2. "Aquela Campanha de Canudos lembra um refluxo para o passado.
E foi, na significação integral da palavra, um crime. Denunciemo-lo".
Euclides da Cunha
3.
4. • Antônio Conselheiro - Ao percorrer o
Nordeste com sua pregação messiânica,
atraiu a veneração de seus seguidores,
tornando-se alvo da desconfiança da
Igreja e da perseguição do Estado.
• Antonio Conselheiro não estava
ameaçando a ordem republicana. A
ordem republicana é que, por várias
razões e nem todas evidentes, se sentia
ameaçada.
5. • Proclamação da República –
Conselheiro tinha entrado em
choque com setores conservadores
da Igreja.
• Motivos (vistos como sacrilégios):
- Separação entre Igreja e o Estado;
- Casamento civil;
- Liberdade de culto, etc.
6. • 1893 – Conselheiro
rebelou-se contra
cobrança de impostos
no município de Bom
Conselho.
• Foge com seus
seguidores para fundar
sua “Nova Jerusalém”.
• Logo o povoado
contava com mais de 30
mil pessoas.
Em pouco tempo milhares de sertanejos
desfizeram-se de seus bens na ânsia de
encontrar o paraíso terreno.
7. CANUDOS – modo
de o sertanejo
escapar da
dominação,esperança
de distribuição de
terras.
Para o povo sofrido e faminto, Canudos representava o
paraíso na Terra e Conselheiro um enviado de Deus.
8. • O arraial do Belo Monte
chegou a ser a cidade de
maior população do
interior da Bahia no final
do século
XIX, atingindo no curto
espaço de 4 anos entre
25 e 30 mil
habitantes e tendo
aproximadamente 5 mil
construções erigidas.
9. • Chefes locais –
viam diminuir sua
influência política
ante o prestígio de
Conselheiro.
• As reações nãoAs reações não
tardariam...tardariam...
Moradia típica de Canudos
10. Político República x Monarquia
Perspectiva Cultural
Progresso e Civilização x
Atraso e barbárie
Racial
Raça branca dominante x
Mestiçagem (sub-raça)
Filosófico
Razão e ciência x
Misticismo e fanatismo
religioso
Sócio-econômico
Urbano e pré-industrial x
Agrário-feudal
Geográfico Litoral x Sertão
11. Características:
- O movimento é rural messiânico;
- Conselheiro pregava a religião católica, mas não
podia fazê-lo legalmente.
- Conselheiro e seus seguidores saem das
peregrinações entre as cidades e constroem uma
cidade, chamada Arraial Belo Monte.
- Plantavam na cidade e não havia fome;
- A sociedade era coletiva e foi baseada na Bíblia;
- O Arraial Belo Monte era um péssimo exemplo para
o governo vigente, poderia aparecer novos
Canudos e novos Conselheiros;
- Canudos, então, deveria ser destruído como
exemplo, essa foi a verdadeira razão da destruição
de Canudos e não que o movimento era
monarquista.
12. • 1ª expedição - Luiz Viana
cede às pressões e manda
uma tropa de 100 homens
destruir a região.
• 21/10/1986 – a tropa
acampada na cidade de
Uauá foi destroçada
rapidamente por mais de
20 mil jagunços do beato.
• Ânimos exaltados – no Rio
de Janeiro e Salvador
militares radicais clamavam
pelo esmagamento do
perigo monarquista.
13. 2ª expedição: 543 praças, 14 oficiais e 3
médicos.
A vitória parecia certa e foram deixando pelo
caminho equipamentos que poderiam atrasar
sua marcha. Mas...
Os jagunços atacavam a retaguarda do inimigo a
todo momento e desapareciam em seguida.
Resultado: Febrônio de Brito ordenou a retirada,
sob o olhar irônico dos jagunços.
14. • Derrota = mística de Canudos (cidade
inexpugnável protegida por Deus).
• RJ: militares acusavam governo de incapacidade
para enfrentar a “investida monarquista”.
• 3ª expedição: 1300 combatentes com 15
milhões de cartuchos e setenta peças de
artilharia.
• Março de 1897 – a tropa entra em Canudos e se
torna presa fácil dos jagunços.
• “Oitocentos homens desapareciam em fuga
abandonando as espingardas(...) para a carreira
desafogada.” (Euclides da Cunha)
• Derrota abala o país.
15. • 4ª expedição: tropas de
vários Estados (5 mil
homens) comandados
pelo general Artur Oscar
atacam Canudos.
General A. Oscar(2º da esquerda para a direita), chefe da
Expedição que derrotou Canudos.
16. • 25/06/1897 – primeiro
combate; 1200 baixas.
• Mobilizados mais 4 mil
homens.
• As lutas se prolongaram
por vários meses.
• 5/10/1897 – último
combate (governo de
Campos Sales)
Foto do arraial após ser destruído pelas forças do governo federal.
17. Antônio Conselheiro . - Morreu em setembro de 1897, poucos dias
antes do final da Guerra de Canudos. Alguns estudiosos dizem que
foi vítima de estilhaços de granadas lançadas contra o vilarejo,
outros, que morreu em virtude de uma simples diarréia. Depois de
exumado, sua cabeça foi cortada e levada para Salvador (BA).
18. A Guerra de Canudos durou um ano e mobilizou mais de
10 mil soldados vindos de 17 estados brasileiros,
distribuídos em 4 expedições militares. Estima-se que
morreram mais de 25 mil pessoas, culminando com a
destruição total da cidade.
Cadáveres nas ruínas de Canudos.
19. • Mulheres, crianças e
velhos. A imagem dos
sobreviventes retrata a
grande epopéia
sertaneja que durou
um ano e deixou mais
de 25 mil mortos.
20. Euclides da Cunha
“Expugnado palmo a palmo, na precisão
integral do termo, caiu no dia 5, ao
entardecer, quando caíram seus
últimos defensores, que todos morreram.
Eram apenas quatro: um velho, dous
homens feitos e uma criança, na frente
dos quais rugiam raivosamente cinco mil
soldados”.
(Euclides da Cunha, Os Sertões,
Liv. Fco. Alves, 28ª ed., pág. 407)
22. • O presidente e os ingleses estabeleceram
um acordo, conhecido como "funding-loan".
• Suspendeu-se o pagamento da dívida que
começaria a ser paga em 1911, com o prazo
de 63 anos com juros de 5% ao ano;
• As rendas da alfândega do Rio de Janeiro e
Santos ficariam hipotecadas aos banqueiros
ingleses, como garantia.
• Saneamento econômico: combateu a
inflação, não emitindo mais dinheiro e
retirando uma parte de circulação. Depois
combateu os déficits.
23. • Cortou gastos e criou um novo imposto:
um selo que deveria ser colocado nas
mercadorias em circulação. A chamada
“Lei do Selo” causou aumento nos
preços dos alimentos e tornou Campos
Sales bastante impopular. Ganhou nas
ruas o apelido de “Campos Selos”.
• Criou a chamada “política dos
governadores”: uma troca de apoio
entre os governadores dos estados e o
presidente.
24. • Os poderosos em cada
estado, grandes
fazendeiros chamados de
“coronéis”, escolhiam os
candidatos para os
cargos políticos.
• Como nas eleições o voto
era aberto e não secreto,
os “coronéis”
negociavam favores em
troca de votos.
25. • Questão do Amapá
(1900):
– BRA e FRA
disputavam a região
fronteiriça entre o
estado do Amapá e a
Guiana Francesa.
– BRA tem ganho de
causa com arbítrio da
Suíça e incorpora
definitivamente toda
a região a leste do Rio
Oiapoque.
26. • Ou até mesmo forçavam o eleitor a votar no
candidato indicado por ele. Era o chamado
“voto de cabresto”.
• O esquema permitiu que um pequeno grupo
de pessoas ricas e influentes controlassem o
poder no Brasil. Por isso, também chamamos
esse período de oligárquico, que significa
governado por poucos.
• Para garantir total apoio no Congresso,
Campos Sales criou a Comissão de Verificação.
• Os deputados favoráveis ao presidente
tomavam posse, os contrários eram
impedidos, sofriam a chamada “degola”.
27. – Em seu governo iniciou-se a política do
“CAFÉ COM LEITE”.
29. • Sua administração financeira foi muito
bem sucedida.
• Dispunha de muito dinheiro: auge do
ciclo da borracha no Brasil, cabendo ao
país 97% da produção mundial.
• Enfrentou a primeira greve geral na
capital da República em 15 de agosto de
1903, iniciada pelos operários da
indústria têxtil que reivindicavam
aumento de salários e jornada diária de
oito horas para todas as categorias de
trabalhadores.
30. • Brasil anexou o território
do Acre , após um acordo
com a Bolívia, negociado
pelo Barão do Rio
Branco, pagaria àquele
país dois milhões de
libras esterlinas e
construiria a Estrada de
Ferro Madeira-Mamoré,
por onde seria escoada a
produção de borracha.
31. • Anexação do Acre (1903):
– Interesse na extração do látex.
– Atritos entre seringueiros brasileiros e
bolivianos.
– BRA compra a região da Bolívia pelo
valor de 10 milhões de dólares (Tratado
de Petrópolis).
– Bolívia recebe em troca do território
área que lhe dava acesso ao Rio
Madeira, e, portanto ao Oceano
Atlântico.
32.
33. • Convênio de Taubaté (1906):
– Plano de valorização artificial do café;
– Governo comprava os excedentes de café e
estocava.
– Diminuindo a oferta do produto, seu preço
mantinha-se estável.
– O governo contraía empréstimos para
comprar esse excedente.
– Cobrava-se impostos para equilibrar as contas
do governo e honrar compromissos.
– O país se endividava e ampliava sua
dependência com o exterior.
– O governo almejava vender o estoque de café
quando a procura aumentasse, no entanto,
isso nunca ocorria, então o café estragava e o
governo amargava prejuízos.
– O bolso dos cafeicultores estava salvo.
34. • Seu governo foi destacado pela
Campanha de Vacina Obrigatória (que
ocasionou a Revolta da Vacina),
promovida pelo médico sanitarista e
Ministro da Saúde Osvaldo Cruz , e
pela reforma urbana da cidade do Rio
de Janeiro.
• É considerado hoje o presidente que
mais se preocupou com a população
da República Velha.
35.
36. A Revolta da Vacina
-Tempo: 1906.
-Local: Rio de Janeiro.
- Líderes: Essa revolta não
teve um líder ou líderes
específicos e relevantes,
foi um movimento
popular, no qual a
população comum se uniu
e se revoltou.
37. Características:
- Foi a primeira revolta
urbana;
- Foi no governo de
Rodrigues Alves que fez
como seu principal
Projeto a reurbanização
do Rio de Janeiro, similar
a Paris.
Rodrigues Alves e o Rio.
38. • Apoiadas em uma lei
federal, as Brigadas
Sanitárias entravam
nas casas e vacinavam
pessoas à força.
• Setores de oposição ao
governo gritavam
contra as medidas
autoritárias de
Oswaldo Cruz.
39. - O centro do Rio possuía vários cortiços, eram casas
de pobres.
- Nesta época também surgia a favela.
- Os moradores dos cortiços não queriam sair de
suas casas, então, Rodrigues Alves cria o projeto
“Bota Abaixo”, que expulsava as pessoas de suas
casas e as destruía sem pagar indenização;
- Rodrigues Alves criou dois projetos: “Bota Abaixo”
e “Saneamento”;
40. - O projeto de
“Saneamento” era
para controlar e
erradicar doenças
como a peste
bubônica, a febre
amarela e a varíola;
- Para efetivar esse
projeto de
“Saneamento” criou-
se o Ministério da
Saúde e o Ministro foi
Oswaldo Cruz;
Oswaldo Cruz
42. - Para acabar com a varíola
importou-se vacina da
França, mas importou-se
poucas seringas. Importou
seringas somente para os
ricos, para a elite.
- Os pobres e a população em
geral revoltaram-se com o
método de vacinação da
varíola, no qual a vacina
seria inserida num corte na
virilha.
Bonde tombado na
mobilização popular.
43. • Em vez de esclarecer o povo sobre os
benefícios da medida, vários jornais de
Oposição aproveitaram-se de sua
ingenuidade para propagar a suspeita
de que a vacina transmitia doenças,
em vez de combatê-las.
• Assim:
- Atraso brasileiro;
- Obscurantismo popular encorajado
pela miséria e pela manipulação de
alguns setores da elite.
44. • A Revolta durou 3 dias.
• Os líderes e Rodrigues Alves retomou o controle da
cidade.
• No entanto a obrigatoriedade da vacina fora
revogada.
• Alguns anos mais tarde, a população pagaria alto
pela revolta. Em 1908, a cidade foi assolada por
uma violenta epidemia de varíola, e todos correram
aos postos de vacinação para se imunizar.