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As Revoltas Regenciais foram rebeliões
ocorridas em todo o Brasil durante o Período
Regencial (1831-1840). Foi uma época
marcada pela instabilidade política (falta de
um governante unificador), somada à má
condição de vida da população. Cada revolta
teve outras causas locais, mas só houve uma
estabilização geral com o Golpe da
Maioridade.
• Onde aconteceu: Província da Bahia (atual Bahia), bem na capital Salvador
• Ano: 1835
• Componentes: negros escravos e libertos de origem muçulmana em sua
maioria
• Principais líderes: Pacífico Licutã, Manuel Calafate e Luis Sanim
• Contexto: Os revoltosos eram os “negros de ganho”: vendiam produtos pelas
e traziam metade do que recebiam para seus donos. Com a venda, podiam
andar mais livres pela capital, facilitando a organização das revoltas. Muitos
deles guardavam dinheiro e compravam a própria alforria. Eles defendiam a
luta armada para libertar a cidade, além da abolição da escavidão para os
negros que viviam alí.
• Como acabou: Uma escrava liberta, Guilhermina Rosa de Souza, contou ao
seu ex-senhor sobre o movimento. O movimento durou menos de um dia e
não alcançou os seus objetivos. Foi duramente reprimido com um saldo de
muitos mortos, presos e até cerca de quinhentos negros libertos exilados na
África. Apesar de não ter tido sucesso, teve seu destaque por apresentar uma
organização dos povos menos favorecidos.
• Onde aconteceu: Província de São Pedro do Rio Grande do Sul (atual Rio
Grande do Sul)
• Anos: 1835 a 1845
• Componentes: os farrapos (comerciantes populares que usavam roupas
humildes)
• Principais líderes: Bento Gonçalves, Davi Canabarro, Guiseppe Garibaldi e
Anita Garibaldi
• Contexto: A economia era baseada na criação de gado (estância) e na
produção de carne seca (charque). Porém, os impostos do Brasil eram altos
e os países que faziam divisa com o sul lucravam mais. Portanto, ficaram
ameaçados pela concorrência. O objetivo era conquistar maior autonomia
econômica e política para a região.
• Como acabou: Eles eram separatistas, então chegaram a proclamar duas
repúblicas: a primeira foi a República Rio-Grandense e a segunda foi a
República Juliana ou Catarinense). O movimento foi derrotado com
algumas mortes e muitas prisões. Porém, o governo fez uma acordo com os
farrapos: todos os revoltosos seriam anistiados e suas terras confiscadas
seriam devolvidas.
• Onde aconteceu: Província do Grão-Pará (atual Pará e Amazonas)
• Anos: 1835 a 1840
• Componentes: negros, índios e cabanos (moradores pobres de cabanas a
beira do rio)
• Principais líderes: Batista Campos, Eduardo Nogueira Argelim, os irmãos
Vinagre, Felix Antônio Clemente Malcher e Vicente Ferreira Lavor
• Contexto: Desde 1820, a população tentava se separar do resto do Brasil.
Quando o governo regencial nomeou o novo presidente da província, as
coisas pioraram. Eles lutavam pela melhoria da vida dos pobres e
pela perda do domínio político dos grandes produtores da terra.
• Como acabou: No início conseguiram conquistar a capital Belém e até
mesmo chegaram a declarar a independência do Pará! Mas formaram-se
dois governos cabanos e um acabou traindo o movimento e se juntou ao
império. Foram derrotados pelas tropas do governo e deixando 30 mil
mortos. Isso correspondia a quase 40% da população paraense da
época! Mesmo tendo falhado, a Cabanagem foi o primeiro movimento
popular que chegou ao poder.
• Onde aconteceu: Província da Bahia (atual Bahia)
• Anos: 1837 a 1838
• Componentes: classe média, ricos e militares
• Principal líder: Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira
(médico)
• Contexto: As causas foram os baixos salários dos militares e
a insatisfação com o governo regencial, que queria enviá-los
para resolver conflitos no Sul. Os demais interesses eram ter
maior participação política e mais acesso ao poder.
• Como acabou: Inicialmente conseguiram até declarar a
independência da Bahia com um governo republicano, mas
foram duramente reprimidos pelas autoridades da província.
• Onde aconteceu: Província do Maranhão (atual Maranhão)
• Anos: 1838 a 1841
• Componentes: quilombolas, escravos e artesãos
• Principal líder: Manuel Francisco dos Anjos Ferreira (fazedor de balaios –
artesanato), Cosme Bento Chagas (chefe de quilombo) e Raimundo Gomes
(vaqueiro)
• Contexto: A revolta teve início por causa das disputas políticas entre os
cabanos (conservadores) e os bem-te-vis (liberais). Mas logo as classes
populares se levantaram pedindo para deixarem de ser explorados pelos
produtores rurais e grandes comerciantes. Portanto, não foi um
movimento unificado.
• Como acabou: O futuro Duque de Caxias era o coronel do exército do
governo regencial nessa época. Ele liderou a dominação e pacificação dos
rebeldes, encerrando as revoltas. As classes médias recuaram, facilitando a
repressão dos pobres.
Fim das Revoltas Regenciais
• Todas as revoltas foram reprimidas pelos comandantes das províncias.
Porém, você viu que algumas tiveram penas maiores que outras,
dependendo do valor que aquele setor representava para a época.
• Independente das repressões, as tentativas de novas revoltas só chegaram
ao fim quando o período regencial chegou ao fim também. Isso aconteceu
com o Golpe da Maioridade, uma estratégia política que antecipou a
maioridade de D. Pedro II. Assim, ele foi declarado imperador do Brasil
quando era adolescente.

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As principais revoltas durante o Período Regencial no Brasil (1831-1840

  • 1.
  • 2.
  • 3. As Revoltas Regenciais foram rebeliões ocorridas em todo o Brasil durante o Período Regencial (1831-1840). Foi uma época marcada pela instabilidade política (falta de um governante unificador), somada à má condição de vida da população. Cada revolta teve outras causas locais, mas só houve uma estabilização geral com o Golpe da Maioridade.
  • 4.
  • 5. • Onde aconteceu: Província da Bahia (atual Bahia), bem na capital Salvador • Ano: 1835 • Componentes: negros escravos e libertos de origem muçulmana em sua maioria • Principais líderes: Pacífico Licutã, Manuel Calafate e Luis Sanim • Contexto: Os revoltosos eram os “negros de ganho”: vendiam produtos pelas e traziam metade do que recebiam para seus donos. Com a venda, podiam andar mais livres pela capital, facilitando a organização das revoltas. Muitos deles guardavam dinheiro e compravam a própria alforria. Eles defendiam a luta armada para libertar a cidade, além da abolição da escavidão para os negros que viviam alí. • Como acabou: Uma escrava liberta, Guilhermina Rosa de Souza, contou ao seu ex-senhor sobre o movimento. O movimento durou menos de um dia e não alcançou os seus objetivos. Foi duramente reprimido com um saldo de muitos mortos, presos e até cerca de quinhentos negros libertos exilados na África. Apesar de não ter tido sucesso, teve seu destaque por apresentar uma organização dos povos menos favorecidos.
  • 6.
  • 7. • Onde aconteceu: Província de São Pedro do Rio Grande do Sul (atual Rio Grande do Sul) • Anos: 1835 a 1845 • Componentes: os farrapos (comerciantes populares que usavam roupas humildes) • Principais líderes: Bento Gonçalves, Davi Canabarro, Guiseppe Garibaldi e Anita Garibaldi • Contexto: A economia era baseada na criação de gado (estância) e na produção de carne seca (charque). Porém, os impostos do Brasil eram altos e os países que faziam divisa com o sul lucravam mais. Portanto, ficaram ameaçados pela concorrência. O objetivo era conquistar maior autonomia econômica e política para a região. • Como acabou: Eles eram separatistas, então chegaram a proclamar duas repúblicas: a primeira foi a República Rio-Grandense e a segunda foi a República Juliana ou Catarinense). O movimento foi derrotado com algumas mortes e muitas prisões. Porém, o governo fez uma acordo com os farrapos: todos os revoltosos seriam anistiados e suas terras confiscadas seriam devolvidas.
  • 8.
  • 9. • Onde aconteceu: Província do Grão-Pará (atual Pará e Amazonas) • Anos: 1835 a 1840 • Componentes: negros, índios e cabanos (moradores pobres de cabanas a beira do rio) • Principais líderes: Batista Campos, Eduardo Nogueira Argelim, os irmãos Vinagre, Felix Antônio Clemente Malcher e Vicente Ferreira Lavor • Contexto: Desde 1820, a população tentava se separar do resto do Brasil. Quando o governo regencial nomeou o novo presidente da província, as coisas pioraram. Eles lutavam pela melhoria da vida dos pobres e pela perda do domínio político dos grandes produtores da terra. • Como acabou: No início conseguiram conquistar a capital Belém e até mesmo chegaram a declarar a independência do Pará! Mas formaram-se dois governos cabanos e um acabou traindo o movimento e se juntou ao império. Foram derrotados pelas tropas do governo e deixando 30 mil mortos. Isso correspondia a quase 40% da população paraense da época! Mesmo tendo falhado, a Cabanagem foi o primeiro movimento popular que chegou ao poder.
  • 10.
  • 11. • Onde aconteceu: Província da Bahia (atual Bahia) • Anos: 1837 a 1838 • Componentes: classe média, ricos e militares • Principal líder: Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira (médico) • Contexto: As causas foram os baixos salários dos militares e a insatisfação com o governo regencial, que queria enviá-los para resolver conflitos no Sul. Os demais interesses eram ter maior participação política e mais acesso ao poder. • Como acabou: Inicialmente conseguiram até declarar a independência da Bahia com um governo republicano, mas foram duramente reprimidos pelas autoridades da província.
  • 12.
  • 13. • Onde aconteceu: Província do Maranhão (atual Maranhão) • Anos: 1838 a 1841 • Componentes: quilombolas, escravos e artesãos • Principal líder: Manuel Francisco dos Anjos Ferreira (fazedor de balaios – artesanato), Cosme Bento Chagas (chefe de quilombo) e Raimundo Gomes (vaqueiro) • Contexto: A revolta teve início por causa das disputas políticas entre os cabanos (conservadores) e os bem-te-vis (liberais). Mas logo as classes populares se levantaram pedindo para deixarem de ser explorados pelos produtores rurais e grandes comerciantes. Portanto, não foi um movimento unificado. • Como acabou: O futuro Duque de Caxias era o coronel do exército do governo regencial nessa época. Ele liderou a dominação e pacificação dos rebeldes, encerrando as revoltas. As classes médias recuaram, facilitando a repressão dos pobres.
  • 14. Fim das Revoltas Regenciais • Todas as revoltas foram reprimidas pelos comandantes das províncias. Porém, você viu que algumas tiveram penas maiores que outras, dependendo do valor que aquele setor representava para a época. • Independente das repressões, as tentativas de novas revoltas só chegaram ao fim quando o período regencial chegou ao fim também. Isso aconteceu com o Golpe da Maioridade, uma estratégia política que antecipou a maioridade de D. Pedro II. Assim, ele foi declarado imperador do Brasil quando era adolescente.