PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
História do Brasil colonial - Gabarito prova
1. TD 07 - História II – GABARITO
1) C
2) A
Somente a alternativa [A] está correta. A questão aponta para a revolta de Filipe dos Santos ou a Primeira Revolta de
Vila Rica, em 1720, nas Minas Gerais. A colônia pagava o quinto para a metrópole conforme rezava o “Foral” que
estabeleceu os direitos e deveres dos donatários no contexto da criação das Capitanias Hereditárias. No século XVIII,
com a mineração, visto que o ouro em pó era fácil de ser sonegado, a Coroa criou a Casa de Fundição com a proposta
de fundir o ouro e retirar o quinto, evitando o contrabando. Isto irritou muitas pessoas nas Minas Gerais e foi a causa
principal da Revolta de Filipe dos Santos em1720. O desfecho foi a morte do líder e a manutenção da casa de fundição.
3) D
Somente a proposição [D] está correta. A questão remete a escravidão existente no continente Africano anterior ao
século XV. A escravidão já existia no continente Africano antes da chegada dos europeus. Era uma escravidão
doméstica praticada por povos tribais ou a escravidão de infiéis praticadas pela expansão do Islamismo na África no
século VIII. A sistema escravista estabelecido pelos europeus a partir do século XV na África tinha como objetivo
angariar recursos para os Estados Modernos europeus. O lucro do tráfico foi fundamental para a acumulação de capital
para as metrópoles europeias no contexto do capitalismo comercial e mercantil. Neste cenário, América e África foram
as grandes vítimas da ganância europeia.
4) C
Somente a proposição [C] está correta. A questão remete a formação territorial do Brasil durante o período colonial. A
belíssima poesia de Cassiano Ricardo faz referência a formação territorial do Brasil associada aos metais preciosos e
aos índios. Contribuíram para este processo a mineração, a atuação dos bandeirantes paulistas, a pecuária, as drogas do
sertão e as missões portuguesas na Amazônia. Assim, em 1750 foi assinado o Tratado de Madri que anulou o Tratado
de Tordesilhas dando ao Brasil praticamente o tamanho atual, exceto o Acre que foi anexado em 1904.
5) A
Desde o início da colonização europeia na América, o Estado português teve que conviver como fato que de, “logo ali
do lado”, a Espanha encontrava e desfrutava do ouro americano. Por isso, encontrar ouro em seu território colonial
sempre foi um desejo português. Apesar dos esforços – e da vontade –, isso só foi possível depois das Bandeiras, no
século XVII.
6) D
A capitania de Minas Gerais era a menina dos olhos de Portugal devido à exploração aurífera que abastecia os cofres
portugueses. Por isso, a fiscalização sobre esta capitania era extremamente rígida, visando o não prejuízo português.
Essa fiscalização e a estrutura para a exploração do ouro fizeram com que a urbanização de Minas Gerais fosse
diferente da de outras capitanias.
7)
a) A capitania de São Paulo conheceu intenso desenvolvimento no século XVIII devido à mineração. Como o texto
destaca as duas regiões integravam a mesma capitania. Pensando na região que atualmente é denominada de São Paulo,
destacava-se o comércio de passagem, como a principal atividade, com destino às regiões mineradoras – inclusive
Goiás – tanto de gêneros agrícolas, como de animais provenientes do sul.
b) Nesse período houve grande preocupação com as redefinições das fronteiras, pois brasileiros ocupavam po rções
significativas além do limite de Tordesilhas. Atividades mineradoras e de exploração de drogas do sertão na região
norte. Diversos tratados de limites foram assinados, destacando-se o Tratado de Madri, que mais que duplicou o
território brasileiro.
8) E
A questão tentou, dentro de uma proposta interdisciplinar, dialogar com conhecimento de Física. Mas o foco principal,
no tocante ao componente curricular de História, é o uso da bateia. A bateia tornou-se símbolo, na interpretação
historiográfica, da tecnologia rudimentar utilizada na exploração do ouro de aluvião. O que, em parte, explicaria o
rápido esgotamento das minas, pois faltava investimento em métodos mais eficazes de exploração.
9) B
A expressão “reinos estranhos” presente no texto de Antonil, não especifica a quemera remetida a maior parte do ouro
extraído nas Minas Gerais do período colonial do Brasil. No entanto, por associação com a referência ao Tratado de
Methuen na alternativa B, chega-se a alternativa correta, pois de fato esse tratado foi o mais expressivo sobre a
dependência de Portugal em relação a Inglaterra iniciada em 1641 após a chamada Restauração que pôs fim à União
Ibérica. Pelo tratado a balança comercial portuguesa era sempre deficitária, sendo o deficit coberto com boa parte do
ouro brasileiro remetido a Portugal.
2. 10) A descoberta de ouro no Brasil está ligada à interiorização da colonização por meio das bandeiras, que eramgrupos
de exploração organizados pelos colonos da capitania de São Paulo, no século XVII. A descoberta do ouro atraiu para a
região do atual estado de Minas Gerais um grande número de mineradores e aventureiros, vindos de outras capitanias e
de Portugal. Considerando injusto que os que chegaram depois, especialmente os portugueses, tivessem os mesmos
direitos de exploração do ouro que eles, paulistas, estes reivindicaram à Coroa portuguesa que a outorga de concessão
de exploração do território aurífero fosse exclusivamente feita pelas autoridades da Capitania de São Paulo. A recusa da
Coroa em atender a esta reivindicação agravou ainda mais a disputa já existente entre paulistas e "emboabas", que era
como aqueles designavam os forasteiros, terminando por desencadear um violento conflito, conhecido como a Guerra
dos Emboabas. Em 1789, nova agitação político-social ocorre na zona de mineração. O declínio da produção aurífera
em Minas Gerais fez com que a Coroa portuguesa estabelecesse a derrama, uma taxação compulsória em que a
população deveria completar a cota de 100 arrobas (1.500 quilogramas) de ouro, prevista na lei como arrecadação anual
mínima da tributação metropolitana, quando esta não era atingida. Em reação a isso, um grupo de descontentes com o
domínio português arquitetou uma conspiração, denominada Inconfidência Mineira, com o objetivo de fazer de Minas
Gerais um país independente. Disso podemos concluir que tanto a Guerra dos Emboabas como a Inconfidência Mineira
tiveram como motivação as queixas de brasileiros contra a legislação que regia a atividade mineradora na colônia, por
eles considerada injusta.