2. INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
D Pedro I ficou no Brasil como Príncipe Regente
Sofreu pressões, pois Portugal queria que o Brasil
se tornasse a colônia que era, enquanto a elite do
Brasil queria a Independência
O “Dia do Fico”(janeiro de 1822) foi um sinal de
que a pressão daqueles que ficaram no Brasil,
funcionou
A declaração de Independência ocorreu no dia 07
de setembro de 1822, declarando a separação
entre Brasil e Portugal, durante uma viagem à São
Paulo
3. INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Com a independência, Brasil teve que pagar uma
indenização a Portugal e acabou pedindo
empréstimo a Inglaterra.
A escravidão foi mantida e o modelo agrário
exportador de gêneros primários também
Adotou-se um sistema monárquico
4. PRIMEIRO REINADO 1822 - 1831
D Pedro I foi coroado Primeiro Imperador do Brasil
e teve muitas dificuldades no seu governo devido
ao autoritarismo
Por ser Português, muitos acreditavam que ele não
iria valorizar os interesses dos brasileiros
Em 1824 foi elaborada a primeira constituição
brasileira
A elaboração de leis teve como pano de fundo o
conflito entre os membros da assembleia e o
Imperador
Constituição foi outorgada (aprovada) depois de
um novo planejamento.
5. CONSTITUIÇÃO DE 1824
O voto era censitário – tinha uma renda mínima
para votar
Além dos três poderes usuais – Executivo,
Legislativo e Judiciário – a Constituição criava o
Poder Moderador, feito especialmente para o
imperador. Este quarto poder permitia a ele nomear
o ministério, dissolver a Assembleia e nomear os
presidentes das províncias.
Assim, a Constituição de 1824 estabelecia um
governo de poucos que beneficiava o imperador.
6. GUERRA DA CISPLATINA
A guerra da Cisplatina foi um conflito que ocorreu entre 1825 a
1828, na Província Cisplatina, atual Uruguai.
A Província Cisplatina foi incorporada ao Brasil em 1821, porém
devido a costumes diferentes, a região do Uruguai quis formar
um país independente.
Em 1825, apoiados pela Argentina, começaram a luta contra o
Brasil.
Depois de três anos de combate, D. Pedro I teve que fazer um
acordo. Brasil e Argentina reconheceram a independência do
Uruguai.
A guerra da Cisplatina trouxe muitas mortes e perdas materiais
para o Brasil. Por esse motivo, D. Pedro I enfrentou oposição
cada vez mais forte por parte de muitos políticos e da população.
7. CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR
Revolta contra o autoritarismo de D Pedro I
Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e
Paraíba
As condições de vida da população nordestina
eram muito precárias. Os revoltosos uniram-se
contra a escravidão, contra a desigualdade social e
contra o imperador.
Alguns dos principais líderes do movimento foram
Pedro Pedroso, Pais de Andrade e Frei Caneca.
Este último foi condenado à morte.
8. ABDICAÇÃO
Devido seu governo autoritário, vários foram os motivos para a abdicação
de D Pedro I
Confederação do Equador, Guerra da Cisplatina, vida pessoal conturbada,
apoio maior ao partido português e o assasinato do jornalista Libero Badaró
(oposição) estão entre os principais motivos
Além disso, com a morte de seu Pai D. João VI, a sucessão do trono
Português poderia ir para o seu irmão e não para sua filha como ele havia
planejado.
O choque entre os partidários do imperador, e aqueles que eram contrários
a ele, tornava-se cada vez mais violento. Um desses eventos ficou
conhecido como “Noite das Garrafadas”
Percebendo que tinha perdido a autoridade e o respeito da população, D.
Pedro I resolveu renunciar, em 1831. Voltou para Portugal e deixou o trono
para seu filho, Pedro de Alcântara, que tinha apenas cinco anos de idade.
9. DPEDROI
Uma curiosidade
sobre a morte de D
Pedro I: ao exumar
seu corpo,
descobriu- se que o
Imperador tinha
quatro costelas
fraturadas
decorrentes de
quedas de cavalo,
o que teria
inutilizado um de
seus pulmões, o
que pode ter
agravado a
tuberculose que o
matou, em 1834,
aos 36 anos.
10. PERÍODO REGENCIAL
A Constituição de 1824 afirmava que, até que o
imperador fizesse 18 anos, o Império seria
governado por regentes.
Esta regência seria composta por três membros,
eleitos pela Assembleia Geral, dos quais o mais
velho seria o presidente.
Assim, de abril a junho de 1831, o Poder Executivo
foi exercido por uma Regência Trina Provisória.
De junho de 1831 a outubro de 1835, por uma
Regência Trina Permanente, escolhida por uma
Assembleia Geral.
11. PERÍODO REGENCIAL
Em 1831, os regentes criaram a Guarda Nacional, com
o objetivo de assegurar a estabilidade política do país.
Em 1834, foi criado o Ato Adicional que criava
assembleias legislativas provinciais, dando mais
liberdade as províncias e descentralizando, de certa
forma, o poder. Outra mudança foi a substituição de
Regência Trina pela Regência Una
Já a Lei de Interpretação do Ato Adicional foi criada
posteriormente. Restringia o poder provincial e
fortalecia o poder central do Império
12. GRUPOS POLÍTICOS
O grupo dos restauradores, ou caramurus, era composto por
comerciantes e militares portugueses. Queriam a volta de D. Pedro I ao
governo. Deixou de existir após sua morte, em 1834.
O grupo dos moderados era formado principalmente por grandes
proprietários de terras. Era a favor da monarquia, do voto censitário e do
modelo agrário-exportador.
O grupo dos exaltados defendiam reformas sociais e políticas, voto
para todos, instalação de indústrias e o fim do Poder Moderador. Foram
derrotados pelo grupo dos moderados.
Donos da situação e do governo, os moderados dividiram-se em dois
grupos: os liberais (progressistas) e os conservadores
(regressistas)
Ambos defendiam os interesses dos grande proprietários rurais, mas
discordavam sobre a organização do poder e da relação entre o governo
central e as províncias.
13. REVOLTAS REGENCIAIS
As constantes disputas políticas juntamente com as
péssimas condições de vida da população,
desencadearam as revoltas
As principais revoltas foram a Cabanagem, a
Sabinada, a Balaiada e a guerra dos Farrapos.
A maior parte das revoltas foram sufocadas pelas
forças do governo, com exceção da guerra dos
Farrapos, que terminou mediante negociação.
14.
15. GOLPE DA MAIORIDADE
Devido a grande instabilidade política e as inúmeras
revoltas, muitos pensavam que a figura do Imperador
poderia melhorar a configuração política e econômica do
país
Porém, ele tinha apenas 14 anos e não poderia assumir o
governo.
Para resolver este problema, foi feita uma alteração na
Constituição, declarando a maioridade de Pedro de
Alcântara, que recebeu o título de D. Pedro II. (Apoio do
Partido Liberal)
Esta alteração na Constituição é denominado Golpe da
Maioridade. Inicia-se, assim, o Segundo Reinado, em
1840.
16. D.PEDROIIAOS14ANOS
Desde os 5 anos
de idade, com a
abdicação do pai,
D. Pedro II foi
educado com
acompanhamento
de tutores como o
José Bonifácio de
Alndrada, para ser
Imperador do
Brasil.
17. ENEM 2011
Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais.
I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais não se compreendam os
casados, e Oficiais Militares, que forem maiores de vinte e um anos, os
Bacharéis Formados e Clérigos de Ordens Sacras.
IV. Os Religiosos, e quaisquer que vivam em Comunidade claustral.
V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz,
indústria, comércio ou empregos.
(Constituição Política do Império do Brasil (1824) Disponível em:
http://legislacao.planalto.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado)
A legislação espelha os conflitos políticos e sociais do contexto histórico de
sua formulação. A Constituição de 1824 regulamentou o direito de voto dos
“cidadãos brasileiros” com o objetivo de garantir
a) o fim da inspiração liberal sobre a estrutura política brasileira.
b) a ampliação do direito de voto para maioria dos brasileiros nascidos
livres.
c) a concentração de poderes na região produtora de café, o Sudeste
brasileiro.
d) o controle do poder político nas mãos dos grandes proprietários e
comerciantes..
e) a diminuição da interferência da Igreja Católica nas decisões político-
administrativas.
18. UFPR 2011
“Temos a tendência de pressupor que todas as mudanças que decorreram
de um movimento de independência foram para o melhor. Raramente, por
exemplo, consideramos um movimento de independência como uma
regressão, um triunfo do despotismo sobre a liberdade, de um regime
imposto sobre um regime representativo. Apesar disso, no caso da
independência do Brasil, essas acusações foram na época imputadas ao
novo regime”.
(Adaptado de MAXWELL, K. “Por que o Brasil foi diferente? O contexto da independência”. In: MOTTA, C. G. (org.).
Viagem incompleta: a experiência brasileira. São Paulo: Editora Senac, 2000, p 181.)
Qual dos eventos citados a seguir gerou as acusações mencionadas no
texto?
a) A outorga da Constituição de 1824, feita por D. Pedro I depois de dissolvida a
Assembleia Constituinte que elaborava o texto constitucional..
b) O tratado de comércio que estipulou vantagens econômicas para a Inglaterra.
c) O incentivo à imigração européia e a gradual emancipação dos escravos,
resultado de políticas públicas realizadas no período monárquico com objetivo de
promover a transição do trabalho escravo para o trabalho livre.
d) A guerra empreendida contra o Paraguai na década de 1860.
e) A decretação da maioridade de D. Pedro II que, em 1840, favoreceu as medidas
de centralização do poder, chamadas à época de “regresso”.