O documento discute crises hipertensivas, definindo urgências e emergências hipertensivas e suas características. Aborda a epidemiologia, etiologias, aspectos fisiopatológicos, quadro clínico, avaliação, diagnóstico e tratamento de crises hipertensivas.
2. Introdução
• A CH caracteriza-se por uma elevação aguda e
sintomática da pressão arterial (PA), geralmente
com pressão arterial diastólica (PAD) ≥ 110 – 120
mmHg, com ou sem risco de deterioração rápida
dos órgãos-alvo (coração, cérebro, rins e
artérias), e alto risco de evento cardiovascular, o
que torna necessária a redução imediata da
pressão.
3. Epidemiologia
• A prevalência da HAS é de 20%-30% (mais de 34
milhões de brasileiros);
• Pacientes apresentando hipertensão severa podem
representar mais de 25% dos indivíduos que chegam a
um serviço urbano de emergência;
• A CH é mais frequente entre negros, fumantes, mulheres
em uso de anticoncepcional, classe social de baixo poder
aquisitivo,alto grau de estresse; portadores de
hipertensão secundária ;uso de cocaína; pacientes que
suspenderam abruptamente o uso de α2-agonistas ou
betabloqueadores ou álcool; e aqueles não aderentes ao
tratamento com anti-hipertensivos orais.
4. A CH é subdividida em duas categorias
(urgência e emergência)
• . Urgências hipertensivas são as situações associadas
às elevações importantes da PAD (≥ 120 mmHg), sem
disfunção progressiva de órgãos-alvo ou risco iminente
de vida.
• sinais e sintomas: cefaleia, tontura, dispneia, déficit
neurológico, dor torácica, vômitos e ansiedade severa.
• A medicação empregada, em geral, inclui as formulações
administradas por via oral (VO), seguida de um período
de observação.
5. • Emergências hipertensivas são caracterizadas por
elevação acentuada da PA (≥ 180/120 mmHg) e
acompanhadas pela evidência de disfunção iminente ou
progressiva em órgãos-alvo e risco de vida.
• Sinais e sintomas, na ordem decrescente de prevalência,
são déficit neurológico, dispneia, cefaleia e dor torácica.
• a administração de medicação por via parenteral.
6. • pseudocrise hipertensiva há uma elevação acentuada
da PA que, independentemente do valor, não representa
risco de deterioração aguda de órgãos-alvo ou risco
imediato de vida.
• Em geral, ocorre em pacientes hipertensos em
tratamento, não controlados e com queixas de cefaleia,
dor torácica atípica, dispneia, estresse psicológico agudo
e síndrome de pânico associada.
11. Diagnóstico
• Todos os pacientes com emergências hipertensivas
devem realizar os seguintes exames:
• hemograma completo,
• ureia sérica; creatinina sérica, eletrólitos (sódio, potássio,
• magnésio)
• urina tipo I (pesquisa de proteinuria ou hematúria
microscópica),
• radiografia de tórax,
• eletrocardiograma
• glicemia capilar
• Fundo de olho
12.
13. Tratamento
• As recomendações gerais de redução da PA sugeridas
pelo VII JNC – USA para EHs foram sumarizadas da
seguinte forma:
• • ↓ PA ≤ 25% na 1ª hora;
• • ↓ PA 160/100 – 110 mmHg: 2 – 6 horas;
• • PA 135/85 mmHg: 24 – 48 horas.