Os primeiros povos da América eram nômades caçadores-coletores que provavelmente migraram pelo Estreito de Bering há cerca de 10 mil anos. Civilizações como os Maias, Astecas e Incas desenvolveram culturas avançadas com sistemas de escrita, arquitetura monumental e agricultura sofisticada. A chegada dos europeus teve um impacto devastador nestes povos pré-colombianos.
2. PRÉ-COLOMBIANOS
A expressão “pré-colombianos” foi
criada pelos europeus que designa
os povos do continente americano
antes da chegada de Cristóvão
Colombo. essa expressão se apoia
na suposição de que a Europa
deveria servir de referência para a
história de todos os povos. Mas,
todos povos que viviam na América
antes da chegada dos Europeus
tinham sua história e cotidiano e
suas referências não eram as
europeias.
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA
3. A Mesoamérica (tem o significado
aproximado de América
intermédia) é o termo com que se
denomina a região do continente
americano que inclui
aproximadamente o sul do
México e os territórios da
Guatemala, El Salvador e
Belize bem como as porções
ocidentais da Nicarágua,
Honduras e Costa Rica. Trata-se
de uma macrorregião cultural de
grande diversidade étnica e
linguística, cuja unidade cultural
está baseada como o complexo
mesoamericano.
4. ESTREITO DE BERING
Evidências
arqueológicas
mostram que o
continente já
era ocupado
por diversos
povos há cerca
de 10 mil anos.
Uma das
teorias defende
que a povoação
do continente
ocorreu pela
travessia do
Estreito de
Bering. Os
caçadores
migraram
através da
perseguição de
animais
5. NAVEGAÇÃO
Há outras evidências
arqueológicas que
apontam a existência
de seres humanos na
América antes das
incursões do Estreito
de Bering, o que pode
ter ocorrido por por
rotas alternativas ou
pela navegação.
6. Os primeiros povos da América eram nômades, caçadores e coletores. Segundo estudos
arqueológicos, tinham diversas características físicas, exibindo traços semelhantes aos dos povos da
África, Austrália e de povos mongóis. Estudos de DNA dos nativos americanos e dos povos acima
citados provam essa semelhança.
Muitas práticas entre esses povos eram comuns: a caça, incluído animais como mastodontes,
preguiça-gigante, tigre dente de sabre e o tatu gigante. Os equinos desse período também foram
extintos, mas os cavalos foram reintroduzidos após a chegada dos Europeus. Há 7 mil anos, as
nações americanas já dominavam a agricultura e plantavam abóbora, batata, milho, feijão e
mandioca. Também domesticaram pequenos animais.
O Continente Americano estava inteiramente povoado na época da chegada de Cristóvão Colombo e
Pedro Álvares Cabral. Além de coletores, divididos em vários povos e espalhados por todo o
continente, havia civilizações organizadas em imponentes impérios, como é o caso dos Maias, dos
Astecas e dos Incas. Essas civilizações tinham ritos e sacrifícios extremamente chocantes para os
europeus. Do mesmo modo, havia costumes da Europa que pareciam estranhos aos nativos. O
problema foi a força desproporcional que foi usada pelos europeus e que fez desaparecer povos
inteiros na América.
CARACTERÍSTICAS
7. Animais que os povos mesoamericanos caçavam
Mastodonte,
tatu gigante,
preguiça
gigante, tigre
dente de sabre
etc.
8. MAIAS
A civilização maia foi uma cultura mesoamericana
notável por sua língua escrita, com um sistema de
escrita que podia representar completamente um
idioma falado no mesmo grau de eficiência que o
idioma escrito no velho mundo Europeu. Os maias
registravam sua escrita em placas de pedra em
artefatos de cerâmica, em paredes de templos,
palácios e nos códices. Parte desses registros está
preservada até hoje. Os maias elaboraram um
sistema numérico que era representado
graficamente de forma simples. Eles utilizavam três
símbolos: a concha, para representar o zero, o ponto,
para representando uma unidade, e o traço, para
representar cinco unidades. Nesse sistema de
numeração, o uso do erro como indicação de valor ou
para compor o sistema vigésima de numeração é
considerado de grande importância, pois possibilitou a
realização de operações matemáticas mais
complexas. Do mesmo modo os maias se
destacavam em áreas como artes, arquitetura,
matemática e sistemas astronômicos. números do povo Maia
9. Templo de Kukulcán
Construído em forma de pirâmide, é considerada a
construção mais importante deixada pela civilização Maia.
Conta com nove níveis ou patamares, quatro fachadas
principais e uma com escadaria. Neste ambiente eles
cultuavam o deus Kukulcán, que significa Serpente
Emplumada, aliás, nos equinócios os raios de Sol projetam
a sombra de uma serpente nas laterais da escadaria.
A civilização maia (2.600 a.C-1697 d.C) compartilhou
vários avanços como a escrita e o calendário, que não se
originaram com os maias. A influência dos maias pode ser
detectada em países como Hondura, Guatemala, El
Salvador e na região central do México a mais de 1 000 km
da área maia. Muitas influências externas são encontradas
na arte e arquitetura Maia, o que se acredita ser resultado
do intercâmbio comercial e cultural, em vez da conquista
externa direta. Os povos maias não desapareceram
totalmente, nem na época do declínio no período clássico,
nem com a chegada dos conquistadores espanhóis e sua
colonização. Hoje, os descendentes dos maias formam
populações consideráveis em toda a área antiga maia e
mantêm um conjunto distinto de tradições e crenças que
são o resultado da fusão das cultural mesoamericana e a
pós-conquista. Muitas línguas maias continuam a ser
faladas como línguas primárias ainda hoje. A arquitetura
maia era bastante desenvolvida e ostentava obras
grandiosas, tecnicamente qualificadas e com grande
variedade e beleza de formas.
10. ASTECAS
Os astecas floresceram no período pós-clássico, de 1300 a 1521. No seu
interior incluíam diferentes grupos étnicos que falavam a língua náuatle e
dominaram grandes partes da Mesoamérica entre os séculos XIV ao XVI. A
cultura asteca era organizada em cidades-estados, algumas das quais se
juntaram para formar alianças políticas ou impérios. O Império Asteca era
uma confederação de três cidades-Estados estabelecida em
1427, Tenochtitlán (cidade-Estado dos mexitas), Texcoco e Tlacopan. Para
os astecas a religiosidade tinha grande importância, eram politeístas,
entretanto cultuavam uma divindade principal Huitzilopochtli (deus do sol
e da terra). A divisão social entre nobreza (pipitin) e plebeus (macehualtin),
um panteão (caracterizando Tezcatlipoca, Tlaloc e Quetzalcoatl) e assim
como os maias o sistema de calendário era de 365 dias intercalado com
um de 260 dias. A economia do império asteca estava baseada nos tributos
que os povos dominados eram obrigados a pagar. Esses tributos eram
cobrados de acordo com o grau de dominação, ou seja, quanto mais
submetido aos astecas estava um povo, mais pesado era a tributação. Eles
podiam ser cobrados, por exemplo, na forma de produtos agrícolas,
artesanato ou prestação de serviços. Um povo tipicamente agrícola
cultivava milho, pimenta, tomate, cacau, abóbora e algodão.
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA
Deus do sol e da terra
HUITZILOPOCHTLI
11. Ruínas astecas do Templo Mayor de Tenochtitlán,
localizadas na Cidade do México.
o calendário asteca, solar civil de 365 dias
(xihuitl)
12. INCAS
Os Incas se estabeleceram por meio de combates e de alianças com povos
vizinhos e instauraram seu domínio na região do vale de Cuzco, localizado na
cordilheira dos Andes em meados do século XIII. Com o reinado de Pachacutec,
em 1438, eles expandiram cada vez mais seus domínios, formando um império
com mais de 3000 quilômetros de extensão ao longo da cordilheira dos Andes e
do litoral do oceano Pacífico. Até meados do século XVI, o Império Inca tinha uma
população de mais de 12 milhões de habitantes.
O imperador inca procurava manter boas relações com os povos dominados.
Por isso, era permitido que eles mantivessem seus chefes locais, desde que
jurassem fidelidade ao governante inca e pagassem tributos ao império. Os povos
dominados também podiam continuar falando sua própria língua, porém tinham
que aprender o quéchua, a língua falada pelos incas. Além disso, esses povos
podiam manter o culto aos seus deuses, mas deviam incluir o deus inca, o deus
do Sol, denominado Inti, em seus rituais. Os incas não utilizavam a escrita, para
administrar seu império tão vasto, utilizavam o quipo, que significa nó. Um
instrumento formado por dezenas de cordões coloridos com diversos laços,
criavam códigos que permitiam controlar alimentos e pagamentos de tributos. Sua
economia era baseada principalmente no cultivo de batata e milho e na criação
de animais, como a lhama e a alpaca. A sociedade inca era organizada em clãs,
conhecidos como ayllus, formados por laços de parentesco entre seus membros.
Cada ayllus possuía suas terras, que eram cultivadas coletivamente. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA
15. Os incas desenvolveram diferentes técnicas de construção. Eles
ergueram cidades planejadas, como Machu Picchu, com ruas largas e
pavimentadas, onde geralmente havia uma praça central, templos,
armazéns, casas e palácios. Nessas cidades, também construíram aquedutos
que garantiam o abastecimento de água.
A região de Machu Picchu apresentava terrenos muito inclinados, por
isso, para realizar cultivos, os incas construíram terraços agrícolas. Esses
terraços consistiam em um sistema de cultivo de degraus que permitia a
produção agrícola nas encostas das montanhas e evitava que os produtos
cultivados fossem levados pela erosão causada pelas chuvas. Todos esses
terraços eram interligados por canais de irrigação.
17. BIBLIOGRAFIA
AZEVEDO, Gislane. Projeto Teláris: História: Ensino Fundamental 2. São Paulo: Ática, 2020.
BRASÍLIA, Governo do Distrito Federal. Currículo em movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental
Anos Iniciais – Anos Finais. 2º ed. SEDF. Brasília: 2018.
Páginas:
www.todamateria.com.br/primeiros-povos-da-america/
www.wikipedia.org/wiki/Civiliza%C3%A7%C3%A3o_maia
https://www.hipercultura.com/calendario-maia/
https://gizmodo.uol.com.br/mascara-cobre-historia-america-sul/