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RepúblicaRepública
VelhaVelha
(1889 a 1930)(1889 a 1930)
"Aquela Campanha de Canudos lembra um refluxo para o passado.
E foi, na significação integral da palavra, um crime. Denunciemo-lo".
Euclides da Cunha
• Antônio Conselheiro - Ao percorrer o
Nordeste com sua pregação messiânica,
atraiu a veneração de seus seguidores,
tornando-se alvo da desconfiança da
Igreja e da perseguição do Estado.
• Antonio Conselheiro não estava
ameaçando a ordem republicana. A
ordem republicana é que, por várias
razões e nem todas evidentes, se sentia
ameaçada.
• Proclamação da República –
Conselheiro tinha entrado em
choque com setores conservadores
da Igreja.
• Motivos (vistos como sacrilégios):
- Separação entre Igreja e o Estado;
- Casamento civil;
- Liberdade de culto, etc.
• 1893 – Conselheiro
rebelou-se contra
cobrança de impostos
no município de Bom
Conselho.
• Foge com seus
seguidores para fundar
sua “Nova Jerusalém”.
• Logo o povoado
contava com mais de 30
mil pessoas.
Em pouco tempo milhares de sertanejos
desfizeram-se de seus bens na ânsia de
encontrar o paraíso terreno.
CANUDOS – modo
de o sertanejo
escapar da
dominação,esperança
de distribuição de
terras.
Para o povo sofrido e faminto, Canudos representava o
paraíso na Terra e Conselheiro um enviado de Deus.
• O arraial do Belo Monte
chegou a ser a cidade de
maior população do
interior da Bahia no final
do século
XIX, atingindo no curto
espaço de 4 anos entre
25 e 30 mil
habitantes e tendo
aproximadamente 5 mil
construções erigidas.
• Chefes locais –
viam diminuir sua
influência política
ante o prestígio de
Conselheiro.
• As reações nãoAs reações não
tardariam...tardariam...
Moradia típica de Canudos
Político República x Monarquia
Perspectiva Cultural
Progresso e Civilização x
Atraso e barbárie
Racial
Raça branca dominante x
Mestiçagem (sub-raça)
Filosófico
Razão e ciência x
Misticismo e fanatismo
religioso
Sócio-econômico
Urbano e pré-industrial x
Agrário-feudal
Geográfico Litoral x Sertão
Características:
- O movimento é rural messiânico;
- Conselheiro pregava a religião católica, mas não
podia fazê-lo legalmente.
- Conselheiro e seus seguidores saem das
peregrinações entre as cidades e constroem uma
cidade, chamada Arraial Belo Monte.
- Plantavam na cidade e não havia fome;
- A sociedade era coletiva e foi baseada na Bíblia;
- O Arraial Belo Monte era um péssimo exemplo para
o governo vigente, poderia aparecer novos
Canudos e novos Conselheiros;
- Canudos, então, deveria ser destruído como
exemplo, essa foi a verdadeira razão da destruição
de Canudos e não que o movimento era
monarquista.
• 1ª expedição - Luiz Viana
cede às pressões e manda
uma tropa de 100 homens
destruir a região.
• 21/10/1986 – a tropa
acampada na cidade de
Uauá foi destroçada
rapidamente por mais de
20 mil jagunços do beato.
• Ânimos exaltados – no Rio
de Janeiro e Salvador
militares radicais clamavam
pelo esmagamento do
perigo monarquista.
2ª expedição: 543 praças, 14 oficiais e 3
médicos.
A vitória parecia certa e foram deixando pelo
caminho equipamentos que poderiam atrasar
sua marcha. Mas...
Os jagunços atacavam a retaguarda do inimigo a
todo momento e desapareciam em seguida.
Resultado: Febrônio de Brito ordenou a retirada,
sob o olhar irônico dos jagunços.
• Derrota = mística de Canudos (cidade
inexpugnável protegida por Deus).
• RJ: militares acusavam governo de incapacidade
para enfrentar a “investida monarquista”.
• 3ª expedição: 1300 combatentes com 15
milhões de cartuchos e setenta peças de
artilharia.
• Março de 1897 – a tropa entra em Canudos e se
torna presa fácil dos jagunços.
• “Oitocentos homens desapareciam em fuga
abandonando as espingardas(...) para a carreira
desafogada.” (Euclides da Cunha)
• Derrota abala o país.
• 4ª expedição: tropas de
vários Estados (5 mil
homens) comandados
pelo general Artur Oscar
atacam Canudos.
General A. Oscar(2º da esquerda para a direita), chefe da
Expedição que derrotou Canudos.
• 25/06/1897 – primeiro
combate; 1200 baixas.
• Mobilizados mais 4 mil
homens.
• As lutas se prolongaram
por vários meses.
• 5/10/1897 – último
combate (governo de
Campos Sales)
Foto do arraial após ser destruído pelas forças do governo federal.
Antônio Conselheiro . - Morreu em setembro de 1897, poucos dias
antes do final da Guerra de Canudos. Alguns estudiosos dizem que
foi vítima de estilhaços de granadas lançadas contra o vilarejo,
outros, que morreu em virtude de uma simples diarréia. Depois de
exumado, sua cabeça foi cortada e levada para Salvador (BA).
A Guerra de Canudos durou um ano e mobilizou mais de
10 mil soldados vindos de 17 estados brasileiros,
distribuídos em 4 expedições militares. Estima-se que
morreram mais de 25 mil pessoas, culminando com a
destruição total da cidade.
Cadáveres nas ruínas de Canudos.
• Mulheres, crianças e
velhos. A imagem dos
sobreviventes retrata a
grande epopéia
sertaneja que durou
um ano e deixou mais
de 25 mil mortos.
Euclides da Cunha
“Expugnado palmo a palmo, na precisão
integral do termo, caiu no dia 5, ao
entardecer, quando caíram seus
últimos defensores, que todos morreram.
Eram apenas quatro: um velho, dous
homens feitos e uma criança, na frente
dos quais rugiam raivosamente cinco mil
soldados”.
(Euclides da Cunha, Os Sertões,
Liv. Fco. Alves, 28ª ed., pág. 407)
Manuel Ferraz
de Campos
Salles (SP)
(15/11/1898 a
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4 anos
• O presidente e os ingleses estabeleceram
um acordo, conhecido como "funding-loan".
• Suspendeu-se o pagamento da dívida que
começaria a ser paga em 1911, com o prazo
de 63 anos com juros de 5% ao ano;
• As rendas da alfândega do Rio de Janeiro e
Santos ficariam hipotecadas aos banqueiros
ingleses, como garantia.
• Saneamento econômico: combateu a
inflação, não emitindo mais dinheiro e
retirando uma parte de circulação. Depois
combateu os déficits.
• Cortou gastos e criou um novo imposto:
um selo que deveria ser colocado nas
mercadorias em circulação. A chamada
“Lei do Selo” causou aumento nos
preços dos alimentos e tornou Campos
Sales bastante impopular. Ganhou nas
ruas o apelido de “Campos Selos”.
• Criou a chamada “política dos
governadores”: uma troca de apoio
entre os governadores dos estados e o
presidente.
• Os poderosos em cada
estado, grandes
fazendeiros chamados de
“coronéis”, escolhiam os
candidatos para os
cargos políticos.
• Como nas eleições o voto
era aberto e não secreto,
os “coronéis”
negociavam favores em
troca de votos.
• Questão do Amapá
(1900):
– BRA e FRA
disputavam a região
fronteiriça entre o
estado do Amapá e a
Guiana Francesa.
– BRA tem ganho de
causa com arbítrio da
Suíça e incorpora
definitivamente toda
a região a leste do Rio
Oiapoque.
• Ou até mesmo forçavam o eleitor a votar no
candidato indicado por ele. Era o chamado
“voto de cabresto”.
• O esquema permitiu que um pequeno grupo
de pessoas ricas e influentes controlassem o
poder no Brasil. Por isso, também chamamos
esse período de oligárquico, que significa
governado por poucos.
• Para garantir total apoio no Congresso,
Campos Sales criou a Comissão de Verificação.
• Os deputados favoráveis ao presidente
tomavam posse, os contrários eram
impedidos, sofriam a chamada “degola”.
– Em seu governo iniciou-se a política do
“CAFÉ COM LEITE”.
Francisco de
Paula
Rodrigues
Alves (SP)
(15/11/1902 a
15/11/1906) =
4 anos
• Sua administração financeira foi muito
bem sucedida.
• Dispunha de muito dinheiro: auge do
ciclo da borracha no Brasil, cabendo ao
país 97% da produção mundial.
• Enfrentou a primeira greve geral na
capital da República em 15 de agosto de
1903, iniciada pelos operários da
indústria têxtil que reivindicavam
aumento de salários e jornada diária de
oito horas para todas as categorias de
trabalhadores.
• Brasil anexou o território
do Acre , após um acordo
com a Bolívia, negociado
pelo Barão do Rio
Branco, pagaria àquele
país dois milhões de
libras esterlinas e
construiria a Estrada de
Ferro Madeira-Mamoré,
por onde seria escoada a
produção de borracha.
• Anexação do Acre (1903):
– Interesse na extração do látex.
– Atritos entre seringueiros brasileiros e
bolivianos.
– BRA compra a região da Bolívia pelo
valor de 10 milhões de dólares (Tratado
de Petrópolis).
– Bolívia recebe em troca do território
área que lhe dava acesso ao Rio
Madeira, e, portanto ao Oceano
Atlântico.
• Convênio de Taubaté (1906):
– Plano de valorização artificial do café;
– Governo comprava os excedentes de café e
estocava.
– Diminuindo a oferta do produto, seu preço
mantinha-se estável.
– O governo contraía empréstimos para
comprar esse excedente.
– Cobrava-se impostos para equilibrar as contas
do governo e honrar compromissos.
– O país se endividava e ampliava sua
dependência com o exterior.
– O governo almejava vender o estoque de café
quando a procura aumentasse, no entanto,
isso nunca ocorria, então o café estragava e o
governo amargava prejuízos.
– O bolso dos cafeicultores estava salvo.
• Seu governo foi destacado pela
Campanha de Vacina Obrigatória (que
ocasionou a Revolta da Vacina),
promovida pelo médico sanitarista e
Ministro da Saúde Osvaldo Cruz , e
pela reforma urbana da cidade do Rio
de Janeiro.
• É considerado hoje o presidente que
mais se preocupou com a população
da República Velha.
A Revolta da Vacina
-Tempo: 1906.
-Local: Rio de Janeiro.
- Líderes: Essa revolta não
teve um líder ou líderes
específicos e relevantes,
foi um movimento
popular, no qual a
população comum se uniu
e se revoltou.
Características:
- Foi a primeira revolta
urbana;
- Foi no governo de
Rodrigues Alves que fez
como seu principal
Projeto a reurbanização
do Rio de Janeiro, similar
a Paris.
Rodrigues Alves e o Rio.
• Apoiadas em uma lei
federal, as Brigadas
Sanitárias entravam
nas casas e vacinavam
pessoas à força.
• Setores de oposição ao
governo gritavam
contra as medidas
autoritárias de
Oswaldo Cruz.
- O centro do Rio possuía vários cortiços, eram casas
de pobres.
- Nesta época também surgia a favela.
- Os moradores dos cortiços não queriam sair de
suas casas, então, Rodrigues Alves cria o projeto
“Bota Abaixo”, que expulsava as pessoas de suas
casas e as destruía sem pagar indenização;
- Rodrigues Alves criou dois projetos: “Bota Abaixo”
e “Saneamento”;
- O projeto de
“Saneamento” era
para controlar e
erradicar doenças
como a peste
bubônica, a febre
amarela e a varíola;
- Para efetivar esse
projeto de
“Saneamento” criou-
se o Ministério da
Saúde e o Ministro foi
Oswaldo Cruz;
Oswaldo Cruz
RJ durante a Revolta da Vacina.
- Para acabar com a varíola
importou-se vacina da
França, mas importou-se
poucas seringas. Importou
seringas somente para os
ricos, para a elite.
- Os pobres e a população em
geral revoltaram-se com o
método de vacinação da
varíola, no qual a vacina
seria inserida num corte na
virilha.
Bonde tombado na
mobilização popular.
• Em vez de esclarecer o povo sobre os
benefícios da medida, vários jornais de
Oposição aproveitaram-se de sua
ingenuidade para propagar a suspeita
de que a vacina transmitia doenças,
em vez de combatê-las.
• Assim:
- Atraso brasileiro;
- Obscurantismo popular encorajado
pela miséria e pela manipulação de
alguns setores da elite.
• A Revolta durou 3 dias.
• Os líderes e Rodrigues Alves retomou o controle da
cidade.
• No entanto a obrigatoriedade da vacina fora
revogada.
• Alguns anos mais tarde, a população pagaria alto
pela revolta. Em 1908, a cidade foi assolada por
uma violenta epidemia de varíola, e todos correram
aos postos de vacinação para se imunizar.
• Charges ironizam
Osvaldo Cruz e o
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vacinação
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República Velha e a Guerra de Canudos

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República Velha e a Guerra de Canudos

  • 2. "Aquela Campanha de Canudos lembra um refluxo para o passado. E foi, na significação integral da palavra, um crime. Denunciemo-lo". Euclides da Cunha
  • 3.
  • 4. • Antônio Conselheiro - Ao percorrer o Nordeste com sua pregação messiânica, atraiu a veneração de seus seguidores, tornando-se alvo da desconfiança da Igreja e da perseguição do Estado. • Antonio Conselheiro não estava ameaçando a ordem republicana. A ordem republicana é que, por várias razões e nem todas evidentes, se sentia ameaçada.
  • 5. • Proclamação da República – Conselheiro tinha entrado em choque com setores conservadores da Igreja. • Motivos (vistos como sacrilégios): - Separação entre Igreja e o Estado; - Casamento civil; - Liberdade de culto, etc.
  • 6. • 1893 – Conselheiro rebelou-se contra cobrança de impostos no município de Bom Conselho. • Foge com seus seguidores para fundar sua “Nova Jerusalém”. • Logo o povoado contava com mais de 30 mil pessoas. Em pouco tempo milhares de sertanejos desfizeram-se de seus bens na ânsia de encontrar o paraíso terreno.
  • 7. CANUDOS – modo de o sertanejo escapar da dominação,esperança de distribuição de terras. Para o povo sofrido e faminto, Canudos representava o paraíso na Terra e Conselheiro um enviado de Deus.
  • 8. • O arraial do Belo Monte chegou a ser a cidade de maior população do interior da Bahia no final do século XIX, atingindo no curto espaço de 4 anos entre 25 e 30 mil habitantes e tendo aproximadamente 5 mil construções erigidas.
  • 9. • Chefes locais – viam diminuir sua influência política ante o prestígio de Conselheiro. • As reações nãoAs reações não tardariam...tardariam... Moradia típica de Canudos
  • 10. Político República x Monarquia Perspectiva Cultural Progresso e Civilização x Atraso e barbárie Racial Raça branca dominante x Mestiçagem (sub-raça) Filosófico Razão e ciência x Misticismo e fanatismo religioso Sócio-econômico Urbano e pré-industrial x Agrário-feudal Geográfico Litoral x Sertão
  • 11. Características: - O movimento é rural messiânico; - Conselheiro pregava a religião católica, mas não podia fazê-lo legalmente. - Conselheiro e seus seguidores saem das peregrinações entre as cidades e constroem uma cidade, chamada Arraial Belo Monte. - Plantavam na cidade e não havia fome; - A sociedade era coletiva e foi baseada na Bíblia; - O Arraial Belo Monte era um péssimo exemplo para o governo vigente, poderia aparecer novos Canudos e novos Conselheiros; - Canudos, então, deveria ser destruído como exemplo, essa foi a verdadeira razão da destruição de Canudos e não que o movimento era monarquista.
  • 12. • 1ª expedição - Luiz Viana cede às pressões e manda uma tropa de 100 homens destruir a região. • 21/10/1986 – a tropa acampada na cidade de Uauá foi destroçada rapidamente por mais de 20 mil jagunços do beato. • Ânimos exaltados – no Rio de Janeiro e Salvador militares radicais clamavam pelo esmagamento do perigo monarquista.
  • 13. 2ª expedição: 543 praças, 14 oficiais e 3 médicos. A vitória parecia certa e foram deixando pelo caminho equipamentos que poderiam atrasar sua marcha. Mas... Os jagunços atacavam a retaguarda do inimigo a todo momento e desapareciam em seguida. Resultado: Febrônio de Brito ordenou a retirada, sob o olhar irônico dos jagunços.
  • 14. • Derrota = mística de Canudos (cidade inexpugnável protegida por Deus). • RJ: militares acusavam governo de incapacidade para enfrentar a “investida monarquista”. • 3ª expedição: 1300 combatentes com 15 milhões de cartuchos e setenta peças de artilharia. • Março de 1897 – a tropa entra em Canudos e se torna presa fácil dos jagunços. • “Oitocentos homens desapareciam em fuga abandonando as espingardas(...) para a carreira desafogada.” (Euclides da Cunha) • Derrota abala o país.
  • 15. • 4ª expedição: tropas de vários Estados (5 mil homens) comandados pelo general Artur Oscar atacam Canudos. General A. Oscar(2º da esquerda para a direita), chefe da Expedição que derrotou Canudos.
  • 16. • 25/06/1897 – primeiro combate; 1200 baixas. • Mobilizados mais 4 mil homens. • As lutas se prolongaram por vários meses. • 5/10/1897 – último combate (governo de Campos Sales) Foto do arraial após ser destruído pelas forças do governo federal.
  • 17. Antônio Conselheiro . - Morreu em setembro de 1897, poucos dias antes do final da Guerra de Canudos. Alguns estudiosos dizem que foi vítima de estilhaços de granadas lançadas contra o vilarejo, outros, que morreu em virtude de uma simples diarréia. Depois de exumado, sua cabeça foi cortada e levada para Salvador (BA).
  • 18. A Guerra de Canudos durou um ano e mobilizou mais de 10 mil soldados vindos de 17 estados brasileiros, distribuídos em 4 expedições militares. Estima-se que morreram mais de 25 mil pessoas, culminando com a destruição total da cidade. Cadáveres nas ruínas de Canudos.
  • 19. • Mulheres, crianças e velhos. A imagem dos sobreviventes retrata a grande epopéia sertaneja que durou um ano e deixou mais de 25 mil mortos.
  • 20. Euclides da Cunha “Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram seus últimos defensores, que todos morreram. Eram apenas quatro: um velho, dous homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados”. (Euclides da Cunha, Os Sertões, Liv. Fco. Alves, 28ª ed., pág. 407)
  • 21. Manuel Ferraz de Campos Salles (SP) (15/11/1898 a 15/11/1902) = 4 anos
  • 22. • O presidente e os ingleses estabeleceram um acordo, conhecido como "funding-loan". • Suspendeu-se o pagamento da dívida que começaria a ser paga em 1911, com o prazo de 63 anos com juros de 5% ao ano; • As rendas da alfândega do Rio de Janeiro e Santos ficariam hipotecadas aos banqueiros ingleses, como garantia. • Saneamento econômico: combateu a inflação, não emitindo mais dinheiro e retirando uma parte de circulação. Depois combateu os déficits.
  • 23. • Cortou gastos e criou um novo imposto: um selo que deveria ser colocado nas mercadorias em circulação. A chamada “Lei do Selo” causou aumento nos preços dos alimentos e tornou Campos Sales bastante impopular. Ganhou nas ruas o apelido de “Campos Selos”. • Criou a chamada “política dos governadores”: uma troca de apoio entre os governadores dos estados e o presidente.
  • 24. • Os poderosos em cada estado, grandes fazendeiros chamados de “coronéis”, escolhiam os candidatos para os cargos políticos. • Como nas eleições o voto era aberto e não secreto, os “coronéis” negociavam favores em troca de votos.
  • 25. • Questão do Amapá (1900): – BRA e FRA disputavam a região fronteiriça entre o estado do Amapá e a Guiana Francesa. – BRA tem ganho de causa com arbítrio da Suíça e incorpora definitivamente toda a região a leste do Rio Oiapoque.
  • 26. • Ou até mesmo forçavam o eleitor a votar no candidato indicado por ele. Era o chamado “voto de cabresto”. • O esquema permitiu que um pequeno grupo de pessoas ricas e influentes controlassem o poder no Brasil. Por isso, também chamamos esse período de oligárquico, que significa governado por poucos. • Para garantir total apoio no Congresso, Campos Sales criou a Comissão de Verificação. • Os deputados favoráveis ao presidente tomavam posse, os contrários eram impedidos, sofriam a chamada “degola”.
  • 27. – Em seu governo iniciou-se a política do “CAFÉ COM LEITE”.
  • 29. • Sua administração financeira foi muito bem sucedida. • Dispunha de muito dinheiro: auge do ciclo da borracha no Brasil, cabendo ao país 97% da produção mundial. • Enfrentou a primeira greve geral na capital da República em 15 de agosto de 1903, iniciada pelos operários da indústria têxtil que reivindicavam aumento de salários e jornada diária de oito horas para todas as categorias de trabalhadores.
  • 30. • Brasil anexou o território do Acre , após um acordo com a Bolívia, negociado pelo Barão do Rio Branco, pagaria àquele país dois milhões de libras esterlinas e construiria a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, por onde seria escoada a produção de borracha.
  • 31. • Anexação do Acre (1903): – Interesse na extração do látex. – Atritos entre seringueiros brasileiros e bolivianos. – BRA compra a região da Bolívia pelo valor de 10 milhões de dólares (Tratado de Petrópolis). – Bolívia recebe em troca do território área que lhe dava acesso ao Rio Madeira, e, portanto ao Oceano Atlântico.
  • 32.
  • 33. • Convênio de Taubaté (1906): – Plano de valorização artificial do café; – Governo comprava os excedentes de café e estocava. – Diminuindo a oferta do produto, seu preço mantinha-se estável. – O governo contraía empréstimos para comprar esse excedente. – Cobrava-se impostos para equilibrar as contas do governo e honrar compromissos. – O país se endividava e ampliava sua dependência com o exterior. – O governo almejava vender o estoque de café quando a procura aumentasse, no entanto, isso nunca ocorria, então o café estragava e o governo amargava prejuízos. – O bolso dos cafeicultores estava salvo.
  • 34. • Seu governo foi destacado pela Campanha de Vacina Obrigatória (que ocasionou a Revolta da Vacina), promovida pelo médico sanitarista e Ministro da Saúde Osvaldo Cruz , e pela reforma urbana da cidade do Rio de Janeiro. • É considerado hoje o presidente que mais se preocupou com a população da República Velha.
  • 35.
  • 36. A Revolta da Vacina -Tempo: 1906. -Local: Rio de Janeiro. - Líderes: Essa revolta não teve um líder ou líderes específicos e relevantes, foi um movimento popular, no qual a população comum se uniu e se revoltou.
  • 37. Características: - Foi a primeira revolta urbana; - Foi no governo de Rodrigues Alves que fez como seu principal Projeto a reurbanização do Rio de Janeiro, similar a Paris. Rodrigues Alves e o Rio.
  • 38. • Apoiadas em uma lei federal, as Brigadas Sanitárias entravam nas casas e vacinavam pessoas à força. • Setores de oposição ao governo gritavam contra as medidas autoritárias de Oswaldo Cruz.
  • 39. - O centro do Rio possuía vários cortiços, eram casas de pobres. - Nesta época também surgia a favela. - Os moradores dos cortiços não queriam sair de suas casas, então, Rodrigues Alves cria o projeto “Bota Abaixo”, que expulsava as pessoas de suas casas e as destruía sem pagar indenização; - Rodrigues Alves criou dois projetos: “Bota Abaixo” e “Saneamento”;
  • 40. - O projeto de “Saneamento” era para controlar e erradicar doenças como a peste bubônica, a febre amarela e a varíola; - Para efetivar esse projeto de “Saneamento” criou- se o Ministério da Saúde e o Ministro foi Oswaldo Cruz; Oswaldo Cruz
  • 41. RJ durante a Revolta da Vacina.
  • 42. - Para acabar com a varíola importou-se vacina da França, mas importou-se poucas seringas. Importou seringas somente para os ricos, para a elite. - Os pobres e a população em geral revoltaram-se com o método de vacinação da varíola, no qual a vacina seria inserida num corte na virilha. Bonde tombado na mobilização popular.
  • 43. • Em vez de esclarecer o povo sobre os benefícios da medida, vários jornais de Oposição aproveitaram-se de sua ingenuidade para propagar a suspeita de que a vacina transmitia doenças, em vez de combatê-las. • Assim: - Atraso brasileiro; - Obscurantismo popular encorajado pela miséria e pela manipulação de alguns setores da elite.
  • 44. • A Revolta durou 3 dias. • Os líderes e Rodrigues Alves retomou o controle da cidade. • No entanto a obrigatoriedade da vacina fora revogada. • Alguns anos mais tarde, a população pagaria alto pela revolta. Em 1908, a cidade foi assolada por uma violenta epidemia de varíola, e todos correram aos postos de vacinação para se imunizar.
  • 45. • Charges ironizam Osvaldo Cruz e o uso da força na vacinação popular.