O documento descreve o imperialismo europeu na África no século XIX, quando os países europeus dividiram e exploraram o continente africano em busca de matérias-primas e mercados consumidores. A Bélgica dominou brutalmente o Congo e milhões de congoleses morreram. A África do Sul foi palco de disputas entre holandeses e britânicos pelo controle de minas de ouro e diamantes.
2. • A industrialização europeia se acentuou
principalmente após as inovações técnicas
provenientes da 2ª fase da Revolução
Industrial, causando o Imperialismo ou
Neocolonialismo.
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4. • O Imperialismo aconteceu por causa:
• 1º - Da busca por mercados consumidores
(para os produtos industrializados);
• 2º- Da exploração de matéria-prima (para
produção de mercadorias nas indústrias).
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6. • O domínio da África e da Ásia, exercido pelos
países industrializados duas formas principais:
• 1ª- a dominação política e econômica direta
(os próprios europeus governavam);
• 2ª- a dominação política e econômica indireta
(as elites nativas governavam).
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8. • O imperialismo europeu foi extremamente
desastroso e prejudicial para os povos nativos
da África, Ásia e Oceania, pois causou o
subdesenvolvimento e desigualdades sociais
vividas até os dias de hoje em muitos países
desses continentes.
9. • Um dos discursos ideológicos que “deram
legitimidade” ao processo de domínio e
exploração dos europeus sobre asiáticos e
africanos foi o evolucionismo social. Essa
teoria classificava as sociedades em três
etapas evolutivas:
10. • 1ª- Bárbara ( os africanos);
• 2ª- Primitiva ( os asiáticos);
• 3ª- Civilizada.
• Os europeus se consideravam integrantes da
3ª etapa (civilizada) e classificavam os
asiáticos como primitivos e os africanos como
bárbaros.
11. • Portanto, restaria ao colonizador europeu a
“missão civilizadora”, para que asiáticos e
africanos fossem dominados e adotassem na
marra “a verdadeira cultura civilizada”.
13. • Quando os europeus invadiram os territórios
da África, forçaram os nativos a realizar
trabalhos pesados, nas minas e grandes
plantações, em troca de baixos salários. Além
disso, os europeus não respeitavam os
hábitos, costumes e cultura dos nativos,
obrigando-os a adotar sua língua, seus
costumes e sua religião.
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15. • Até 1870, o interior da África permanecia
desconhecido dos europeus e era governado
por seus próprios reis, rainhas e chefes de
clãs; a partir dessa época a situação começou
a mudar rapidamente.
16. • A busca por tesouros fabulosos e a visão da
natureza desafiadora e ainda intocada,
estimulou aventureiros transformados em
heróis pela imprensa europeia e norte-
americana. Os governos europeus voltaram
seus interesses para o continente africano.
17. • Foram organizadas as primeiras missões
religiosas e expedições exploradoras para esse
continente.
• Entre eles, destacou-se o médico e
missionário escocês David Livingstone que, de
1849 até sua morte, em 1873, fez várias
expedições à África Central convertendo
nativos e curando doentes.
20. • Já o jornalista Henry Morton Stanley não tinha
a mesma preocupação humanitária. Suas
expedições à África central, de leste a oeste,
entre 1874 e 1878, revelaram o sistema de
navegação da bacia do Congo – informação
valiosa que, ele vendeu para o rei Leopoldo II,
da Bélgica. O rei usou essa informação para
dominar a região.
22. • A população nativa, submetida ao trabalho
forçado para entregar marfim e borracha aos
colonizadores belgas, quase foi exterminada.
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29. • Quando os congoleses não cumpriam as
ordens dos belgas ou não cumpriam as cotas
de fornecimento de marfim ou de borracha
eram punidos com: assassinatos, amputações,
estupros e saques.
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32. • Cerca de 8 a 10 milhões de pessoas,
aproximadamente metade da população
congolesa foi exterminada.
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36. • Diante da grande pressão internacional, o
parlamento belga decidiu intervir e tomou do
rei Leopoldo II, o “Estado Livre do Congo” em
1908. A região foi renomeada de Congo Belga
e, em comparação com os anos de terror sob
os desmandos de Leopoldo II, diminuiu
bastante a brutalidade.
41. • A partir do século XVII, fazendeiros
holandeses foram viver na região sul da África
do Sul. Usavam mão-de-obra escrava da
região. No começo do século XIX, os britânicos
dominaram a região, forçando os holandeses
a migrarem para o interior.
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43. • No interior da África do Sul, os fazendeiros
holandeses fundaram duas repúblicas livres:
Orange e Transvaal. Enquanto isso, os ingleses
se concentraram em suas colônias na região
litorânea do sul da África (Colônia do Cabo).
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45. • A partir de 1850 , os bôeres encontram minas
de ouro e diamantes em suas repúblicas. A
partir daí, os estrangeiros (principalmente
súditos britânicos) partiram para o interior
para explorar estas minas em territórios
dominados pelos bôeres. Porém, muitos
destes estrangeiros foram impedidos de
praticar a mineração nestas terras holandesas.
49. • O governo britânico passou então a apoiar os
ingleses que se dirigiam à região mineradora,
provocando revolta nos bôeres. Em represália,
no final de 1899, os bôeres passaram a atacar
as colônias britânicas, dando início à guerra.
57. • Com um exército maior e com armas mais
avançadas, os ingleses derrotaram os
holandeses.
• A Guerra terminou em 31 de maio de 1902,
com a derrota dos bôeres e a assinatura do
Tratado de Paz de Vereeniging.
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59. Consequências:
• As repúblicas bôeres do Transvaal e Orange
foram anexadas às colônias britânicas do Cabo
e Natal. Em 1910, formou-se a União Sul-
Africana.
• Aumento do imperialismo britânico na região
sul da África.
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61. • Embora derrotados, os bôeres receberam
uma indenização de três milhões de libras dos
ingleses para reconstruir as áreas arrasadas
pela guerra. Além disso, pelo tratado de paz,
conquistaram o direito de usar a língua
holandesa nas escolas, tribunais e órgãos
públicos em geral.
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63. • A colonização francesa na África se confirmou
no final do século XIX e no início do século XX,
porém, em 1664 os franceses chegam no
Senegal e exploram a região. Desde 1830 a
França já exercia grande influência na Argélia,
e também na Tunísia desde 1881. Em 1844, o
Marrocos foi parcialmente submetido ao
controle francês e, em 1854, foi a vez do
Senegal.
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66. • Partindo desses pontos, a França avançou
para o interior do continente, conquistando a
Guiné, o Gabão, uma parte dos territórios do
Congo e do Sudão. Em 1910, esses territórios
formavam a África Ocidental Francesa.
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68. • Depois da Conferência de Berlim (1894-1895)
os franceses que criaram o seu Ministério das
Colônias em 1894, dividiram os seus
territórios em três partes: África Ocidental
Francesa, África Equatorial Francesa e Ilhas
Francesas.
71. • O projeto colonial inglês, definido na
expressão “do Cairo ao Cabo”, era unificar
numa única colônia todos os territórios
compreendidos entre a colônia do Cabo (Sul
da África) e o Egito (Norte da África).
72. • Os britânicos realizaram sua incursão
imperialista promovendo a conquista do Egito
e a construção do Canal de Suez. Do ponto de
vista econômico, o Canal de Suez permitia a
integração entre os grandes centros
industriais europeus e as colônias asiáticas
através da ligação entre o mar Mediterrâneo e
Vermelho.
76. • Logo após o domínio do Egito, o Sudão
também foi incorporado. Os ingleses também
conquistaram a Rodésia, Uganda, Zanzibar,
Quênia, África Oriental Inglesa, Serra Leoa,
Costa do Ouro, Nigéria, Gâmbia.
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78. • A colonização inglesa no Sul do continente
africano foi iniciada por Cecil Rodhes, que
explorava as reservas de ouro e diamantes
encontradas nessa região. Em 1888, a
companhia dirigida por Cecil Rodhes iniciou a
conquista da Rodésia.
79. • Entre 1888 e 1891, o Quênia, a Somália e
Uganda foram incorporados ao império
britânico. Em 1899, os ingleses tornaram o
Sudão da França e o Transvaal dos bôeres,
população de origem holandesa que lá estava
desde o século XVIII.
82. • Mas as pretensões coloniais inglesas esbarraram
em um empecilho – a Alemanha, que reclamava
para si o território de Zanzibar. Além dessa
colônia, a Alemanha havia conquistado, entre
1884 e 1885, os territórios de Camarões, Togo e
Namíbia (Sudoeste africano).
Não podemos esquecer Portugal, que havia
muito tempo tinha colonizado a costa de Angola
e Moçambique, Guiné-Bissau e as ilhas de Cabo
Verde.
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87. • A região central do continente africano era
disputada por vários países europeus. Para
decidir a questão, foi organizado um con-
gresso internacional em Berlim. Foi a
denominada Conferência de Berlim (1884-
1885).
93. • O congresso reconheceu a soberania belga sobre
o Congo, garantindo liberdade de comércio para
todos os países presentes no congresso. A
ocupação desse território foi uma das mais
sangrentas da história do colonialismo europeu.
A população local foi escravizada, milhares de
pessoas morreram de fome, pelos trabalhos
forçados, pelas doenças trazidas pelos brancos e
pelos massacres coletivos promovidos contra as
aldeias que se rebelavam.
108. • O filme O Elo Perdido (Man to Man) de 2005,
conta a história de um antropólogo escocês
chamado Jaime Dodd, que viaja para a África
e captura um casal de pigmeus,
chamados Toko e Likola, e os leva ao Reino
Unido a fim de serem estudados.
109. • Dodd acredita que aqueles pigmeus seriam o
"elo perdido" entre os macacos e o ser
humano.
• O filme se baseou nas teorias raciais do século
XIX e nos estudos empreendidos para
classificar as "raças humanas".
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111. • Em alguns livros de Tarzan, o autor Edgar Rice
Burroughs transparece em dados momentos
reflexos da teoria racial do começo do século
XX, na fala de alguns personagens.