2. ANTECEDENTES
Forte presença da Igreja Católica;
Em 1874, Conselheiro já conquistara fiéis e o respeito de
párocos locais. No entanto, o alto clero o considerava um
perigo, por isso foi preso. Liberto em 1877.
Continuou com suas pregações
1889, Proclamação da República
Em 1893, funda o Arraial de Belo Monte, na antiga
fazenda de Canudos
Cresceu em pouco tempo
3. CONFLITOS SOCIAIS:
Movimentos Messiânicos:
Guerra de Canudos (BA 1896 – 1897):
Antônio Conselheiro Vicente Mendes
Maciel (líder).
Causas: miséria crônica da população
nordestina, má distribuição de terras,
descaso com o trabalhador rural, seca,
aumento de impostos, separação entre
religião e Estado decorrente da
proclamação da República.
Camponeses seguem Antônio
Conselheiro, formando o Arraial de
Canudos (ou Arraial do Belo Monte), no
interior da BA.
Comunidade forma um Estado paralelo a
República, abandonando as fazendas,
deixando de pagar o dízimo e os
impostos republicanos.
4. Mulheres e crianças, seguidoras de Antônio Conselheiro, presas durante os últimos dias da guerra.
5. Canudos em 1897. Fotografia de Flávio de Barros, fotógrafo do Exército.
6. Pintura retratando Canudos antes da guerra.
Viviam da agricultura e da pecuária, principalmente da criação de ovelhas e
cabras. O comércio de couro gerava recursos para realizar compras nos
municípios vizinhos.
7. AS EXPEDIÇÕES
1ª Expedição: ocorreu em Uauá na madrugada de
24/11/1896, onde o exército( 100 homens) foi
surpreendido pela tática dos guerrilheiros e derrotados
por eles.
2ª Expedição: Já esperando pelo retorno do exército,
os moradores buscavam construir uma fortaleza em
torno do arraial com a intenção de proteger o local. No
dia 18/01/1897, o exército ( 550 homens) foi
novamente derrotado em Tabuleirinho.
3ª Expedição: teve início no dia 2/03/1897 e acabou
resultando no abatimento do coronel Moreira César,
até então, responsável pela tropa. Contou com 1300
homens
8. AS EXPEDIÇÕES
4ª Expedição: 06/1897 5 mil homens apoiados por 17
canhões. Terminou em outubro com a destruição
completa do arraial e a morte de quase todos os seus
habitantes
9. Antônio Conselheiro morto, em sua única foto conhecida, tirada por Flávio de Barros no dia 6 de outubro de 1897.
Sua cabeça é cortada e levada até a Faculdade de Medicina de Salvador para ser examinada pelo Dr.
Nina Rodrigues, pois para a ciência da época, "a loucura, a demência e o fanatismo" deveriam estar
estampados nos traços de seu rosto e crânio
10. Governo republicano +
Coronéis + Igreja unem-se
contra Canudos.
Campanha de difamação contra
Canudos atinge os principais
jornais da capital, associando
Canudos ao retorno da
monarquia.
Após 4 expedições militares,
Canudos é massacrada.
Fonte bibliográfica
freqüentemente citada: “Os
Sertões” – Euclides da Cunha.
11. GUERRA DO CONTESTADO (SC/PR 1912 – 1916):
Região habitada por famílias de posseiros e agregados de
fazendeiros locais, viviam da lavoura e da pecuária de
subsistência, além de produzirem erva-mate e madeira.
Causas: 1908 Farquhar (Brazil Railway) ganhou a
concessão de terras e benefícios para construir a ferrovia
São Paulo- Rio Grande do Sul. Mais 30km de largura da via
férrea.
Presença de 2 empresas norte-americanas: construção da
ferrovia e extração de madeira.
Expulsão dos posseiros e pequenos madeireiros
Conclusão das obras, 8 mil de demitidos
12. Território disputado pelos 2 Estados. Dominado por ricos fazendeiros de erva-
mate e comerciantes de madeira. Povoado por fugidos da Guerra dos
Farrapos e da Revolução Federalista
13. 1912, fundação da
comunidade Monarquia
Celeste, no centro-sul de
Santa Catarina (Dom
Sebastianismo)
A propriedade da terra
era comunitária, o
comércio era proibido e
não havia trabalho
assalariado.
- 700 fiéis, reino de paz
e abundância, viviam em
constante festa
Monge José Maria
14. A REPRESSÃO
Novembro de 1912
Fugiram de fazendeiros para Irani (PR), alguns fiéis
foram capturados e tiveram seus cabelos raspados. Os
demais rasparam e passaram a se “intitular” pelados e
seus inimigos peludos.
Neste conflito o monge José Maria foi morto
Novo líder: “rei” Manuel Alves Rocha (11 anos de idade)
Hermes da Fonseca enviou 6 mil soldados e mil
jagunços comandados pelo general Setembrino de
Carvalho equipados com os mais modernos
armamentos
20 mil mortos
17. Fica na BR153 e é de fácil acesso para quem vai para o RS ou para o
litoral de SC.
18. BANDITISMO SOCIAL OU CANGAÇO (NE 1890 – 1940):
Bandos armados que percorriam o
interior nordestino sobrevivendo de
delitos.
Principais bandos: Lampião e Curisco
Causas: miséria crônica da população
nordestina, seca, má distribuição de
terras, descaso do Estado e dos
coronéis para com os mais pobres,
violência.
Mito do “Robin Hood”.
Os cangaceiros foram perseguidos pela
polícia volante e exterminados um a
um. Eram os únicos que despertavam
medo nos coronéis, justamente por não
terem perspectiva de melhorar sua
condição e portanto não precisar temer
o desrespeito das leis vigentes
Virgulino Ferreira da Silva -Lampião
20. Inicialmente os
cangaceiros eram
sustentados por chefes
políticos locais. Mais
tarde passaram a atuar
de forma independente.
Pode ser visto:
- Reação rebelde: produto
das dificuldades sociais e
políticas, na perspectiva
de transformar a região
- - Bandidos: que não
tinham projeto de
transformação social e
praticavam crimes
21. TIPOS DE CANGAÇO
O primeiro tipo eram os mercenários que trabalhavam para os
latifundiários, proprietários de terras, mais interessados em
combater fortemente os cangaceiros “bandidos”. Os primeiros
formavam uma espécie de milícia e não eram tão reprimidos
quando os cangaceiros tradicionais, por estarem amparados por
homens poderosos.
O segundo tipo também de forma mercenária tinham nos políticos
seus patrões, o que também lhes garantia proteção mediante
trabalho realizado. As disputas se resolviam entre milícias e na
ponta da peixeira.
O terceiro tipo foi aquele que ficou mais conhecido com a
literatura, principalmente na figura de Virgulino Lampião. Eram os
bandidos reprimidos e inimigos públicos. No entanto esses viviam
a sua própria sorte, visto que não tinham o apoio de “padrinhos”
poderosos que lhes aparassem nas dificuldades. Tudo que
possuíam carregavam consigo pelas estradas do sertão e
retiravam da natureza tudo que precisavam.
23. O bando de Lampião foi cercado na fazenda de Angicos, atual município de Poço Redondo
em Sergipe, no ano de 28/07/1938. Os cangaceiros foram decapitados e suas cabeças
foram fotografadas na cidade alagoana de Piranhas, e expostas em diversas cidades do
Nordeste como Maceió e Salvador.
29. REVOLTA DA VACINA
Antecedentes:
Rio de Janeiro apresentava problemas de infraestrutura: ruas
estreitas, problema de habitação, falta de saneamento básico,
epidemias de varíola, tifo e febre amarela (cidade da morte ou
túmulo dos estrangeiros)
No centro da cidade, a maior parte da população pobre vivia em
cortiços, habitações coletivas.
Em 1902, Rodrigues Alves apresentou um projeto de
revitalização e modernização do RJ. Deu plenos poderes ao
prefeito e engenheiro Francisco Franco Pereira Passos (1902-
1906) e ao médico Dr. Oswaldo Cruz, para que ambos
executassem um projeto sanitário e desenvolvimentista com
destaque a seguinte visão expressiva: superar o atraso do Brasil
diante dos “países civilizados” e salvar a nacionalidade pela
“regeneração” do povo.
34. SANITARISTA
Oswaldo Cruz se propôs a realizar uma reforma nos
serviços de saúde:
1- a campanha das brigadas de mata-mosquito que
passaram a desinfetar ruas e casas.
Um ano depois, foi a vez da peste bubônica, e Cruz
lançou um esquadrão de 50 homens para percorrer a
cidade; espalhar veneno e remover os lixos. Com isso foi
criado um novo cargo público: os compradores de rato.
Cada roedor custava 300 réis, e, assim, apesar de todo
sofrimento da população, essa medida apresentou
resultados satisfatórios.
CAUSA: 31/10/1904 – o Congresso aprovou a lei que
tornava obrigatória a vacina contra a varíola
35. Não tem nome, na categoria dos crimes do poder, a temeridade, a
violência, a tirania a que ele se aventura, expondo-se, voluntariamente,
obstinadamente, a me envenenar, com a introdução no meu sangue de
vírus sobre cuja influência existem os mais bem fundados receios de
que seja condutor da moléstia ou da morte
36. O desenho é uma representação do medo da população ao saber que a
vacinação era fabricada pelo mesmo agente causador, o que lhes
causou muito medo. Até mesmo por falta de informação, começou a sair
ideias de que os sanitaristas, por meio da vacina, dizimariam a
população pobre de Rio de Janeiro.
40. Entre os dias 10 e 18 de novembro de 1904, a cidade do Rio de Janeiro
viveu o que a imprensa chamou de "a mais terrível das revoltas populares
da República". O cenário era desolador: bondes tombados, trilhos
arrancados, calçamentos destruídos - tudo feito por uma massa de 3 000
revoltosos.
MORRA A POLÍCIA! ABAIXO A VACINA!!
42. Desfecho: Dia 16 de
novembro
O governo suspende a
obrigatoriedade da vacina,
retraindo a revolta. A
resistência fica isolada a
poucos locais, entre eles, a
Saúde, "último reduto dos
anarquistas". No dia 18,
acontece o último conflito, na
pedreira do Catete. Saldo: 110
feridos, 30 mortos e 945
pessoas presas, das quais
461 são deportadas - inclusive
sete estrangeiros, segundo o
chefe de polícia. A cidade
volta à normalidade.
45. Data: 22 de novembro a 26 de novembro de 1910
Local: Rio de Janeiro,
Causas: - As punições físicas , baixo soldos, má
alimentação, contra o racismo e a desigualdade social, o
aprisionamento em celas destinadas ao isolamento
47. Estopim: um marinheiro de nome Marcelino Rodrigues levou
250 chicotadas por ter machucado um companheiro da
Marinha no interior do navio de guerra denominado Minas
Gerais, que se encontrava a caminho do Rio de Janeiro.
Desenrolar: Os rebelados assassinaram o capitão do navio e
mais três militares. Enquanto isso, na Baía de Guanabara, os
insurgentes conseguiram a adesão dos marujos da nau São
Paulo.
48. “Não queremos a volta da chibata(...) Caso não
tenhamos respostas, bombardearemos a cidade e os
navios que não se revoltarem.”
Líder: João Cândido Felisberto (Almirante Negro)
49. Objetivos: a extinção dos castigos físicos sofridos pelos
marinheiros ( era o de maior urgência) , o fim do
aprisionamento em celas isoladas, uma alimentação mais
digna e saudável e que fosse colocada em prática o
reajuste salarial de seus honorários ( já votadas em
congresso).
Desfecho: Temendo o bombardeio da cidade e sem
condições de reprimir, Hermes da Fonseca aceitou
negociar.
50. Foi prometido aos soldados que suas
reivindicações seriam aceitas e que os envolvidos
seriam anistiados, entretanto essas promessas
não foram cumpridos e a revolta foi sufocada com
violência e os envolvidos foram presos na Ilha das
Cobras e outros foram transferidos para um navio
que foi enviado para o Acre. Trabalharam na
extração da borracha e na construção da EFMM.
Outros fuzilados.
Em 9 de dezembro, ocorreu uma outra rebelião.
Mas foram sufocados.
52. TENENTISMO - 1922
Movimento da baixa oficialidade ( jovens tenentes e
capitães), classe média e letrados
Objetivos: Reconquistar o poder e a moralização da vida
pública (voto secreto, fim das fraudes, afastamento dos
grupos oligárquicos, analfabetismo...)
Programa elitista: “para o povo, mas sem o povo”.
Consideravam-se a “salvação nacional”
As ações tomadas contra o governo vigente foram a
Revolta dos 18 do Forte de Copacabana (1922), a
Revolução de 1924 e a Coluna Prestes (1925-1927).
Estopim: Cartas atribuídas a Artur Bernardes
53. O LEVANTE DO FORTE DE COPACABANA
5 de julho de 1922.
Teve a participação de
17 militares e um civil.
Impedir a posse de
Artur Bernardes
Poder tático e ofensivo
Comandados pelo
Euclides Hermes (filho
de Hermes da
Fonseca)
Apenas 2
sobreviveram
55. REVOLUÇÃO DE 24 – SÃO PAULO – 23 DIAS
5 de julho de 1924
Unidades do Exército e
da Força Pública (PM)
Líderes: General Isidoro
Dias Lopes, major Miguel
Costa e o capitão
Joaquim Távora
Ocuparam o governo
Apoio dos trabalhadores
e alguns grupos
populares
Exigiam a renúncia de
Artur Bernardes
56. Para evitar o bombardeio de São Paulo, os rebeldes se deslocaram
para Foz do Iguaçu, Paraná
58. COLUNA PRESTES (COLUNA INVICTA)
Rio Grande do Sul – 1924
Movimento político-militar
Unidades do Exército aquarteladas nas cidades de São
Borja, Uruguaiana e São Ângelo
Voto feminino e reforma agrária (caráter social mais amplo)
Líderes: capitão Luís Carlos Prestes ( o cavaleiro da
esperança) e o tenente Siqueira Campos
Depois de alguns combates retiraram-se em marcha
Reuniu cerca de 1600 membros
Percorreu cerca de 25 mil quilômetros
Influenciava as populações a se insurgirem contra as
oligarquias locais
Fragilizada cruzou a fronteira com a Bolívia e lá depôs suas
armas
60. REVOLTA DE JUAZEIRO
Ceará (Juazeiro) – 1910
Líderes: padre Cícero Romão Batista (prefeito de
Juazeiro e vice-governador) e pelo médico e político
Floro Bartolomeu da Costa.
Causas: A política de salvações nacionais de Hermes da
Fonseca.
• A intervenção tirou do poder a família Acyoli (tradicional
e poderosa família da época).
• 1914 - o coronel Marcos Franco Rabelo, interventor
nomeado pelo governo nacional, passou a perseguir o
Padre Cícero, destituindo-o de seus cargos e ordenando
sua prisão.
61. REVOLTA DE JUAZEIRO
Floro Bartolomeu, organizaram um batalhão formado por
jagunços e romeiros em defesa do Padre Cícero.
Desfecho: A expedição ordenada pelo interventor Franco
Rabelo dirigiu-se para Juazeiro do Norte para prender o
pároco, mas quando chegaram esbarraram em uma imensa
muralha que cercava a cidade. Tal defesa era chamada de
"Círculo da Mãe de Deus" e foi construída em apenas sete
dias.
Floro Bartolomeu se dirigiu então ao Rio de Janeiro em busca
de apoio enquanto os revoltosos rumaram para Fortaleza
com o intuito de depor o interventor. No Rio de Janeiro
conseguiram o apoio de Pinheiro Machado e em Fortaleza
Franco Rabelo foi realmente deposto.
62. Hermes da Fonseca convocou novas eleições para o
governo do estado, as quais resultaram na eleição de
Benjamim Liberato Barroso para o cargo de governador e
na volta do Padre Cícero ao posto de vice-governador.
63. O Padre Cícero foi excomungado pelo Vaticano, em
1894, q sendo acusado de manipulação da crença
popular, no Brasil, em 1977, foi canonizado pela Igreja
Católica. Com sua morte, no dia 20 de julho de 1934, ele
foi beatificado. Todavia sua influência no Ceará e na
região do Nordeste fizeram com que sua imagem como
homem santo fosse mantida, até hoje é venerado pela
população da região e atrai milhares de pessoas a
Juazeiro do Norte.
64. Estátua do Padre Cícero na colina do Horto, em Juazeiro do norte,
inaugurada em 1969. Atualmente é ponto de peregrinação de muitos fiéis.
65. GREVE GERAL DE 1917
A São Paulo Moderna: estimulada pelo dinheiro do café
despontou como o principal centro industrial do Brasil
O prefeito Antônio Prado inicia um processo de modernização
e saneamento sob o comando dos médicos Vital Brasil e
Saturnino de Brito.
Os novos ricos (comércio e indústria) afluíam à recém-
inaugurada avenida paulista.
Nas áreas industriais como Brás, Mooca, Bexiga, Lapa,
Ipiranga e Vila Prudente aglomeravam-se cortiços e casebres,
as moradias operárias.
Vilas operárias, obras assistencialistas e instrumento de
disciplina de trabalho
66. GREVE GERAL DE 1917
Condições de trabalho nas fábricas:
- Carga horária de cerca de 15 horas por dia;
- Não havia salário mínimo, direito de férias, pagamento
por horas extras;
- Quando demitido não tinha direito a aviso prévio nem a
indenização;
- Mulheres e crianças eram cada vez mais exploradas.
Crianças sofriam castigos físicos e as mulheres
exploração sexual
- Precárias condições nas fábricas: pouco espaço,
ambientes mal iluminados, quentes e sem ventilação;
- Epidemias e alto índice de mortalidade infantil
67. ORGANIZAÇÃO POLÍTICA
Com a chegada dos imigrantes forma-se as primeiras
ligas operárias;
Ideias anarquistas ( combatiam qualquer forma de
organização do Estado), anarco-sindicalistas
(defendiam a ação direta dos trabalhadores por meio dos
sindicatos), corrente católica
1908 criação da Confederação Operária Brasileira (COB)
Organizações sindicais
A busca por melhores condições de trabalho;
Influência da vitória da Revolução Russa
Junho de 1917 inúmeras manifestações se espalhava
por São Paulo.
68. Estopim: Em 9 de julho, uma carga de cavalaria foi lançada
contra os operários que protestavam na porta da fábrica
Mariângela, no Brás resultou na morte do jovem anarquista
espanhol José Martinez.
Indignados e já preparados para a greve os operários da
indústria têxtil Cotonifício Crespi, com sede na Mooca entraram
em greve, e logo foram seguidos por outras fábricas e bairros
operários. Três dias depois mais de 70 mil trabalhadores já
aderiram a greve. Armazéns foram saqueados, bondes e outros
veículos foram incendiados e barricadas foram erguidas em
meio às ruas.
74. REIVINDICAÇÕES
Diminuição da jornada de trabalho para 8h;
O direito de organização sindical;
Aumento salarial;
Fim da exploração do trabalho dos menores de 14 anos
e do trabalho noturno das mulheres;
Libertação de todos os grevistas presos
Garantia de que nenhum operário seria demitido por ter
participado da greve.
75. DESFECHO
Jornalistas intermediaram as negociações
Aceitaram aumentar os salários e não demitir os
grevistas
A greve se encerrou
Logo após vários líderes perderam seus empregos e
passaram a ser perseguidos.
CONSEQUÊNCIAS:
- Consciência de classe
- Organização operária
76. REVOLTA DE PRINCESA
24 de Fevereiro de 1930,na cidade de Princesa Isabel
Líder: coronel José Pereira de Lima, fazendeiro,
comerciante, Deputado Estadual e uma das lideranças
do Partido Republicano da Paraíba
428 km da
capital
77. CAUSAS:
o Ao assumir o poder, o novo presidente tinha o objetivo de
iniciar uma reformar na estrutura político-administrativa e
reerguer as finanças do Estado
o 1 - Devido à ausência de qualquer barreira tributária, chefes
políticos do Sertão, faziam comércio diretamente com os
estados vizinhos, em especial, Pernambuco. A prática
provocava enormes perdas de divisas tributárias ao Estado
paraibano.
Por isso, o presidente do Estado começou a ser chamado
pejorativamente de “João Cancela/Porteira”.
78. Em Pernambuco, estado atingido diretamente pelas
medidas, foi iniciada uma campanha no Jornal do
Commércio pelos irmãos Pessoa de Queirós, primos de
João Pessoa, contra a chamada “guerra tributária”. Na
Paraíba, a defesa da administração do presidente ficou por
conta do jornal A União, veículo oficial.
2- João Pessoa não apoia a chapa Júlio Prestes- Vital
Soares “Nego”. Foi escolhido pra ser o candidato a vice-
presidente na chapa de Getúlio Vargas.
o Fevereiro de 1930, João Pessoa empreendeu excursão
por vários municípios a fim de obter o apoio eleitoral dos
“coronéis” que vinha combatendo desde o início de seu
mandato.
79. A cúpula do PRP se reúne em convenção para compor a chapa
para concorrer aos cargos de Senador e Deputado Federal.
João Pessoa defendia o princípio da não reeleição e propunha
o revezamento dos candidatos. Foram desprezados por ele
nomes como os de João Suassuna(aliado dos Pereira Lima e a
dos Dantas) , Flavio Ribeiro Coutinho e os de outros coronéis
do interior paraibano. No entanto, João Pessoa não abriria mão
da candidatura de seu primo, Carlos Pessoa.
A atitude de João Pessoa representou a ruptura formal dos
coronéis do Sertão Paraibano com a administração estadual.
Em 24 de fevereiro, um telegrama remetido por José Pereira
marca simbolicamente esse rompimento. O coronel informava
na carta que ele e seus aliados acabavam de aderir ao Partido
Republicano Conservador (PRC), defendendo, portanto, a
candidatura Júlio Prestes-Vital Soares.
80. A GUERRA
A resposta de João Pessoa a decisão dos coronéis veio
dias depois. Ele ordenou o esvaziamento da máquina
burocrático-administrativa do município e mandou a
polícia invadir o município de Teixeira, reduto dos Dantas
prendendo pessoas da família e impedindo que ocorresse
votação naquela cidade. O mesmo deveria ocorrer em
Princesa, mas lá haveria reação.
Sob o comando do coronel José Pereira, um contingente
de cerca de dois mil homens armados ( que receberam do
próprio governo pra combater Lampião e a Coluna
Prestes) , partiram da Serra de Teixeira, no Sertão da
Paraíba, em combate a batalhões da Policia Militar do
Estado. A polícia estadual contava com apenas 850
homens.
81. Em 3 de maio de 1930, o presidente da República Washington
Luís sugeriu ao Congresso que se apresentasse um pedido
formal de intervenção na Paraíba. Como o pedido feria a
Constituição, não foi aceito.
Em 9 de junho de 1930 é decretado o território livre de
Princesa, através de uma lei assinada por uma “junta
governativa” integrada por José Pereira, José Frazão Medeiros
Lima e Manuel Rodrigues Sinhô.
Com grandes dificuldades de debelar a Revolta de Princesa, o
governo paraibano autorizou a polícia da Paraíba a invadir
casas e escritórios de pessoas suspeitas de receber ou estocar
armas e munições destinadas a Princesa. Na realidade, tratava-
se de um pretexto para invadir e violar casas e escritórios de
seus adversários políticos. Uma dessas invasões, noticiada
pelo Jornal A União, de 22 de julho de 1930, foi no escritório do
jornalista e advogado sertanejo João Dantas.
82. DESFECHO
No dia 26 de julho de 1930, João Pessoa é assassinado em
Recife por João Dantas. O presidente paraibano encontrava-se
no Recife, em visita a lideres liberais pernambucanos. Dantas,
enfurecido pelas últimas notícias publicadas no Jornal A União,
foi ao seu encontro. No final da tarde daquele dia, na confeitaria
Glória, no Recife, o presidente é baleado e morto.
Com a morte de João Pessoa a força do movimento armado de
Princesa se perdeu
No dia 6 de outubro, os corpos de João Dantas e de seu
cunhado Augusto Caldas, na época dados como suicidas,
foram encontrados em uma enfermaria da Casa de Detenção
de Recife. A causa da morte desses personagens é motivo de
discussão até hoje.