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ANTECEDENTES
 Forte presença da Igreja Católica;
 Em 1874, Conselheiro já conquistara fiéis e o respeito de
párocos locais. No entanto, o alto clero o considerava um
perigo, por isso foi preso. Liberto em 1877.
 Continuou com suas pregações
 1889, Proclamação da República
 Em 1893, funda o Arraial de Belo Monte, na antiga
fazenda de Canudos
 Cresceu em pouco tempo
CONFLITOS SOCIAIS:
Movimentos Messiânicos:
 Guerra de Canudos (BA 1896 – 1897):
 Antônio Conselheiro Vicente Mendes
Maciel (líder).
 Causas: miséria crônica da população
nordestina, má distribuição de terras,
descaso com o trabalhador rural, seca,
aumento de impostos, separação entre
religião e Estado decorrente da
proclamação da República.
 Camponeses seguem Antônio
Conselheiro, formando o Arraial de
Canudos (ou Arraial do Belo Monte), no
interior da BA.
 Comunidade forma um Estado paralelo a
República, abandonando as fazendas,
deixando de pagar o dízimo e os
impostos republicanos.
Mulheres e crianças, seguidoras de Antônio Conselheiro, presas durante os últimos dias da guerra.
Canudos em 1897. Fotografia de Flávio de Barros, fotógrafo do Exército.
Pintura retratando Canudos antes da guerra.
Viviam da agricultura e da pecuária, principalmente da criação de ovelhas e
cabras. O comércio de couro gerava recursos para realizar compras nos
municípios vizinhos.
AS EXPEDIÇÕES
 1ª Expedição: ocorreu em Uauá na madrugada de
24/11/1896, onde o exército( 100 homens) foi
surpreendido pela tática dos guerrilheiros e derrotados
por eles.
 2ª Expedição: Já esperando pelo retorno do exército,
os moradores buscavam construir uma fortaleza em
torno do arraial com a intenção de proteger o local. No
dia 18/01/1897, o exército ( 550 homens) foi
novamente derrotado em Tabuleirinho.
 3ª Expedição: teve início no dia 2/03/1897 e acabou
resultando no abatimento do coronel Moreira César,
até então, responsável pela tropa. Contou com 1300
homens
AS EXPEDIÇÕES
 4ª Expedição: 06/1897 5 mil homens apoiados por 17
canhões. Terminou em outubro com a destruição
completa do arraial e a morte de quase todos os seus
habitantes
Antônio Conselheiro morto, em sua única foto conhecida, tirada por Flávio de Barros no dia 6 de outubro de 1897.
Sua cabeça é cortada e levada até a Faculdade de Medicina de Salvador para ser examinada pelo Dr.
Nina Rodrigues, pois para a ciência da época, "a loucura, a demência e o fanatismo" deveriam estar
estampados nos traços de seu rosto e crânio
 Governo republicano +
Coronéis + Igreja unem-se
contra Canudos.
 Campanha de difamação contra
Canudos atinge os principais
jornais da capital, associando
Canudos ao retorno da
monarquia.
 Após 4 expedições militares,
Canudos é massacrada.
 Fonte bibliográfica
freqüentemente citada: “Os
Sertões” – Euclides da Cunha.
GUERRA DO CONTESTADO (SC/PR 1912 – 1916):
 Região habitada por famílias de posseiros e agregados de
fazendeiros locais, viviam da lavoura e da pecuária de
subsistência, além de produzirem erva-mate e madeira.
 Causas: 1908 Farquhar (Brazil Railway) ganhou a
concessão de terras e benefícios para construir a ferrovia
São Paulo- Rio Grande do Sul. Mais 30km de largura da via
férrea.
 Presença de 2 empresas norte-americanas: construção da
ferrovia e extração de madeira.
 Expulsão dos posseiros e pequenos madeireiros
 Conclusão das obras, 8 mil de demitidos
Território disputado pelos 2 Estados. Dominado por ricos fazendeiros de erva-
mate e comerciantes de madeira. Povoado por fugidos da Guerra dos
Farrapos e da Revolução Federalista
 1912, fundação da
comunidade Monarquia
Celeste, no centro-sul de
Santa Catarina (Dom
Sebastianismo)
 A propriedade da terra
era comunitária, o
comércio era proibido e
não havia trabalho
assalariado.
 - 700 fiéis, reino de paz
e abundância, viviam em
constante festa
Monge José Maria
A REPRESSÃO
 Novembro de 1912
 Fugiram de fazendeiros para Irani (PR), alguns fiéis
foram capturados e tiveram seus cabelos raspados. Os
demais rasparam e passaram a se “intitular” pelados e
seus inimigos peludos.
 Neste conflito o monge José Maria foi morto
 Novo líder: “rei” Manuel Alves Rocha (11 anos de idade)
 Hermes da Fonseca enviou 6 mil soldados e mil
jagunços comandados pelo general Setembrino de
Carvalho equipados com os mais modernos
armamentos
 20 mil mortos
Fica na BR153 e é de fácil acesso para quem vai para o RS ou para o
litoral de SC.
BANDITISMO SOCIAL OU CANGAÇO (NE 1890 – 1940):
 Bandos armados que percorriam o
interior nordestino sobrevivendo de
delitos.
 Principais bandos: Lampião e Curisco
 Causas: miséria crônica da população
nordestina, seca, má distribuição de
terras, descaso do Estado e dos
coronéis para com os mais pobres,
violência.
 Mito do “Robin Hood”.
 Os cangaceiros foram perseguidos pela
polícia volante e exterminados um a
um. Eram os únicos que despertavam
medo nos coronéis, justamente por não
terem perspectiva de melhorar sua
condição e portanto não precisar temer
o desrespeito das leis vigentes
Virgulino Ferreira da Silva -Lampião
 Inicialmente os
cangaceiros eram
sustentados por chefes
políticos locais. Mais
tarde passaram a atuar
de forma independente.
 Pode ser visto:
- Reação rebelde: produto
das dificuldades sociais e
políticas, na perspectiva
de transformar a região
- - Bandidos: que não
tinham projeto de
transformação social e
praticavam crimes
TIPOS DE CANGAÇO
 O primeiro tipo eram os mercenários que trabalhavam para os
latifundiários, proprietários de terras, mais interessados em
combater fortemente os cangaceiros “bandidos”. Os primeiros
formavam uma espécie de milícia e não eram tão reprimidos
quando os cangaceiros tradicionais, por estarem amparados por
homens poderosos.
 O segundo tipo também de forma mercenária tinham nos políticos
seus patrões, o que também lhes garantia proteção mediante
trabalho realizado. As disputas se resolviam entre milícias e na
ponta da peixeira.
 O terceiro tipo foi aquele que ficou mais conhecido com a
literatura, principalmente na figura de Virgulino Lampião. Eram os
bandidos reprimidos e inimigos públicos. No entanto esses viviam
a sua própria sorte, visto que não tinham o apoio de “padrinhos”
poderosos que lhes aparassem nas dificuldades. Tudo que
possuíam carregavam consigo pelas estradas do sertão e
retiravam da natureza tudo que precisavam.
O bando de Lampião foi cercado na fazenda de Angicos, atual município de Poço Redondo
em Sergipe, no ano de 28/07/1938. Os cangaceiros foram decapitados e suas cabeças
foram fotografadas na cidade alagoana de Piranhas, e expostas em diversas cidades do
Nordeste como Maceió e Salvador.
REVOLTA DA VACINA
 Antecedentes:
 Rio de Janeiro apresentava problemas de infraestrutura: ruas
estreitas, problema de habitação, falta de saneamento básico,
epidemias de varíola, tifo e febre amarela (cidade da morte ou
túmulo dos estrangeiros)
 No centro da cidade, a maior parte da população pobre vivia em
cortiços, habitações coletivas.
 Em 1902, Rodrigues Alves apresentou um projeto de
revitalização e modernização do RJ. Deu plenos poderes ao
prefeito e engenheiro Francisco Franco Pereira Passos (1902-
1906) e ao médico Dr. Oswaldo Cruz, para que ambos
executassem um projeto sanitário e desenvolvimentista com
destaque a seguinte visão expressiva: superar o atraso do Brasil
diante dos “países civilizados” e salvar a nacionalidade pela
“regeneração” do povo.
BOTA ABAIXO:
SANITARISTA
 Oswaldo Cruz se propôs a realizar uma reforma nos
serviços de saúde:
 1- a campanha das brigadas de mata-mosquito que
passaram a desinfetar ruas e casas.
 Um ano depois, foi a vez da peste bubônica, e Cruz
lançou um esquadrão de 50 homens para percorrer a
cidade; espalhar veneno e remover os lixos. Com isso foi
criado um novo cargo público: os compradores de rato.
Cada roedor custava 300 réis, e, assim, apesar de todo
sofrimento da população, essa medida apresentou
resultados satisfatórios.
 CAUSA: 31/10/1904 – o Congresso aprovou a lei que
tornava obrigatória a vacina contra a varíola
 Não tem nome, na categoria dos crimes do poder, a temeridade, a
violência, a tirania a que ele se aventura, expondo-se, voluntariamente,
obstinadamente, a me envenenar, com a introdução no meu sangue de
vírus sobre cuja influência existem os mais bem fundados receios de
que seja condutor da moléstia ou da morte
O desenho é uma representação do medo da população ao saber que a
vacinação era fabricada pelo mesmo agente causador, o que lhes
causou muito medo. Até mesmo por falta de informação, começou a sair
ideias de que os sanitaristas, por meio da vacina, dizimariam a
população pobre de Rio de Janeiro.
Entre os dias 10 e 18 de novembro de 1904, a cidade do Rio de Janeiro
viveu o que a imprensa chamou de "a mais terrível das revoltas populares
da República". O cenário era desolador: bondes tombados, trilhos
arrancados, calçamentos destruídos - tudo feito por uma massa de 3 000
revoltosos.
MORRA A POLÍCIA! ABAIXO A VACINA!!
 Desfecho: Dia 16 de
novembro
O governo suspende a
obrigatoriedade da vacina,
retraindo a revolta. A
resistência fica isolada a
poucos locais, entre eles, a
Saúde, "último reduto dos
anarquistas". No dia 18,
acontece o último conflito, na
pedreira do Catete. Saldo: 110
feridos, 30 mortos e 945
pessoas presas, das quais
461 são deportadas - inclusive
sete estrangeiros, segundo o
chefe de polícia. A cidade
volta à normalidade.
REVOLTA DA CHIBATA
 Data: 22 de novembro a 26 de novembro de 1910
 Local: Rio de Janeiro,
 Causas: - As punições físicas , baixo soldos, má
alimentação, contra o racismo e a desigualdade social, o
aprisionamento em celas destinadas ao isolamento
 Estopim: um marinheiro de nome Marcelino Rodrigues levou
250 chicotadas por ter machucado um companheiro da
Marinha no interior do navio de guerra denominado Minas
Gerais, que se encontrava a caminho do Rio de Janeiro.
 Desenrolar: Os rebelados assassinaram o capitão do navio e
mais três militares. Enquanto isso, na Baía de Guanabara, os
insurgentes conseguiram a adesão dos marujos da nau São
Paulo.
 “Não queremos a volta da chibata(...) Caso não
tenhamos respostas, bombardearemos a cidade e os
navios que não se revoltarem.”
 Líder: João Cândido Felisberto (Almirante Negro)
 Objetivos: a extinção dos castigos físicos sofridos pelos
marinheiros ( era o de maior urgência) , o fim do
aprisionamento em celas isoladas, uma alimentação mais
digna e saudável e que fosse colocada em prática o
reajuste salarial de seus honorários ( já votadas em
congresso).
 Desfecho: Temendo o bombardeio da cidade e sem
condições de reprimir, Hermes da Fonseca aceitou
negociar.
 Foi prometido aos soldados que suas
reivindicações seriam aceitas e que os envolvidos
seriam anistiados, entretanto essas promessas
não foram cumpridos e a revolta foi sufocada com
violência e os envolvidos foram presos na Ilha das
Cobras e outros foram transferidos para um navio
que foi enviado para o Acre. Trabalharam na
extração da borracha e na construção da EFMM.
Outros fuzilados.
 Em 9 de dezembro, ocorreu uma outra rebelião.
Mas foram sufocados.
Dezembro de 2010
TENENTISMO - 1922
 Movimento da baixa oficialidade ( jovens tenentes e
capitães), classe média e letrados
 Objetivos: Reconquistar o poder e a moralização da vida
pública (voto secreto, fim das fraudes, afastamento dos
grupos oligárquicos, analfabetismo...)
 Programa elitista: “para o povo, mas sem o povo”.
 Consideravam-se a “salvação nacional”
 As ações tomadas contra o governo vigente foram a
Revolta dos 18 do Forte de Copacabana (1922), a
Revolução de 1924 e a Coluna Prestes (1925-1927).
 Estopim: Cartas atribuídas a Artur Bernardes
O LEVANTE DO FORTE DE COPACABANA
 5 de julho de 1922.
Teve a participação de
17 militares e um civil.
 Impedir a posse de
Artur Bernardes
 Poder tático e ofensivo
 Comandados pelo
Euclides Hermes (filho
de Hermes da
Fonseca)
 Apenas 2
sobreviveram
REVOLUÇÃO DE 24 – SÃO PAULO – 23 DIAS
 5 de julho de 1924
 Unidades do Exército e
da Força Pública (PM)
 Líderes: General Isidoro
Dias Lopes, major Miguel
Costa e o capitão
Joaquim Távora
 Ocuparam o governo
 Apoio dos trabalhadores
e alguns grupos
populares
 Exigiam a renúncia de
Artur Bernardes
Para evitar o bombardeio de São Paulo, os rebeldes se deslocaram
para Foz do Iguaçu, Paraná
COLUNA MIGUEL-COSTA-PRESTES
COLUNA PRESTES (COLUNA INVICTA)
 Rio Grande do Sul – 1924
 Movimento político-militar
 Unidades do Exército aquarteladas nas cidades de São
Borja, Uruguaiana e São Ângelo
 Voto feminino e reforma agrária (caráter social mais amplo)
 Líderes: capitão Luís Carlos Prestes ( o cavaleiro da
esperança) e o tenente Siqueira Campos
 Depois de alguns combates retiraram-se em marcha
 Reuniu cerca de 1600 membros
 Percorreu cerca de 25 mil quilômetros
 Influenciava as populações a se insurgirem contra as
oligarquias locais
 Fragilizada cruzou a fronteira com a Bolívia e lá depôs suas
armas
REVOLTA DE JUAZEIRO
 Ceará (Juazeiro) – 1910
 Líderes: padre Cícero Romão Batista (prefeito de
Juazeiro e vice-governador) e pelo médico e político
Floro Bartolomeu da Costa.
 Causas: A política de salvações nacionais de Hermes da
Fonseca.
• A intervenção tirou do poder a família Acyoli (tradicional
e poderosa família da época).
• 1914 - o coronel Marcos Franco Rabelo, interventor
nomeado pelo governo nacional, passou a perseguir o
Padre Cícero, destituindo-o de seus cargos e ordenando
sua prisão.
REVOLTA DE JUAZEIRO
 Floro Bartolomeu, organizaram um batalhão formado por
jagunços e romeiros em defesa do Padre Cícero.
 Desfecho: A expedição ordenada pelo interventor Franco
Rabelo dirigiu-se para Juazeiro do Norte para prender o
pároco, mas quando chegaram esbarraram em uma imensa
muralha que cercava a cidade. Tal defesa era chamada de
"Círculo da Mãe de Deus" e foi construída em apenas sete
dias.
 Floro Bartolomeu se dirigiu então ao Rio de Janeiro em busca
de apoio enquanto os revoltosos rumaram para Fortaleza
com o intuito de depor o interventor. No Rio de Janeiro
conseguiram o apoio de Pinheiro Machado e em Fortaleza
Franco Rabelo foi realmente deposto.
 Hermes da Fonseca convocou novas eleições para o
governo do estado, as quais resultaram na eleição de
Benjamim Liberato Barroso para o cargo de governador e
na volta do Padre Cícero ao posto de vice-governador.
 O Padre Cícero foi excomungado pelo Vaticano, em
1894, q sendo acusado de manipulação da crença
popular, no Brasil, em 1977, foi canonizado pela Igreja
Católica. Com sua morte, no dia 20 de julho de 1934, ele
foi beatificado. Todavia sua influência no Ceará e na
região do Nordeste fizeram com que sua imagem como
homem santo fosse mantida, até hoje é venerado pela
população da região e atrai milhares de pessoas a
Juazeiro do Norte.
Estátua do Padre Cícero na colina do Horto, em Juazeiro do norte,
inaugurada em 1969. Atualmente é ponto de peregrinação de muitos fiéis.
GREVE GERAL DE 1917
 A São Paulo Moderna: estimulada pelo dinheiro do café
despontou como o principal centro industrial do Brasil
 O prefeito Antônio Prado inicia um processo de modernização
e saneamento sob o comando dos médicos Vital Brasil e
Saturnino de Brito.
 Os novos ricos (comércio e indústria) afluíam à recém-
inaugurada avenida paulista.
 Nas áreas industriais como Brás, Mooca, Bexiga, Lapa,
Ipiranga e Vila Prudente aglomeravam-se cortiços e casebres,
as moradias operárias.
 Vilas operárias, obras assistencialistas e instrumento de
disciplina de trabalho
GREVE GERAL DE 1917
 Condições de trabalho nas fábricas:
- Carga horária de cerca de 15 horas por dia;
- Não havia salário mínimo, direito de férias, pagamento
por horas extras;
- Quando demitido não tinha direito a aviso prévio nem a
indenização;
- Mulheres e crianças eram cada vez mais exploradas.
Crianças sofriam castigos físicos e as mulheres
exploração sexual
- Precárias condições nas fábricas: pouco espaço,
ambientes mal iluminados, quentes e sem ventilação;
- Epidemias e alto índice de mortalidade infantil
ORGANIZAÇÃO POLÍTICA
 Com a chegada dos imigrantes forma-se as primeiras
ligas operárias;
 Ideias anarquistas ( combatiam qualquer forma de
organização do Estado), anarco-sindicalistas
(defendiam a ação direta dos trabalhadores por meio dos
sindicatos), corrente católica
 1908 criação da Confederação Operária Brasileira (COB)
 Organizações sindicais
 A busca por melhores condições de trabalho;
 Influência da vitória da Revolução Russa
 Junho de 1917 inúmeras manifestações se espalhava
por São Paulo.
 Estopim: Em 9 de julho, uma carga de cavalaria foi lançada
contra os operários que protestavam na porta da fábrica
Mariângela, no Brás resultou na morte do jovem anarquista
espanhol José Martinez.
Indignados e já preparados para a greve os operários da
indústria têxtil Cotonifício Crespi, com sede na Mooca entraram
em greve, e logo foram seguidos por outras fábricas e bairros
operários. Três dias depois mais de 70 mil trabalhadores já
aderiram a greve. Armazéns foram saqueados, bondes e outros
veículos foram incendiados e barricadas foram erguidas em
meio às ruas.
REIVINDICAÇÕES
 Diminuição da jornada de trabalho para 8h;
 O direito de organização sindical;
 Aumento salarial;
 Fim da exploração do trabalho dos menores de 14 anos
e do trabalho noturno das mulheres;
 Libertação de todos os grevistas presos
 Garantia de que nenhum operário seria demitido por ter
participado da greve.
DESFECHO
 Jornalistas intermediaram as negociações
 Aceitaram aumentar os salários e não demitir os
grevistas
 A greve se encerrou
 Logo após vários líderes perderam seus empregos e
passaram a ser perseguidos.
CONSEQUÊNCIAS:
- Consciência de classe
- Organização operária
REVOLTA DE PRINCESA
 24 de Fevereiro de 1930,na cidade de Princesa Isabel
 Líder: coronel José Pereira de Lima, fazendeiro,
comerciante, Deputado Estadual e uma das lideranças
do Partido Republicano da Paraíba
428 km da
capital
CAUSAS:
o Ao assumir o poder, o novo presidente tinha o objetivo de
iniciar uma reformar na estrutura político-administrativa e
reerguer as finanças do Estado
o 1 - Devido à ausência de qualquer barreira tributária, chefes
políticos do Sertão, faziam comércio diretamente com os
estados vizinhos, em especial, Pernambuco. A prática
provocava enormes perdas de divisas tributárias ao Estado
paraibano.
 Por isso, o presidente do Estado começou a ser chamado
pejorativamente de “João Cancela/Porteira”.
 Em Pernambuco, estado atingido diretamente pelas
medidas, foi iniciada uma campanha no Jornal do
Commércio pelos irmãos Pessoa de Queirós, primos de
João Pessoa, contra a chamada “guerra tributária”. Na
Paraíba, a defesa da administração do presidente ficou por
conta do jornal A União, veículo oficial.
 2- João Pessoa não apoia a chapa Júlio Prestes- Vital
Soares “Nego”. Foi escolhido pra ser o candidato a vice-
presidente na chapa de Getúlio Vargas.
o Fevereiro de 1930, João Pessoa empreendeu excursão
por vários municípios a fim de obter o apoio eleitoral dos
“coronéis” que vinha combatendo desde o início de seu
mandato.
 A cúpula do PRP se reúne em convenção para compor a chapa
para concorrer aos cargos de Senador e Deputado Federal.
João Pessoa defendia o princípio da não reeleição e propunha
o revezamento dos candidatos. Foram desprezados por ele
nomes como os de João Suassuna(aliado dos Pereira Lima e a
dos Dantas) , Flavio Ribeiro Coutinho e os de outros coronéis
do interior paraibano. No entanto, João Pessoa não abriria mão
da candidatura de seu primo, Carlos Pessoa.
 A atitude de João Pessoa representou a ruptura formal dos
coronéis do Sertão Paraibano com a administração estadual.
 Em 24 de fevereiro, um telegrama remetido por José Pereira
marca simbolicamente esse rompimento. O coronel informava
na carta que ele e seus aliados acabavam de aderir ao Partido
Republicano Conservador (PRC), defendendo, portanto, a
candidatura Júlio Prestes-Vital Soares.
A GUERRA
 A resposta de João Pessoa a decisão dos coronéis veio
dias depois. Ele ordenou o esvaziamento da máquina
burocrático-administrativa do município e mandou a
polícia invadir o município de Teixeira, reduto dos Dantas
prendendo pessoas da família e impedindo que ocorresse
votação naquela cidade. O mesmo deveria ocorrer em
Princesa, mas lá haveria reação.
 Sob o comando do coronel José Pereira, um contingente
de cerca de dois mil homens armados ( que receberam do
próprio governo pra combater Lampião e a Coluna
Prestes) , partiram da Serra de Teixeira, no Sertão da
Paraíba, em combate a batalhões da Policia Militar do
Estado. A polícia estadual contava com apenas 850
homens.
 Em 3 de maio de 1930, o presidente da República Washington
Luís sugeriu ao Congresso que se apresentasse um pedido
formal de intervenção na Paraíba. Como o pedido feria a
Constituição, não foi aceito.
 Em 9 de junho de 1930 é decretado o território livre de
Princesa, através de uma lei assinada por uma “junta
governativa” integrada por José Pereira, José Frazão Medeiros
Lima e Manuel Rodrigues Sinhô.
 Com grandes dificuldades de debelar a Revolta de Princesa, o
governo paraibano autorizou a polícia da Paraíba a invadir
casas e escritórios de pessoas suspeitas de receber ou estocar
armas e munições destinadas a Princesa. Na realidade, tratava-
se de um pretexto para invadir e violar casas e escritórios de
seus adversários políticos. Uma dessas invasões, noticiada
pelo Jornal A União, de 22 de julho de 1930, foi no escritório do
jornalista e advogado sertanejo João Dantas.
DESFECHO
 No dia 26 de julho de 1930, João Pessoa é assassinado em
Recife por João Dantas. O presidente paraibano encontrava-se
no Recife, em visita a lideres liberais pernambucanos. Dantas,
enfurecido pelas últimas notícias publicadas no Jornal A União,
foi ao seu encontro. No final da tarde daquele dia, na confeitaria
Glória, no Recife, o presidente é baleado e morto.
 Com a morte de João Pessoa a força do movimento armado de
Princesa se perdeu
 No dia 6 de outubro, os corpos de João Dantas e de seu
cunhado Augusto Caldas, na época dados como suicidas,
foram encontrados em uma enfermaria da Casa de Detenção
de Recife. A causa da morte desses personagens é motivo de
discussão até hoje.

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A revolta da chibata e o fim da punição corporal na Marinha brasileira

  • 1.
  • 2. ANTECEDENTES  Forte presença da Igreja Católica;  Em 1874, Conselheiro já conquistara fiéis e o respeito de párocos locais. No entanto, o alto clero o considerava um perigo, por isso foi preso. Liberto em 1877.  Continuou com suas pregações  1889, Proclamação da República  Em 1893, funda o Arraial de Belo Monte, na antiga fazenda de Canudos  Cresceu em pouco tempo
  • 3. CONFLITOS SOCIAIS: Movimentos Messiânicos:  Guerra de Canudos (BA 1896 – 1897):  Antônio Conselheiro Vicente Mendes Maciel (líder).  Causas: miséria crônica da população nordestina, má distribuição de terras, descaso com o trabalhador rural, seca, aumento de impostos, separação entre religião e Estado decorrente da proclamação da República.  Camponeses seguem Antônio Conselheiro, formando o Arraial de Canudos (ou Arraial do Belo Monte), no interior da BA.  Comunidade forma um Estado paralelo a República, abandonando as fazendas, deixando de pagar o dízimo e os impostos republicanos.
  • 4. Mulheres e crianças, seguidoras de Antônio Conselheiro, presas durante os últimos dias da guerra.
  • 5. Canudos em 1897. Fotografia de Flávio de Barros, fotógrafo do Exército.
  • 6. Pintura retratando Canudos antes da guerra. Viviam da agricultura e da pecuária, principalmente da criação de ovelhas e cabras. O comércio de couro gerava recursos para realizar compras nos municípios vizinhos.
  • 7. AS EXPEDIÇÕES  1ª Expedição: ocorreu em Uauá na madrugada de 24/11/1896, onde o exército( 100 homens) foi surpreendido pela tática dos guerrilheiros e derrotados por eles.  2ª Expedição: Já esperando pelo retorno do exército, os moradores buscavam construir uma fortaleza em torno do arraial com a intenção de proteger o local. No dia 18/01/1897, o exército ( 550 homens) foi novamente derrotado em Tabuleirinho.  3ª Expedição: teve início no dia 2/03/1897 e acabou resultando no abatimento do coronel Moreira César, até então, responsável pela tropa. Contou com 1300 homens
  • 8. AS EXPEDIÇÕES  4ª Expedição: 06/1897 5 mil homens apoiados por 17 canhões. Terminou em outubro com a destruição completa do arraial e a morte de quase todos os seus habitantes
  • 9. Antônio Conselheiro morto, em sua única foto conhecida, tirada por Flávio de Barros no dia 6 de outubro de 1897. Sua cabeça é cortada e levada até a Faculdade de Medicina de Salvador para ser examinada pelo Dr. Nina Rodrigues, pois para a ciência da época, "a loucura, a demência e o fanatismo" deveriam estar estampados nos traços de seu rosto e crânio
  • 10.  Governo republicano + Coronéis + Igreja unem-se contra Canudos.  Campanha de difamação contra Canudos atinge os principais jornais da capital, associando Canudos ao retorno da monarquia.  Após 4 expedições militares, Canudos é massacrada.  Fonte bibliográfica freqüentemente citada: “Os Sertões” – Euclides da Cunha.
  • 11. GUERRA DO CONTESTADO (SC/PR 1912 – 1916):  Região habitada por famílias de posseiros e agregados de fazendeiros locais, viviam da lavoura e da pecuária de subsistência, além de produzirem erva-mate e madeira.  Causas: 1908 Farquhar (Brazil Railway) ganhou a concessão de terras e benefícios para construir a ferrovia São Paulo- Rio Grande do Sul. Mais 30km de largura da via férrea.  Presença de 2 empresas norte-americanas: construção da ferrovia e extração de madeira.  Expulsão dos posseiros e pequenos madeireiros  Conclusão das obras, 8 mil de demitidos
  • 12. Território disputado pelos 2 Estados. Dominado por ricos fazendeiros de erva- mate e comerciantes de madeira. Povoado por fugidos da Guerra dos Farrapos e da Revolução Federalista
  • 13.  1912, fundação da comunidade Monarquia Celeste, no centro-sul de Santa Catarina (Dom Sebastianismo)  A propriedade da terra era comunitária, o comércio era proibido e não havia trabalho assalariado.  - 700 fiéis, reino de paz e abundância, viviam em constante festa Monge José Maria
  • 14. A REPRESSÃO  Novembro de 1912  Fugiram de fazendeiros para Irani (PR), alguns fiéis foram capturados e tiveram seus cabelos raspados. Os demais rasparam e passaram a se “intitular” pelados e seus inimigos peludos.  Neste conflito o monge José Maria foi morto  Novo líder: “rei” Manuel Alves Rocha (11 anos de idade)  Hermes da Fonseca enviou 6 mil soldados e mil jagunços comandados pelo general Setembrino de Carvalho equipados com os mais modernos armamentos  20 mil mortos
  • 15.
  • 16.
  • 17. Fica na BR153 e é de fácil acesso para quem vai para o RS ou para o litoral de SC.
  • 18. BANDITISMO SOCIAL OU CANGAÇO (NE 1890 – 1940):  Bandos armados que percorriam o interior nordestino sobrevivendo de delitos.  Principais bandos: Lampião e Curisco  Causas: miséria crônica da população nordestina, seca, má distribuição de terras, descaso do Estado e dos coronéis para com os mais pobres, violência.  Mito do “Robin Hood”.  Os cangaceiros foram perseguidos pela polícia volante e exterminados um a um. Eram os únicos que despertavam medo nos coronéis, justamente por não terem perspectiva de melhorar sua condição e portanto não precisar temer o desrespeito das leis vigentes Virgulino Ferreira da Silva -Lampião
  • 19.
  • 20.  Inicialmente os cangaceiros eram sustentados por chefes políticos locais. Mais tarde passaram a atuar de forma independente.  Pode ser visto: - Reação rebelde: produto das dificuldades sociais e políticas, na perspectiva de transformar a região - - Bandidos: que não tinham projeto de transformação social e praticavam crimes
  • 21. TIPOS DE CANGAÇO  O primeiro tipo eram os mercenários que trabalhavam para os latifundiários, proprietários de terras, mais interessados em combater fortemente os cangaceiros “bandidos”. Os primeiros formavam uma espécie de milícia e não eram tão reprimidos quando os cangaceiros tradicionais, por estarem amparados por homens poderosos.  O segundo tipo também de forma mercenária tinham nos políticos seus patrões, o que também lhes garantia proteção mediante trabalho realizado. As disputas se resolviam entre milícias e na ponta da peixeira.  O terceiro tipo foi aquele que ficou mais conhecido com a literatura, principalmente na figura de Virgulino Lampião. Eram os bandidos reprimidos e inimigos públicos. No entanto esses viviam a sua própria sorte, visto que não tinham o apoio de “padrinhos” poderosos que lhes aparassem nas dificuldades. Tudo que possuíam carregavam consigo pelas estradas do sertão e retiravam da natureza tudo que precisavam.
  • 22.
  • 23. O bando de Lampião foi cercado na fazenda de Angicos, atual município de Poço Redondo em Sergipe, no ano de 28/07/1938. Os cangaceiros foram decapitados e suas cabeças foram fotografadas na cidade alagoana de Piranhas, e expostas em diversas cidades do Nordeste como Maceió e Salvador.
  • 24.
  • 25.
  • 26.
  • 27.
  • 28.
  • 29. REVOLTA DA VACINA  Antecedentes:  Rio de Janeiro apresentava problemas de infraestrutura: ruas estreitas, problema de habitação, falta de saneamento básico, epidemias de varíola, tifo e febre amarela (cidade da morte ou túmulo dos estrangeiros)  No centro da cidade, a maior parte da população pobre vivia em cortiços, habitações coletivas.  Em 1902, Rodrigues Alves apresentou um projeto de revitalização e modernização do RJ. Deu plenos poderes ao prefeito e engenheiro Francisco Franco Pereira Passos (1902- 1906) e ao médico Dr. Oswaldo Cruz, para que ambos executassem um projeto sanitário e desenvolvimentista com destaque a seguinte visão expressiva: superar o atraso do Brasil diante dos “países civilizados” e salvar a nacionalidade pela “regeneração” do povo.
  • 30.
  • 32.
  • 33.
  • 34. SANITARISTA  Oswaldo Cruz se propôs a realizar uma reforma nos serviços de saúde:  1- a campanha das brigadas de mata-mosquito que passaram a desinfetar ruas e casas.  Um ano depois, foi a vez da peste bubônica, e Cruz lançou um esquadrão de 50 homens para percorrer a cidade; espalhar veneno e remover os lixos. Com isso foi criado um novo cargo público: os compradores de rato. Cada roedor custava 300 réis, e, assim, apesar de todo sofrimento da população, essa medida apresentou resultados satisfatórios.  CAUSA: 31/10/1904 – o Congresso aprovou a lei que tornava obrigatória a vacina contra a varíola
  • 35.  Não tem nome, na categoria dos crimes do poder, a temeridade, a violência, a tirania a que ele se aventura, expondo-se, voluntariamente, obstinadamente, a me envenenar, com a introdução no meu sangue de vírus sobre cuja influência existem os mais bem fundados receios de que seja condutor da moléstia ou da morte
  • 36. O desenho é uma representação do medo da população ao saber que a vacinação era fabricada pelo mesmo agente causador, o que lhes causou muito medo. Até mesmo por falta de informação, começou a sair ideias de que os sanitaristas, por meio da vacina, dizimariam a população pobre de Rio de Janeiro.
  • 37.
  • 38.
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  • 40. Entre os dias 10 e 18 de novembro de 1904, a cidade do Rio de Janeiro viveu o que a imprensa chamou de "a mais terrível das revoltas populares da República". O cenário era desolador: bondes tombados, trilhos arrancados, calçamentos destruídos - tudo feito por uma massa de 3 000 revoltosos. MORRA A POLÍCIA! ABAIXO A VACINA!!
  • 41.
  • 42.  Desfecho: Dia 16 de novembro O governo suspende a obrigatoriedade da vacina, retraindo a revolta. A resistência fica isolada a poucos locais, entre eles, a Saúde, "último reduto dos anarquistas". No dia 18, acontece o último conflito, na pedreira do Catete. Saldo: 110 feridos, 30 mortos e 945 pessoas presas, das quais 461 são deportadas - inclusive sete estrangeiros, segundo o chefe de polícia. A cidade volta à normalidade.
  • 43.
  • 45.  Data: 22 de novembro a 26 de novembro de 1910  Local: Rio de Janeiro,  Causas: - As punições físicas , baixo soldos, má alimentação, contra o racismo e a desigualdade social, o aprisionamento em celas destinadas ao isolamento
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  • 47.  Estopim: um marinheiro de nome Marcelino Rodrigues levou 250 chicotadas por ter machucado um companheiro da Marinha no interior do navio de guerra denominado Minas Gerais, que se encontrava a caminho do Rio de Janeiro.  Desenrolar: Os rebelados assassinaram o capitão do navio e mais três militares. Enquanto isso, na Baía de Guanabara, os insurgentes conseguiram a adesão dos marujos da nau São Paulo.
  • 48.  “Não queremos a volta da chibata(...) Caso não tenhamos respostas, bombardearemos a cidade e os navios que não se revoltarem.”  Líder: João Cândido Felisberto (Almirante Negro)
  • 49.  Objetivos: a extinção dos castigos físicos sofridos pelos marinheiros ( era o de maior urgência) , o fim do aprisionamento em celas isoladas, uma alimentação mais digna e saudável e que fosse colocada em prática o reajuste salarial de seus honorários ( já votadas em congresso).  Desfecho: Temendo o bombardeio da cidade e sem condições de reprimir, Hermes da Fonseca aceitou negociar.
  • 50.  Foi prometido aos soldados que suas reivindicações seriam aceitas e que os envolvidos seriam anistiados, entretanto essas promessas não foram cumpridos e a revolta foi sufocada com violência e os envolvidos foram presos na Ilha das Cobras e outros foram transferidos para um navio que foi enviado para o Acre. Trabalharam na extração da borracha e na construção da EFMM. Outros fuzilados.  Em 9 de dezembro, ocorreu uma outra rebelião. Mas foram sufocados.
  • 52. TENENTISMO - 1922  Movimento da baixa oficialidade ( jovens tenentes e capitães), classe média e letrados  Objetivos: Reconquistar o poder e a moralização da vida pública (voto secreto, fim das fraudes, afastamento dos grupos oligárquicos, analfabetismo...)  Programa elitista: “para o povo, mas sem o povo”.  Consideravam-se a “salvação nacional”  As ações tomadas contra o governo vigente foram a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana (1922), a Revolução de 1924 e a Coluna Prestes (1925-1927).  Estopim: Cartas atribuídas a Artur Bernardes
  • 53. O LEVANTE DO FORTE DE COPACABANA  5 de julho de 1922. Teve a participação de 17 militares e um civil.  Impedir a posse de Artur Bernardes  Poder tático e ofensivo  Comandados pelo Euclides Hermes (filho de Hermes da Fonseca)  Apenas 2 sobreviveram
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  • 55. REVOLUÇÃO DE 24 – SÃO PAULO – 23 DIAS  5 de julho de 1924  Unidades do Exército e da Força Pública (PM)  Líderes: General Isidoro Dias Lopes, major Miguel Costa e o capitão Joaquim Távora  Ocuparam o governo  Apoio dos trabalhadores e alguns grupos populares  Exigiam a renúncia de Artur Bernardes
  • 56. Para evitar o bombardeio de São Paulo, os rebeldes se deslocaram para Foz do Iguaçu, Paraná
  • 58. COLUNA PRESTES (COLUNA INVICTA)  Rio Grande do Sul – 1924  Movimento político-militar  Unidades do Exército aquarteladas nas cidades de São Borja, Uruguaiana e São Ângelo  Voto feminino e reforma agrária (caráter social mais amplo)  Líderes: capitão Luís Carlos Prestes ( o cavaleiro da esperança) e o tenente Siqueira Campos  Depois de alguns combates retiraram-se em marcha  Reuniu cerca de 1600 membros  Percorreu cerca de 25 mil quilômetros  Influenciava as populações a se insurgirem contra as oligarquias locais  Fragilizada cruzou a fronteira com a Bolívia e lá depôs suas armas
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  • 60. REVOLTA DE JUAZEIRO  Ceará (Juazeiro) – 1910  Líderes: padre Cícero Romão Batista (prefeito de Juazeiro e vice-governador) e pelo médico e político Floro Bartolomeu da Costa.  Causas: A política de salvações nacionais de Hermes da Fonseca. • A intervenção tirou do poder a família Acyoli (tradicional e poderosa família da época). • 1914 - o coronel Marcos Franco Rabelo, interventor nomeado pelo governo nacional, passou a perseguir o Padre Cícero, destituindo-o de seus cargos e ordenando sua prisão.
  • 61. REVOLTA DE JUAZEIRO  Floro Bartolomeu, organizaram um batalhão formado por jagunços e romeiros em defesa do Padre Cícero.  Desfecho: A expedição ordenada pelo interventor Franco Rabelo dirigiu-se para Juazeiro do Norte para prender o pároco, mas quando chegaram esbarraram em uma imensa muralha que cercava a cidade. Tal defesa era chamada de "Círculo da Mãe de Deus" e foi construída em apenas sete dias.  Floro Bartolomeu se dirigiu então ao Rio de Janeiro em busca de apoio enquanto os revoltosos rumaram para Fortaleza com o intuito de depor o interventor. No Rio de Janeiro conseguiram o apoio de Pinheiro Machado e em Fortaleza Franco Rabelo foi realmente deposto.
  • 62.  Hermes da Fonseca convocou novas eleições para o governo do estado, as quais resultaram na eleição de Benjamim Liberato Barroso para o cargo de governador e na volta do Padre Cícero ao posto de vice-governador.
  • 63.  O Padre Cícero foi excomungado pelo Vaticano, em 1894, q sendo acusado de manipulação da crença popular, no Brasil, em 1977, foi canonizado pela Igreja Católica. Com sua morte, no dia 20 de julho de 1934, ele foi beatificado. Todavia sua influência no Ceará e na região do Nordeste fizeram com que sua imagem como homem santo fosse mantida, até hoje é venerado pela população da região e atrai milhares de pessoas a Juazeiro do Norte.
  • 64. Estátua do Padre Cícero na colina do Horto, em Juazeiro do norte, inaugurada em 1969. Atualmente é ponto de peregrinação de muitos fiéis.
  • 65. GREVE GERAL DE 1917  A São Paulo Moderna: estimulada pelo dinheiro do café despontou como o principal centro industrial do Brasil  O prefeito Antônio Prado inicia um processo de modernização e saneamento sob o comando dos médicos Vital Brasil e Saturnino de Brito.  Os novos ricos (comércio e indústria) afluíam à recém- inaugurada avenida paulista.  Nas áreas industriais como Brás, Mooca, Bexiga, Lapa, Ipiranga e Vila Prudente aglomeravam-se cortiços e casebres, as moradias operárias.  Vilas operárias, obras assistencialistas e instrumento de disciplina de trabalho
  • 66. GREVE GERAL DE 1917  Condições de trabalho nas fábricas: - Carga horária de cerca de 15 horas por dia; - Não havia salário mínimo, direito de férias, pagamento por horas extras; - Quando demitido não tinha direito a aviso prévio nem a indenização; - Mulheres e crianças eram cada vez mais exploradas. Crianças sofriam castigos físicos e as mulheres exploração sexual - Precárias condições nas fábricas: pouco espaço, ambientes mal iluminados, quentes e sem ventilação; - Epidemias e alto índice de mortalidade infantil
  • 67. ORGANIZAÇÃO POLÍTICA  Com a chegada dos imigrantes forma-se as primeiras ligas operárias;  Ideias anarquistas ( combatiam qualquer forma de organização do Estado), anarco-sindicalistas (defendiam a ação direta dos trabalhadores por meio dos sindicatos), corrente católica  1908 criação da Confederação Operária Brasileira (COB)  Organizações sindicais  A busca por melhores condições de trabalho;  Influência da vitória da Revolução Russa  Junho de 1917 inúmeras manifestações se espalhava por São Paulo.
  • 68.  Estopim: Em 9 de julho, uma carga de cavalaria foi lançada contra os operários que protestavam na porta da fábrica Mariângela, no Brás resultou na morte do jovem anarquista espanhol José Martinez. Indignados e já preparados para a greve os operários da indústria têxtil Cotonifício Crespi, com sede na Mooca entraram em greve, e logo foram seguidos por outras fábricas e bairros operários. Três dias depois mais de 70 mil trabalhadores já aderiram a greve. Armazéns foram saqueados, bondes e outros veículos foram incendiados e barricadas foram erguidas em meio às ruas.
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  • 74. REIVINDICAÇÕES  Diminuição da jornada de trabalho para 8h;  O direito de organização sindical;  Aumento salarial;  Fim da exploração do trabalho dos menores de 14 anos e do trabalho noturno das mulheres;  Libertação de todos os grevistas presos  Garantia de que nenhum operário seria demitido por ter participado da greve.
  • 75. DESFECHO  Jornalistas intermediaram as negociações  Aceitaram aumentar os salários e não demitir os grevistas  A greve se encerrou  Logo após vários líderes perderam seus empregos e passaram a ser perseguidos. CONSEQUÊNCIAS: - Consciência de classe - Organização operária
  • 76. REVOLTA DE PRINCESA  24 de Fevereiro de 1930,na cidade de Princesa Isabel  Líder: coronel José Pereira de Lima, fazendeiro, comerciante, Deputado Estadual e uma das lideranças do Partido Republicano da Paraíba 428 km da capital
  • 77. CAUSAS: o Ao assumir o poder, o novo presidente tinha o objetivo de iniciar uma reformar na estrutura político-administrativa e reerguer as finanças do Estado o 1 - Devido à ausência de qualquer barreira tributária, chefes políticos do Sertão, faziam comércio diretamente com os estados vizinhos, em especial, Pernambuco. A prática provocava enormes perdas de divisas tributárias ao Estado paraibano.  Por isso, o presidente do Estado começou a ser chamado pejorativamente de “João Cancela/Porteira”.
  • 78.  Em Pernambuco, estado atingido diretamente pelas medidas, foi iniciada uma campanha no Jornal do Commércio pelos irmãos Pessoa de Queirós, primos de João Pessoa, contra a chamada “guerra tributária”. Na Paraíba, a defesa da administração do presidente ficou por conta do jornal A União, veículo oficial.  2- João Pessoa não apoia a chapa Júlio Prestes- Vital Soares “Nego”. Foi escolhido pra ser o candidato a vice- presidente na chapa de Getúlio Vargas. o Fevereiro de 1930, João Pessoa empreendeu excursão por vários municípios a fim de obter o apoio eleitoral dos “coronéis” que vinha combatendo desde o início de seu mandato.
  • 79.  A cúpula do PRP se reúne em convenção para compor a chapa para concorrer aos cargos de Senador e Deputado Federal. João Pessoa defendia o princípio da não reeleição e propunha o revezamento dos candidatos. Foram desprezados por ele nomes como os de João Suassuna(aliado dos Pereira Lima e a dos Dantas) , Flavio Ribeiro Coutinho e os de outros coronéis do interior paraibano. No entanto, João Pessoa não abriria mão da candidatura de seu primo, Carlos Pessoa.  A atitude de João Pessoa representou a ruptura formal dos coronéis do Sertão Paraibano com a administração estadual.  Em 24 de fevereiro, um telegrama remetido por José Pereira marca simbolicamente esse rompimento. O coronel informava na carta que ele e seus aliados acabavam de aderir ao Partido Republicano Conservador (PRC), defendendo, portanto, a candidatura Júlio Prestes-Vital Soares.
  • 80. A GUERRA  A resposta de João Pessoa a decisão dos coronéis veio dias depois. Ele ordenou o esvaziamento da máquina burocrático-administrativa do município e mandou a polícia invadir o município de Teixeira, reduto dos Dantas prendendo pessoas da família e impedindo que ocorresse votação naquela cidade. O mesmo deveria ocorrer em Princesa, mas lá haveria reação.  Sob o comando do coronel José Pereira, um contingente de cerca de dois mil homens armados ( que receberam do próprio governo pra combater Lampião e a Coluna Prestes) , partiram da Serra de Teixeira, no Sertão da Paraíba, em combate a batalhões da Policia Militar do Estado. A polícia estadual contava com apenas 850 homens.
  • 81.  Em 3 de maio de 1930, o presidente da República Washington Luís sugeriu ao Congresso que se apresentasse um pedido formal de intervenção na Paraíba. Como o pedido feria a Constituição, não foi aceito.  Em 9 de junho de 1930 é decretado o território livre de Princesa, através de uma lei assinada por uma “junta governativa” integrada por José Pereira, José Frazão Medeiros Lima e Manuel Rodrigues Sinhô.  Com grandes dificuldades de debelar a Revolta de Princesa, o governo paraibano autorizou a polícia da Paraíba a invadir casas e escritórios de pessoas suspeitas de receber ou estocar armas e munições destinadas a Princesa. Na realidade, tratava- se de um pretexto para invadir e violar casas e escritórios de seus adversários políticos. Uma dessas invasões, noticiada pelo Jornal A União, de 22 de julho de 1930, foi no escritório do jornalista e advogado sertanejo João Dantas.
  • 82. DESFECHO  No dia 26 de julho de 1930, João Pessoa é assassinado em Recife por João Dantas. O presidente paraibano encontrava-se no Recife, em visita a lideres liberais pernambucanos. Dantas, enfurecido pelas últimas notícias publicadas no Jornal A União, foi ao seu encontro. No final da tarde daquele dia, na confeitaria Glória, no Recife, o presidente é baleado e morto.  Com a morte de João Pessoa a força do movimento armado de Princesa se perdeu  No dia 6 de outubro, os corpos de João Dantas e de seu cunhado Augusto Caldas, na época dados como suicidas, foram encontrados em uma enfermaria da Casa de Detenção de Recife. A causa da morte desses personagens é motivo de discussão até hoje.