2. Panorama geral
●Cada tribo tem sua perspectiva e seu universo cultural.
●Antes de Cabral, já haviam várias brigas por territórios.
●Com a chegada dos portugueses ocorreram as “guerras justas”
●Com a vinda dos jesuítas para o Brasil (XVI) os índios estariam “protegidos”?
3. Povos e lugares
●Tupinambás / tupis: designava os
povos que, pela semelhança de língua
e costumes, predominavam no litoral
no século XVI.
●Tapuias: correspondia aos "outros"
grupos. Isto é, aos que não falavam a
língua que os jesuítas chamaram de
"língua geral" ou "língua mais usada
na costa do Brasil", como se
expressou Anchieta, o primeiro a
compor uma gramática da língua tupi.
4. Os gêneros artísticos
●Diferentes instrumentos para furar, lixar, polir, cortar, raspar.
●Grande habilidades manual
●Os gêneros de mais alto interesse na arte indígena brasileira são: A arte
plumária, pintura corporal (ligados ao embelezamento do corpo), as artes líticas e
os trançados e a cerâmica.
5. Arte lítica
●Produção em pedras
●Machados de pedra, cunhas, objetos para cortar e furar, entre outros utensílios
desapareceram, foram substituídos por nossas criações metálicas.
○Por um lado temos as questões de facilidade, por outro temos a perda da autonomia cultural.
●A arte lítica da lugar a técnicas de cópias
6. Tecidos e os trançados
●Usavam de folhas, fibras, cipós para produzir e fiar barbantes e cordas,
trançados e cestos, peneiras, abanos, esteiras, redes e faixas.
●Prática comum a todos os índios, de uma forma ou outra.
●Fazem parte dessa arte as vestimentas e também as máscaras
●Normalmente esse tipo de manifestação artística ganhava pintura, além de
apresentar diversos tipos de trançados trazendo diversos desenhos diferentes.
7. Baniwas
●Destacam-se pelos trançados enxadrezados.
●Vasta fabricação de cestarias
●Os Baniwa entraram em contato com os colonizadores europeus no início do século 18, foram
perseguidos e escravizados por espanhóis e portugueses, boa parte da sua população foi
dizimada por epidemias de sarampo e varíola, trazidas pelos brancos.
●A partir de 1870, com o boom da borracha, foram explorados por patrões do extrativismo nos
seringais do baixo Rio Negro.
●No século XX, chegaram na região do Rio Negro e afluentes os missionários católicos
salesianos e suas escolas civilizadoras. No final da década de 40, Sophie Muller, uma missionária
evangélica norte-americana da Missão Novas Tribos, iniciou a evangelização dos Curipaco na
Colômbia e chegou aos Baniwa. O mundo Baniwa se dividiu entre católicos e evangélicos.
8. Cesto trançado, região do
rio Branco, talas de
arumã, 43x40 cm. Museu
nacional do Rio de Janeiro
Waláya Baniwa: Os waláya aparecem na
mitologia e nos rituais de iniciação das meninas
e meninos baniwa. Tradicionalmente, os
meninos aprendem a fazer cestas deste tipo e
ofertá-las às suas amigas rituais, ao término do
período de reclusão.
9. ●Cesto Urutu: cesto utilizado para reservar
massa de mandioca (antes e depois de
espremer no tipiti) e também para guardar
farinha, beiju e roupas.
10. ●Peneira Baniwa, utilizada na cultura
principalmente para o tratamento da
farinha e beiju
Padrão de trançado (detalhe de uma
peneira), Baniwa, feito com talas de
arumã. Museu Nacional do Rio de
Janeiro
11. Karajás ou Iny
●Habitam a ilha do bananal e o vale do rio Aragaya (região central do Brasil).
●Se dividem em três grandes grupos: Xambioá, Karajá e Javaé
●Sua produção cerâmica é bastante acentuada.
●Licocós: Figuras humanóides feitas em cerâmica. Se assemelham as
representações das vênus do paleolítico europeu.
○Evidenciam a representação das nádegas, coxas e pernas. Representam as vestimentas (tanga
feminina de entrecasca e adornos dos homens)
○São feitas por mulheres
○Esses objetos visam mais a representação da cultura Karajá do que a representação humana
12. Vênus de Willendorf. Pedra, 10.000 a
15.000 a.C., 12 cm – encontrada na Áustria,
Museu da História Natural de Viena, Áustria
Lococó, estilo clássico,
Karajá, cerâmica, 8cm
de altura, Museu Goeldi,
Belém
13. Karajás ou Iny
●Licocós antigos: feitos com padrões
mais rígidos, pobreza temática. Não
eram cozidos.
●Licocós modernos: prezam pela
variação, alteração, fantasias,
retratação da vida diária
representando cenas de danças
matrimoniais, caça, pesca. Existe
também a retratação de humanos ou
bichos com duas ou três cabeças.
Mudança dos consumidores
Licocó estilo clássico,
Karajá, cerâmica , Museu
Goeldi, Belém
14. Licocó Karajá, Mulher e
Criança, Cerâmica
Licocó Karajá, Luta com
jacaré, Cerâmica
Licocó Karajá, Aruanã,
Cerâmica
15. Licocó Karajá, Ser de três cabeças, cerâmica
Licocó Karajá, Guerreiro,
cerâmica
16. Kadiwél
●Se pintam porque não são bichos, são gente.
●São bastante orgulhosos, ao contrário de várias tribos já “aculturados”
●Usam de padrões muito elaborados de pintura no rosto e corpo.
●Desenhos abstratos e complexos
●Além do corpo eles também enfeitam couro, esteiras e abanicos
●Arte feita por mulheres e essas são reconhecidas e reverenciadas por toda tribo
●Dizem que os kudinas também eram grandes desenhistas
19. Kadiwél
●Pintura com jenipapo: Mastigavam capim ou um graveto até soltar as fibras,
molhavam no jenipapo e pintavam os corpos
●A pintura é totalmente abstrata
●Variações de padrões
●As mulheres usavam alguns padrões nas coxas como forma de sedução, uma
vez que apareciam apenas em partes.
20. ●Os desenhos não representam letras, ou imagens ou figurações.
●Vários estudiosos procuraram por padrões, mas a pintura é essencialmente
abstrata
Desenhos eróticos, as mulheres usam na parte de dentro das coxas.
21. Retratações de Boggiani
●Guido Boggiani nasceu em Omegna, no norte da Itália, em 1861. Além de
fotógrafo, foi artista plástico, comerciante, viajante, etnógrafo e lingüista. Em 1887
realizou sua primeira viagem à Argentina, seguida, um ano depois, à Assunção,
no Paraguai.
●Em 1902, a pedido da comunidade italiana de Assunção, um grupo parte em
busca do paradeiro de Boggiani, que estava há meses sem dar notícias.
Encontram seus restos e de seu ajudante Felix Gavilán decapitados,
supostamente para que sua alma não pudesse retornar ao seu corpo e causar
males após sua morte. Seus objetos pessoais e de pesquisa, aparentemente pelo
mesmo motivo, também foram destruídos e enterrados.
Cada povo se especializava em trabalhar com os materiais disponíveis nas regiões onde viviam.
Reforma protestante e contra-reforma (XVI) (Portugal e Espanha foram menos afetadas pela reforma protestante)
Poucas tribos intocadas foram observadas fazendo suas próprias ferramentas.
A arte indígena dava formas as suas ferramentas (muiraquitãs por exemplo), era forte o caráter representacional. E se torna um mecanismo de cópia.
A partir dos anos 70 os baniwa se endividaram com extrativistas e tiveram acesso a roupas, armas de fogo e outras coisas industrializadas.
1997/98 o governo lhes reconheceu e deu terras protegidas.
Ainda hoje eles trabalham com a criação de cestarias para o comércio.
Arumã: espécie de cana
Tipiti é uma espécie de prensa ou espremedor de palha trançada usado para escorrer e secar raízes, normalmente mandioca
Sem desenhos
Iny é a denominação que eles próprios se dão.
Entrecasca é a casca mais interna das árvores
Constatado a partir de estudos das várias peças encontradas.
O cozimento trouxe a possibilidade de transportar para mercados distantes
E criar posições mais complexas.
Aruanã: Local onde foi feita.
Acredita-se que houve essa mudança devido ao mercado e influência das culturas colonizadoras.
Hoje os karajás visam atender a um mercado com esses trabalhos
Pintura corporal: pintura mais simples, normalmente linhas, levam no zigoma um círculo preto tatuado a fogo.
Abanicos: leques
Kudinas: homens que se vestiam e portavam como mulheres, sentando, comendo e falando como as mulheres. Até mesmo ficavam reclusos mensalmente com as mulheres menstruadas e participar das fofocas da aldeia.
Anoão tinhas 60 anos e era casada com um rapaz de 24.
Era bastante simpática e reproduziu vários padrões aos estudiosos que procuravam estudar a cultura Kadiwél