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Barroco
Brasileiro
O Barroco no Rio de Janeiro
• A descoberta do ouro e pedras preciosas em MG,
transformou Rio de Janeiro o principal porto
brasileiro
• Em 1763, ocorre a transferência para o Rio de
Janeiro da sede do governo dos vice-reis.
• A cidade absorvia rapidamente os novos estilos:
– Foi a primeira a assimilar a talha joanina e a pintura
de perspectiva (novidades importadas da Itália)
– Foi a primeira a adotar plantas curvilíneas (cerca de 20
anos antes de MG) – Por exemplo a igreja de São
Pedro dos Clérigos
• Dispersão das suas
peças por coleções
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• A imagem venerada
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capela,foram
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• Reza a lenda que no fim do século XVII, apareceu
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mor da Igreja de Nossa Senhora da Glória do
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• Instrumento utilizado
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Mosteiro de São Bento (RJ)
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da Igreja Abacial de Nossa
Senhora do Monrserrat), Rio de
Janeiro, 1633 (início)
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Janeiro
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Conceição)
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de Nossa Senhora do Monrserrat. Mosteiro de
São Bento, Rio de Janeiro.
Frei Domingos da Conceição. Imagem de São
Bento
Lateral (direita) do Altar mor, Igreja Abacial de
Nossa Senhora do Monrserrat. Mosteiro de
São Bento, Rio de Janeiro.
Frei Domingos da Conceição. Imagem de
Santa Escolástica
Mosteiro de São Bento (interior da Igreja Abacial de Nossa Senhora do Monrserrat), Rio de
Janeiro, 1633 (início)
• Pintura que valoriza o altar-mor é geralmente
atribuía da Frei Ricardo do Pilar
Imagem atribuída a Frei
Ricardo do Pilar, Igreja
Abacial de Nossa
Senhora do Monrserrat.
Mosteiro de São Bento,
Rio de Janeiro
Frei Ricardo do Pilar, Painéis do forro da capela-mor da Igreja e Mosteiro de São Bento, 1680 (aproximadamente). Óleo
sobre madeira, Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro, RJ
Mosteiro de São Bento (RJ)
• Na sacristia é onde
encontra-se a obra
de Frei Ricardo do
Pilar: Senhor dos
Martírios (1690,
óleo sobre madeira
288x183 cm)
Frei Ricardo do Pilar
Senhor dos Martírios
1690, óleo sobre madeira
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Mestre Valentim (1745-1813)
• Nascido em Serro
(MG), viveu e
produziu a maior
parte de sua obra no
Rio de janeiro
• Foi escultor, ourives,
arquiteto e urbanista
• Criou o primeiro
parque do Rio de
Janeiro
Mestre Valentim, Lampadário (lustre ou
candelabro) de prata, Igreja Abacial de
Nossa Senhora do Monrserrat. Mosteiro
de São Bento, Rio de Janeiro.
Mestre Valentim (1745-1813)
• Filho de um fidalgo português e
uma escrava brasileira
• Alguns historiadores afirmam que
Valentim da Fonseca e Silva
estudou na Europa, outros afirmam
que não
• Seus trabalhos apresentam
refinado acabamento
• Sua maior atuação foi no último
quarto do século XVIII e início do
século XIX
• Características marcante de suas
obras:
– Alusão ao movimento
– Figuras com semblante “brasileiro”. Busto do Mestre Valentim. Passeio
público, Rio de Janeiro, RJ.
Mestre Valentim (1745-1813)
• Inserção de
animais
brasileiros nas
obras
• Foi mestre
Velentim quem
inaugurou a arte
das esculturas de
metal fundido no
Brasil
• Germain Bazin,
colocou Mestre
Valentim ao lado
de Aleijadinho no
quesito de
importância
artística
Mestre Valentim, Fonte do passeio público do Rio de janeiro
Mestre Valentim, Fonte do passeio público do Rio de janeiro
Mestre Valentim, Grande Cartela com Querubim,
1801-2. Madeira policromada e dourada. Coleção
Particular
Mestre Valentim, Figura da Virtuad, S/d. Cedro,
118.00 cm x 56.00 cm. Museus Castro Maya -
Mestre Valentim, Florão com Cabeça de Anjo,
1801-2. Madeira policromada e dourada , 140.00
cm x 90.00 cm. Coleção Particular
Igreja Da Ordem Terceira Do
Carmo (RJ)
• Pedra fundamental fixada em
1755, foi concluída em 1770
• As duas torres campanárias
foram finalizadas apenas em
1949 e 1950.
• O interior da igreja se destaca
pela talha dourada, trabalho de
Luiz da Fonseca Rosa e Mestre
Valentim
• A Igreja é composta apenas de
uma nave principal
• A direita encontra-se a sacristia
• A esquerda, um corredor que
leva até a Capela do Noviciado
Parte superior da porta
principal. Nossa Senhora,
Menino Jesus e São Simão
Stock
Luiz da Fonseca Rosa e Mestre Valentim, Igreja Da Ordem Terceira Do Carmo, 1755. Rio de Janeiro, RJ
(Interior)
Luiz da Fonseca Rosa e Mestre Valentim, Igreja Da Ordem Terceira Do Carmo, 1755. Rio de Janeiro, RJ
(Pulpito e imagens da paixão de Cristo – Altares laterais)
Luiz da Fonseca Rosa e Mestre Valentim, Igreja Da Ordem Terceira Do
Carmo, 1755. Rio de Janeiro, RJ (Altar-mor)
• O altar-mor da Igreja é obra de ambos
Mesa com frontal de prata, Altar mor da Igreja Da
Ordem Terceira Do Carmo, 1755. Rio de Janeiro, RJ
Santa Emerenciana com Menino Jesus, Anta Ana e
Maria, Altar mor da Igreja Da Ordem Terceira Do
Carmo, 1755. Rio de Janeiro, RJ
Luiz da Fonseca Rosa e Mestre Valentim, Igreja Da Ordem Terceira Do Carmo, 1755. Rio de Janeiro, RJ (Teto
da Capela mor)
Mestre Valentim, Capela do Noviciado, Igreja Da
Ordem Terceira Do Carmo, 1755. Rio de Janeiro, RJ
Mestre Valentim, Capela do
Noviciado, Igreja Da Ordem Terceira
Do Carmo, 1755. Rio de Janeiro, RJ:
Altar-mor da capela. Imagem
portuguesa da Nossa Senhora do
Amor Divino.
Arcos da lapa, Rio de janeiro (RJ)
Arcos da Lapa
• No século XVIII, a cidade constantemente sofria com a
falta de água
• Sendo assim, iniciou-se a construção de um aqueduto
• Em 1721, a primeira etapa do aqueduto ficou pronta,
mas apenas em 1726 todos os arcos estavam
executados.
• O dinheiro enviado por Portugal havia sumido, e Aires
de Saldanha (governador na época) resolveu usar mão
de obra indígena.
• Assim em 1738 ele começou a ser reparado e finalizado
em 1750
Arcos da Lapa
• Sistema formado pela:
– Caixa mãe d’agua (alto do Corcovado)
– Aqueduto
– Chafariz da carioca (localizado no pé da ladeira do
Convento de Santo Antônio)
• Primeiro chafariz era de pedra com 16 torneiras de
bronze
• Posteriormente foi construído um chafariz de madeira
com 40 torneiras (durou apenas 3 anos)
• O terceiro chafariz era feito de pedra com 35 torneiras
e foi destruído no início do século XX
Arcos da Lapa
• No final do século
XIX, o aqueduto se
tornou obsoleto
• Foi então adaptado
para um sistema
de serviços de
bondes elétricos
ligando o centro da
cidade ao bairro
Santa Tereza
Chafariz da praça XV
• Haviam muitos
conflitos entre os
marinheiros e
escravos e pessoas
que iam buscar
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carioca.
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  • 2. O Barroco no Rio de Janeiro • A descoberta do ouro e pedras preciosas em MG, transformou Rio de Janeiro o principal porto brasileiro • Em 1763, ocorre a transferência para o Rio de Janeiro da sede do governo dos vice-reis. • A cidade absorvia rapidamente os novos estilos: – Foi a primeira a assimilar a talha joanina e a pintura de perspectiva (novidades importadas da Itália) – Foi a primeira a adotar plantas curvilíneas (cerca de 20 anos antes de MG) – Por exemplo a igreja de São Pedro dos Clérigos
  • 3. • Dispersão das suas peças por coleções particulares e acervos públicos • A imagem venerada no altar-mor, assim como a portada principal da capela,foram trasladadas para a nova igreja de São Pedro construída em Rio Comprido (RJ) • Demolida em função da abertura da Avenida Presidente Vargas Igreja de São Pedro dos Clérigos, Rio de Janeiro, construída de 1733 a 1738. Demolida em 1944
  • 4. • Localizada no alto de uma colina (antigamente Morro do Lerype, hoje Outeiro da Glória) • Paredes brancas com elementos em pedra • Edifício projetado para ser visto por todos os lados • Não se sabe ao certo quem foi seu arquiteto e nem quando foi construída (estima-se que de 1714-1739) Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro (RJ)
  • 5. Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro (RJ) Taunay, Vista do Outeiro, Praia e Igreja da Glória, 1817. Óleo sobre tela, 37x 48.50 cm. Museus Castro Maya - IPHAN/MinC (Rio de Janeiro)
  • 6. • Reza a lenda que no fim do século XVII, apareceu no Rio de Janeiro um eremita chamado por Antônio Caminha, natural do Aveiro, Portugal. • Ele ergueu, onde hoje é a igreja, uma pequena capela para abrigar a imagem de Nossa Senhora da Glória, por ele esculpida (Foi quando o outeiro tomou definitivamente o nome da Glória). • Em torno de Caminha formou-se um círculo de devotos. • Diz a lenda que ele ofereceu uma réplica da santa ao rei de Portugal, D. João V. O navio naufragou , mas a imagem, levada pelas ondas, apareceu em uma praia de Portugal e foi recolhida por frades (e até hoje está no mesmo mosteiro). • As terras onde Caminha havia construído sua capela foram doadas para que fosse edificada uma capela permanente e digna do culto da virgem. • Com o passar dos anos, as festas de Nossa Senhora da Glória, celebradas a 15 de agosto, tornaram-se das mais concorridas da cidade. E • Com a transferência da corte para o Rio de Janeiro que a família imperial passou a freqüentar a igreja e, D. Maria da Glória, futura rainha de Portugal, foi conduzida para ser consagrada à virgem pelos braços do avô D. João VI. D. Pedro II e a imperatriz D. Teresa Cristina Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro (RJ)
  • 7.
  • 8.
  • 9. Detalhe do teto da Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro
  • 10. Detalhe da divisa entre a nave principal e o altar mor da Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro
  • 11. Bandeira do Brasil Imperial durante o primeiro reinado (1822-1831). A bandeira conta com 19 estrelas Detalhe da divisa entre a nave principal e o altar mor da Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro
  • 12. Esfera armilar • Instrumento utilizado para saber onde e qual horário o sol se nasce e se põe em qualquer local do planeta Exemplo de Esfera Armilar
  • 13. Mosteiro de São Bento (RJ) • Mosteiro beneditino e igreja dedicados a Nossa Senhora de Montserrat • Fundado em 1590 por monges vindos da Bahia • Situa-se no alto do Morro de São Bento (Hoje centro da cidade) Mosteiro de São Bento (exterior da Igreja Abacial de Nossa Senhora do Monrserrat), Rio de Janeiro, 1633 (início)
  • 14. Entrada da Igreja Abacial de Nossa Senhora do Monrserrat. Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro
  • 15. • Forte obra de talha Altar mor, Igreja Abacial de Nossa Senhora do Monrserrat. Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro (trabalho de talha: Frei Domingos da Conceição)
  • 16. Lateral (esquerda) do Altar mor, Igreja Abacial de Nossa Senhora do Monrserrat. Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro. Frei Domingos da Conceição. Imagem de São Bento
  • 17. Lateral (direita) do Altar mor, Igreja Abacial de Nossa Senhora do Monrserrat. Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro. Frei Domingos da Conceição. Imagem de Santa Escolástica
  • 18. Mosteiro de São Bento (interior da Igreja Abacial de Nossa Senhora do Monrserrat), Rio de Janeiro, 1633 (início)
  • 19. • Pintura que valoriza o altar-mor é geralmente atribuía da Frei Ricardo do Pilar
  • 20. Imagem atribuída a Frei Ricardo do Pilar, Igreja Abacial de Nossa Senhora do Monrserrat. Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro
  • 21. Frei Ricardo do Pilar, Painéis do forro da capela-mor da Igreja e Mosteiro de São Bento, 1680 (aproximadamente). Óleo sobre madeira, Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro, RJ
  • 22. Mosteiro de São Bento (RJ) • Na sacristia é onde encontra-se a obra de Frei Ricardo do Pilar: Senhor dos Martírios (1690, óleo sobre madeira 288x183 cm)
  • 23. Frei Ricardo do Pilar Senhor dos Martírios 1690, óleo sobre madeira 288x183 cm
  • 24. Mestre Valentim (1745-1813) • Nascido em Serro (MG), viveu e produziu a maior parte de sua obra no Rio de janeiro • Foi escultor, ourives, arquiteto e urbanista • Criou o primeiro parque do Rio de Janeiro Mestre Valentim, Lampadário (lustre ou candelabro) de prata, Igreja Abacial de Nossa Senhora do Monrserrat. Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro.
  • 25. Mestre Valentim (1745-1813) • Filho de um fidalgo português e uma escrava brasileira • Alguns historiadores afirmam que Valentim da Fonseca e Silva estudou na Europa, outros afirmam que não • Seus trabalhos apresentam refinado acabamento • Sua maior atuação foi no último quarto do século XVIII e início do século XIX • Características marcante de suas obras: – Alusão ao movimento – Figuras com semblante “brasileiro”. Busto do Mestre Valentim. Passeio público, Rio de Janeiro, RJ.
  • 26. Mestre Valentim (1745-1813) • Inserção de animais brasileiros nas obras • Foi mestre Velentim quem inaugurou a arte das esculturas de metal fundido no Brasil • Germain Bazin, colocou Mestre Valentim ao lado de Aleijadinho no quesito de importância artística Mestre Valentim, Fonte do passeio público do Rio de janeiro
  • 27. Mestre Valentim, Fonte do passeio público do Rio de janeiro
  • 28. Mestre Valentim, Grande Cartela com Querubim, 1801-2. Madeira policromada e dourada. Coleção Particular Mestre Valentim, Figura da Virtuad, S/d. Cedro, 118.00 cm x 56.00 cm. Museus Castro Maya -
  • 29. Mestre Valentim, Florão com Cabeça de Anjo, 1801-2. Madeira policromada e dourada , 140.00 cm x 90.00 cm. Coleção Particular
  • 30. Igreja Da Ordem Terceira Do Carmo (RJ) • Pedra fundamental fixada em 1755, foi concluída em 1770 • As duas torres campanárias foram finalizadas apenas em 1949 e 1950. • O interior da igreja se destaca pela talha dourada, trabalho de Luiz da Fonseca Rosa e Mestre Valentim • A Igreja é composta apenas de uma nave principal • A direita encontra-se a sacristia • A esquerda, um corredor que leva até a Capela do Noviciado
  • 31. Parte superior da porta principal. Nossa Senhora, Menino Jesus e São Simão Stock
  • 32. Luiz da Fonseca Rosa e Mestre Valentim, Igreja Da Ordem Terceira Do Carmo, 1755. Rio de Janeiro, RJ (Interior)
  • 33. Luiz da Fonseca Rosa e Mestre Valentim, Igreja Da Ordem Terceira Do Carmo, 1755. Rio de Janeiro, RJ (Pulpito e imagens da paixão de Cristo – Altares laterais)
  • 34. Luiz da Fonseca Rosa e Mestre Valentim, Igreja Da Ordem Terceira Do Carmo, 1755. Rio de Janeiro, RJ (Altar-mor) • O altar-mor da Igreja é obra de ambos
  • 35. Mesa com frontal de prata, Altar mor da Igreja Da Ordem Terceira Do Carmo, 1755. Rio de Janeiro, RJ Santa Emerenciana com Menino Jesus, Anta Ana e Maria, Altar mor da Igreja Da Ordem Terceira Do Carmo, 1755. Rio de Janeiro, RJ
  • 36. Luiz da Fonseca Rosa e Mestre Valentim, Igreja Da Ordem Terceira Do Carmo, 1755. Rio de Janeiro, RJ (Teto da Capela mor)
  • 37. Mestre Valentim, Capela do Noviciado, Igreja Da Ordem Terceira Do Carmo, 1755. Rio de Janeiro, RJ
  • 38. Mestre Valentim, Capela do Noviciado, Igreja Da Ordem Terceira Do Carmo, 1755. Rio de Janeiro, RJ: Altar-mor da capela. Imagem portuguesa da Nossa Senhora do Amor Divino.
  • 39. Arcos da lapa, Rio de janeiro (RJ)
  • 40. Arcos da Lapa • No século XVIII, a cidade constantemente sofria com a falta de água • Sendo assim, iniciou-se a construção de um aqueduto • Em 1721, a primeira etapa do aqueduto ficou pronta, mas apenas em 1726 todos os arcos estavam executados. • O dinheiro enviado por Portugal havia sumido, e Aires de Saldanha (governador na época) resolveu usar mão de obra indígena. • Assim em 1738 ele começou a ser reparado e finalizado em 1750
  • 41. Arcos da Lapa • Sistema formado pela: – Caixa mãe d’agua (alto do Corcovado) – Aqueduto – Chafariz da carioca (localizado no pé da ladeira do Convento de Santo Antônio) • Primeiro chafariz era de pedra com 16 torneiras de bronze • Posteriormente foi construído um chafariz de madeira com 40 torneiras (durou apenas 3 anos) • O terceiro chafariz era feito de pedra com 35 torneiras e foi destruído no início do século XX
  • 42. Arcos da Lapa • No final do século XIX, o aqueduto se tornou obsoleto • Foi então adaptado para um sistema de serviços de bondes elétricos ligando o centro da cidade ao bairro Santa Tereza
  • 43. Chafariz da praça XV • Haviam muitos conflitos entre os marinheiros e escravos e pessoas que iam buscar água no chafariz da carioca. • Assim foi construído o chafariz da praça XV (por mestre Valentim)

Notas do Editor

  1. Falamos primeiro de algumas características gerais do barroco Depois do barroco na BA:  Catedral de salvador  Igreja e convento de São Francisco  Igreja da ordem terceira de São Francisco Pernambuco  Igreja de São Pedro dos Clérigos
  2. Entende-se essa antecedência a MG devido principalmente, à passagem obrigatória pelo RJ antes de chegar à MG Barroco joanino: Período da arte barroca portuguesa, recebeu influências do rococó. Época da descoberta do ouro e diamantes no BR. A arte torna-se mais opulenta e requintada.  Marcado pela grandeza e ostentação das suas arquiteturas e pelo excesso decorativo
  3. As talhas em seu interior foram atribuídas por estudiosos ao mestre Valentin Ela e outras quatro igrejas foram demolidas para abertura dessa avenida Em minas é mais comum esse formato de igrejas Até agora vimos várias igrejas com duas torres, existiram outras com apenas uma torre (inclusive no nordeste)
  4. Outeiro: altar ou lombada  pequena elevação no terreno, menor que um morro
  5. Eremita: Indivíduo que por penitência vive isolado Igreja pequena Octógono (nave principal) alongado Sua estrutura arquitetônica se aproxima da Igreja de São Pedro dos Clérigos (Recife)  Formato de octógono alongado na nave principal
  6. Azulejos portugueses
  7. Azulejos portugueses
  8. Não tem forro e nem trabalhos na laje superior Percebe-se os detalhes em pedra
  9. Influência da arte manuelina: Esfera armilar- Brasão - coroa BR imperial: De 1822, com a proclamação da Independência, até 1889, quando foi instaurada a República
  10. Influência da arte manuelina: Esfera armilar- Brasão - coroa BR imperial: De 1822, com a proclamação da Independência, até 1889, quando foi instaurada a República
  11. “Posição do Sol”
  12. Fachada: lembra mais o neoclássico do que o barroco 1633: Demorou mais de um século para ser construída, houveram várias alterações no projeto original Os primeiros projetos foram desenhados em 1618, por Francisco Frias de Mesquita (engenheiro mor do BR na época) As várias alterações no projeto fizeram com que vários artistas trabalhasse me diferentes épocas na arte interna à igreja Abacial: Relativo à abadia, ábade (Primeiro das ordens monásticas)
  13. Frei Domingos da Conceição: Monge e artista entalhador e escultor (Madeira)
  14. Complexidade da talha de influência portuguesa
  15. Falei do Frei Ricardo do Pilar antes dos Holandeses no BR
  16. Frei Ricardo do Pilar (Morreu no final do século XVIII)
  17. Qualidade muito ruim
  18. Nasce em Colônia (Alemanha), vem para o BR na década de 1660, designado no Mosteiro de São Bento, RJ. Morre em 1695
  19. .Lembravam mestiços As obras dele eram mais leves do que as obras barrocas Européias Suas obras misturavam formas barrocas e rococós com certo sentido de contenção e sobriedade neoclássicas Sabe-se que ele foi para a Europa
  20. Germain Bazin: Historiador francês. Estudou a arte barroca brasileira
  21. Mestre valentim fez obras públicas, igrejas e também produziu móveis (em sua oficina enquanto não trabalhava em igrejas) Uma das características era um V estilizado que aparece em alguns móveis
  22. Igreja de terceira ordem: pessoas de vida comum Torres Campanárias: torres dos sinos Capela do Noviciado é onde Mestre Valentim mais trabalhou, onde percebe-se melhor seu trabalho. A fachada é em granito carioca, já os detalhes das portas e janelas é em mármore de lioz português
  23.  São Simão Stock: Viveu muitos anos em uma cavidade de um tronco, devoto da Virgem Maria, viveu no século XIII (Inglês, acredita-se que do condado de Kent)
  24. Os altares laterais da igreja, iluminados pelos lampadários de prata de mestre Valentim representam os passos da Paixão de Cristo Pintura do Monte Carmelo (Acima, na nave principal)
  25. Jesus Cristo Crucificado, Nossa Senhora do Carmo (abaixo). Santa Teresa D’Avila.  Santa Emerenciana
  26. Primeiramente foi feito em madeira e não resistiu muito Reparado com a colocação das pedras
  27. Hoje é o Largo da Carioca Parte foi demolida e reconstruída e perte foi mantida (espaço dos conventos e igrejas)
  28. Local próximo onde as embarcações chegavam Esfera armilar- no topo