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VANTAGENS DAS BOAS
    PRÁTICAS DE
   GOVERNANÇA
   CORPORATIVA
Histórico das Práticas de Gestão



      Século XIX – Empreendedorismo

         Século XX – Administração

    Século XXI – Governança Corporativa
Estrutura de Governança
                   das Empresas




GOVERNANÇA                             GOVERNANÇA
  JURÍDICA   PROPRIEDADE   EMPRESA     CORPORATIVA
Estrutura de Governança
             das Empresas Familiares
                  GOVERNANÇA JURÍDICA




                  PROPRIEDA
                  DE




              FAMÍLIA          EMPRESA

GOVERNANÇA                               GOVERNANÇA
  FAMILIAR                               CORPORATIVA
Estrutura de Governança
               das Empresas Familiares
                          GOVERNANÇA JURÍDICA
                            (A PROPRIEDADE)


                               Proteção
                              Patrimonial,
                              Sucessão e
                             Manutenção de
                               Controle


               Preservação dos
               laços familiares e      Boas Práticas de
               mecanismos de             Governança.
               relacionamento da         Perenidade e
               família com a          Agregação de Valor
               propriedade                ao Negócio
GOVERNANÇA                                                 GOVERNANÇA
  FAMILIAR                                                 CORPORATIVA
 (A FAMILIA)                                               (A EMPRESA)
Conceito de
                             Governança Corporativa


“É o sistema pelo qual as organizações são
dirigidas,    monitoradas     e  incentivadas,
envolvendo      os    relacionamentos    entre
proprietários, conselho de administração,
diretoria e órgão de controle”.




Fonte: Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC)
Principais Objetivos da
                        Governança Corporativa

Alinhar desejos dos acionistas, necessidades da
Companhia e interesses dos executivos, com
transparência a todas as partes interessadas.

“As boas práticas de governança corporativa
convertem       princípios   em    recomendações
objetivas, alinhando interesses com a finalidade de
preservar e otimizar o valor da organização,
facilitando o seu acesso a recursos e contribuindo
para sua longevidade.”
Fonte: Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC)
Princípios da
         Governança Corporativa

   Transparência

   Equidade

   Prestação de Contas

   Responsabilidade Corporativa
Pilares da
             Governança Corporativa

   Sócios

   Conselho de Administração

   Diretoria Executiva

   Auditoria Independente

   Conselho Fiscal

   Conduta e Conflito de Interesses
Princípios, Pilares e Práticas de
          Governança

                                   Melhores Práticas




                                                                                  Conflito de Interesses
                                                                Conselho Fiscal
                   Administração
                    Conselho de




                                                 Independente
                                                                                                            Pilares da




                                                                                       Conduta e
                                     Executiva
                                     Diretoria



                                                   Auditoria
     Sócios




                                                                                                           Governança
                                                                                                           Corporativa




          Transparência – Equidade – Prestação de                                                          Princípios
                          Contas                                                                            Básicos
               Responsabilidade Corporativa
Fonte: Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC)
Principais Motivadores para Implantação
       de Governança Corporativa

    Desconcentração das decisões estratégicas            da
    empresa (aumento da massa crítica)

    Criar condições para crescimento da empresa,
    através de fontes alternativas de financiamento
    (acionistas estratégicos/fundos de Private Equity/ IPO
    - Bolsa de Valores)

   Melhoria da Imagem da Empresa

    Na empresa familiar, formar herdeiros e sucessores,
    visando criar condições de perenidade do negócio.
    Evitar/Minimizar conflitos familiares já existentes e que
    estão afetando diretamente o negócio
Sistema de
           Governança Corporativa

                            SÓCIOS


  Auditoria
                         Conselho de         Conselho
Independen
                        Administração         Fiscal
     te



Auditoria Interna
                    Comitê de     Comitês
                    Auditoria

                             CEO
                         (Presidente)

                                            Administração
                          Diretores
Perspectivas das Boas Práticas de
        Governança Corporativa
   Propriedade

   Conselho de Administração

   Gestão

   Auditoria Independente

   Conselho Fiscal

   Conduta e Conflito de Interesses
Exemplos de Boas Práticas no
           âmbito da Propriedade
    1 ação = 1 voto
    Acordo de Sócios e Voto dos Conselheiros de
    Administração
    Participação de Sócios (Propostas e
    Perguntas Prévias)
    Regras Claras e Objetivas de Votação,
    facilitando a representação de acionistas por
    procuração
    Conflitos de Interesse e Abstenção
    Direito de venda conjunta (Tag Along) na
    Transferência de Controle
A importância do
      Conselho de Administração




                   Conselho de
    PROPRIEDADE    Administraçã   EMPRESA
                        o




    O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO É O PRINCIPAL
COMPONENTE DO SISTEMA DE GOVERNANÇA CORPORATIVA.
A Missão do
         Conselho de Administração

   Proteger e Valorizar a Organização

   Otimizar o Retorno do Investimento a Longo
    Prazo

   Equilibrar os anseios das Partes Interessadas
    (acionistas e demais stakeholders)
As Atribuições do
          Conselho de Administração
   Zelar pelos     Valores    e   Propósitos   da
    Organização

   Estabelecer as Diretrizes Estratégicas do
    Negócio

   Apoiar e Supervisionar os atos de gestão da
    Diretoria, em relação aos negócios, riscos e às
    pessoas.
A Composição do
         Conselho de Administração
A composição do Conselho de Administração
depende do grau de maturidade da governança
corporativa e das expectativas sobre sua atuação.

Recomendável entre 5 a 11 membros efetivos, com
prazo de gestão de 2 anos, permitida a reeleição.

Os conselheiros poder ser (i) internos; (ii) externos;
ou,
(iii) independentes.

No estágio mais avançado de G.C. é recomendável
que o C.A. seja composto somente por conselheiros
externos e independentes.
A Presidência do
       Conselho de Administração
É recomendável que não haja acúmulo nos
cargos de Presidente do CA e de Presidente
Executivo.

Quando houver acúmulo, é recomendável que
os conselheiros independentes assumam a
responsabilidade de liderar discussões que
envolvam conflitos para tais papéis.

Cabe ao Presidente do CA conduzir o processo
de avaliação periódica do Conselho.
O papel da Gestão na
           Governança Corporativa
O presidente é o elo entre a Diretoria e o Conselho de
Administração, sendo responsável pela organização e
coordenação das atividades diretivas, embora o conceito
de segregação de atividades deva permear todos os
processos.

Cada diretor é pessoalmente responsável pela suas
atribuições, devendo prestar contas ao presidente, ao CA e
aos sócios, com anuência do presidente.

É recomendável que a indicação dos diretores seja feita
pela presidente, cabendo ao CA a aprovação da
contratação.
O papel da Gestão na
           Governança Corporativa
À Diretoria cabe definir a estratégia e manter
relacionamento com transparência (disclosure) e de longo
prazo com todas as partes interessadas (stakeholders).

A diretoria deverá propor à aprovação do C.A. os sistemas
de controles internos, voltados ao monitoramento e
cumprimento dos processos operacionais e financeiros,
assim como de gestão de riscos.

A remuneração dos gestores deve estar vinculada a
resultados, com metas de curto e longo prazo, para
assegurar a geração de valor econômico a organização,
servindo como ferramenta de alinhamento dos interesses
O Conselho Fiscal

Suas principais finalidades são:
 Fiscalizar os atos dos administradores

 Opinar sobre relatório anual da administração com
  emissão de respectivo parecer
 Opinar sobre propostas da Administração a A.G.
  sobre modificação do capital social, emissão de
  debêntures e bônus de subscrição, planos de
  investimento e orçamento de capital, distribuição de
  dividendos, transformação, incorporação, fusão ou
  cisão
 Denunciar à administração (ou A.G.) erros, fraudes
  ou crimes que descobrir, sugerindo providências à
  companhia
 Analisar, trimestralmente, o balancete e demais DFs
A relação do Conselho Fiscal e
    os demais órgãos da Governança

   Relacionamento com os Sócios

   Relacionamento com Comitê de Auditoria

   Relacionamento com Auditores Independentes

   Relacionamento com Auditoria Interna
A Auditoria Independente

É recomendável que toda organização tenha suas DF (e
controles internos) auditadas por auditor externo
independente.

Compete ao C.A. (ou ao Comitê de Auditoria, se houver),
contratar e coordenar as atividades da auditoria
independente.

É recomendável que os auditores independentes sejam
substituídos a cada período de 5 anos, ou, que a empresa
se assegure de que há rotação de profissionais chave da
equipe.

Os auditores independentes devem assegurar anualmente
Conduta e Conflitos de Interesse

É recomendável que toda organização tenha um
Código de Conduta, elaborado pela Diretoria com
base nos princípios e diretrizes do CA, que
comprometa todos os colaboradores.

É fundamental refletir a cultura da empresa e os
princípios sob os quais se fundamenta, contemplando
procedimentos de apuração de denúncias ou
resolução de dilemas de ordem ética.

A divulgação e treinamento é essencial para o
sucesso no processo de implantação do Código de
Abrangência do Código de Conduta

Abrange o relacionamento entre sócios, conselheiros,
diretores,   colaboradores      e   demais      partes
interessadas, contemplando principalmente, entre
outros:
 Operações com Partes Relacionadas

 Uso de Ativos da Organização

 Conflitos de Interesse e Informações Privilegiadas

 Política de Negociações das Ações da Empresa

 Prevenção e Tratamento de Fraudes

 Assédio Moral ou Sexual; e,

 Uso de Álcool e Drogas
Principais Vantagens da
            Governança Corporativa

    Otimiza condições de acesso a fontes de
    recursos/capital, com redução do custo de capital

    Assegura o aprimoramento da práticas           de
    transparência e divulgação de informações

    Qualifica a gestão, o sistema de tomada de decisão
    e os processos internos, com redução de riscos
    corporativos
Principais Vantagens da
           Governança Corporativa
   Melhora a imagem da empresa junto aos
    diversos públicos

   Permite melhor alinhamento entre acionistas e
    executivos

   Reduz conflitos/atritos   entre   Conselho   e
    Diretoria

    Separa questões familiares da companhia e
    facilita o processo de sucessão acionária e
A Governança como forma de
                 Agregação de Valor


                 Processo de Agregação de Valor da Companhia
                              Criação de      Fontes de
               Percepção                                                 Valor
   Valor                      Valor com    Financiamento     Fusões
                de Valor                                                Potencial
  Atual de                    Melhorias      (Redução      Aquisições
                 pelos                                                    Total
  Mercado                     Internas e      Custo de     Alienações
               Acionistas                                                (IPO)
                               Imagem          Capital)


                              Adoção de Práticas de Governança Corporativa
 Distorção entre o valor
 efetivo de mercado e a
percepção dos acionistas
    sobre o valor da
       companhia.
   Ausência de Boas
Práticas de Governança
       Corporativa.
Níveis de Governança das
Companhias Listadas na BOVESPA
 Regras mais rígidas de Governança
 Corporativa     reduzem     o    risco   dos
 investidores, devido aos direitos e garantias              Novo
 asseguradas      aos   acionistas      e   às             Mercado
 informações divulgadas, melhorando, assim,
 a imagem e a avaliação das Companhias
 que aderem voluntariamente a um destes          Nível 2
 tipos de listagem.

                                      Nível 1


                Bovespa Mais


Tradicional
A Governança Corporativa em
  Fusões e Aquisições (M&A)


“Diversos estudos apontam que quase 70% dos
processos de fusões falham, em virtude de erros
 na condução antes ou depois da realização do
                   negócio.”
Fatores de Risco em Fusões e
             Aquisições

   Concentração da condução da negociação em
    apenas um pequeno grupo de pessoas.
   Interesses pessoais de executivos que se
    sobreponham à visão estratégica da transação.
   Conceito imperialista na empresa adquirente em
    relação à cultura, valores, processos e virtudes da
    empresa adquirida.
   Ausência de visão holística da transação,
    limitando-se apenas aos resultados objetivos da
    due diligence, sem considerar temas relevantes
    como reputação, imagem de marca, percepção do
    mercado para possível fusão entre empresas do
    mesmo segmento, etc.
A Governança Corporativa como
 fator de Sucesso de Fusões e
           Aquisições
   A adoção de Boas Práticas de Governança
    Corporativa, minimiza os riscos envolvidos em
    operações de fusões e aquisições.
    Estabelece processos formais de aprovação de
    cada estágio da negociação, fomentando a
    discussão interna com conselheiros independentes,
    sem interesse direto na transação.
   Assegura que o processo de transição busque
    obter “o melhor dos dois mundos”, deixando de lado
    a cultura imperialista e eventuais interesses
    pessoais.
    Etc.
Considerações Finais

O processo de adoção de Melhores Práticas de
Governança Corporativa é uma jornada árdua e
duradoura!

Independente do porte ou segmento de atuação, todas as
empresas devem estimular práticas de governança
corporativa, principalmente, aquelas em processo de
transição entre gerações ou que desejam acessar o
mercado de capitais a médio prazo.

As vantagens serão percebidas na qualificação dos
processos internos e na redução de riscos, na
profissionalização da gestão, na redução do custo de
capital e na imagem da empresa no mercado.
www.martinelli.adv.br


                                        Tel. +55 (51) 3393 2800
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As Boas Práticas de Governança Corporativa

  • 1. VANTAGENS DAS BOAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA
  • 2. Histórico das Práticas de Gestão Século XIX – Empreendedorismo Século XX – Administração Século XXI – Governança Corporativa
  • 3. Estrutura de Governança das Empresas GOVERNANÇA GOVERNANÇA JURÍDICA PROPRIEDADE EMPRESA CORPORATIVA
  • 4. Estrutura de Governança das Empresas Familiares GOVERNANÇA JURÍDICA PROPRIEDA DE FAMÍLIA EMPRESA GOVERNANÇA GOVERNANÇA FAMILIAR CORPORATIVA
  • 5. Estrutura de Governança das Empresas Familiares GOVERNANÇA JURÍDICA (A PROPRIEDADE) Proteção Patrimonial, Sucessão e Manutenção de Controle Preservação dos laços familiares e Boas Práticas de mecanismos de Governança. relacionamento da Perenidade e família com a Agregação de Valor propriedade ao Negócio GOVERNANÇA GOVERNANÇA FAMILIAR CORPORATIVA (A FAMILIA) (A EMPRESA)
  • 6. Conceito de Governança Corporativa “É o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, conselho de administração, diretoria e órgão de controle”. Fonte: Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC)
  • 7. Principais Objetivos da Governança Corporativa Alinhar desejos dos acionistas, necessidades da Companhia e interesses dos executivos, com transparência a todas as partes interessadas. “As boas práticas de governança corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando o seu acesso a recursos e contribuindo para sua longevidade.” Fonte: Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC)
  • 8. Princípios da Governança Corporativa  Transparência  Equidade  Prestação de Contas  Responsabilidade Corporativa
  • 9. Pilares da Governança Corporativa  Sócios  Conselho de Administração  Diretoria Executiva  Auditoria Independente  Conselho Fiscal  Conduta e Conflito de Interesses
  • 10. Princípios, Pilares e Práticas de Governança Melhores Práticas Conflito de Interesses Conselho Fiscal Administração Conselho de Independente Pilares da Conduta e Executiva Diretoria Auditoria Sócios Governança Corporativa Transparência – Equidade – Prestação de Princípios Contas Básicos Responsabilidade Corporativa Fonte: Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC)
  • 11. Principais Motivadores para Implantação de Governança Corporativa  Desconcentração das decisões estratégicas da empresa (aumento da massa crítica)  Criar condições para crescimento da empresa, através de fontes alternativas de financiamento (acionistas estratégicos/fundos de Private Equity/ IPO - Bolsa de Valores)  Melhoria da Imagem da Empresa  Na empresa familiar, formar herdeiros e sucessores, visando criar condições de perenidade do negócio. Evitar/Minimizar conflitos familiares já existentes e que estão afetando diretamente o negócio
  • 12. Sistema de Governança Corporativa SÓCIOS Auditoria Conselho de Conselho Independen Administração Fiscal te Auditoria Interna Comitê de Comitês Auditoria CEO (Presidente) Administração Diretores
  • 13. Perspectivas das Boas Práticas de Governança Corporativa  Propriedade  Conselho de Administração  Gestão  Auditoria Independente  Conselho Fiscal  Conduta e Conflito de Interesses
  • 14. Exemplos de Boas Práticas no âmbito da Propriedade  1 ação = 1 voto  Acordo de Sócios e Voto dos Conselheiros de Administração  Participação de Sócios (Propostas e Perguntas Prévias)  Regras Claras e Objetivas de Votação, facilitando a representação de acionistas por procuração  Conflitos de Interesse e Abstenção  Direito de venda conjunta (Tag Along) na Transferência de Controle
  • 15. A importância do Conselho de Administração Conselho de PROPRIEDADE Administraçã EMPRESA o O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO É O PRINCIPAL COMPONENTE DO SISTEMA DE GOVERNANÇA CORPORATIVA.
  • 16. A Missão do Conselho de Administração  Proteger e Valorizar a Organização  Otimizar o Retorno do Investimento a Longo Prazo  Equilibrar os anseios das Partes Interessadas (acionistas e demais stakeholders)
  • 17. As Atribuições do Conselho de Administração  Zelar pelos Valores e Propósitos da Organização  Estabelecer as Diretrizes Estratégicas do Negócio  Apoiar e Supervisionar os atos de gestão da Diretoria, em relação aos negócios, riscos e às pessoas.
  • 18. A Composição do Conselho de Administração A composição do Conselho de Administração depende do grau de maturidade da governança corporativa e das expectativas sobre sua atuação. Recomendável entre 5 a 11 membros efetivos, com prazo de gestão de 2 anos, permitida a reeleição. Os conselheiros poder ser (i) internos; (ii) externos; ou, (iii) independentes. No estágio mais avançado de G.C. é recomendável que o C.A. seja composto somente por conselheiros externos e independentes.
  • 19. A Presidência do Conselho de Administração É recomendável que não haja acúmulo nos cargos de Presidente do CA e de Presidente Executivo. Quando houver acúmulo, é recomendável que os conselheiros independentes assumam a responsabilidade de liderar discussões que envolvam conflitos para tais papéis. Cabe ao Presidente do CA conduzir o processo de avaliação periódica do Conselho.
  • 20. O papel da Gestão na Governança Corporativa O presidente é o elo entre a Diretoria e o Conselho de Administração, sendo responsável pela organização e coordenação das atividades diretivas, embora o conceito de segregação de atividades deva permear todos os processos. Cada diretor é pessoalmente responsável pela suas atribuições, devendo prestar contas ao presidente, ao CA e aos sócios, com anuência do presidente. É recomendável que a indicação dos diretores seja feita pela presidente, cabendo ao CA a aprovação da contratação.
  • 21. O papel da Gestão na Governança Corporativa À Diretoria cabe definir a estratégia e manter relacionamento com transparência (disclosure) e de longo prazo com todas as partes interessadas (stakeholders). A diretoria deverá propor à aprovação do C.A. os sistemas de controles internos, voltados ao monitoramento e cumprimento dos processos operacionais e financeiros, assim como de gestão de riscos. A remuneração dos gestores deve estar vinculada a resultados, com metas de curto e longo prazo, para assegurar a geração de valor econômico a organização, servindo como ferramenta de alinhamento dos interesses
  • 22. O Conselho Fiscal Suas principais finalidades são:  Fiscalizar os atos dos administradores  Opinar sobre relatório anual da administração com emissão de respectivo parecer  Opinar sobre propostas da Administração a A.G. sobre modificação do capital social, emissão de debêntures e bônus de subscrição, planos de investimento e orçamento de capital, distribuição de dividendos, transformação, incorporação, fusão ou cisão  Denunciar à administração (ou A.G.) erros, fraudes ou crimes que descobrir, sugerindo providências à companhia  Analisar, trimestralmente, o balancete e demais DFs
  • 23. A relação do Conselho Fiscal e os demais órgãos da Governança  Relacionamento com os Sócios  Relacionamento com Comitê de Auditoria  Relacionamento com Auditores Independentes  Relacionamento com Auditoria Interna
  • 24. A Auditoria Independente É recomendável que toda organização tenha suas DF (e controles internos) auditadas por auditor externo independente. Compete ao C.A. (ou ao Comitê de Auditoria, se houver), contratar e coordenar as atividades da auditoria independente. É recomendável que os auditores independentes sejam substituídos a cada período de 5 anos, ou, que a empresa se assegure de que há rotação de profissionais chave da equipe. Os auditores independentes devem assegurar anualmente
  • 25. Conduta e Conflitos de Interesse É recomendável que toda organização tenha um Código de Conduta, elaborado pela Diretoria com base nos princípios e diretrizes do CA, que comprometa todos os colaboradores. É fundamental refletir a cultura da empresa e os princípios sob os quais se fundamenta, contemplando procedimentos de apuração de denúncias ou resolução de dilemas de ordem ética. A divulgação e treinamento é essencial para o sucesso no processo de implantação do Código de
  • 26. Abrangência do Código de Conduta Abrange o relacionamento entre sócios, conselheiros, diretores, colaboradores e demais partes interessadas, contemplando principalmente, entre outros:  Operações com Partes Relacionadas  Uso de Ativos da Organização  Conflitos de Interesse e Informações Privilegiadas  Política de Negociações das Ações da Empresa  Prevenção e Tratamento de Fraudes  Assédio Moral ou Sexual; e,  Uso de Álcool e Drogas
  • 27. Principais Vantagens da Governança Corporativa  Otimiza condições de acesso a fontes de recursos/capital, com redução do custo de capital  Assegura o aprimoramento da práticas de transparência e divulgação de informações  Qualifica a gestão, o sistema de tomada de decisão e os processos internos, com redução de riscos corporativos
  • 28. Principais Vantagens da Governança Corporativa  Melhora a imagem da empresa junto aos diversos públicos  Permite melhor alinhamento entre acionistas e executivos  Reduz conflitos/atritos entre Conselho e Diretoria  Separa questões familiares da companhia e facilita o processo de sucessão acionária e
  • 29. A Governança como forma de Agregação de Valor Processo de Agregação de Valor da Companhia Criação de Fontes de Percepção Valor Valor Valor com Financiamento Fusões de Valor Potencial Atual de Melhorias (Redução Aquisições pelos Total Mercado Internas e Custo de Alienações Acionistas (IPO) Imagem Capital) Adoção de Práticas de Governança Corporativa Distorção entre o valor efetivo de mercado e a percepção dos acionistas sobre o valor da companhia. Ausência de Boas Práticas de Governança Corporativa.
  • 30. Níveis de Governança das Companhias Listadas na BOVESPA Regras mais rígidas de Governança Corporativa reduzem o risco dos investidores, devido aos direitos e garantias Novo asseguradas aos acionistas e às Mercado informações divulgadas, melhorando, assim, a imagem e a avaliação das Companhias que aderem voluntariamente a um destes Nível 2 tipos de listagem. Nível 1 Bovespa Mais Tradicional
  • 31. A Governança Corporativa em Fusões e Aquisições (M&A) “Diversos estudos apontam que quase 70% dos processos de fusões falham, em virtude de erros na condução antes ou depois da realização do negócio.”
  • 32. Fatores de Risco em Fusões e Aquisições  Concentração da condução da negociação em apenas um pequeno grupo de pessoas.  Interesses pessoais de executivos que se sobreponham à visão estratégica da transação.  Conceito imperialista na empresa adquirente em relação à cultura, valores, processos e virtudes da empresa adquirida.  Ausência de visão holística da transação, limitando-se apenas aos resultados objetivos da due diligence, sem considerar temas relevantes como reputação, imagem de marca, percepção do mercado para possível fusão entre empresas do mesmo segmento, etc.
  • 33. A Governança Corporativa como fator de Sucesso de Fusões e Aquisições  A adoção de Boas Práticas de Governança Corporativa, minimiza os riscos envolvidos em operações de fusões e aquisições.  Estabelece processos formais de aprovação de cada estágio da negociação, fomentando a discussão interna com conselheiros independentes, sem interesse direto na transação.  Assegura que o processo de transição busque obter “o melhor dos dois mundos”, deixando de lado a cultura imperialista e eventuais interesses pessoais.  Etc.
  • 34. Considerações Finais O processo de adoção de Melhores Práticas de Governança Corporativa é uma jornada árdua e duradoura! Independente do porte ou segmento de atuação, todas as empresas devem estimular práticas de governança corporativa, principalmente, aquelas em processo de transição entre gerações ou que desejam acessar o mercado de capitais a médio prazo. As vantagens serão percebidas na qualificação dos processos internos e na redução de riscos, na profissionalização da gestão, na redução do custo de capital e na imagem da empresa no mercado.
  • 35. www.martinelli.adv.br Tel. +55 (51) 3393 2800 portoalegre@martinelli.adv.br SÃO PAULO | JOINVILLE | RIO DE JANEIRO | BRASÍLIA | BELO HORIZONTE PORTO ALEGRE | CURITIBA | FLORIANÓPOLIS | MARINGÁ CAXIAS DO SUL | RIBEIRÃO PRETO | CAMPINAS