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CORPORATE GOVERNANCE

COMO FORMA DE MINIMIZAR O

       RISCO MORAL

  E A SELECÇÃO ADVERSA




     Mestrado Gestão das Organizações
        Docente Humberto Ribeiro
CORPORATE GOVERNANCE
                            Conceito

“Corporate Governance é o sistema através do qual as
organizações empresariais são dirigidas e controladas. A
estrutura do Corporate Governance especifica a distribuição dos
direitos e das responsabilidades ao longo dos diferentes
participantes na empresa - o conselho de administração, os
gestores, os accionistas e outros intervenientes - e dita as regras e
os procedimentos para a tomada de decisões nas questões
empresariais. Ao fazê-lo, fornece também a estrutura através da
qual a empresa estabelece os seus objectivos e as formas de
atingi-los e monitorizar a sua performance”.
                                            OCDE[Abril de 1999]

                                                                  2
CORPORATE GOVERNANCE
                            Objectivos

   Equidade no tratamento dos stakeholders, reforço dos direitos
   dos accionistas e a protecção dos trabalhadores, credores e outras
   partes interessadas,
   Transparência da gestão,
   Promover a eficiência e a competitividade das empresas,
   Exaltar a confiança nos mercados de capitais,
   Desenvolver o alinhamento de interesses na organização,
   Accountability (prestação de contas, responsabilidade e KPI -Key
   Performance Indicator)
   Fomentar a estabilidade financeira e o crescimento económico.
E ainda:
- Sustentabilidade,
- Responsabilidade Social e Ambiental,
- Sistema de Regulação de Conflitos inter-agentes,
(gestores, accionistas, clientes, colaboradores, fornecedores).
                                                                  3
CORPORATE GOVERNANCE
                  Importância Crescente
As principais intervenções em matéria de CG surgiram
como reacções a situações de crise e escândalos empresariais:

O Relatório Cadbury (1992), que reagiu a escândalos
societários.

As recomendações da OCDE sobre o governo das sociedades.

Regulamentos da SEC (Securities and Exchange Commission)
criada em 1930 e a Lei Sarbanes-Oxley assinada a 30 de Julho
de 2002, com o escopo de restaurar o equilíbrio no mercado e
transparência na gestão corporativa.
                                                           4
CORPORATE GOVERNANCE

                   Primeiros Modelos

Orientados para os accionistas.
 Concentração na mesma pessoa de funções executivas e de
supervisão.
Modelo de poder unitário
CA: único órgão de gestão
“Não independência” da supervisão, deficiente protecção dos
pequenos accionistas e stakeholders.




                                                         5
CORPORATE GOVERNANCE
                     Novos Modelos

Orientados para stakeholders.
Separação:
Funções Executivas vs Supervisão
Chairman vs CEO;
Órgão Superv. vs Órgão Execut.

Maior transparência e participação de “independentes na
supervisão.

Ênfase na implementação do modelo de corporate governance e
de gestão e no “Crescimento Sustentado”.

                                                         6
CORPORATE GOVERNANCE
               Sistemas de Governo das Sociedades

   Sistema Anglo-Saxónico – EUA, Reino Unido e (outros)
   Sistema Continental – Europa Continental e do Japão

                    Estruturas Empresariais
          Anglo-saxónico                        Continental
- Propriedade dispersa                 - Propriedade concentrada
- Investidores Institucionais          (Bancos, empresas, famílias)
- Grandes accionistas (globalmente)    - Mercados estreitos e ilíquidos
- Mercados grandes e líquidos                 Problema principal
         Problema principal            - Protecção dos pequenos e
- Protecção dos accionistas face aos   anónimos accionistas
  gestores                             - Poder dos accionistas
- Grande liberdade dos gestores        preponderantes

                                                                          7
CORPORATE GOVERNANCE
                      Recomendações da OCDE

   Os Princípios da OCDE cobrem, na versão actual, seis temas
   principais:

1. Enquadramento legal e institucional do governo das sociedades;
2. Direitos dos accionistas e funções relativas ao seu exercício;
3. Tratamento equitativo dos accionistas;
4. Papel dos outros sujeitos com interesses relevantes no governo
   das sociedades (stakeholders);
5. Divulgação de informação e transparência;
6. Responsabilidades do órgão de administração.

                                                                    8
CORPORATE GOVERNANCE
              Recomendações da OCDE (cont.)

No propósito para estes princípios reza lapidarmente o preâmbulo
das Orientações da OCDE: There is no single model of good
corporate governance.

A ideia fundamental de que “não existe um modelo único de bom
governo das sociedades”, mas existem “elementos comuns
subjacentes a um bom governo das sociedades.




                                                               9
CORPORATE GOVERNANCE
        União Europeia – Recomendações e Propostas

“Modernizar o Direito das Sociedades e reforçar o Governo
das Sociedades – Plano de Acção (2003)”.

 Auto-regulamentação mitigada.
 Fomentar a confiança dos mercados de capitais.
 Reforçar os direitos dos accionistas e a protecção dos
  trabalhadores e credores.
 Promover a eficiência e a competitividade das empresas.




                                                            10
CORPORATE GOVERNANCE
 União Europeia – Recomendações e Propostas (cont.)

               • Responsabilidade colectiva dos membros dos órgãos de administração.
               • Reforçar a transparência quanto às partes relacionadas.
               • Reforçar a transparência quanto às operações extra patrimoniais.



Recomendação   •Aprovação da politica de remuneração dos Administradores na
2004/913 CE
               Assembleia Geral


Recomendação
2005/162 CE    •Divulgação das competências individuais dos membros do Board.


               •Redução dos formalismos para a presença em Assembleias Gerais

               •Informação sobre os votos após a Assembleia Geral

                                                                                 11
CORPORATE GOVERNANCE
                    Primado da Informação

O Risco Moral e a Selecção Adversa são situações de informação
assimétrica, o que significa que, a dado momento, uma das partes
sabe algo que a outra não sabe.

Estas duas situações distinguem-se essencialmente pelo momento
relativamente á relação contratual existente no qual a parte mais
informada recebe a informação privada.




                                                               12
CORPORATE GOVERNANCE
 As Principais Questões da Assimetria de Informação

     Comprador


      Transacção
Informação Assimétrica                      Vendedor
                                        Qualidade é uma
                                       variável de escolha
       Vendedor                             Endógena




              Selecção Adversa      Moral Hazad


             Pré – Contratual      Pós - Contratual


                                                             13
CORPORATE GOVERNANCE
                Recomendações da CMVM

Divulgação de Informação.
Inexistência de restrições ao direito de voto e representação de
accionistas.
Sistema de controlo interno.
Inexistência de cláusulas defensivas que provoquem erosão do
património da sociedade.
Pluralidade de membros do Órgão de Administração.
Comissões do Órgão de Administração.
Divulgação da Remuneração do Órgão de Administração.
Membros da Comissão de Remunerações independentes.
Aprovação de planos de atribuição de acções ou opções em
Assembleia Geral.
                                                             14
CORPORATE GOVERNANCE
Corporate Governance é a forma como o Conselho de Administração
organiza, dirige e supervisiona o Grupo, de modo a garantir que os
Princípios de integridade, transparência e responsabilidade são
assegurados na gestão dos negócios

                             Accionistas
                                                             Corporate
                                                            Governance
                                                             Oversight
                      Conselho de Administração



                           Monitorização
Programa
Corporativo de
Controlo
Interno                Controlos Operacionais               Gestão
                                                           Executiva


                             Processos
                                                                  15
CORPORATE GOVERNANCE
                    Regulação e Supervisão

O Banco de Portugal exerce a função de autoridade e supervisão –
Prudencial e comportamental das instituições de crédito e
sociedades financeiras em Portugal.

O nosso país demonstra uma evolução em matérias de Governance
quer pela preocupação das diversas empresas nacionais, por
efeitos de regulamentação legal com o Novo Código das
Sociedades Comerciais, quer com a criação do Instituto Português
do Corporate Governance, com o Livro Banco sobre o CG.


                                                              16
CORPORATE GOVERNANCE
                  A Transparência e o Corporate Governance
Transparência
                                                      Equidade
Fornecer
                                                      (assegurar a protecção dos
atempadamente
                                                      direitos de todos os
informação
                                                      accionistas, sem esquecer
adequada , clara e
                                                      os restantes partes
comparável sobre o
                                                      interessadas).
desempenho da
empresa no que se
refere ao
cumprimento dos
princípios de
                Consonância/Alinhamento de
Corporate                                              Responsabilização
                Interesses
Governance.                                            assegurar a devida
                As normas, os procedimentos e
                                                       responsabilização
                os incentivos na empresa
                                                       (accountability) dos
                asseguraram o alinhamento do
                                                       decisores.
                desempenho dos decisores
                (gestores e supervisores) com os
                interesses das partes interessadas.                                17
CORPORATE GOVERNANCE
                Fundamentos do Corporate Governance

A eficaz separação                                                 O razoável dos
de poderes com                                                     critérios de bom
adequado sistema                                                   Corporate
interno de controlo                                                Governance tem de
e equilíbrios não é                                                estar no valor
um fim em si                                                       acrescentado que
mesmo: é um                                                        trazem para os
investimento ao                                                    objectivos da
serviço dos                                                        empresa (os
objectivos da                                                      interesses dos
empresa.                                                           stakeholders e
                                                                   prioritariamente dos
                                                                   accionistas).
               Qualquer modelo organizacional de Corporate
               Governance deve procurar maximizar o cumprimento
               dos critérios no contexto cultural, social e
               económico da empresa e das suas circunstâncias no
                                                                                    18
               curto e no longo prazo.
CORPORATE GOVERNANCE
    Risco da Governação




                          19
CORPORATE GOVERNANCE
                   O Papel Chave da Auditoria
 Importância da Gestão de Riscos no ambiente actual
 Auditoria não apenas formal mas que colabora com o Chairman
 Necessidade das equipas de auditores: internos e externos

    Auditoria Interna                      Auditoria Externa
Mecanismo eficazes e eficientes que     Dela depende a qualidade e a
visem a detecção e gestão de riscos;   credibilidade da informação
Sistemas adequado de controle,         Económica e Financeira reportada
 independência e transparência, por    pela empresa; Deve desenvolver um
forma a proteger o interesse           trabalho de valor técnico
dos accionistas, os investimentos da   incontroverso, de profundidade
 empresa e dos seus activos.           e extensão adequadas e com total
                                        independência face ao CA.
                                                                     20
Governance?
           Na Administração Pública/Local

Enfoque no propósito da Organização e nos resultados para
os cidadãos/utentes;
Definição clara das funções e responsabilidades face a um
desempenho eficaz;
Promoção dos valores organizacionais e a respectiva
actuação;
Deter informação adequada, adoptar decisões transparentes e
gerir o risco;
Garantir eficácia através do desenvolvimento da capacidade e
competência dos dirigentes;
Envolvimento de todas as partes interessadas e prestação de
contas.
                                                          21
CORPORATE GOVERNANCE
                        O Paradoxo

Estudo realizado pela Mckinsey a 200 investidores
Internacionais (EUA, Europa, Ásia e América Latina), conclui
que:

 75% dos investidores estão dispostos a pagar, em média, mais
  20% pelas acções de uma empresa bem governada.




                                                            22
CORPORATE GOVERNANCE
                             Paradoxo

1. Equilíbrio entre regulação e flexibilidade?
2. Aumento da regulação legal e afastamento das sociedades
       emitentes dos mercados?
3.   Suficiência ou insuficiência da auto-regulação?
4.   Aumento da regulação legal e aumento dos custos?
5.   Conciliação das diferentes regras nacionais com as operações
      transfronteiriças?
6.   As soluções legais como as mais adequadas?


                                                                    23
CORPORATE GOVERNANCE
                      Conclusão

“Achieving appropriate balance between regulationand
governance flexibility will remain the centralchallenge in
reform efforts and the focus of somedebate”
                                           Holly J. Gregory


              Não porque é obrigatório.
              Mas porque é necessário.


                                                         24
CORPORATE GOVERNANCE
Trabalho elaborado no âmbito da UC de Economia e Fianças Empresariais.
          Módulo ministrado pelo docente Humberto Ribeiro.

                                     Equipa:
                                     Ana Cristina Pereira Nº 24515
                                     Alexandra Pires Nº 16744
                                     Eduarda Martins Nº 23996
                                     Fátima Verdelho Nº 24006
                                     Paula Perdigoto Nº 10393
                                                                         25
Obrigada pela atenção
     dispensada

        FIM


                        26

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Corporate governance

  • 1. CORPORATE GOVERNANCE COMO FORMA DE MINIMIZAR O RISCO MORAL E A SELECÇÃO ADVERSA Mestrado Gestão das Organizações Docente Humberto Ribeiro
  • 2. CORPORATE GOVERNANCE Conceito “Corporate Governance é o sistema através do qual as organizações empresariais são dirigidas e controladas. A estrutura do Corporate Governance especifica a distribuição dos direitos e das responsabilidades ao longo dos diferentes participantes na empresa - o conselho de administração, os gestores, os accionistas e outros intervenientes - e dita as regras e os procedimentos para a tomada de decisões nas questões empresariais. Ao fazê-lo, fornece também a estrutura através da qual a empresa estabelece os seus objectivos e as formas de atingi-los e monitorizar a sua performance”. OCDE[Abril de 1999] 2
  • 3. CORPORATE GOVERNANCE Objectivos Equidade no tratamento dos stakeholders, reforço dos direitos dos accionistas e a protecção dos trabalhadores, credores e outras partes interessadas, Transparência da gestão, Promover a eficiência e a competitividade das empresas, Exaltar a confiança nos mercados de capitais, Desenvolver o alinhamento de interesses na organização, Accountability (prestação de contas, responsabilidade e KPI -Key Performance Indicator) Fomentar a estabilidade financeira e o crescimento económico. E ainda: - Sustentabilidade, - Responsabilidade Social e Ambiental, - Sistema de Regulação de Conflitos inter-agentes, (gestores, accionistas, clientes, colaboradores, fornecedores). 3
  • 4. CORPORATE GOVERNANCE Importância Crescente As principais intervenções em matéria de CG surgiram como reacções a situações de crise e escândalos empresariais: O Relatório Cadbury (1992), que reagiu a escândalos societários. As recomendações da OCDE sobre o governo das sociedades. Regulamentos da SEC (Securities and Exchange Commission) criada em 1930 e a Lei Sarbanes-Oxley assinada a 30 de Julho de 2002, com o escopo de restaurar o equilíbrio no mercado e transparência na gestão corporativa. 4
  • 5. CORPORATE GOVERNANCE Primeiros Modelos Orientados para os accionistas. Concentração na mesma pessoa de funções executivas e de supervisão. Modelo de poder unitário CA: único órgão de gestão “Não independência” da supervisão, deficiente protecção dos pequenos accionistas e stakeholders. 5
  • 6. CORPORATE GOVERNANCE Novos Modelos Orientados para stakeholders. Separação: Funções Executivas vs Supervisão Chairman vs CEO; Órgão Superv. vs Órgão Execut. Maior transparência e participação de “independentes na supervisão. Ênfase na implementação do modelo de corporate governance e de gestão e no “Crescimento Sustentado”. 6
  • 7. CORPORATE GOVERNANCE Sistemas de Governo das Sociedades Sistema Anglo-Saxónico – EUA, Reino Unido e (outros) Sistema Continental – Europa Continental e do Japão Estruturas Empresariais Anglo-saxónico Continental - Propriedade dispersa - Propriedade concentrada - Investidores Institucionais (Bancos, empresas, famílias) - Grandes accionistas (globalmente) - Mercados estreitos e ilíquidos - Mercados grandes e líquidos Problema principal Problema principal - Protecção dos pequenos e - Protecção dos accionistas face aos anónimos accionistas gestores - Poder dos accionistas - Grande liberdade dos gestores preponderantes 7
  • 8. CORPORATE GOVERNANCE Recomendações da OCDE Os Princípios da OCDE cobrem, na versão actual, seis temas principais: 1. Enquadramento legal e institucional do governo das sociedades; 2. Direitos dos accionistas e funções relativas ao seu exercício; 3. Tratamento equitativo dos accionistas; 4. Papel dos outros sujeitos com interesses relevantes no governo das sociedades (stakeholders); 5. Divulgação de informação e transparência; 6. Responsabilidades do órgão de administração. 8
  • 9. CORPORATE GOVERNANCE Recomendações da OCDE (cont.) No propósito para estes princípios reza lapidarmente o preâmbulo das Orientações da OCDE: There is no single model of good corporate governance. A ideia fundamental de que “não existe um modelo único de bom governo das sociedades”, mas existem “elementos comuns subjacentes a um bom governo das sociedades. 9
  • 10. CORPORATE GOVERNANCE União Europeia – Recomendações e Propostas “Modernizar o Direito das Sociedades e reforçar o Governo das Sociedades – Plano de Acção (2003)”.  Auto-regulamentação mitigada.  Fomentar a confiança dos mercados de capitais.  Reforçar os direitos dos accionistas e a protecção dos trabalhadores e credores.  Promover a eficiência e a competitividade das empresas. 10
  • 11. CORPORATE GOVERNANCE União Europeia – Recomendações e Propostas (cont.) • Responsabilidade colectiva dos membros dos órgãos de administração. • Reforçar a transparência quanto às partes relacionadas. • Reforçar a transparência quanto às operações extra patrimoniais. Recomendação •Aprovação da politica de remuneração dos Administradores na 2004/913 CE Assembleia Geral Recomendação 2005/162 CE •Divulgação das competências individuais dos membros do Board. •Redução dos formalismos para a presença em Assembleias Gerais •Informação sobre os votos após a Assembleia Geral 11
  • 12. CORPORATE GOVERNANCE Primado da Informação O Risco Moral e a Selecção Adversa são situações de informação assimétrica, o que significa que, a dado momento, uma das partes sabe algo que a outra não sabe. Estas duas situações distinguem-se essencialmente pelo momento relativamente á relação contratual existente no qual a parte mais informada recebe a informação privada. 12
  • 13. CORPORATE GOVERNANCE As Principais Questões da Assimetria de Informação Comprador Transacção Informação Assimétrica Vendedor Qualidade é uma variável de escolha Vendedor Endógena Selecção Adversa Moral Hazad Pré – Contratual Pós - Contratual 13
  • 14. CORPORATE GOVERNANCE Recomendações da CMVM Divulgação de Informação. Inexistência de restrições ao direito de voto e representação de accionistas. Sistema de controlo interno. Inexistência de cláusulas defensivas que provoquem erosão do património da sociedade. Pluralidade de membros do Órgão de Administração. Comissões do Órgão de Administração. Divulgação da Remuneração do Órgão de Administração. Membros da Comissão de Remunerações independentes. Aprovação de planos de atribuição de acções ou opções em Assembleia Geral. 14
  • 15. CORPORATE GOVERNANCE Corporate Governance é a forma como o Conselho de Administração organiza, dirige e supervisiona o Grupo, de modo a garantir que os Princípios de integridade, transparência e responsabilidade são assegurados na gestão dos negócios Accionistas Corporate Governance Oversight Conselho de Administração Monitorização Programa Corporativo de Controlo Interno Controlos Operacionais Gestão Executiva Processos 15
  • 16. CORPORATE GOVERNANCE Regulação e Supervisão O Banco de Portugal exerce a função de autoridade e supervisão – Prudencial e comportamental das instituições de crédito e sociedades financeiras em Portugal. O nosso país demonstra uma evolução em matérias de Governance quer pela preocupação das diversas empresas nacionais, por efeitos de regulamentação legal com o Novo Código das Sociedades Comerciais, quer com a criação do Instituto Português do Corporate Governance, com o Livro Banco sobre o CG. 16
  • 17. CORPORATE GOVERNANCE A Transparência e o Corporate Governance Transparência Equidade Fornecer (assegurar a protecção dos atempadamente direitos de todos os informação accionistas, sem esquecer adequada , clara e os restantes partes comparável sobre o interessadas). desempenho da empresa no que se refere ao cumprimento dos princípios de Consonância/Alinhamento de Corporate Responsabilização Interesses Governance. assegurar a devida As normas, os procedimentos e responsabilização os incentivos na empresa (accountability) dos asseguraram o alinhamento do decisores. desempenho dos decisores (gestores e supervisores) com os interesses das partes interessadas. 17
  • 18. CORPORATE GOVERNANCE Fundamentos do Corporate Governance A eficaz separação O razoável dos de poderes com critérios de bom adequado sistema Corporate interno de controlo Governance tem de e equilíbrios não é estar no valor um fim em si acrescentado que mesmo: é um trazem para os investimento ao objectivos da serviço dos empresa (os objectivos da interesses dos empresa. stakeholders e prioritariamente dos accionistas). Qualquer modelo organizacional de Corporate Governance deve procurar maximizar o cumprimento dos critérios no contexto cultural, social e económico da empresa e das suas circunstâncias no 18 curto e no longo prazo.
  • 19. CORPORATE GOVERNANCE Risco da Governação 19
  • 20. CORPORATE GOVERNANCE O Papel Chave da Auditoria  Importância da Gestão de Riscos no ambiente actual  Auditoria não apenas formal mas que colabora com o Chairman  Necessidade das equipas de auditores: internos e externos Auditoria Interna Auditoria Externa Mecanismo eficazes e eficientes que Dela depende a qualidade e a visem a detecção e gestão de riscos; credibilidade da informação Sistemas adequado de controle, Económica e Financeira reportada independência e transparência, por pela empresa; Deve desenvolver um forma a proteger o interesse trabalho de valor técnico dos accionistas, os investimentos da incontroverso, de profundidade empresa e dos seus activos. e extensão adequadas e com total independência face ao CA. 20
  • 21. Governance? Na Administração Pública/Local Enfoque no propósito da Organização e nos resultados para os cidadãos/utentes; Definição clara das funções e responsabilidades face a um desempenho eficaz; Promoção dos valores organizacionais e a respectiva actuação; Deter informação adequada, adoptar decisões transparentes e gerir o risco; Garantir eficácia através do desenvolvimento da capacidade e competência dos dirigentes; Envolvimento de todas as partes interessadas e prestação de contas. 21
  • 22. CORPORATE GOVERNANCE O Paradoxo Estudo realizado pela Mckinsey a 200 investidores Internacionais (EUA, Europa, Ásia e América Latina), conclui que:  75% dos investidores estão dispostos a pagar, em média, mais 20% pelas acções de uma empresa bem governada. 22
  • 23. CORPORATE GOVERNANCE Paradoxo 1. Equilíbrio entre regulação e flexibilidade? 2. Aumento da regulação legal e afastamento das sociedades emitentes dos mercados? 3. Suficiência ou insuficiência da auto-regulação? 4. Aumento da regulação legal e aumento dos custos? 5. Conciliação das diferentes regras nacionais com as operações transfronteiriças? 6. As soluções legais como as mais adequadas? 23
  • 24. CORPORATE GOVERNANCE Conclusão “Achieving appropriate balance between regulationand governance flexibility will remain the centralchallenge in reform efforts and the focus of somedebate” Holly J. Gregory Não porque é obrigatório. Mas porque é necessário. 24
  • 25. CORPORATE GOVERNANCE Trabalho elaborado no âmbito da UC de Economia e Fianças Empresariais. Módulo ministrado pelo docente Humberto Ribeiro. Equipa: Ana Cristina Pereira Nº 24515 Alexandra Pires Nº 16744 Eduarda Martins Nº 23996 Fátima Verdelho Nº 24006 Paula Perdigoto Nº 10393 25
  • 26. Obrigada pela atenção dispensada FIM 26