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CLASSICISMO
O que foi o renascimento?
• Importante movimento de renovação cultural,
ocorrido na Europa durante os séculos XV e XVI.
• É considerado o marco inicial da era moderna.
• Estimulou a vida urbana e o surgimento de um
novo homem.
Naturalismo: volta à natureza
Hedonismo: defesa do prazer individual
Neoplatonismo: elevação espiritual por
meio da interiorização.
Qual a visão do mundo?
• Humanismo ou Antropocentrismo:
“Homem tornou-se a medida de todas as coisas”.
• Não se tratava de opor o homem a Deus e medir
suas forças. Deus continuou sendo soberano.
Tratava-se na verdade de valorizar as pessoas em
si, encontrar nelas as qualidades e as virtudes
negadas pelo pensamento católico medieval.
Monalisa
Revela o interesse do
Renascimento pelo
homem. Reproduzida de
todas as formas
imagináveis, a magia
dessa figura “feminina”
continua intacta.
A última ceia
Visão mais humanista
Davi
A valorização do ser
humano resultou na
criação de muitas telas e
esculturas que
valorizavam as formas
humanas ou que
retratavam corpos nus.
Pietá
A figura do Cristo morto parece
ter vida correndo nas veias. Os
olhos abaixados da Virgem, ao
contrário da tradição,emocionam
pela dor e pela resignação. Seu
manto, drapeado, arranca do
mármore uma leveza.
LITERATURA - MARCO INICIAL
Em 1527, quando Francisco Sá de Miranda
retorna a Portugal, vindo da Itália, trazendo o
doce estilo novo (soneto + medida nova).
Naquele tempo...
. Crise da Igreja.
. Expansão marítima.
. Mercantilismo.
. Absolutismo monárquico.
. Reforma protestante
. Copérnico: heliocentrismo.
. Galileu Galilei: sistema astronômico.
Em Portugal...
. Conquista do norte da África;
. Caminho marítimo para as Índias;
. Descobrimento do Brasil;
. Monopólio do Poder político e econômico do
rei;
1- Imitação dos autores
clássicos gregos e romanos da
antigüidade: Homero, Virgílio,
Ovídio, etc...
2- Uso da mitologia: Os deuses e
as musas, inspiradoras dos
clássicos gregos e latinos
aparecem também nos clássicos
renascentistas: Os
Lusíadas:(Vênus) = a deusa do
amor; Marte( o deus da guerra),
protegem os portugueses em suas
conquistas marítimas.
3- Predomínio da razão sobre os
sentimentos: A linguagem clássica não
é subjetiva nem impregnada de
sentimentalismos e de figuras, porque
procura coar, através da razão, todas os
dados fornecidos pela natureza e, desta
forma expressou verdades universais.
4- Uso de uma linguagem sóbria,
simples, sem excesso de figuras
literárias.
5- Idealismo: O classicismo aborda o homem ideal,
liberto de suas necessidades diárias, comuns. Os
personagens centrais das epopéias(grandes poemas
sobre grandes feitos e heróicos) nos são
apresentados como seres superiores, verdadeiros
semi-deuses, sem defeitos. Ex.: Vasco da Gama em
os Lusíadas: é um ser dotados de virtudes
extraordinárias, incapaz de cometer qualquer erro.
6- Amor Platônico: Os poetas clássicos
revivem a idéia de Platão de que o amor deve
ser sublime, elevado, espiritual, puro, não-
físico.
7- Busca da universalidade e
impessoalidade: A obra clássica torna-se a
expressão de verdades universais, eternas e
despreza o particular, o individual,
aquilo que é relativo.
Substituição da "medida velha"
medieval (versos de 5 e 7 sílabas
métricas - redondilha menor e
redondilha maior) pela "medida
nova", proveniente da Itália (versos
decassílabos - soneto).
LUÍS VAZ
DE
CAMÕES
Poesia lírica e poesia épica - Camões.
Autores e obras
Luís Vaz de Camões, poeta-filósofo: de
influência medieval e clássica, de temática
variada e abrangente (os mistérios da
condição humana, a presença do homem no
mundo, os conceitos e contradições
amorosas etc.)
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
Os Lusíadas
O velho do Restelo
O velho do Restelo
EPISÓDIO DO VELHO DO RESTELO
A cena mostra, logo de início urna massa aflita e desesperada com a
partida de seus filhos e esposos. As mulheres, chorando, representam
toda a multidão que ficava em terra firme vendo seus queridos partirem
para o desconhecido:
Em tão longo caminho e duvidoso,
Por perdidos as gentes nos julgavam;
As mulheres c’um choro piedoso,
Mães, esposas, irmãs, que o temeroso
Amor mais desconfia, acrescentavam
A desesperação e frio medo
De já nos não tornar a ver tão cedo
Qual via dizendo: — “Ó filho, a quem eu tinha
Só para refrigério e doce amparo
Desta cansada já velhice minha,
Que em choro acabará penoso e amaro
Porque me deixas, mísera e mesquinha?
Porque de mi te vás, á filho caro,
A fazer funéreo enterramento
Onde sejas de peixes mantimento?
A fala do velho do Restelo pode ser interpretada como a
sobrevivência da mentalidade feudal, agrária, oposta ao
expansionismo e às navegações, que configuravam os interesses
da burguesia e da monarquia. É a expressão rigorosa do
conservadorismo. Certo é que Camões, mesmo numa epopéia que
se propõe a exaltar as Grandes Navegações, dá a palavra aos que
se opõem ao projeto expansionista. Portanto, O Velho do Restelo
representa a oposição passado x presente, antigo x novo. O Velho
chama de vaidoso aqueles que, por cobiça ou ânsia de glória, por
sua audácia ou coragem, se lançam às aventuras ultramarinas.
Simboliza a preocupação daqueles que antevêem um futuro
sombrio para a Pátria.
MAR PORTUGUÊS
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
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Fernando Pessoa
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O Renascimento e o Classicismo em 15 linhas

  • 2. O que foi o renascimento? • Importante movimento de renovação cultural, ocorrido na Europa durante os séculos XV e XVI. • É considerado o marco inicial da era moderna. • Estimulou a vida urbana e o surgimento de um novo homem.
  • 3. Naturalismo: volta à natureza Hedonismo: defesa do prazer individual Neoplatonismo: elevação espiritual por meio da interiorização.
  • 4. Qual a visão do mundo? • Humanismo ou Antropocentrismo: “Homem tornou-se a medida de todas as coisas”. • Não se tratava de opor o homem a Deus e medir suas forças. Deus continuou sendo soberano. Tratava-se na verdade de valorizar as pessoas em si, encontrar nelas as qualidades e as virtudes negadas pelo pensamento católico medieval.
  • 5. Monalisa Revela o interesse do Renascimento pelo homem. Reproduzida de todas as formas imagináveis, a magia dessa figura “feminina” continua intacta.
  • 6. A última ceia Visão mais humanista
  • 7. Davi A valorização do ser humano resultou na criação de muitas telas e esculturas que valorizavam as formas humanas ou que retratavam corpos nus.
  • 8. Pietá A figura do Cristo morto parece ter vida correndo nas veias. Os olhos abaixados da Virgem, ao contrário da tradição,emocionam pela dor e pela resignação. Seu manto, drapeado, arranca do mármore uma leveza.
  • 9. LITERATURA - MARCO INICIAL Em 1527, quando Francisco Sá de Miranda retorna a Portugal, vindo da Itália, trazendo o doce estilo novo (soneto + medida nova).
  • 10.
  • 11. Naquele tempo... . Crise da Igreja. . Expansão marítima. . Mercantilismo. . Absolutismo monárquico. . Reforma protestante . Copérnico: heliocentrismo. . Galileu Galilei: sistema astronômico.
  • 12. Em Portugal... . Conquista do norte da África; . Caminho marítimo para as Índias; . Descobrimento do Brasil; . Monopólio do Poder político e econômico do rei;
  • 13.
  • 14. 1- Imitação dos autores clássicos gregos e romanos da antigüidade: Homero, Virgílio, Ovídio, etc... 2- Uso da mitologia: Os deuses e as musas, inspiradoras dos clássicos gregos e latinos aparecem também nos clássicos renascentistas: Os Lusíadas:(Vênus) = a deusa do amor; Marte( o deus da guerra), protegem os portugueses em suas conquistas marítimas.
  • 15. 3- Predomínio da razão sobre os sentimentos: A linguagem clássica não é subjetiva nem impregnada de sentimentalismos e de figuras, porque procura coar, através da razão, todas os dados fornecidos pela natureza e, desta forma expressou verdades universais. 4- Uso de uma linguagem sóbria, simples, sem excesso de figuras literárias.
  • 16. 5- Idealismo: O classicismo aborda o homem ideal, liberto de suas necessidades diárias, comuns. Os personagens centrais das epopéias(grandes poemas sobre grandes feitos e heróicos) nos são apresentados como seres superiores, verdadeiros semi-deuses, sem defeitos. Ex.: Vasco da Gama em os Lusíadas: é um ser dotados de virtudes extraordinárias, incapaz de cometer qualquer erro.
  • 17. 6- Amor Platônico: Os poetas clássicos revivem a idéia de Platão de que o amor deve ser sublime, elevado, espiritual, puro, não- físico. 7- Busca da universalidade e impessoalidade: A obra clássica torna-se a expressão de verdades universais, eternas e despreza o particular, o individual, aquilo que é relativo.
  • 18. Substituição da "medida velha" medieval (versos de 5 e 7 sílabas métricas - redondilha menor e redondilha maior) pela "medida nova", proveniente da Itália (versos decassílabos - soneto).
  • 20. Poesia lírica e poesia épica - Camões. Autores e obras Luís Vaz de Camões, poeta-filósofo: de influência medieval e clássica, de temática variada e abrangente (os mistérios da condição humana, a presença do homem no mundo, os conceitos e contradições amorosas etc.)
  • 21. Alma minha gentil, que te partiste Tão cedo desta vida, descontente, Repousa lá no céu eternamente E viva eu cá na terra sempre triste. Se lá no assento etéreo, onde subiste, Memória desta vida se consente, Não te esqueças daquele amor ardente Que já nos olhos meus tão puro viste. E se vires que pode merecer-te Alguma cousa a dor que me ficou Da mágoa, sem remédio, de perder-te, Roga a Deus, que teus anos encurtou, Que tão cedo de cá me leve a ver-te, Quão cedo de meus olhos te levou.
  • 23. O velho do Restelo
  • 24. O velho do Restelo
  • 25. EPISÓDIO DO VELHO DO RESTELO A cena mostra, logo de início urna massa aflita e desesperada com a partida de seus filhos e esposos. As mulheres, chorando, representam toda a multidão que ficava em terra firme vendo seus queridos partirem para o desconhecido: Em tão longo caminho e duvidoso, Por perdidos as gentes nos julgavam; As mulheres c’um choro piedoso, Mães, esposas, irmãs, que o temeroso Amor mais desconfia, acrescentavam A desesperação e frio medo De já nos não tornar a ver tão cedo Qual via dizendo: — “Ó filho, a quem eu tinha Só para refrigério e doce amparo Desta cansada já velhice minha, Que em choro acabará penoso e amaro Porque me deixas, mísera e mesquinha? Porque de mi te vás, á filho caro, A fazer funéreo enterramento Onde sejas de peixes mantimento?
  • 26. A fala do velho do Restelo pode ser interpretada como a sobrevivência da mentalidade feudal, agrária, oposta ao expansionismo e às navegações, que configuravam os interesses da burguesia e da monarquia. É a expressão rigorosa do conservadorismo. Certo é que Camões, mesmo numa epopéia que se propõe a exaltar as Grandes Navegações, dá a palavra aos que se opõem ao projeto expansionista. Portanto, O Velho do Restelo representa a oposição passado x presente, antigo x novo. O Velho chama de vaidoso aqueles que, por cobiça ou ânsia de glória, por sua audácia ou coragem, se lançam às aventuras ultramarinas. Simboliza a preocupação daqueles que antevêem um futuro sombrio para a Pátria.
  • 27. MAR PORTUGUÊS Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. Fernando Pessoa