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O Período Regencial
1831 - 1840
• O Brasil estava um caos com a renúncia de D.
Pedro I. As províncias estavam agitadas e os
políticos começavam a organizar partidos. D.
Pedro II, filho e sucessor de D. Pedro I, tinha
então cinco anos e só poderia governar o país
quando fosse maior de dezoito anos.
D. Pedro II:
• Quando D. Pedro I renunciou ao trono,o
Parlamento brasileiro estava de férias, então
os poucos políticos que se estavam no Rio de
Janeiro resolveram, como solução de
emergência, eleger uma Regência Provisória
para governar a nação, até que se elegesse a
regência permanente.
• A Regência Trina Provisória governou o país
durante quase três meses. Participaram dela:
senador Carneiro de Campos, senador
Campos Vergueiro e brigadeiro Francisco de
Lima e Silva.
A Regência Trina Provisória:
A Regência Trina Permanente:
• Após reunir deputados e senadores do país, a
assembléia Geral elegeu a Regência Trina
Permanente, no dia 17 de junho de 1831.
• A nova regência era composta pelos
deputados João Bráulio Muniz (político do
nordeste) e José da Costa Carvalho (político
do sul) e pelo Brigadeiro Francisco de Lima e
Silva.
• Uma das figuras de maior destaque da
Regência Trina Permanente foi o padre Diogo
Antônio Feijó, nomeado para o cargo de
ministro da Justiça. Sua principal preocupação
era garantir -a ordem pública, que interessava
aos moderados. Para isso era preciso acabar
com as agitações populares e revoltas
militares que ameaçavam o governo.
• Para impor a ordem, o governo precisava de
uma força militar que lhe fosse fiel. O Exército
não era confiável, pois parte da tropa,
composta de pessoas pobres, sempre se
colocava a favor dos que protestavam contra
o governo.
• A solução proposta pelos políticos moderados
foi a criação da Guarda Nacional: uma polícia
de confiança do governo e dos grandes
fazendeiros.
• No ano de 1834, os políticos moderados
fizeram uma reforma na constituição do
império, conhecida como Ato Adicional.
Guarda Nacional:
Uniformes da Guarda Nacional:
• O Ato Adicional era uma tentativa de
harmonizar as diversas forças políticas que
brigavam no país.
• De acordo com o Ato Adicional de 1834:
• A regência seria exercida por uma única
pessoa, com mandato de quatro anos.
Deixava de ser Regência Trina, para ser
Regência Una.
• Foi extinto o Conselho de Estado.
• Criavam-se as Assembléias Legislativas das
províncias, com poderes para fazer leis
referentes às questões locais.
A regência do Padre Feijó: a
explosão das rebeliões
• De acordo com o Ato Adicional, novas eleições
foram realizadas para a escolha da Regência
Una. O vencedor dessas eleições (com
pequena diferença de votos) foi o padre Diogo
Antônio Feijó, que era ligado à ala
progressista dos moderados. Seu adversário
representava a ala regressista.
• Depois de eleito, o regente Feijó sofreu
grande oposição dos regressistas, que o
acusavam de não conseguir impor ordem no
país. Explodiram, durante seu governo,
importantes rebeliões como a Cabanagem no
Pará e a Farroupilha no Rio Grande do Sul.
• Os políticos que representavam os grandes
fazendeiros estavam cada vez mais
preocupados com as rebeliões. Tinham medo
de perder o poder político e econômico do
país.
• Quando ainda faltavam dois anos para
terminar seu mandato, Feijó decidiu renunciar
ao cargo de regente.
• Provisoriamente, a regência foi entregue a
Pedro de Araújo Lima, senador pernambucano
que representava os regressistas.
A regência de Araújo Lima:
• Ao assumir o poder, Araújo Lima montou um
ministério composto só de políticos
conservadores.
• Havia uma firme decisão do governo de usar
toda a violência contra as revoltas políticas
populares que agitavam o país (Cabanagem,
Balaiada, Sabinada, Farroupilha).
• As classes dominantes queriam de qualquer
jeito "parar o carro da revolução", como dizia
o ministro Bernardo Pereira de Vasconcelos.
As rebeliões separatistas ameaçavam a
unidade territorial do país. E os fazendeiros
estavam assustados, com medo de perder
suas riquezas, baseadas na grande
propriedade e na exploração dos escravos.
• Foi o caso, por exemplo, da Lei Interpretativa
do Ato Adicional (12 de maio de 1840), que
reduzia o poder das províncias e colocava os
órgãos da Polícia e da Justiça sob o comando
do poder central.No período das regências
várias revoltas explodiram pelas províncias
brasileiras. Preocupado, o regente Feijó
chegou a dizer: "o vulcão da anarquia ameaça
devorar o império".
A crise socioeconômica:
• No campo econômico, as exportações
brasileiras perdiam preço e mercado. O açúcar
de cana sofria a concorrência internacional
das Antilhas e dos Estados Unidos (açúcar de
beterraba). O algodão, o fumo, o mate e o
couro também enfrentavam a forte
concorrência de outras áreas produtoras. O
ouro era um minério quase esgotado.
• No campo social, o povo das cidades e do
campo levava uma vida miserável. Os
alimentos eram caros. A riqueza e o poder
estavam concentrados em mãos dos grandes
fazendeiros e comerciantes.
• No campo político, havia grande oposição ao
autoritarismo do governo central do império.
As províncias queriam mais liberdade e
autonomia.
• Queriam o direito de eleger seus próprios
presidentes (governadores)da província.
Muitos políticos das províncias pregavam a
separação do governo central.
A Cabanagem: 1835 – 1840:
• A Cabanagem foi o mais importante
movimento popular do Brasil. Foi o único em
que representantes das camadas humildes
ocuparam o poder em toda uma província.
• A decadente economia da província do Grão-
Pará, que englobava os atuais Estados do
Pará, parte do Amazonas, Amapá e Roraima
• se baseava na pesca, na produção de cacau,
na extração de madeiras e na exploração das
plantas medicinais da região. Utilizava-se a
mão-de-obra escrava negra e a de índios que
viviam em aldeias ou já estavam
destribalizados e submetidos a um regime de
semi-escravidão.
• Os negros, índios e mestiços compunham a
maioria da população inferiorizada do Grão-
Pará e viviam agrupados nas pequenas ilhas e
na beira dos rios em cabanas miseráveis (daí o
nome cabanos, como eram conhecidos). No
começo da revolta liderados por grupos da
elite que disputavam o poder,
• os cabanos, insatisfeitos, resolveram assumir
sua própria luta contra a miséria, o latifúndio,
a escravidão e os abusos das autoridades
invadiram Belém, a capital da província,
depuseram o governo que havia sido imposto
pelos regentes e assumiram o poder. Formou-
se então o único governo do país composto
por índios e camponeses.
• Entretanto, a radicalização e a violência dos
cabanos, a dificuldade em organizar um
governo capaz de controlar as divergências
entre os próprios cabanos e a traição de
alguns chefes, que chegaram a ajudar as
tropas e os navios enviados pelo governo
central, causaram o fracasso do movimento.
• Vencidos em Belém pelas forças do governo,
os cabanos reorganizaram suas forças e
continuaram lutando até 1840, quando a
província, pela força da opressão e da
violência, foi obrigada a aceitar a pacificação e
se render.
• A Cabanagem deixou um saldo de 40 mil
mortos. Era mais um claro exemplo que a
classe dominante não admitia a ascensão do
povo ao poder nem as manifestações
populares que colocassem em risco o domínio
político da aristocracia ( os ricos = elite). A
derrota dessa revolta só aconteceu depois do
envio de tropas pelo Rio de Janeiro, sob
comando do mercenário inglês Grenfell.
A Revolta dos Malês – 1835:
• A Revolta dos Malês foi um movimento que ocorreu
na cidade de Salvador (província da Bahia) entre os
dias 25 e 27 de janeiro de 1835. Os principais
personagens desta revolta foram os negros islâmicos
que exerciam atividades livres, conhecidos como
negros de ganho (alfaiates, pequenos comerciantes,
artesãos e carpinteiros).
• Apesar de livres, sofriam muita discriminação
por serem negros e seguidores do islamismo.
Em função destas condições, encontravam
muitas dificuldades para ascender
socialmente. Os 1.500 malês, estavam
insatisfeitos com a escravidão, com o fato de
serem obrigados a seguir o catolicismo e com
o preconceito contra os negros.
• Portanto, tinham como objetivo principal à
libertação dos escravos. Queriam também acabar
com o catolicismo (religião imposta aos africanos
desde o momento em que chegavam ao Brasil), o
confisco dos bens dos brancos e mulatos e a
implantação de uma república islâmica.
• De acordo com o plano, os revoltosos sairiam
do bairro de Vitória (Salvador) e se reuniriam
com outros malês vindos de outras regiões da
cidade. Invadiriam os engenhos de açúcar e
libertariam os escravos. Arrecadaram dinheiro
e compraram armas para os combates. O
plano do movimento foi todo escrito em
árabe.
• Uma mulher contou o plano da revolta para
um Juiz de Paz de Salvador. Os soldados das
forças oficiais conseguiram reprimir a revolta.
Bem preparados e armados, os soldados
cercaram os revoltosos na região da Água dos
Meninos. Violentos combates aconteceram.
No conflito morreram sete soldados e setenta
revoltosos.
• Cerca de 200 integrantes da revolta foram
presos pelas forças oficiais. Todos foram
julgados pelos tribunais. Os líderes foram
condenados a pena de morte. Os outros
revoltosos foram condenados a trabalhos
forçados, açoites e degredo (mandados para a
África).
• O governo local, para evitar outras revoltas do
tipo, decretou leis proibindo a circulação de
muçulmanos no período da noite bem como a
prática de suas cerimônias religiosas.
• Curiosidade:
• A palavra “malê” é de origem africana
(ioruba) e significa “o muçulmano”.
A Sabinada (1837-1838):
• Os ânimos na capital baiana se acirraram com a
renúncia do Regente Diogo Antônio Feijó (1837) e o
projeto da lei de interpretação do Ato Adicional, cuja
discussão se arrastou de 1837 a 1840.
• O movimento aproveitou a reação popular contra o
recrutamento militar imposto pelo Governo Imperial,
liderado pelo médico e jornalista Francisco Sabino
Álvares Vieira.
• Na madrugada de 6 para 7 de novembro de
1837, Sabino e os que o apoiavam
proclamaram a "República Baiana". Mesmo
provisória, decretada até que o jovem
príncipe Pedro de Alcântara atingisse a
maioridade, ela rompia com o Governo
Imperial e destituía o Governo Provincial.
• Eles não tinham apoio popular, o que facilitou a
repressão por parte do governo imperial, que cercou
a capital em uma operação combinada terrestre e
marítima (março de 1838). Cerca de mil pessoas
morreram nos combates. Os rebeldes que
sobreviveram foram capturados e julgados por um
tribunal composto pelos donos de latifúndios da
Bahia. Três dos líderes foram executados e os outros
três deportados, entre eles Francisco Sabino Vieira,
que acabou os seus dias na Fazenda Jacobina, na
então remota província do Mato Grosso.
• Outros, como Daniel Gomes de Freitas,
Francisco José da Rocha, João Rios Ferreira e
Manoel Gomes Pereira, conseguiram fugir e
depois se juntaram à Revolução Farroupilha.
A Balaiada (1838-1841):
• Durante o Período regencial brasileiro o
Maranhão, região exportadora de algodão,
passava por uma grave crise econômica,
devido à concorrência com o algodão dos
Estados Unidos. Em paralelo, a atividade
pecuária absorvia importante contingente de
mão-de-obra livre nessa região. Esses fatores
explicam o envolvimento escravos e de
homens livres de baixa renda no movimento.
• A revolta começou quando o irmão do
vaqueiro Raimundo Gomes, da fazenda do
padre Inácio Mendes (bem-te-vi), foi preso
por ordem do sub-prefeito da Vila da Manga,
José Egito.
• Contestando a prisão do irmão, Raimundo
Gomes, com o apoio de um contingente da
Guarda Nacional, invadiu a cadeia pública da
povoação e libertou-o, em dezembro de 1838.
Em seguida, Raimundo Gomes, conseguiu o
apoio de Cosme Bento, ex-escravo que
comandava três mil escravos fugitivos, e de
Manuel Francisco dos Anjos Ferreira.
• Para combatê-los foi nomeado Presidente e
Comandante das Armas da Província, o
coronel Luís Alves de Lima e Silva, que venceu
os revoltosos na Vila de Caxias. Por isso foi
promovido a General e recebeu o seu
primeiro título de nobreza , Barão de Caxias.
Bandeira Farroupilha:
A Guerra dos Farrapos/Revolução
Farroupilha: 1835 - 1845
• Não só foi a maior revolta do período
regencial como também a maior guerra civil
brasileira se arrastando por 10 anos e tendo
chegado a proclamar duas repúblicas
independentes. Ela ocorreu do sul do Paraná
até a fronteira com o Uruguai, tendo no Rio
Grande do Sul o maior expoente de sua
batalha.
• A Guerra dos Farrapos ocorreu no Rio Grande do Sul
na época em que o Brasil era governado pelo
Regente Feijó (Período Regencial). Esta rebelião,
gerada pelo descontentamento político, durou por
uma década (de 1835 a 1845). O estopim para esta
rebelião foi as grandes diferenças de ideais entre
dois partidos: um que apoiava os republicanos (os
Liberais Exaltados) e outro que dava apoio aos
conservadores (os Legalistas).
• A revolta foi motivada pela desvalorização do
charque gaúcho (principal ração dos
escravos), o governo central não criara
nenhuma medida protecionista para que o
charque do RS pudesse concorrer com a
charque platina (que era mais barata e de
melhor qualidade). Irritados os fazendeiros
gaúchos exigiram que o governo o fizesse,
como eles se recusaram a guerra estourou.
Estância Gaúcha:
• Liderados por Bento Gonçalves, David
Canabarro, Antonio de Souza Netto, Onofre
Pires e Giuseppe Garibaldi, os farroupilhas
declararam independente a República de
Pirantini (RS – 16/11/1836) e Juliana (SC –
25/07/1839).
Teixeira Nunes:
Lanceiro Negro:
• Em 1835 os rebeldes Liberais, liderados por Bento
Gonçalves da Silva, apossaram-se de Porto Alegre,
fazendo com que as forças imperiais fossem
obrigadas a deixarem a região.
• Após terem seu líder Bento Gonçalves capturado e
preso, durante um confronto ocorrido na ilha de
Fanfa (no rio Jacuí), os Liberais não se deixaram
abater e, sob nova liderança (de Antônio de Souza
Neto), obtiveram outras vitórias.
Porto Alegre:
• Em novembro de 1836, os revolucionários
proclamaram a República em Piratini e Bento
Gonçalves, ainda preso, foi nomeado
presidente. Somente em1837, após fugir da
prisão, é que Bento Gonçalves finalmente
assume a presidência da República de Piratini.
Bento Gonçalves na prisão:
Forte de São Marcelo:
Giuseppe Garibaldi e Bento
Gonçalves:
• Mesmo com as forças do exército da regência, os
farroupilhas liderados por Davi Canabarro e
Giuseppe Garibaldi, conquistaram a vila de Laguna,
em Santa Catarina, proclamando, desta forma, a
República Catarinense.
• Entretanto, no ano de 1842, o governo nomeou Luiz
Alves de Lima e Silva para comandar as tropas que
deveriam os farroupilhas.
Giuseppe Garibaldi:
Anita Garibaldi:
Coronel Antonio de Souza Netto:
• Ainda em 1844, Bento Gonçalves iniciou
conversações de paz, mas retirou-se por
discordar de Caxias em pontos fundamentais,
assumindo o seu lugar Davi Canabarro. Os
farrapos queriam assinar um Tratado de Paz,
mas os imperiais rejeitavam, porque tratados
se assinam entre países, e o Império não
considerava a República Rio-Grandense um
Estado.
David Canabarro:
Bento Manoel Ribeiro:
• Caxias contornou a situação, agradando os
interesses dos farroupilhas sem criar
constrangimentos para o Império.
• Mas no final das contas os farrapos já não
tinham outra saída senão aceitas as condições
de Caxias.
• A pacificação foi assinada em 1º de Março
de 1845 em Ponche Verde, e tinha como
principais pontos:
Duque de Caxias:
• O Império assumia as dívidas do governo da
República;
• Os farroupilhas escolheriam o novo
presidente da província - Caxias;
• Os oficiais rio-grandenses seriam
incorporados ao exército imperial nos
mesmos postos, exceto os generais;
• Todos os processos da justiça republicana
continuavam válidos;
• Todos os ex-escravos que lutaram no exército
rio-grandense seriam declarados livres (mas
muitos deles foram reescravizados depois);
• Todos os prisioneiros de guerra seriam
devolvidos à província.
• O governo aumentou o imposto sobre o
charque importado em 25%.
• Terminou assim a Guerra dos Farrapos, que
apesar da vitória militar do Império do Brasil
contra a República Rio-Grandense, significou a
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O período regencial

  • 2.
  • 3. • O Brasil estava um caos com a renúncia de D. Pedro I. As províncias estavam agitadas e os políticos começavam a organizar partidos. D. Pedro II, filho e sucessor de D. Pedro I, tinha então cinco anos e só poderia governar o país quando fosse maior de dezoito anos.
  • 4.
  • 6. • Quando D. Pedro I renunciou ao trono,o Parlamento brasileiro estava de férias, então os poucos políticos que se estavam no Rio de Janeiro resolveram, como solução de emergência, eleger uma Regência Provisória para governar a nação, até que se elegesse a regência permanente.
  • 7. • A Regência Trina Provisória governou o país durante quase três meses. Participaram dela: senador Carneiro de Campos, senador Campos Vergueiro e brigadeiro Francisco de Lima e Silva.
  • 8. A Regência Trina Provisória:
  • 9. A Regência Trina Permanente: • Após reunir deputados e senadores do país, a assembléia Geral elegeu a Regência Trina Permanente, no dia 17 de junho de 1831. • A nova regência era composta pelos deputados João Bráulio Muniz (político do nordeste) e José da Costa Carvalho (político do sul) e pelo Brigadeiro Francisco de Lima e Silva.
  • 10.
  • 11.
  • 12. • Uma das figuras de maior destaque da Regência Trina Permanente foi o padre Diogo Antônio Feijó, nomeado para o cargo de ministro da Justiça. Sua principal preocupação era garantir -a ordem pública, que interessava aos moderados. Para isso era preciso acabar com as agitações populares e revoltas militares que ameaçavam o governo.
  • 13.
  • 14.
  • 15. • Para impor a ordem, o governo precisava de uma força militar que lhe fosse fiel. O Exército não era confiável, pois parte da tropa, composta de pessoas pobres, sempre se colocava a favor dos que protestavam contra o governo.
  • 16. • A solução proposta pelos políticos moderados foi a criação da Guarda Nacional: uma polícia de confiança do governo e dos grandes fazendeiros. • No ano de 1834, os políticos moderados fizeram uma reforma na constituição do império, conhecida como Ato Adicional.
  • 18. Uniformes da Guarda Nacional:
  • 19.
  • 20.
  • 21. • O Ato Adicional era uma tentativa de harmonizar as diversas forças políticas que brigavam no país. • De acordo com o Ato Adicional de 1834: • A regência seria exercida por uma única pessoa, com mandato de quatro anos. Deixava de ser Regência Trina, para ser Regência Una.
  • 22. • Foi extinto o Conselho de Estado. • Criavam-se as Assembléias Legislativas das províncias, com poderes para fazer leis referentes às questões locais.
  • 23. A regência do Padre Feijó: a explosão das rebeliões
  • 24. • De acordo com o Ato Adicional, novas eleições foram realizadas para a escolha da Regência Una. O vencedor dessas eleições (com pequena diferença de votos) foi o padre Diogo Antônio Feijó, que era ligado à ala progressista dos moderados. Seu adversário representava a ala regressista.
  • 25.
  • 26. • Depois de eleito, o regente Feijó sofreu grande oposição dos regressistas, que o acusavam de não conseguir impor ordem no país. Explodiram, durante seu governo, importantes rebeliões como a Cabanagem no Pará e a Farroupilha no Rio Grande do Sul.
  • 27. • Os políticos que representavam os grandes fazendeiros estavam cada vez mais preocupados com as rebeliões. Tinham medo de perder o poder político e econômico do país. • Quando ainda faltavam dois anos para terminar seu mandato, Feijó decidiu renunciar ao cargo de regente.
  • 28. • Provisoriamente, a regência foi entregue a Pedro de Araújo Lima, senador pernambucano que representava os regressistas.
  • 29. A regência de Araújo Lima:
  • 30. • Ao assumir o poder, Araújo Lima montou um ministério composto só de políticos conservadores. • Havia uma firme decisão do governo de usar toda a violência contra as revoltas políticas populares que agitavam o país (Cabanagem, Balaiada, Sabinada, Farroupilha).
  • 31. • As classes dominantes queriam de qualquer jeito "parar o carro da revolução", como dizia o ministro Bernardo Pereira de Vasconcelos. As rebeliões separatistas ameaçavam a unidade territorial do país. E os fazendeiros estavam assustados, com medo de perder suas riquezas, baseadas na grande propriedade e na exploração dos escravos.
  • 32. • Foi o caso, por exemplo, da Lei Interpretativa do Ato Adicional (12 de maio de 1840), que reduzia o poder das províncias e colocava os órgãos da Polícia e da Justiça sob o comando do poder central.No período das regências várias revoltas explodiram pelas províncias brasileiras. Preocupado, o regente Feijó chegou a dizer: "o vulcão da anarquia ameaça devorar o império".
  • 33. A crise socioeconômica: • No campo econômico, as exportações brasileiras perdiam preço e mercado. O açúcar de cana sofria a concorrência internacional das Antilhas e dos Estados Unidos (açúcar de beterraba). O algodão, o fumo, o mate e o couro também enfrentavam a forte concorrência de outras áreas produtoras. O ouro era um minério quase esgotado.
  • 34.
  • 35. • No campo social, o povo das cidades e do campo levava uma vida miserável. Os alimentos eram caros. A riqueza e o poder estavam concentrados em mãos dos grandes fazendeiros e comerciantes. • No campo político, havia grande oposição ao autoritarismo do governo central do império. As províncias queriam mais liberdade e autonomia.
  • 36. • Queriam o direito de eleger seus próprios presidentes (governadores)da província. Muitos políticos das províncias pregavam a separação do governo central.
  • 37.
  • 38. A Cabanagem: 1835 – 1840: • A Cabanagem foi o mais importante movimento popular do Brasil. Foi o único em que representantes das camadas humildes ocuparam o poder em toda uma província. • A decadente economia da província do Grão- Pará, que englobava os atuais Estados do Pará, parte do Amazonas, Amapá e Roraima
  • 39. • se baseava na pesca, na produção de cacau, na extração de madeiras e na exploração das plantas medicinais da região. Utilizava-se a mão-de-obra escrava negra e a de índios que viviam em aldeias ou já estavam destribalizados e submetidos a um regime de semi-escravidão.
  • 40.
  • 41.
  • 42.
  • 43. • Os negros, índios e mestiços compunham a maioria da população inferiorizada do Grão- Pará e viviam agrupados nas pequenas ilhas e na beira dos rios em cabanas miseráveis (daí o nome cabanos, como eram conhecidos). No começo da revolta liderados por grupos da elite que disputavam o poder,
  • 44. • os cabanos, insatisfeitos, resolveram assumir sua própria luta contra a miséria, o latifúndio, a escravidão e os abusos das autoridades invadiram Belém, a capital da província, depuseram o governo que havia sido imposto pelos regentes e assumiram o poder. Formou- se então o único governo do país composto por índios e camponeses.
  • 45.
  • 46.
  • 47.
  • 48.
  • 49. • Entretanto, a radicalização e a violência dos cabanos, a dificuldade em organizar um governo capaz de controlar as divergências entre os próprios cabanos e a traição de alguns chefes, que chegaram a ajudar as tropas e os navios enviados pelo governo central, causaram o fracasso do movimento.
  • 50.
  • 51. • Vencidos em Belém pelas forças do governo, os cabanos reorganizaram suas forças e continuaram lutando até 1840, quando a província, pela força da opressão e da violência, foi obrigada a aceitar a pacificação e se render.
  • 52. • A Cabanagem deixou um saldo de 40 mil mortos. Era mais um claro exemplo que a classe dominante não admitia a ascensão do povo ao poder nem as manifestações populares que colocassem em risco o domínio político da aristocracia ( os ricos = elite). A derrota dessa revolta só aconteceu depois do envio de tropas pelo Rio de Janeiro, sob comando do mercenário inglês Grenfell.
  • 53.
  • 54.
  • 55. A Revolta dos Malês – 1835: • A Revolta dos Malês foi um movimento que ocorreu na cidade de Salvador (província da Bahia) entre os dias 25 e 27 de janeiro de 1835. Os principais personagens desta revolta foram os negros islâmicos que exerciam atividades livres, conhecidos como negros de ganho (alfaiates, pequenos comerciantes, artesãos e carpinteiros).
  • 56.
  • 57. • Apesar de livres, sofriam muita discriminação por serem negros e seguidores do islamismo. Em função destas condições, encontravam muitas dificuldades para ascender socialmente. Os 1.500 malês, estavam insatisfeitos com a escravidão, com o fato de serem obrigados a seguir o catolicismo e com o preconceito contra os negros.
  • 58.
  • 59. • Portanto, tinham como objetivo principal à libertação dos escravos. Queriam também acabar com o catolicismo (religião imposta aos africanos desde o momento em que chegavam ao Brasil), o confisco dos bens dos brancos e mulatos e a implantação de uma república islâmica.
  • 60. • De acordo com o plano, os revoltosos sairiam do bairro de Vitória (Salvador) e se reuniriam com outros malês vindos de outras regiões da cidade. Invadiriam os engenhos de açúcar e libertariam os escravos. Arrecadaram dinheiro e compraram armas para os combates. O plano do movimento foi todo escrito em árabe.
  • 61.
  • 62.
  • 63. • Uma mulher contou o plano da revolta para um Juiz de Paz de Salvador. Os soldados das forças oficiais conseguiram reprimir a revolta. Bem preparados e armados, os soldados cercaram os revoltosos na região da Água dos Meninos. Violentos combates aconteceram. No conflito morreram sete soldados e setenta revoltosos.
  • 64.
  • 65.
  • 66. • Cerca de 200 integrantes da revolta foram presos pelas forças oficiais. Todos foram julgados pelos tribunais. Os líderes foram condenados a pena de morte. Os outros revoltosos foram condenados a trabalhos forçados, açoites e degredo (mandados para a África).
  • 67. • O governo local, para evitar outras revoltas do tipo, decretou leis proibindo a circulação de muçulmanos no período da noite bem como a prática de suas cerimônias religiosas. • Curiosidade: • A palavra “malê” é de origem africana (ioruba) e significa “o muçulmano”.
  • 68.
  • 69. A Sabinada (1837-1838): • Os ânimos na capital baiana se acirraram com a renúncia do Regente Diogo Antônio Feijó (1837) e o projeto da lei de interpretação do Ato Adicional, cuja discussão se arrastou de 1837 a 1840. • O movimento aproveitou a reação popular contra o recrutamento militar imposto pelo Governo Imperial, liderado pelo médico e jornalista Francisco Sabino Álvares Vieira.
  • 70.
  • 71. • Na madrugada de 6 para 7 de novembro de 1837, Sabino e os que o apoiavam proclamaram a "República Baiana". Mesmo provisória, decretada até que o jovem príncipe Pedro de Alcântara atingisse a maioridade, ela rompia com o Governo Imperial e destituía o Governo Provincial.
  • 72. • Eles não tinham apoio popular, o que facilitou a repressão por parte do governo imperial, que cercou a capital em uma operação combinada terrestre e marítima (março de 1838). Cerca de mil pessoas morreram nos combates. Os rebeldes que sobreviveram foram capturados e julgados por um tribunal composto pelos donos de latifúndios da Bahia. Três dos líderes foram executados e os outros três deportados, entre eles Francisco Sabino Vieira, que acabou os seus dias na Fazenda Jacobina, na então remota província do Mato Grosso.
  • 73.
  • 74.
  • 75.
  • 76. • Outros, como Daniel Gomes de Freitas, Francisco José da Rocha, João Rios Ferreira e Manoel Gomes Pereira, conseguiram fugir e depois se juntaram à Revolução Farroupilha.
  • 77.
  • 79.
  • 80.
  • 81.
  • 82. • Durante o Período regencial brasileiro o Maranhão, região exportadora de algodão, passava por uma grave crise econômica, devido à concorrência com o algodão dos Estados Unidos. Em paralelo, a atividade pecuária absorvia importante contingente de mão-de-obra livre nessa região. Esses fatores explicam o envolvimento escravos e de homens livres de baixa renda no movimento.
  • 83. • A revolta começou quando o irmão do vaqueiro Raimundo Gomes, da fazenda do padre Inácio Mendes (bem-te-vi), foi preso por ordem do sub-prefeito da Vila da Manga, José Egito.
  • 84.
  • 85.
  • 86.
  • 87. • Contestando a prisão do irmão, Raimundo Gomes, com o apoio de um contingente da Guarda Nacional, invadiu a cadeia pública da povoação e libertou-o, em dezembro de 1838. Em seguida, Raimundo Gomes, conseguiu o apoio de Cosme Bento, ex-escravo que comandava três mil escravos fugitivos, e de Manuel Francisco dos Anjos Ferreira.
  • 88.
  • 89.
  • 90.
  • 91. • Para combatê-los foi nomeado Presidente e Comandante das Armas da Província, o coronel Luís Alves de Lima e Silva, que venceu os revoltosos na Vila de Caxias. Por isso foi promovido a General e recebeu o seu primeiro título de nobreza , Barão de Caxias.
  • 92.
  • 93.
  • 94.
  • 95.
  • 96.
  • 98. A Guerra dos Farrapos/Revolução Farroupilha: 1835 - 1845 • Não só foi a maior revolta do período regencial como também a maior guerra civil brasileira se arrastando por 10 anos e tendo chegado a proclamar duas repúblicas independentes. Ela ocorreu do sul do Paraná até a fronteira com o Uruguai, tendo no Rio Grande do Sul o maior expoente de sua batalha.
  • 99.
  • 100. • A Guerra dos Farrapos ocorreu no Rio Grande do Sul na época em que o Brasil era governado pelo Regente Feijó (Período Regencial). Esta rebelião, gerada pelo descontentamento político, durou por uma década (de 1835 a 1845). O estopim para esta rebelião foi as grandes diferenças de ideais entre dois partidos: um que apoiava os republicanos (os Liberais Exaltados) e outro que dava apoio aos conservadores (os Legalistas).
  • 101. • A revolta foi motivada pela desvalorização do charque gaúcho (principal ração dos escravos), o governo central não criara nenhuma medida protecionista para que o charque do RS pudesse concorrer com a charque platina (que era mais barata e de melhor qualidade). Irritados os fazendeiros gaúchos exigiram que o governo o fizesse, como eles se recusaram a guerra estourou.
  • 103.
  • 104. • Liderados por Bento Gonçalves, David Canabarro, Antonio de Souza Netto, Onofre Pires e Giuseppe Garibaldi, os farroupilhas declararam independente a República de Pirantini (RS – 16/11/1836) e Juliana (SC – 25/07/1839).
  • 105.
  • 106.
  • 109. • Em 1835 os rebeldes Liberais, liderados por Bento Gonçalves da Silva, apossaram-se de Porto Alegre, fazendo com que as forças imperiais fossem obrigadas a deixarem a região. • Após terem seu líder Bento Gonçalves capturado e preso, durante um confronto ocorrido na ilha de Fanfa (no rio Jacuí), os Liberais não se deixaram abater e, sob nova liderança (de Antônio de Souza Neto), obtiveram outras vitórias.
  • 111.
  • 112.
  • 113.
  • 114.
  • 115. • Em novembro de 1836, os revolucionários proclamaram a República em Piratini e Bento Gonçalves, ainda preso, foi nomeado presidente. Somente em1837, após fugir da prisão, é que Bento Gonçalves finalmente assume a presidência da República de Piratini.
  • 116. Bento Gonçalves na prisão:
  • 117. Forte de São Marcelo:
  • 118.
  • 119. Giuseppe Garibaldi e Bento Gonçalves:
  • 120.
  • 121. • Mesmo com as forças do exército da regência, os farroupilhas liderados por Davi Canabarro e Giuseppe Garibaldi, conquistaram a vila de Laguna, em Santa Catarina, proclamando, desta forma, a República Catarinense. • Entretanto, no ano de 1842, o governo nomeou Luiz Alves de Lima e Silva para comandar as tropas que deveriam os farroupilhas.
  • 122.
  • 125. Coronel Antonio de Souza Netto:
  • 126. • Ainda em 1844, Bento Gonçalves iniciou conversações de paz, mas retirou-se por discordar de Caxias em pontos fundamentais, assumindo o seu lugar Davi Canabarro. Os farrapos queriam assinar um Tratado de Paz, mas os imperiais rejeitavam, porque tratados se assinam entre países, e o Império não considerava a República Rio-Grandense um Estado.
  • 129.
  • 130.
  • 131.
  • 132. • Caxias contornou a situação, agradando os interesses dos farroupilhas sem criar constrangimentos para o Império. • Mas no final das contas os farrapos já não tinham outra saída senão aceitas as condições de Caxias. • A pacificação foi assinada em 1º de Março de 1845 em Ponche Verde, e tinha como principais pontos:
  • 134. • O Império assumia as dívidas do governo da República; • Os farroupilhas escolheriam o novo presidente da província - Caxias; • Os oficiais rio-grandenses seriam incorporados ao exército imperial nos mesmos postos, exceto os generais; • Todos os processos da justiça republicana continuavam válidos;
  • 135. • Todos os ex-escravos que lutaram no exército rio-grandense seriam declarados livres (mas muitos deles foram reescravizados depois); • Todos os prisioneiros de guerra seriam devolvidos à província. • O governo aumentou o imposto sobre o charque importado em 25%.
  • 136. • Terminou assim a Guerra dos Farrapos, que apesar da vitória militar do Império do Brasil contra a República Rio-Grandense, significou a consolidação do Rio Grande do Sul como força política dentro do país.