não totalmente decifradas)
– Ambos publicaram o “Historia Naturalis Brasiliae” (1648):
12 livros, os 4 primeiros de Piso (De Medicinae Brasiliensi)
e os outros de Marcgraf (Historia Rerum Naturalis
Brasiliae)
– Piso até foi acusado de ter plagiado Marcgraf e quando
lançou “De India Utriusque Re Naturali et Medica” inseriu
na introdução que recebeu por empréstimo as gravuras de
Marcgraf
Século XVII
Joan Bleu; georg Marcgraf, Praefecturae de Paraiba et Rio Grande, 1647, edição 1662. Amsterdam, Holanda
Georg Marcgraf. Engenho. Xilogravura in: Historia Naturalis Brasiliae, Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro
Georg Marcgraf. Caranguejo, Xilogravura in: Historia Naturalis Brasiliae, Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro
Zacharias Wagener,Caranguejo, 1634-41. Aquarela in Livro
dos animais, Gabinete da Estampas, Dresden, Alemanha
Georg Marcgraf. Caranguejo, Xilogravura in: Historia
Naturalis Brasiliae, Biblioteca Nacional, Rio de
Janeiro
Georg Marcgraf. Mandioca, Xilogravura in: Historia
Naturalis Brasiliae, Biblioteca Nacional, Rio de
Janeiro
• Acredita-se que Nassau tivera outros artistas a
sua disposição, enquanto governou o Brasil
holandês.
• Gillis Peeters, veio ao Brasil duas vezes,
retratou esboços de cenas brasileiras e
descreveu o lugar a seu irmão, Bonaventura
Peeters, o qual também fez pinturas temática
sobre o Brasil da época
Século XVII
Gillis Peeters, Vista de Recife, 1637. Óleo sobre madeira, 49x89 cm. Cleção Particular, São Paulo
Gillis Peeters, Combate entre holandeses e portugueses, s/d. Óleo sobre madeira, 49x89 cm. Coleção Particular, São Paulo
Bonaventura Peeters, navio Holandês Fundeado ao Largo da Costa Brasileira, 1640. Óleo sobre madeira, 49x84 cm.
Coleção Particular, São Paulo
• PASAVENTO, J. S.: A INVENÇÃO DO BRASIL - O NASCIMENTO DA
PAISAGEM BRASILEIRA SOB O OLHAR DO OUTRO. Disponível em:
http://revistafenix.pro.br/pdf/Artigo%20Sandra%20J%20Pesavento.
pdf
• TEIXEIRA, D. M. Os quadros de aves tropicais do Castelo de
Hoflössnitz na Saxônia e Albert Eckhout (ca. 1610-1666), artista do
Brasil Holandês. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/34640
• OLIVEIRA, C. M. S. O Brasil seiscentista nas pinturas de Albert
Eckhout e Frans Janszoon Post: Documento ou invenção do Novo
Mundo? Disponível em: http://cvc.instituto-
camoes.pt/eaar/coloquio/comunicacoes/carla_mary_oliveira.pdf
• ZANINI, W. (org). História Geral da Arte no Brasil. São Paulo:
Instotuto Walther Moreira Salles, 1983, p. 348-375
Bibliografia
Principal

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Evolução conceito arte
Evolução conceito arteEvolução conceito arte
Evolução conceito arteGi Loureiro
 
Arte do Renascimento - Escultura
Arte do Renascimento - EsculturaArte do Renascimento - Escultura
Arte do Renascimento - EsculturaCarlos Vieira
 
Módulo 10 - Caso Prático Inicial
Módulo 10 - Caso Prático InicialMódulo 10 - Caso Prático Inicial
Módulo 10 - Caso Prático InicialCarla Freitas
 
A arte gótica I
A arte gótica IA arte gótica I
A arte gótica Icattonia
 
HCA Módulo 10 - A arquitetura pós-modernista - 3 com - Vanessa mergulho
HCA Módulo 10 - A arquitetura pós-modernista - 3 com - Vanessa mergulhoHCA Módulo 10 - A arquitetura pós-modernista - 3 com - Vanessa mergulho
HCA Módulo 10 - A arquitetura pós-modernista - 3 com - Vanessa mergulhoJoaquim Moreira
 
Teste de Geologia (1º Período 2º Teste) Soluções
Teste de Geologia (1º Período 2º Teste) SoluçõesTeste de Geologia (1º Período 2º Teste) Soluções
Teste de Geologia (1º Período 2º Teste) SoluçõesIsaura Mourão
 
A reinvenção das formas.ppsx
A reinvenção das formas.ppsxA reinvenção das formas.ppsx
A reinvenção das formas.ppsxcattonia
 
Historia da arte - período da antiguidade - resumo
Historia da arte - período da antiguidade - resumoHistoria da arte - período da antiguidade - resumo
Historia da arte - período da antiguidade - resumoAndrea Dressler
 
A arquitetura gótica
A arquitetura góticaA arquitetura gótica
A arquitetura góticaAna Barreiros
 
David de Bernini
David de BerniniDavid de Bernini
David de Berninihcaslides
 
Arquitectura do Séc.XX
Arquitectura do Séc.XXArquitectura do Séc.XX
Arquitectura do Séc.XXMichele Pó
 
História da arte - Romantismo e Realismo - resumo
História da arte - Romantismo e Realismo - resumoHistória da arte - Romantismo e Realismo - resumo
História da arte - Romantismo e Realismo - resumoAndrea Dressler
 
Accao Geologica De Um Rio
Accao Geologica De Um RioAccao Geologica De Um Rio
Accao Geologica De Um RioNuno Correia
 

Mais procurados (20)

Arte gótica
Arte góticaArte gótica
Arte gótica
 
MUSICA NA CATEQUESE
MUSICA NA CATEQUESEMUSICA NA CATEQUESE
MUSICA NA CATEQUESE
 
Evolução conceito arte
Evolução conceito arteEvolução conceito arte
Evolução conceito arte
 
Arte do Renascimento - Escultura
Arte do Renascimento - EsculturaArte do Renascimento - Escultura
Arte do Renascimento - Escultura
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Módulo 10 - Caso Prático Inicial
Módulo 10 - Caso Prático InicialMódulo 10 - Caso Prático Inicial
Módulo 10 - Caso Prático Inicial
 
A arte gótica I
A arte gótica IA arte gótica I
A arte gótica I
 
HCA Módulo 10 - A arquitetura pós-modernista - 3 com - Vanessa mergulho
HCA Módulo 10 - A arquitetura pós-modernista - 3 com - Vanessa mergulhoHCA Módulo 10 - A arquitetura pós-modernista - 3 com - Vanessa mergulho
HCA Módulo 10 - A arquitetura pós-modernista - 3 com - Vanessa mergulho
 
Teste de Geologia (1º Período 2º Teste) Soluções
Teste de Geologia (1º Período 2º Teste) SoluçõesTeste de Geologia (1º Período 2º Teste) Soluções
Teste de Geologia (1º Período 2º Teste) Soluções
 
Arquitetura moderna
Arquitetura modernaArquitetura moderna
Arquitetura moderna
 
A reinvenção das formas.ppsx
A reinvenção das formas.ppsxA reinvenção das formas.ppsx
A reinvenção das formas.ppsx
 
Arte paleocristã
Arte paleocristãArte paleocristã
Arte paleocristã
 
Mapa mental arte barroca
Mapa mental   arte barrocaMapa mental   arte barroca
Mapa mental arte barroca
 
Historia da arte - período da antiguidade - resumo
Historia da arte - período da antiguidade - resumoHistoria da arte - período da antiguidade - resumo
Historia da arte - período da antiguidade - resumo
 
A arquitetura gótica
A arquitetura góticaA arquitetura gótica
A arquitetura gótica
 
David de Bernini
David de BerniniDavid de Bernini
David de Bernini
 
Arquitectura do Séc.XX
Arquitectura do Séc.XXArquitectura do Séc.XX
Arquitectura do Séc.XX
 
História da arte - Romantismo e Realismo - resumo
História da arte - Romantismo e Realismo - resumoHistória da arte - Romantismo e Realismo - resumo
História da arte - Romantismo e Realismo - resumo
 
Arte Gótica
Arte GóticaArte Gótica
Arte Gótica
 
Accao Geologica De Um Rio
Accao Geologica De Um RioAccao Geologica De Um Rio
Accao Geologica De Um Rio
 

Semelhante a História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): O Brasil dos jesuítas - Séculos XVI e XVII

História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...Paula Poiet
 
8o. Ano arte barroca no brasil
8o. Ano  arte barroca no brasil  8o. Ano  arte barroca no brasil
8o. Ano arte barroca no brasil ArtesElisa
 
Arte colonial brasileira
Arte colonial brasileiraArte colonial brasileira
Arte colonial brasileiraCEF16
 
ARTE BARROCA NO BRASIL.pdf
ARTE BARROCA NO BRASIL.pdfARTE BARROCA NO BRASIL.pdf
ARTE BARROCA NO BRASIL.pdfRenildoDias2
 
Texto Barroco e Rococó no Brasil.pdf
Texto Barroco e Rococó no Brasil.pdfTexto Barroco e Rococó no Brasil.pdf
Texto Barroco e Rococó no Brasil.pdfGABRIELICARMO
 
Arte colonial cinthia, maria fernanda, leandro e thais
Arte colonial   cinthia, maria fernanda, leandro e thaisArte colonial   cinthia, maria fernanda, leandro e thais
Arte colonial cinthia, maria fernanda, leandro e thaisCarol Mendoza
 
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reisA escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reisAntónio Silva
 
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...Paula Poiet
 
O barroco no brasil
O barroco no brasilO barroco no brasil
O barroco no brasilCEF16
 
O barroco no brasil
O barroco no brasilO barroco no brasil
O barroco no brasilCEF16
 
Arte colonial e rococó
Arte colonial  e rococóArte colonial  e rococó
Arte colonial e rococóClaudio Bastos
 
Arte barroca
Arte barroca Arte barroca
Arte barroca 28011998
 
Aula 04 barroco-e_rococo
Aula 04 barroco-e_rococoAula 04 barroco-e_rococo
Aula 04 barroco-e_rococoMarcio Duarte
 
O barroco no brasil
O barroco no brasilO barroco no brasil
O barroco no brasiljulianne
 
8o Ano- Aleijadinho
8o Ano- Aleijadinho8o Ano- Aleijadinho
8o Ano- AleijadinhoArtesElisa
 
Antonio francisco lisboa aleijadinho
Antonio francisco lisboa      aleijadinhoAntonio francisco lisboa      aleijadinho
Antonio francisco lisboa aleijadinhoBernadete Professora
 

Semelhante a História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): O Brasil dos jesuítas - Séculos XVI e XVII (20)

História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
 
8o. Ano arte barroca no brasil
8o. Ano  arte barroca no brasil  8o. Ano  arte barroca no brasil
8o. Ano arte barroca no brasil
 
BARROCO NO BRASIL
BARROCO NO BRASILBARROCO NO BRASIL
BARROCO NO BRASIL
 
Arte colonial brasileira
Arte colonial brasileiraArte colonial brasileira
Arte colonial brasileira
 
ARTE BARROCA NO BRASIL.pdf
ARTE BARROCA NO BRASIL.pdfARTE BARROCA NO BRASIL.pdf
ARTE BARROCA NO BRASIL.pdf
 
Texto Barroco e Rococó no Brasil.pdf
Texto Barroco e Rococó no Brasil.pdfTexto Barroco e Rococó no Brasil.pdf
Texto Barroco e Rococó no Brasil.pdf
 
Arte colonial cinthia, maria fernanda, leandro e thais
Arte colonial   cinthia, maria fernanda, leandro e thaisArte colonial   cinthia, maria fernanda, leandro e thais
Arte colonial cinthia, maria fernanda, leandro e thais
 
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reisA escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
 
Barroco no brasil
Barroco no brasilBarroco no brasil
Barroco no brasil
 
O ouro e o barroco
O ouro e o barrocoO ouro e o barroco
O ouro e o barroco
 
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
 
O barroco no brasil
O barroco no brasilO barroco no brasil
O barroco no brasil
 
O barroco no brasil
O barroco no brasilO barroco no brasil
O barroco no brasil
 
Arte Barroca no Brasil
Arte Barroca no BrasilArte Barroca no Brasil
Arte Barroca no Brasil
 
Arte colonial e rococó
Arte colonial  e rococóArte colonial  e rococó
Arte colonial e rococó
 
Arte barroca
Arte barroca Arte barroca
Arte barroca
 
Aula 04 barroco-e_rococo
Aula 04 barroco-e_rococoAula 04 barroco-e_rococo
Aula 04 barroco-e_rococo
 
O barroco no brasil
O barroco no brasilO barroco no brasil
O barroco no brasil
 
8o Ano- Aleijadinho
8o Ano- Aleijadinho8o Ano- Aleijadinho
8o Ano- Aleijadinho
 
Antonio francisco lisboa aleijadinho
Antonio francisco lisboa      aleijadinhoAntonio francisco lisboa      aleijadinho
Antonio francisco lisboa aleijadinho
 

Mais de Paula Poiet

Drawing faces - Portrait
Drawing faces - Portrait Drawing faces - Portrait
Drawing faces - Portrait Paula Poiet
 
Colours pencils strawberry
Colours pencils strawberryColours pencils strawberry
Colours pencils strawberryPaula Poiet
 
Golden Ratio: Definitions and Applications on Graphical Representations
Golden Ratio: Definitions and Applications on Graphical Representations Golden Ratio: Definitions and Applications on Graphical Representations
Golden Ratio: Definitions and Applications on Graphical Representations Paula Poiet
 
DdO - Modelo corpo
DdO - Modelo corpoDdO - Modelo corpo
DdO - Modelo corpoPaula Poiet
 
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Aulas 2 - 3 e 4
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Aulas 2 - 3 e 4História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Aulas 2 - 3 e 4
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Aulas 2 - 3 e 4Paula Poiet
 
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Introdução
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - IntroduçãoHistória da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Introdução
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - IntroduçãoPaula Poiet
 
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Abstração informal
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Abstração informalHistória da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Abstração informal
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Abstração informalPaula Poiet
 
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Instituições de arte
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Instituições de arteHistória da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Instituições de arte
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Instituições de artePaula Poiet
 
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): arte acadêmicas ...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): arte acadêmicas ...História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): arte acadêmicas ...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): arte acadêmicas ...Paula Poiet
 
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...Paula Poiet
 
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Introdução
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): IntroduçãoHistória da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Introdução
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): IntroduçãoPaula Poiet
 
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...Paula Poiet
 
3 História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): O Brasil Imagi...
3 História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): O Brasil Imagi...3 História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): O Brasil Imagi...
3 História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): O Brasil Imagi...Paula Poiet
 
2 História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Arte indígena
2 História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Arte indígena2 História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Arte indígena
2 História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Arte indígenaPaula Poiet
 
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Artistas viajantes
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Artistas viajantesHistória da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Artistas viajantes
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Artistas viajantesPaula Poiet
 
6 - História da Arte IV: Abstração pós-pictórica
6 - História da Arte IV: Abstração pós-pictórica6 - História da Arte IV: Abstração pós-pictórica
6 - História da Arte IV: Abstração pós-pictóricaPaula Poiet
 
3 - História da Arte IV: Arte na Europa no segundo Pós-Guerra
3 - História da Arte IV: Arte na Europa no segundo Pós-Guerra3 - História da Arte IV: Arte na Europa no segundo Pós-Guerra
3 - História da Arte IV: Arte na Europa no segundo Pós-GuerraPaula Poiet
 

Mais de Paula Poiet (20)

Pontilhismo
PontilhismoPontilhismo
Pontilhismo
 
Drawing faces - Portrait
Drawing faces - Portrait Drawing faces - Portrait
Drawing faces - Portrait
 
Gouache
GouacheGouache
Gouache
 
Colours pencils strawberry
Colours pencils strawberryColours pencils strawberry
Colours pencils strawberry
 
White charcoal
White charcoalWhite charcoal
White charcoal
 
Golden Ratio: Definitions and Applications on Graphical Representations
Golden Ratio: Definitions and Applications on Graphical Representations Golden Ratio: Definitions and Applications on Graphical Representations
Golden Ratio: Definitions and Applications on Graphical Representations
 
DdO - Modelo corpo
DdO - Modelo corpoDdO - Modelo corpo
DdO - Modelo corpo
 
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Aulas 2 - 3 e 4
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Aulas 2 - 3 e 4História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Aulas 2 - 3 e 4
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Aulas 2 - 3 e 4
 
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Introdução
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - IntroduçãoHistória da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Introdução
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Introdução
 
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Abstração informal
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Abstração informalHistória da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Abstração informal
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Abstração informal
 
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Instituições de arte
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Instituições de arteHistória da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Instituições de arte
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Instituições de arte
 
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): arte acadêmicas ...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): arte acadêmicas ...História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): arte acadêmicas ...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): arte acadêmicas ...
 
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
 
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Introdução
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): IntroduçãoHistória da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Introdução
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Introdução
 
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
 
3 História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): O Brasil Imagi...
3 História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): O Brasil Imagi...3 História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): O Brasil Imagi...
3 História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): O Brasil Imagi...
 
2 História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Arte indígena
2 História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Arte indígena2 História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Arte indígena
2 História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Arte indígena
 
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Artistas viajantes
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Artistas viajantesHistória da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Artistas viajantes
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Artistas viajantes
 
6 - História da Arte IV: Abstração pós-pictórica
6 - História da Arte IV: Abstração pós-pictórica6 - História da Arte IV: Abstração pós-pictórica
6 - História da Arte IV: Abstração pós-pictórica
 
3 - História da Arte IV: Arte na Europa no segundo Pós-Guerra
3 - História da Arte IV: Arte na Europa no segundo Pós-Guerra3 - História da Arte IV: Arte na Europa no segundo Pós-Guerra
3 - História da Arte IV: Arte na Europa no segundo Pós-Guerra
 

História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): O Brasil dos jesuítas - Séculos XVI e XVII

  • 2. Século XVI • Arquitetura dos primeiros colonizadores: – Portugueses começam a se estabelecer na costa em cerca de 1530 – Constroem entrepostos para estocar pau-brasil e outros produtos comerciais, esses também servem ao comércio de escravos índios • Construções bem precárias – Com as capitanias hereditárias novas moradias são construídas
  • 3. – Nessa época foram construídas moradias para os colonizadores e os engenhos de açúcar – A arquitetura era bastante simples: • Estruturas retangulares, cobertas de palha sustentadas por estruturas de madeira - conhecidos como Tejupares • Esses tejupares são evoluídos para casas de taipa • Nessa época começam a aparecer as capelas e vilas (dirigidas por missionários jesuítas) Século XVI
  • 4. • As capitanias fracassam e Portugal nomeia Tomé de Souza para governar o Brasil. • Em 1549 ele funda Salvador, capital da colônia • Outros imigrantes vêm para a colônia – A partir de então, manifestações artísticas se iniciam. • O açúcar é um produto requisitado na Europa • Ele se adapta bem ao clima do nordeste brasileiro • Surgem vários engenhos na região, tornando-a bastante rica Século XVI
  • 5. • Durante essa época as igrejas tiveram um importante papel na arte brasileira • Diversas ordens religiosas se instalaram aqui no Brasil desde o século XVI • Beneditinos, carmelitas, franciscanos e jesuítas • Eles desenvolveram obras na área da pintura, arquitetura, e escultura Século XVI
  • 6. • Os primeiros templos religiosos brasileiros se caracterizavam por um estilo renascentista ou maneirista português tardio – Conhecido como Estilo Chão: • Fachadas compostas por figuras geométricas básicas, frontões triangulares, paredes contrastando entre pedras e superfícies brancas. • A decoração é escassa, em geral, apenas nos portais – Interiores ricos em altares, pisos e azulejos Século XVI
  • 7. Igreja de Nossa Senhora da Graça, Olinda , século XVI
  • 8. • O Altar principal original foi destruído • Já os dois altares laterais são originais do século XVI
  • 9. • Outro exemplo desse estilo arquitetônico é a Igreja de São Miguel no RS (XVII) • Os primeiros vestígios do barroco são encontrados na arte dos Sete Povos das Missões, na região da Bacia do Prata. – Nessa região aconteceu uma espécie de síntese artística – Foram feitas construções e obras de arte pelos índios guaranis, com base me modelos europeus – As edificações desses povos foram, quase totalmente, destruídas, restando apenas ruínas. Século XVII
  • 10. Igreja de São Miguel, RS. Século XVII
  • 11. Igreja de São Miguel, RS. Século XVII. (vista superior)
  • 12. Sino da igreja de São Miguel , RS
  • 14. Planta de representação de uma Redução Jesuítica
  • 15. • O museu das missões conta com obras resgatadas por seu zelador • Segundo a historiadora Letícia Bauer, “aqueles bens que ‘rolavam abandonados’, em verdade tinham readquirido funções de culto em outros locais, integrando a religiosidade e articulando as redes sociais comunitárias da região”. Desse modo, “a coleta dos santos foi polêmica desde o início (BOTELHO; VIVIAN; BRUXEL, 2015). Século VXII
  • 16. • Nas primeiras décadas após o descobrimento, não vieram artistas de fato para o Brasil. • Os membros das ordens religiosas realizavam alguns trabalhos direcionados à arte – A maioria não apresentava muita habilidade técnica – Grande parte das obras não foram assinadas – Algumas eram trazidas de Portugal para a colônia Século VXII
  • 17. • No século XVII um dos mais importantes nomes da arte brasileira é o Frei Ricardo do Pilar – Nasce em Colônia (Alemanha), vem para o BR na década de 1660, designado no Mosteiro de São Bento, RJ. – Era um pintor profissional e erudito, conhece latim – Trouxe traços barroco (arte contemporânea da época) para o BR – Vive uma vida humilde, dividia suas roupas e comida com os presos – Prestes a morrer, em 1695, recebe como prêmio por 30 anos de serviço, o hábito. Como de costume, adota um novo nome: Ricardo de Colônia Frei Ricardo do Pilar Século VXII
  • 18. Frei Ricardo do Pilar Senhor dos Martírios 1690, óleo sobre madeira 288x183 cm
  • 19. Frei Ricardo do Pilar, Senhor dos Martírios, 1690. Óleo sobre tela, 87x65 cm. Museu da Arte Sacra, MAS, Salvador BA
  • 20. Frei Ricardo do Pilar, Aparição de Nossa Senhora a Santo Anselmo, 1670-3. Óleo sobre madeira, 203x159 cm. Mosteiro de São Bento. Rio de Janeiro, RJ (Painel Lateral da Capela Mor)
  • 21. Frei Ricardo do Pilar, Painéis do forro da capela-mor da Igreja e Mosteiro de São Bento, 1680 (aproximadamente). Óleo sobre madeira, Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro, RJ
  • 22. Frei Ricardo do Pilar, Aparição de Nossa Senhora a São Bernardo (painel do forro da capela-mor), 1680. Óleo sobre madeira, 300x226 cm. Mosteiro de São Bento. Rio de Janeiro, RJ (Painel Lateral da Capela Mor)
  • 23. • O preconceito acadêmico ignorou a importância de singelas representações. • Somente no século XX, com estudiosos como Mário de Andrade, teve início a reavaliação cultural da pintura colonial. • Escultura religiosa: – Principalmente feitas por artistas portugueses e trazidas já prontas para o BR. – O anonimato é predominante nos poucos escultores brasileiros quinhentistas Século VXII
  • 24. • Na segunda metade do século XVI, além dos escultores de instituições religiosas, surgem artistas populares – Artistas com pouco ou nenhum ensinamento sobre arte – Interpretam os modelos clássicos – Dão as figuras feições um tanto arcaicas e também expressivas – Arte fruto da fé e cheia de soluções originais Século VXII
  • 25. • Escultura encontrada entre o litoral fluminense e paulista Virgem Menina de Bertioga-SP, final do século XVI, 59 cm de altura. Terracota policromada. Coleção Orandi Momesso, São Paulo-SP. Foto Rafael Schunk (2012).
  • 26. • Dois nomes sobressaem no campo da escultura do século XVII – Frei Agostinho da Piedade: • Ceramista Português • Foi responsável pela introdução no Brasil da escultura erudita ibérica (SCHUNK, 2012). – Frei Agostinho de Jesus • Discípulo do Frei A. da Piedade • Trabalhou nos estados da BA, SP e RJ • Por volta de 1643 Frei Agostinho de Jesus é enviado ao sertão paulista para o recém fundado Mosteiro dos Beneditinos de Santana de Parnaíba-SP. Residindo no local por muitos anos, irá produzir todo um conjunto escultórico de imagens nos altares deste priorado e para a nova igreja matriz da vila (SCHUNK, 2012).
  • 27. Frei Agostinho da Piedade, Busto relicário de Santa Bárbara, aproximadamente 1630. Barro cozido e policromado, 54 cm de altura. Mosteiro de São Bento – Salvador (em exposição permanente no Museu de Arte Sacra da UFBA. Foto Rafael Schunk -2010).
  • 28. Frei Agostinho da Piedade, Busto relicário de Santa Margarida, 55 cm altura. Frei Agostinho da Piedade, Busto relicário de Santa scolástica, 55 cm. alt. Terracotas, cerca de 1630. Acervo do Mosteiro de São Bento – Salvador. Fotos Rafael Schunk (2010).
  • 29. Frei Agostinho da Piedade, Nossa Senhora do Montesserrate, 1636 (encontrada em 1936). Barro cozido, policromado e resplendores em prata, 92 cm de altura. Na imagem encontra-se a seguinte descrição: “Frei Agostinho da Piedade Religioso Sacerdote de São Bento fez esta imagem de Nossa Senhora por mandado do mui devoto Diogo de Sandoval, e fê-la por sua devoção 1636”.
  • 30. Frei Agostinho de Jesus Nossa senhora da Conceição Aparecida 1650, terracota, 37 cm de altura
  • 31. Frei Agostinho de Jesus Nossa Senhora da Purificação, séc. VXII. Museu da arte sacra
  • 32. Frei Agostinho de Jesus, Perfis do Menino Jesus de Salvador-BA, 1640. Terracota vermelha policromada, 19,5 cm de altura. Acervo do Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da Bahia – UFBA. Fotos Rafael Schunk (2010).
  • 33. Frei Agostinho de Jesus, Nossa Senhora do Rosário – “a pequena”, Terracota policromada, 34 cm de altura. Antiga Matriz de Santana de Parnaíba-SP. Coleção Orandi Momesso, São Paulo-SP. Foto Rafael Schunk (2012).
  • 34. • Livros: – SCHUNK, Rafael. Frei Agostinho de Jesus e as Tradições da Imaginária Colonial Brasileira Séculos XVI-XVII. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2013. – BOTELHO, A. VIVIAN, D. BRUXEL, L. Museu das Missões: Coleção Museus do Ibram. Brasília: Instituto Brasileiro de Museus, 2015. Disponível em: <http://www.museus.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/Museu-das- Missoes.pdf> Acesso em: 30 de setembro de 2017 • Sites: – http://www.arquidioceseolindarecife.org/2016/01/arquidiocese-lanca- campanha-para-restauracao-da-igreja-e-do-seminario-de-olinda/ – https://patrimonioespiritual.org/2014/03/25/igreja-e-seminario-da-graca- olinda/ – http://museudasmissoes.blogspot.com.br/2015/09/museu-das-missoes- disponibiliza-dossie.html Bibliografia Principal
  • 36. • É sabido que antes da chegada dos holandeses no BR haviam pintores de ofício trabalhando aqui, por exemplo: – Jean de Léry (1555 no BR): Francês, acompanhou um grupo a uma viagem para a “França Antártica” (atual Baía de Guanabara, RJ) – Joao Batista de Horn (na atual Bélgica): Pintor. Protestante, converteu-se ao catolicismo e ingressou na Companhia de Jesus (1606) em Pernambuco. – Rita Joana de Sousa: Primeira mulher pintora conhecida no BR. Nasceu e faleceu em Olinda (Pernambuco). Em 1902, no Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro divulgou-se o livro, até então inédito, Desagravos do Brasil e Glórias de Pernambuco, de Domingos do Loureto Couto, beneditino pernambucano. Segundo o crítico José Roberto Teixeira Leite, o monge dedicou à pintora um dos 17 capítulos de sua obra, cujo tema são as mulheres famosas de Pernambuco. Século XVII
  • 37. Joao Batista de Horn, Ecnontro de Cristo com Maria e Verônica, 1606. Óleo sobre madeira, 300x300 cm. Convento de Santo Antônio. Igreja (Igaraçu, PE) Jean de Léry, Índios Tupinambás Guerreiros, século XVI. Xilogravura
  • 38. • No século XVII, ocorreu o domínio parcial da Companhia Outorgada das Índias Ocidentais onde hoje é Pernambuco e parte da Paraíba Século XVII • O Conde Johan Maurits van Nassau- Siegen permaneceu em Recife como governador-capitão do Brasil Holandês entre 1637 e 1644
  • 39. • Essa época foi de intensa atividade cultural na região – Nassau era um nobre alemão, apreciador das artes e ciência – Ao vir para cá trouxe grupos de pintores, poetas e cientistas – Conta-se que o próprio Nassau custeava o pagamento dessas pessoas – O trabalho desses homens frutificou em mapas, livros, quadros, gravuras e conhecimento científico – Historia Naturalis Brasiliae é o primeiro conjunto de informações botânicas zoológicas e étnicas sobre a América que merece credibilidade. Século XVII
  • 40. • Credita-se que vários pintores acompanharam Nassau, mas dois têm maior importância: – Frans Post – pintor de paisagens – Albert Eckhout – pintor de etnias e naturezas mortas • Eles não deixaram continuadores e nem exerceram influência direta em sua época. • Pintaram gênero sem temática sacra • Foram os primeiros pintores profissionais a retratar paisagens, pessoas, flora e fauna brasileiras. Século XVII
  • 41. • Frans Post: – Primeiro paisagista europeu a trabalhar na América – Filho de um pintor vitralista (Jan Post) e irmão de um arquiteto (Pieter Post). – Embarcou para o BR com 24 anos (1637) – Parece ter se tornado bastante próximo de Nassau na época – No entanto voltou à Europa Antes de Nassau (passou 8 anos no BR) – Viajou também para a África e outro locais na América (retratando também suas paisagens). Século XVII
  • 42. – Mesmo de volta a Europa ainda pinta a temática brasileira (1646) – Existem diferenças na maneira de pintar de Post enquanto estava no BR e depois de volta a Europa: a principal, segundo especialistas, é a iluminação – Se casa em 1650 e fica viúvo em 1664 – Passa seus últimos anos de vida de modo obscuro, consumindo álcool excessivamente, fator que minou sua produção e criatividade artística – Pintou 18 quadros no Brasil, mas apenas 7 deles foram encontrados até hoje. Século XVII
  • 43. – Não foi um pintor de grande produção (estima-se que pintou cerca de 200 a 300 obras em 40 anos ) – Seu único discípulo, apenas seu sobrinho, Jan Post – Não se sabe ao certo quanta obras de Jan foram metamorfoseadas por Frans Post e atribuídas ao pintor – Obras pintadas no Brasil (atualmente no Museu do Louvre): Rio São Francisco e Forte Maurício; Carro de Bois; Paisagem de Porto Calvo; Forte dos Reis Magos; Ilha de Itamaracá; Vista de Antônio Vaz (1640). Século XVII
  • 44. Frans Post. Rio São Francisco e Forte Maurício. Óleo sobre tela, 62 X 95 cm, 1638, Museu do Louvre, Paris, França.
  • 45. Frans Post, Carro de Bois, 1638. Óleo sobre tela, 61x88 cm. Musée du Louvre (Paris, França)
  • 46. Frans Post, Forte dos Reis Magos, 1638. Óleo sobre tela, 60x86 cm. Musée du Louvre (Paris, França)
  • 47. Frans Post, Ilha de Itamaracá, 1637. Óleo sobre tela, 63,5x89,5 cm. Rijksmuseum Amsterdam (Holanda) “A Ilha de Itamaracá , vista ao sul; a cidade está ao alto da montanha e o forte de Orange ao sopé junto do mar. Desta maneira montaram os portugueses”
  • 48. Frans Post. Paisagem com plantação. O engenho.Óleo sobre tela, 71,5 x 91,5 cm. (1660), Coleção Museu Bojmans Van Beuningen, Rotterdan, Holanda.
  • 49. Frans Post. Cidade Maurícia e Recife. Óleo sobre tela, 48,2 X 53,6 cm. 1653, Coleção particular, São Paulo, Brasil.
  • 50. Frans Post. Olinda.Óleo sobre tela, 80 X 110 cm. 1650-54. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil.
  • 51. Frans Post. Olinda.Óleo sobre tela, 80 X 110 cm. 1650-54. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil. (Detalhe)
  • 52. Frans Post, Panorama Brasileiro, 1652. Óleo sobre tela, 282.50 x210.5 cm, Rijksmuseum Amsterdam (Holanda)
  • 53. Engenho de Açúcar , Frans Post, 1661 Óleo sobre tela
  • 54. Franzs Post, “View of the Jesuit Church at Olinda, Brazil” (Vista da igreja jesuíta em Olinta, Brasil), 1665, óleo sobre tela, The Detroit Institute of Arts
  • 55. Frans Post, Claustro Franciscano de Igaraçu, s/d, óleo sobre madeira 48x70 cm. Historiches Museum, Alemanha
  • 56. • Albert Eckhout – Pouca coisa se sabe de sua biografia – Em 1636, convidado por Nassau, embarca para o BR e permaneceu até 1644 – Em 1642 viajou também ao Chile – Foi pintor de naturezas mortas e pessoas – O castelo de Höefloessnitz abriga 80 painéis do artista, representando pássaros brasileiros, cada um indicado com nome indígena ou popular – Foi pintor de naturezas mortas, frutos, legumes e pessoas – Aqui no BR fez vários desenhos e esboços Século XVII
  • 57. – Mais conhecido pelo conjunto de 21 telas sobre motivos brasileiros: • Quatro pares de retratos etnográficos dos habitantes do Brasil no século XVII - Homem Tapuia (1643) e Mulher Tapuia (1641); Homem Tupi (1643) e Mulher Tupi (1641); Homem Mulato (1641) e Mulher Mameluca (1641) e Homem Negro e Mulher Negra, ambos de 1641 • 12 naturezas-mortas com frutas e vegetais tropicais ou cultivados em solo brasileiro (todas sem indicação de data) • E o grande painel Dança dos Tapuias (1641-3) • Das suas 9 pinturas etnográficas 8 foram criadas sob o mesmo esquema composicional Século XVII
  • 58. Albert Eckhout, Homem tapuia , 1643, óleo sobre tela 262x161 cm. Nationalmuseet,
  • 59. Albert Eckhout, Homem tapuia , 1643, óleo sobre tela 262x161 cm. Nationalmuseet,
  • 60. Albert Eckhout. Mulher Tapuia. Óleo sobre tela, 266 X 159 cm., 1641. Museu Nacional da Dinamarca, Copenhague.
  • 61. Albert Eckhout. Mulher Tapuia. Óleo sobre tela, 266 X 159 cm., 1641. Museu Nacional da
  • 62. Albert Eckhout. MulherTupinambá. Óleo sobre tela, 265 X 157 cm. 1641.
  • 63. Albert Eckhout. Índio Tupinambá. Óleo sobre tela. 267 X 159 cm. 1643. Museu Nacional da Dinamarca, Copenhague.
  • 64. Albert Eckhout. Índio Tupinambá. Óleo sobre tela. 267 X 159 cm. 1643. Museu Nacional da Dinamarca, Copenhague. (Recorte)
  • 65. Albert Eckhout. Negra. Óleo sobre tela, 267 X 178 cm. 1641. Museu Nacional da Dinamarca, Copenhague.
  • 66.
  • 67. Albert Eckhout. Negro. Óleo sobre tela. 264 X 162 cm. 1641. Museu Nacional da Dinamarca,
  • 68. Albert Eckhout. O mulato. Óleo sobre tela, 265 X 163 cm, 1641, Museu Nacional da
  • 69. Albert Eckhout, A Mameluca. Óleo sobre tela, 2267 X 160 cm, 1641, Museu Nacional da Dinamarca, Copenhague.
  • 70. Albert Eckhout, A Mameluca. Óleo sobre tela, 2267 X 160 cm, 1641, Museu Nacional da Dinamarca, Copenhague. (Detalhe)
  • 71. Albert Eckhout, A Mameluca. Óleo sobre tela, 2267 X 160 cm, 1641, Museu Nacional da Dinamarca,
  • 72. a dos Tapuias, c. 1641-1644; óleo sobre tela, 168x294cm; Nationalmuseet, Copenhague, Dinamarca.
  • 73. Albert Eckhout, Abacaxi, melancia e outras frutas, s/d, óleo sobre tela 91x91 cm. National museet, Dinamarca
  • 74. Albert Eckhout, Natureza morta, S/d. Óleo sobre tela, 90x90 cm. Museu
  • 75. Albert Eckhout, Natureza morta, S/d. Óleo sobre tela, 79x90 cm. Museu
  • 76. Aspecto do salão principal do Castelo de Hoflössnitz (em 1996).
  • 77. Os quadros de aves exóticas do salão principal de Hoflössnitz (da esquerda para a direita e de cima para baixo). Pintura 1: “Caripira” (Fregata magnificens). Pintura 2:
  • 78. Os quadros de aves exóticas do salão principal de Hoflössnitz (da esquerda para a direita e de cima para baixo). Pintura 1: “Tuietê” (Forpus xanthopterygius), “Japui” (Icterus icterus) e “Caiicupeucaÿa” (Tangara cayana). Pintura 2: “Caninde” (Ara ararauna).
  • 79. • Outros estrangeiros: Zacharias Wagener – Wagener (1614-68): Natural de Dresden (Alemanha) filho de um líder religioso – Vem para o Brasil em 1634 como soldado das Companhia das Índias Ocidentais (Nassau só chega em 1637) – 110 aquarelas compõem seu “livro dos animais” – Registra a fauna, flora, cotidiano e a topografia do Brasil. – Os registros são acompanhados de breves descrições. – Não se sabe se Wagener recebeu instrução formal Século XVII
  • 80. “Desde que em 1634, por vontade do Deus Onipotente, segui do Velho para o Novo Mundo da América, onde fica a remota e mui famosa terra do Brasil, à medida que os dias se passavam fui travando cada vez mais conhecimento com novas maravilhas, tais como peixes estranhos e aves desconhecidas, animais úteis ou nocivos, belos frutos saborosos e sadios [...] Minha viagem não tinha a princípio como finalidade investigar a fundo o lugar e suas peculiaridades pouco conhecidas [...] Entretanto visto por diversas vezes me aconteceu ler descrições sobre essas coisas estranhas, feitas pelos neerlandeses, sem encontrar figuras fieis que as esclarecessem, decidi-me que finalmente [...] a fornecer desenhos tão cuidadosos quanto possível dessas curiosidades, que na maioria das vezes me foram dadas como presentes dos selvagens [...].” Século XVII
  • 81. “Se agora alguém volvendo para esse modesto trabalho o seu espírito crítico e talento artístico, achar que isso ou aquilo está muito grande ou muito pequeno [...] saiba esse alguém que para ele está aberto o caminho que palmilhei, muitas vezes com perigo de vida, e que, já o tendo eu desbravado, cabe-lhe percorrê-lo de novo, a fim de, com sua maior capacidade, realizar trabalho mais perfeito” • Partia da observação do natural • Alguns desenhos foram baseados nos estudos preparatórios de Eckhout. Século XVII
  • 82. Zacharias Wagener, Mameluca (1634-41). Aquarela, in: Livro dos animais, Gabinete da Estampas, Dresden, Alemanha
  • 83. Zacharias Wagener, Molher Negra, 1634-41. Aquarela, in Livro dos animais, Gabinete da Estampas, Dresden, Alemanha
  • 84. Zacharias Wagener, Dança de negros, 1634-41. Aquarela, in Livro dos animais, Gabinete da Estampas, Dresden, Alemanha
  • 85. “O Carangueijo que eu tinha começado a desenhar exalava tanto mau cheiro que precisei jogá-lo fora deixando o desenho incompleto” “Trouxeram-me certa vez para desenhar o casco de um bonito cágado; mas eu nunca pude saber como era a cabeça e os pés” “Um (jacaré) foi capturado com vida nas águas perigosas do rio Capiberibe e trazido para casa; media seis pés e meio de comprimento, e por ele fiz este desenho” Século XVII
  • 86. Zacharias Wagener,Caranguejo, 1634-41. Aquarela in Livro dos animais, Gabinete da Estampas, Dresden, Alemanha
  • 87. Zacharias Wagener, Tatu, 1634-41. Aquarela in Livro dos animais, Gabinete da Estampas, Dresden, Alemanha
  • 88. • Georg Marcgraf (1610-44) – Alemão e cientista (auxiliar de Willem Pies - Piso) – Chega ao Brasil em 1638, morre em 1644 – Nesses seis anos, classificou mais de setecentas espécies de plantas e animais, memórias sobre o clima, os habitantes e seus idiomas, uma descrição das estrelas do hemisfério sul, grande quantidade de trabalhos cartográficos e estudos sobre cartografia e numerosos desenhos ilustrativos de seus textos científicos. Século XVII
  • 89. • Piso ficou enciumado com as realizações do ajudante – Nassau presenteou Marcgraf com um completo observatório astronômico em 1640 – Marcgraf não confiava em Piso, a ponto de ter codificado algumas anotações (ainda não totalmente decifradas) – Ambos publicaram o “Historia Naturalis Brasiliae” (1648): 12 livros, os 4 primeiros de Piso (De Medicinae Brasiliensi) e os outros de Marcgraf (Historia Rerum Naturalis Brasiliae) – Piso até foi acusado de ter plagiado Marcgraf e quando lançou “De India Utriusque Re Naturali et Medica” inseriu na introdução que recebeu por empréstimo as gravuras de Marcgraf Século XVII
  • 90. Joan Bleu; georg Marcgraf, Praefecturae de Paraiba et Rio Grande, 1647, edição 1662. Amsterdam, Holanda
  • 91. Georg Marcgraf. Engenho. Xilogravura in: Historia Naturalis Brasiliae, Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro
  • 92. Georg Marcgraf. Caranguejo, Xilogravura in: Historia Naturalis Brasiliae, Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro
  • 93. Zacharias Wagener,Caranguejo, 1634-41. Aquarela in Livro dos animais, Gabinete da Estampas, Dresden, Alemanha Georg Marcgraf. Caranguejo, Xilogravura in: Historia Naturalis Brasiliae, Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro
  • 94. Georg Marcgraf. Mandioca, Xilogravura in: Historia Naturalis Brasiliae, Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro
  • 95. • Acredita-se que Nassau tivera outros artistas a sua disposição, enquanto governou o Brasil holandês. • Gillis Peeters, veio ao Brasil duas vezes, retratou esboços de cenas brasileiras e descreveu o lugar a seu irmão, Bonaventura Peeters, o qual também fez pinturas temática sobre o Brasil da época Século XVII
  • 96. Gillis Peeters, Vista de Recife, 1637. Óleo sobre madeira, 49x89 cm. Cleção Particular, São Paulo
  • 97. Gillis Peeters, Combate entre holandeses e portugueses, s/d. Óleo sobre madeira, 49x89 cm. Coleção Particular, São Paulo
  • 98. Bonaventura Peeters, navio Holandês Fundeado ao Largo da Costa Brasileira, 1640. Óleo sobre madeira, 49x84 cm. Coleção Particular, São Paulo
  • 99. • PASAVENTO, J. S.: A INVENÇÃO DO BRASIL - O NASCIMENTO DA PAISAGEM BRASILEIRA SOB O OLHAR DO OUTRO. Disponível em: http://revistafenix.pro.br/pdf/Artigo%20Sandra%20J%20Pesavento. pdf • TEIXEIRA, D. M. Os quadros de aves tropicais do Castelo de Hoflössnitz na Saxônia e Albert Eckhout (ca. 1610-1666), artista do Brasil Holandês. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/34640 • OLIVEIRA, C. M. S. O Brasil seiscentista nas pinturas de Albert Eckhout e Frans Janszoon Post: Documento ou invenção do Novo Mundo? Disponível em: http://cvc.instituto- camoes.pt/eaar/coloquio/comunicacoes/carla_mary_oliveira.pdf • ZANINI, W. (org). História Geral da Arte no Brasil. São Paulo: Instotuto Walther Moreira Salles, 1983, p. 348-375 Bibliografia Principal

Notas do Editor

  1. Nessa época vem também alguns jesuítas para o BR
  2. Formas geométricas básicas Frontões triangulares Contraste entre o branco e a pedra. (Estilo Chão) Em 2011 A igreja e no seminário de Olinda foram interditados por risco de desabamento No seminário moravam 60 pessoas, entre padres, seminaristas e o bispo auxiliar Eram celebradas missas diariamente 300 milhões 704 mil reais para recuperação O projeto foi encaminhado por meio da lei Rouanet Vídeo Foi enviado os documentos de aprovação do projeto de reforma para o IPHAN
  3. Mudança para o século XVII Próximo Slide
  4. 10 anos para ser construída
  5. Muitas obras estavam reintegradas a sociedade, e foram recolhidas, o que gerou questionamentos e alguma insatisfação
  6. As obras tinha o papel de decorar as igrejas Esses primeiros artistas também ensinavam alguns aprendizes/assistentes
  7. A Escola de Colônia (onde o frei provavelmente se formou) apresenta traços mais próximo da arte da idade média  Carnalidade da figura se distancia da arte florentina da época Cristo é figurado com sinais de sofrimento mas expressão de perdão e compaixão
  8. Infelizmente alguns trabalhos do Frei Ricardo foram perdidos. Seu primeiro trabalho no Rio de Janeiro, realizado no triênio de 1663/1666, para o salão da portaria do Mosteiro de São Bento, já em 1773 havia sido consumido pelo tempo, assim como outras telas que pintou em linho.
  9. Frei Agostinho de Jesus: O artista não assinava suas esculturas e apenas algumas peças foram datadas ao longo da carreira.
  10. Uma das primeiras esculturas do artista.
  11. Imagem de pequeno porte utilizada para procissões
  12. Essa artista é tida como a primeira mulher pintora que trabalhou no Brasil, tendo se dedicado também as letras e a filosofia.
  13. Eram protestantes Antes deles outros pintores vieram para cá. Alguns com formação artística. Mas Post e Eckhout foram os primeiros de formação sólida e profissional em território BR. Por isso recebem maior destaque.
  14. No BR: luz branca, muito forte, Na Europa: luz mais branda, céu azul, paisagem mais imaginário e poético
  15. Jan pintava cenas brasileiras sem nunca ter vindo ao BR Existem outras obras como Homem negro a cavalo e Mulher negra a cavalo que são atribuídas a ele, mas a autenticidade é questionável.
  16. Composições bastante simplificadas Obras detalhadas mas sem excessos Contraste brusco com as paisagens pintadas pelo artista na Europa após 1644 A inscrição ressalta a característica documental da obra
  17. As obras realizadas na Europa substituem o sentimento de novidade por um ar mais requintado Obras mais ao gosto dos colecionadores.
  18. Planos abertos e horizonte baixo Tons de verde e azul muito marcantes Paisagens emolduradas por vegetação Além das pinturas ele também fez gravuras e deseno sobre o Brasil ilustrando o arquivo de coleções de Nassau, mais tarde publicado
  19. Inclusive sobre nascimento e morte do artista Foi a pintura holandesa que trouxe as “cenas de cozinha”, influência direta nas representações de frutas de Eckhout
  20. Ao fundo, índios como em posição de guerra
  21. Paisagem ao fundo Plantações
  22. Caranguejo Mandioca Índios atrás se lavando ou fazendo alguma atividade
  23. Semelhança com os escravos Cachimbo holandes – fumo Chapéu oriental Pérolas e adornos Garoto – sinal de proteção e tbm posse Menino mais claro – sinal de miscigenação
  24. Fundo Atalaias – pesca de cardumes nos mares claros
  25. A tanga remete aos negros africanos A espada – tipo Cimitarra – origem oriental Tamareira – lembra o continente africano Conchinhas, caramujos – Mar tropical – Presa de marfim - Africa
  26. Pés descalços Roupas e objetos portugueses e holandeses Couro de onça Cabelo encaracolado Mamona e cana de açúcar Descendente de africanos com Europeus
  27. Mestiça de branco com índia Tom de sensualidade Pés no chão Cesto de flores – quase uma alegoria renascentista – uma das graças Roupas importadas (trabalho de rendas nos ombros) O cenário traz uma espécie de edem.. Brincos e colar reforçam essa posição Bihcinhos fofinhos e delicados nos pés. Lembra as ninfas e graças renascentistas
  28. Cajueiro com duas cores de frutos O próprio Wagener diz que mamelucas eram apreciadas pelo casamento ou pelo concubinato
  29. Espécie de dança, ritual para preparação para guerra As duas índias parecem cochichar, alguns historiadores dizem que ela usavam um instrumento de sopro, algo para dar ritmo a dança As duas mulheres parecem estar grávidas Tatus no chão (representação da fauna) - coqueiros e cajueiro (flora) Ao contrario das outras obras de Eckhout, estáticas, essa apresenta bastante movimentação, várias pessoas em uma atividade Alguns historiadores afirmam que ele pintou essa obra na Europa Alguns estudos - mulheres e homens dançariam juntos - Estágios da dança
  30. Possivelmente as 12 naturezas mortas que ele pintou eram para serem dispostas no salão do Palácio de Boa vista no Recife  Onde Nassau ficava
  31. 1637-1644 - Nassau
  32. Existe uma dúvida, principalmente pela mensagem dele
  33. Apesar de Wagener se bastante minucioso ele era pouco sensível Suas obras tem maior caráter mais ingênuo não tinha formação como Post e Eckhout
  34. Tatu dança dos tapuias
  35. Infelizmente, grande parte dos tratados de astronomia forma perdidos Willem (Gulherme)
  36. Bonaventura ficou na Europa Ambos eram Belgas