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A São Paulo Railway (SPR), também conhecida como
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anos em 2017 e mais pujante do que nunca.
Somente em 2016, aproximadamente, 32 milhões
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mundo. Esta foi a primeira ferrovia construída pela
São Paulo Railway Company (uma empresa
controlada por ingleses) a entrar em operação em
16 de fevereiro de 1867.
A prioridade no século XIX, era o transporte do café
produzido no Oeste paulista para o Porto de Santos.
Atualmente, qualquer tipo de carga pode passar por
ali em contêineres. Outros volumes expressivos que
passam pelo trecho são produtos agrícolas e
siderúrgicos.
“Os trilhos que ligam Santos à região de Campinas
através de Jundiaí, desde 1867, representam mais
do que a ligação entre São Paulo e o mar ou entre o
interior do Brasil e o mundo. As linhas ali construídas
naquela época estão, até hoje, contribuindo para
escrever a história do nosso país. São outras
pessoas, outras cidades e negócios completamente
diferentes, mas a ferrovia permanece contribuindo
para as soluções logísticas das quais o Brasil
precisa”, enfatiza Guilherme Alvisi, gerente geral de
Negócios – Carga Geral da MRS.
INVESTIMENTOS
Nos últimos três anos, somente na malha situada no
estado de São Paulo, a MRS investiu,
aproximadamente, R$ 445 milhões. Grande parte
deste montante foi destinado à Cremalheira (trecho
de oito quilômetros de extensão com inclinações de
até 10%) com a compra de sete novas locomotivas
Stadler, que estão entre as mais modernas e
potentes do mundo, além disso, foram feitos
investimentos diretos em duplicação e sinalização de
trechos (margem direita de Santos), melhorias em
pátios, pontes ferroviárias e até sistemas de
operação e de TI.
Locomotiva Stadler, uma das mais potentes do mundo
“Com os recursos foi possível alavancar a vocação
dessa rota histórica, fazendo saltar de cerca de 11
milhões de toneladas (2003) para,
aproximadamente, 32 milhões (2016) os volumes ali
transportados”, destaca Emanuele Forastieri,
coordenadora comercial da MRS.
Aos seus 150 anos, a SPR continua sendo
considerada uma das maiores do mundo em
densidade de tráfego, apesar de sua pequena
extensão: apenas 139 km.
UM POUCO DE HISTÓRIA
A primeira iniciativa para a implantação de uma
ferrovia em São Paulo ocorreu em 1836, apenas um
ano após a promulgação da Lei Feijó, que concedeu
o privilégio para a construção de estradas de ferro
no Brasil. Mas São Paulo precisou esperar pela
inauguração de sua primeira ferrovia até 1867.
Ainda que, em 1855, o presidente da Província de
São Paulo, José Antônio Saraiva, em discurso na
2MRS LOGÍSTICA S.A. ◦ SP RAILWAY COMPLETA 150 ANOS A TODO VAPOR
Assembleia Legislativa Provincial, tivesse que
defender a construção de ferrovias, suas vantagens
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“O desenvolvimento do comércio de Santos, o
desenvolvimento do trabalho livre e da colonização
espontânea, a redução dos preços do transporte a
uma terça parte do que se paga atualmente, o
melhoramento dos processos industriais, o aumento
do valor das terras, a cessação das despesas públicas
com a estrada que tem que ser substituída pela linha
férrea”, disse ele à época.
Trabalhadores da SPR emendam cabo de aço do sistema funicular
A SPR, que partiu do estuário da cidade de Santos
para chegar até a cidade de Jundiaí, passando pela
capital do estado, foi o ponto de partida para a
implantação da extensa malha ferroviária de São
Paulo.
Construídas, principalmente em função da
necessidade de transporte da produção cafeeira
para o porto, as diferentes ferrovias foram sendo
lançadas para ir buscar o café nas regiões
produtoras, trazendo-o para as estações para que,
desses locais, o produto seguisse para Santos e para
o mundo.
A partir do primeiro trecho ferroviário, inúmeros
troncos e ramais foram se estendendo de tal forma
pelo território de São Paulo que passaram a
identificar as diversas regiões do estado pelo nome
das respectivas vias, como é o caso, até hoje, das
zonas denominadas Paulista, Noroeste, Mogiana e
Sorocabana.
Como é uma cidade portuária, Santos não pode
prescindir da metrópole do estado: São Paulo. Com
fundação em 1554, a capital enraizou-se no planalto,
área mais salubre que a baixada litorânea. Situado
no planalto, São Paulo permaneceu intrinsecamente
ligado a Santos porque este era o elo que conectava
a cidade ao restante do planeta.
A inauguração da SPR assinala importante mudança
e aceleração no ritmo de desenvolvimento de São
Paulo, que passa a receber grande contingente de
imigrantes europeus, novos produtos e novas
tecnologias. Para resgatar e preservar um pouco
dessa história, a MRS tomou a iniciativa de restaurar
e manter em funcionamento a Torre do Relógio da
Estação de Paranapiacaba, patrimônio nacional,
recuperado e entregue em 2004.
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O GRANDE DESAFIO: A GEOGRAFIA
De todos os desafios apresentados durante a
construção desta ferrovia, sem dúvidas, o maior
deles foi a transposição da Serra do Mar, o grande
obstáculo natural entre o planalto paulista e a
baixada santista. O modal ferroviário naturalmente
necessita de planícies, principalmente por conta do
peso dos trens. A Cremalheira, um sistema criado
especialmente para vencer o relevo acidentado, é
exclusiva do Brasil.
O trecho possui oito quilômetros de extensão, com
inclinações de até 10% (ou seja, o trem sobe um
metro a cada dez percorridos). Para que o trem
possa trafegar nesse trecho, o sistema de tração da
locomotiva é feito com uma roda dentada que incide
sobre um terceiro trilho, também dentado, colocado
entre os dois trilhos convencionais.
As novas máquinas, criadas especialmente para esse
projeto (Stadlers), têm quase 18 metros de
comprimento, potência de 5 mil KW e são 60% mais
eficientes que as utilizadas anteriormente. Elas
garantem a segurança operacional contendo a carga
na descida ou empurrando-a na subida.
O início das operações com as novas locomotivas foi
considerado o primeiro passo para eliminar gargalos
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Por Diogo Kling – MRS Logística
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SPR 150 anos transporte café SP

  • 1. 1MRS LOGÍSTICA S.A. ◦ SP RAILWAY COMPLETA 150 ANOS A TODO VAPOR SÃO PAULO RAILWAY COMPLETA 150 ANOS A TODO VAPOR NOS ÚLTIMOS 13 ANOS HOUVE CRESCIMENTO DE QUASE 200% NOS VOLUMES TRANSPORTADOS. EM 2016, PASSARAM 32 MILHÕES DE TONELADAS PELO TRECHO Panorama da ferrovia na Serra do Mar (viaduto da Grota Funda, 1898). A São Paulo Railway (SPR), também conhecida como Estrada de Ferro Santos a Jundiaí, completa 150 anos em 2017 e mais pujante do que nunca. Somente em 2016, aproximadamente, 32 milhões de toneladas passaram por este que é um dos mais importantes trechos ferroviários do país e do mundo. Esta foi a primeira ferrovia construída pela São Paulo Railway Company (uma empresa controlada por ingleses) a entrar em operação em 16 de fevereiro de 1867. A prioridade no século XIX, era o transporte do café produzido no Oeste paulista para o Porto de Santos. Atualmente, qualquer tipo de carga pode passar por ali em contêineres. Outros volumes expressivos que passam pelo trecho são produtos agrícolas e siderúrgicos. “Os trilhos que ligam Santos à região de Campinas através de Jundiaí, desde 1867, representam mais do que a ligação entre São Paulo e o mar ou entre o interior do Brasil e o mundo. As linhas ali construídas naquela época estão, até hoje, contribuindo para escrever a história do nosso país. São outras pessoas, outras cidades e negócios completamente diferentes, mas a ferrovia permanece contribuindo para as soluções logísticas das quais o Brasil precisa”, enfatiza Guilherme Alvisi, gerente geral de Negócios – Carga Geral da MRS. INVESTIMENTOS Nos últimos três anos, somente na malha situada no estado de São Paulo, a MRS investiu, aproximadamente, R$ 445 milhões. Grande parte deste montante foi destinado à Cremalheira (trecho de oito quilômetros de extensão com inclinações de até 10%) com a compra de sete novas locomotivas Stadler, que estão entre as mais modernas e potentes do mundo, além disso, foram feitos investimentos diretos em duplicação e sinalização de trechos (margem direita de Santos), melhorias em pátios, pontes ferroviárias e até sistemas de operação e de TI. Locomotiva Stadler, uma das mais potentes do mundo “Com os recursos foi possível alavancar a vocação dessa rota histórica, fazendo saltar de cerca de 11 milhões de toneladas (2003) para, aproximadamente, 32 milhões (2016) os volumes ali transportados”, destaca Emanuele Forastieri, coordenadora comercial da MRS. Aos seus 150 anos, a SPR continua sendo considerada uma das maiores do mundo em densidade de tráfego, apesar de sua pequena extensão: apenas 139 km. UM POUCO DE HISTÓRIA A primeira iniciativa para a implantação de uma ferrovia em São Paulo ocorreu em 1836, apenas um ano após a promulgação da Lei Feijó, que concedeu o privilégio para a construção de estradas de ferro no Brasil. Mas São Paulo precisou esperar pela inauguração de sua primeira ferrovia até 1867. Ainda que, em 1855, o presidente da Província de São Paulo, José Antônio Saraiva, em discurso na
  • 2. 2MRS LOGÍSTICA S.A. ◦ SP RAILWAY COMPLETA 150 ANOS A TODO VAPOR Assembleia Legislativa Provincial, tivesse que defender a construção de ferrovias, suas vantagens e seus atributos. “O desenvolvimento do comércio de Santos, o desenvolvimento do trabalho livre e da colonização espontânea, a redução dos preços do transporte a uma terça parte do que se paga atualmente, o melhoramento dos processos industriais, o aumento do valor das terras, a cessação das despesas públicas com a estrada que tem que ser substituída pela linha férrea”, disse ele à época. Trabalhadores da SPR emendam cabo de aço do sistema funicular A SPR, que partiu do estuário da cidade de Santos para chegar até a cidade de Jundiaí, passando pela capital do estado, foi o ponto de partida para a implantação da extensa malha ferroviária de São Paulo. Construídas, principalmente em função da necessidade de transporte da produção cafeeira para o porto, as diferentes ferrovias foram sendo lançadas para ir buscar o café nas regiões produtoras, trazendo-o para as estações para que, desses locais, o produto seguisse para Santos e para o mundo. A partir do primeiro trecho ferroviário, inúmeros troncos e ramais foram se estendendo de tal forma pelo território de São Paulo que passaram a identificar as diversas regiões do estado pelo nome das respectivas vias, como é o caso, até hoje, das zonas denominadas Paulista, Noroeste, Mogiana e Sorocabana. Como é uma cidade portuária, Santos não pode prescindir da metrópole do estado: São Paulo. Com fundação em 1554, a capital enraizou-se no planalto, área mais salubre que a baixada litorânea. Situado no planalto, São Paulo permaneceu intrinsecamente ligado a Santos porque este era o elo que conectava a cidade ao restante do planeta. A inauguração da SPR assinala importante mudança e aceleração no ritmo de desenvolvimento de São Paulo, que passa a receber grande contingente de imigrantes europeus, novos produtos e novas tecnologias. Para resgatar e preservar um pouco dessa história, a MRS tomou a iniciativa de restaurar e manter em funcionamento a Torre do Relógio da Estação de Paranapiacaba, patrimônio nacional, recuperado e entregue em 2004. Locomotiva a vapor Ten Wheel 4-6-0, de 1922 O GRANDE DESAFIO: A GEOGRAFIA De todos os desafios apresentados durante a construção desta ferrovia, sem dúvidas, o maior deles foi a transposição da Serra do Mar, o grande obstáculo natural entre o planalto paulista e a baixada santista. O modal ferroviário naturalmente necessita de planícies, principalmente por conta do peso dos trens. A Cremalheira, um sistema criado especialmente para vencer o relevo acidentado, é exclusiva do Brasil. O trecho possui oito quilômetros de extensão, com inclinações de até 10% (ou seja, o trem sobe um metro a cada dez percorridos). Para que o trem possa trafegar nesse trecho, o sistema de tração da locomotiva é feito com uma roda dentada que incide sobre um terceiro trilho, também dentado, colocado entre os dois trilhos convencionais. As novas máquinas, criadas especialmente para esse projeto (Stadlers), têm quase 18 metros de comprimento, potência de 5 mil KW e são 60% mais eficientes que as utilizadas anteriormente. Elas garantem a segurança operacional contendo a carga na descida ou empurrando-a na subida. O início das operações com as novas locomotivas foi considerado o primeiro passo para eliminar gargalos no acesso ferroviário ao Porto de Santos e também para desafogar as rodovias. Por Diogo Kling – MRS Logística imprensa@mrs.com.br