2. Romantismo
*Iracema (José de Alencar)
Pré-modernismo
Os Sertões (Euclides da Cunha)
Negrinha (Monteiro Lobato)
Clara dos Anjos (Lima Barreto)
Modernismo e Contemporânea
Macunaíma (Mário de Andrade)
Vidas Secas (Graciliano Ramos)
As meninas (Lygia F. Telles)
Hotel Atlântico (João Gilberto Noll)
Mês de cães danados (M. Scliar)
*O que é isso, companheiro?
(Fernando Gabeira)
*O Continente (Erico Verissimo)
Filmografia:
Romantismo
O crime do padre Amaro
Madame Bovary
Realismo e Naturalismo
Os Miseráveis
Memórias Póstumas de Brás
Cubas
Dom
Pré-modernismo
Policarpo Quaresma
Modernismo e Contemporânea
Dona Flor e seus dois maridos
Concerto Campestre
3.
4.
5. Iracema (1865) + Macunaíma (1928)
Indianismo romântico
(idealização)
Força e coragem
Relações com o branco:
subserviência
Morte indígena
Índio resgatado pelo
Modernismo (real)
Malícia e malandragem
Relações com o branco:
troca
Morte indígena
8. Negrinha (1920)
• O Brasil ainda vivia efeitos da
transição da Monarquia para
a República e do trabalho
escravo para o trabalho livre.
• A indústria começava a se
desenvolver e o processo de
urbanização avançava –
modernização.
• O preconceito racial contra
aqueles que tinham a pele
negra ou parda, antigos
escravos e seus
descendentes, permanecia.
• O conto Negrinha denuncia
a desigualdade entre
brancos e negros, herança
do escravismo.
• Com personagens que
representam a população
brasileira das décadas iniciais
do século XX, Lobato expõe a
mentalidade escravocrata
que ainda persiste.
• É narrado em terceira pessoa
e impregnado de uma carga
emocional muito forte.
9. • "Negrinha era uma pobre
órfã... Preta? Não; fusca,
mulatinha escura, de cabelos
ruços... Nascera na senzala, de
mãe escrava, e seus primeiros
anos vivera-os pelos cantos
escuros da cozinha... Sempre
escondida, que a patroa não
gostava de crianças.“
• D. Inácia era viúva sem filhos e
não suportava choro de
crianças
• O choro não era sem razão: era
fome, era frio.
• Batiam-lhe sempre, por ação
ou omissão; corpo “tatuado”.
• Nunca tivera uma palavra
sequer de carinho e os apelidos
que lhe davam eram os mais
diversos – condição de bicho-
gente; suportava!
• Foram passar as férias na
fazenda duas sobrinhas de D.
Inácia: lindas, rechonchudas,
louras; 1ª vez que Negrinha viu
uma boneca e pôde brincar =
sentiu-se viva e gente!
• A partida das meninas trouxe o
vazio = Negrinha sucumbe (não
havia esperança!) e morre em
delírio e com beleza, rodeada
de “anjos”.
Negrinha (1920)
10.
11. • Inspiração Real naturalista –
cientificista e determinista –
ações humanas são produtos de
leis naturais: do meio, das
características hereditárias e do
momento histórico.
• Clara dos Anjos: pobre mulata,
filha de um carteiro de subúrbio
carioca, que, apesar das cautelas
excessivas da família, é iludida,
seduzida e desprezada por um
rapaz de condição social menos
humilde do que a sua.
• A protagonista é de natureza
"amorfa e pastosa", resumo da
fatalidade que persegue a casta.
DENÚNCIAS:
• Detalhes do subúrbio carioca:
“casas, casinhas, casebres,
barracões, choças” e a vida das
pessoas que ali vivem.
• Aborda o advento dos “bíblias”,
os protestantes = crítica:
censurou duramente a
discriminação racial americana,
assim como o expansionismo
imperialista dos ‘yankees’.
• Em Marramaque: a influência
das rodas literárias, grupos
fechados que cultuam a
oralidade (aprendem de
“ouvido”) e não brilham nas
“grandes rodas de gente fina”.
Clara dos Anjos (1922)
12. • Joaquim dos Anjos – carteiro,
confiava nos outros e tinha
sempre boa fé.
• Manuel Borges de Azevedo e
Salustiana Baeta de Azevedo –
pais de Cassi – o pai não gostava
dos procedimentos do filho,
enquanto a mãe, cobria-lhe as
desfeitas com as proteções.
• Cassi Jones de Azevedo –
pretendente de Clara, pertencia a
uma posição social melhor:
“rapaz de pouco menos de trinta
anos, branco, sardento,
insignificante, de rosto e de
corpo” – é a antítese de Clara.
• Eduardo Lafões: amigo de
Joaquim, é guarda de obras
públicas; homem simplório, que
só tinha agudeza de sentidos
para o dinheiro.
• Dona Margarida: russa, vizinha
de Clara, dona de uma pensão,
mulher corajosa.
• Clara engravida e Cassi Jones
desaparece; convencida pela
mãe e pela vizinha a pedir
“reparação” na casa do noivo, é
escorraçada por Salustiana.
• Ofendida irremediavelmente
nos seus melindres de solteira,
resta à Clara concluir: “- Nós
não somos nada nesta vida.”
Clara dos Anjos (1922)
13.
14. Revela com crueldade e certo
pessimismo, o contraste cultural
dos dois "Brasis” –
o do sertão e do litoral:
• critica o nacionalismo
exacerbado da população
litorânea que, não enxergando a
realidade da sociedade mestiça,
produzida pelo sertão, agiu
ferozmente, cometendo um crime
contra si própria.
• critica, também, o que séculos de
atraso e miséria, em uma região
separada geográfica e
temporalmente do resto do país,
são capazes de produzir: um líder
fanático e o delírio coletivo de
uma população conformada.
• A primeira parte, A Terra,
descreve o cenário em que se
desenrolou a ação.
• A segunda parte, O Homem,
completa a descrição do cenário
com a narrativa das origens de
Canudos (a gênese do jagunço,
principalmente de Antônio
Conselheiro).
• A terceira parte, A Luta, é a mais
importante, constituída da
narrativa das quatro expedições
do Exército enviadas para sufocar
a rebelião de Canudos, que
reunia "os bandidos do sertão“.
Os sertões (1902)
15.
16. • Acontecimentos: abalos sofridos
pelo povo brasileiro em torno dos
acontecimentos de 1930, a crise
econômica provocada pela quebra
da bolsa de valores de Nova Iorque,
a crise cafeeira, a Revolução de
1930, o acelerado declínio do
nordeste .
• Novo estilo ficcional: notadamente
mais adulto, mais amadurecido, mais
moderno, marcado pela rudeza, por
uma linguagem mais brasileira, por
um enfoque direto dos fatos, por
uma retomada do naturalismo,
principalmente no plano da narrativa
documental.
• Baleia - cadela da família, tratada
como gente, muito querida pelas
crianças.
• Sinhá Vitória - mulher de Fabiano,
sofrida, mãe de 2 filhos, lutadora e
inconformada com a miséria em
que vivem, trabalha muito na vida.
• Fabiano - nordestino pobre,
ignorante que desesperadamente
procura trabalho, fala pouco, bebe
muito e perde dinheiro no jogo.
• Filhos - crianças pobres, sofridas e
que não têm noção da própria
miséria que vivem.
• Patrão - contratou Fabiano para
trabalhar em sua fazenda, era
desonesto e explorava os
empregados.
• Outros personagens: o soldado,
seu Inácio (dono do bar).
Vidas Secas (1938)
17. Lygia Fagundes Telles
Mundo universitário na década de 70
• leitura do mundo feminino – intimista
• (re)leitura da Ditadura Militar – crítica
Divisão (troca)narrativa – três “olhares”:
Lorena – Lia – Ana Clara
fluxo de consciência e (auto)reflexão
Pensionato Nossa Senhora de Fátima
destino incerto e pessimista
As meninas(1973)
18. Moacyr Scliar
Foco narrativo – 1ª pessoa – Mário Picucha
Tempo e espaço
presente – mendigo nas ruas de Porto Alegre
passado – distante: infância na fazenda do
pai + casa da tia em Pelotas
- recente: ingresso na universidade em PoA
+ 18 a 31 de agosto de 61 (Eixo Histórico)
Mês de cães danados (1977)
19. Fernando Gabeira
desejo de expressar outra visão do valor dos
integrantes da luta armada
diferentes caminhos de contar a verdade
sobre a ditadura militar no Brasil
clássico romance-depoimento
subjetividade do autor ressalta caráter de
pessoalidade da obra: questionamentos das
ações no movimento de esquerda brasileira
Divisão em 16 capítulos
O que é isso, companheiro? (1979)
20. João Gilberto Noll
Narração em 1ª pessoa
precisão da linguagem choca-se com o
inusitado das situações
protagonista em busca de si mesmo
(doente? louco? paranoico?)
crítica à aparência em detrimento da essência
erotismo mescla-se com a necessidade de viver
Hotel Atlântico (1989)
21. Romance Histórico
Luiz Antonio de Assis Brasil
episódios articulados: detalhes descritivos
mescla de artes: literatura e música = tragédia!
dois núcleos
• Major Eleutério + D. Brígida + Clara Vitória + irmãos
• Maestro + músicos + Clara Vitória
três espaços em um
Fazenda - casa principal
- casas à margem do rio (charque)
- ‘tapera do fantasma’
Concerto Campestre (1997)