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Estrada de Ferro Perus-Pirapora
                 Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural

                                          QUEM SOMOS

A Estrada de Ferro Perus-Pirapora é a primeira ferrovia integralmente tombada como patrimônio
histórico e cultural no Brasil. Localiza-se nos municípios de São Paulo e Cajamar, e é a última
ferrovia de bitola reduzida do pais, de apenas 60 cm. Preserva todo o seu parque de material
rodante, com 20 locomotivas a vapor e mais de 130 carros e vagões, assim como a sua linha-
tronco, em meio a uma paisagem natural surpreendente.

O Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural – IFPPC – é uma associação sem fins
lucrativos, dedicada à preservação e revitalização da E. F. Perus-Pirapora, que atua com base no
trabalho voluntário dos seus associados e por meio de parcerias com empresas e instituições
conscientes e comprometidas com a sua responsabilidade social.

                                     COMO TRABALHAMOS

O IFPPC é comodatário da E. F. Perus-Pirapora, incluindo 15 km de linhas férreas e todos os
veículos ferroviários. Elaborou um amplo Plano Diretor, composto de projetos específicos, para a
restauração do seu extraordinário acervo histórico-tecnológico e reativação da ferrovia para fins
educacionais e turísticos, e elabora projetos de resgate ambiental da região e de promoção social.

Atualmente buscamos novos parceiros, para projetos inéditos de alta significância e visibilidade.

                            AS PRINCIPAIS CONQUISTAS ATÉ AGORA

•   Implantação de um núcleo operacional num ponto estratégico da ferrovia
•   Reabilitação de 7 quilômetros da linha-tronco
•   Recuperação de 2 locomotivas a vapor e 1 diesel, 3 carros de passageiros, 6 vagões e 1 trole
•   Aquisição de uma locomotiva diesel de apoio
•   Operação regular de um trem turístico aberto à população
•   Resgate e transporte de 56 veículos ferroviários históricos para o centro operacional
•   Construção de oficina e depósito (em andamento)

                                       O QUE OFERECEMOS

• Parcerias: restauração de veículos ferroviários (veja as sugestões anexas), construção           de
  estações, museus e outras instalações (fale conosco sobre os projetos), projeto “Trem            da
  Natureza”, para trabalhar na despoluição do rio Juqueri e apoiar famílias carentes, resgate      de
  áreas degradadas junto à ferrovia, e vários outros, além dos que você quiser propor.
• Retorno aos parceiros: promoção da imagem institucional, patrocínios beneficiados por leis       de
  apoio à cultura e de responsabilidade social, e principalmente: honestidade e transparência.

                                     PRINCIPAIS PARCEIROS

Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, Natura Cosméticos, Metalplan
Equipamentos, CJ Mineração, Mineradora Pedrix, Construtora Anastácio, Prefeituras de São Paulo
e Cajamar , e outros.
Estrada de Ferro Perus-Pirapora
                Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural

                       UM POUCO DA HISTÓRA DA PERUS-PIRAPORA

A Estrada de Ferro Perus-Pirapora foi inaugurada em 1914, destinada ao transporte de cal. A partir
de 1926 passou a integrar o complexo minerador e industrial estabelecido pela Companhia
Brasileira de Cimento Portland Perus, fornecendo calcário à primeira fábrica de cimento do Brasil.

Construída na bitola de 60 centímetros, segundo a antiga engenharia para ferrovias leves, tinha
pouco mais de vinte quilômetros de extensão, ligando a estação Perus da antiga São Paulo
Railway (atual CPTM) e as minas de calcário de Cajamar. Nunca alcançou a cidade de Pirapora.

Durante os setenta anos em que trabalhou ininterruptamente, foi um elemento chave da
industrialização e urbanização do pais, possibilitando o aparecimento da engenharia moderna, o
incrível crescimento de São Paulo e a construção de Brasília, por exemplo. Mas neste período a
bitola de 60 cm. caiu em desuso, encerrando-se a fabricação de material rodante para ela.

Tornando-se a última ferrovia no país a operar naquela bitola, a Perus-Pirapora comprou material
usado das similares que se extinguiram, reunindo a mais variada coleção de locomotivas a vapor
de pequeno porte de todo o mundo. Este acervo, cujas datas de fabricação variam de 1891 a
1945, é uma extraordinária amostragem da evolução tecnológica ferroviária dos séculos 19 e 20.

Hoje ela preserva a memória das dez ferrovias paulistas onde se abasteceu de material usado, e
possui verdadeiros ícones culturais e históricos, como a primeira locomotiva 100% projetada e
construída no Brasil, 3 locomotivas do famoso “Trem das Onze” e duas máquinas em que Alberto
Santos-Dumont aprendeu mecânica, entre muitos outros. Muitos dos exemplares nela existentes
são únicos no mundo, sendo frequentemente visitados por estudiosos de vários paises.

Além da importância histórica, desde que foi desativada e imediatamente tombada pelo
CONDEPHAAT em 1983 ela garantiu a preservação de uma gigantesca área de vegetação,
localizada na mata ciliar do vale do Rio Juqueri e vizinha à reserva florestal do Parque
Anhanguera, que lhe dá a oportunidade de se tornar um grande centro de difusão cultural e lazer.
Estrada de Ferro Perus-Pirapora
                Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural

                                    A PRIMEIRA PARCERIA

A Natura Cosméticos viabilizou em 2004 a restauração da locomotiva a vapor no. 8. Fabricada
em 1912 e original da ferrovia, estava parada há quase 40 anos, porém a robustez típica das
máquinas a vapor permitiu a restauração em uma oficina especializada, tornando-se a primeira
locomotiva devolvida ao tráfego na nova Perus-Pirapora.

Satisfeita com o êxito do empreendimento conjunto com o IFPPC, em 2008 a Natura Cosméticos
financiou a restauração de 1 quilômetro da via permanente, num trecho vizinho à sua fábrica.
Novos projetos estão sendo desenvolvidos, para prosseguir nesta cooperação entre bons parceiros.




A locomotiva no. 8 exposta como lembrança de velhos tempos em 1978, e tracionando um trem
        de passageiros em 2001 após o restauro patrocinado pela Natura Cosméticos




   Um aspecto do trecho restaurado, integrado à paisagem natural e ao paisagismo da fábrica
                                     Natura em Cajamar.
Estrada de Ferro Perus-Pirapora
               Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural

                         VÁRIOS PARCEIROS E MAIS UM SUCESSO

Em 2009 os associados do IFPPC restauraram e recolocaram em operação a única locomotiva
diesel da E. F. Perus-Pirapora. Uma empresa de São Paulo (que prefere permanecer no anonimato)
efetuou a doação de um novo motor, a CJ Mineração cedeu a sua oficina mecânica, e a CPTM
forneceu os serviços de pintura. Hoje a locomotiva DIEMA, fabricada em 1939, é a mais antiga
locomotiva diesel operacional do Brasil.




  Em 2009, abandonada há mais de 30 anos, e desmontada na oficina da CJ Mineração, sendo
                     restaurada pelos associados do IFPPC em 2010.




     Tracionando um trem de lastro na Perus-Pirapora com animados voluntários em 2011

    CONHEÇA NAS PÁGINAS A SEGUIR ALGUMAS PARCERIAS OFERECIDAS PELO IFPPC
     ENTRE EM CONTATO: (11) 9169-2939/8126-0607 OU peruspirapora@yahoo.com.br
Estrada de Ferro Perus-Pirapora
                Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural

                          RESTAURAÇÃO DA LOCOMOTIVA NO. 1

Ferrovia de origem: Tramay da Cantareira, com o no. 6
Fabricação: Baldwin Locomotive Works, Philadelphia, 1896
Aquisição pela E. F. Perus-Pirapora: 1925 – renumeração para no. 1
Desativação: dezembro de 1983
Estimativa de custo para restauração completa: R$450.000,00 (a confirmar)
Prazo estimado: 12 meses




 Na antiga estação inicial do Tramay da Cantareira, de onde partia o famoso “Trem das Onze”,
                      por volta de 1910, e na E. F. Perus-Pirapora em 1952




                          Resgate pelos voluntários do IFPPC em 2011
Estrada de Ferro Perus-Pirapora
                Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural

                           RESTAURAÇÃO DA LOCOMOTIVA NO. 10

Ferrovia de origem: Cia. Paulista de Estradas de Ferro - ramal de Santa Rita, sob o no. 911
Fabricação: Baldwin Locomotive Works, Philadelphia, 1914.
Aquisição pela E. F. Perus-Pirapora: 1961 – renumeração para no. 10
Desativação: dezembro de 1983
Orçamento de restauração completa: R$350.000,00
Prazo: 6 meses




        Em atividade no ramal Sta. Rita da Cia Paulista e na E. F. Perus-Pirapora




                          Resgate pelos voluntários do IFPPC em 2011
Estrada de Ferro Perus-Pirapora
                Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural

                          RESTAURAÇÃO DA LOCOMOTIVA NO. 16

Ferrovia de origem: E. F. do Dourado, sob o no. 5 e Tramway da Cantareira, sob o no. 4
Fabricação: Baldwin Locomotive Works, Philadelphia, 1908
Aquisição pela E. F. Perus-Pirapora: 1961 – renumeração para no. 16
Desativação: dezembro de 1983
Estimativa de custo para restauração completa: R$450.000,00 (a confirmar)
Prazo estimado: 9 meses




Em atividade no Tramay da Cantareira, onde tracionou muitas vezes o famoso “Trem das Onze”,
            e na E. F. Perus-Pirapora, onde era a melhor e mais elegante locomotiva




                   Aguardando resgate, em situação de risco em Perus, 2011
Estrada de Ferro Perus-Pirapora
                Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural

                          RESTAURAÇÃO DA LOCOMOTIVA NO. 17

Ferrovia de origem: Tramway da Cantareira com o no. 2
Fabricação: Baldwin Locomotive Works, Philadelphia, 1911
Aquisição pela E. F. Perus-Pirapora: 1961 – renumeração para no. 16
Desativação: dezembro de 1983
Estimativa de custo para restauração completa: R$450.000,00 (a confirmar)
Prazo estimado: 12 meses




                           Em atividade na E. F. Perus-Pirapora, 1978




Resgatada após 27 anos de abandono e aguardando restauração no centro operacional do IFPPC,
                                           2011
Estrada de Ferro Perus-Pirapora
                Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural

                          RESTAURAÇÃO DA LOCOMOTIVA NO. 18

Ferrovia de origem: Usina Monte Alegre, com o no. 1
Fabricação: Oficinas da Usina Monte Alegre, 1933
Aquisição pela E. F. Perus-Pirapora: 1961 – renumeração para no. 16
Desativação: dezembro de 1983
Estimativa de custo para restauração completa: R$500.000,00 (a confirmar)
Prazo estimado: 6 meses




 A primeira locomotiva com projeto e construção 100% brasileiros, recém-construída na Usina
                Monte Alegre, Piracicaba, e em serviço na E. F. Perus-Pirapora




                  Aguardando resgate, em situação de risco em Cajamar, 2011
Estrada de Ferro Perus-Pirapora
                Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural

                     RESTAURAÇÃO DO CARRO DE PASSAGEIROS NO. 2

Ferrovia de origem: Ramal Dumont
Fabricação: Usines de Braine-Lecomte, Bélgica, c. 1892
Aquisição pela E. F. Perus-Pirapora: c. 1948
Desativação: dezembro de 1983
Estimativa de custo para restauração completa: R$ 150.000,00 (a confirmar)
Prazo estimado: 6 meses




        Na Fazenda Dumont, Ribeirão Preto, década de 1900 ( 3o. ou 4o. da composição)




 Ativo na Perus-Pirapora em 1978, e aguardando restauro no centro operacional do IFPPC, após
                                      resgate em 2011.

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  • 1. Estrada de Ferro Perus-Pirapora Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural QUEM SOMOS A Estrada de Ferro Perus-Pirapora é a primeira ferrovia integralmente tombada como patrimônio histórico e cultural no Brasil. Localiza-se nos municípios de São Paulo e Cajamar, e é a última ferrovia de bitola reduzida do pais, de apenas 60 cm. Preserva todo o seu parque de material rodante, com 20 locomotivas a vapor e mais de 130 carros e vagões, assim como a sua linha- tronco, em meio a uma paisagem natural surpreendente. O Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural – IFPPC – é uma associação sem fins lucrativos, dedicada à preservação e revitalização da E. F. Perus-Pirapora, que atua com base no trabalho voluntário dos seus associados e por meio de parcerias com empresas e instituições conscientes e comprometidas com a sua responsabilidade social. COMO TRABALHAMOS O IFPPC é comodatário da E. F. Perus-Pirapora, incluindo 15 km de linhas férreas e todos os veículos ferroviários. Elaborou um amplo Plano Diretor, composto de projetos específicos, para a restauração do seu extraordinário acervo histórico-tecnológico e reativação da ferrovia para fins educacionais e turísticos, e elabora projetos de resgate ambiental da região e de promoção social. Atualmente buscamos novos parceiros, para projetos inéditos de alta significância e visibilidade. AS PRINCIPAIS CONQUISTAS ATÉ AGORA • Implantação de um núcleo operacional num ponto estratégico da ferrovia • Reabilitação de 7 quilômetros da linha-tronco • Recuperação de 2 locomotivas a vapor e 1 diesel, 3 carros de passageiros, 6 vagões e 1 trole • Aquisição de uma locomotiva diesel de apoio • Operação regular de um trem turístico aberto à população • Resgate e transporte de 56 veículos ferroviários históricos para o centro operacional • Construção de oficina e depósito (em andamento) O QUE OFERECEMOS • Parcerias: restauração de veículos ferroviários (veja as sugestões anexas), construção de estações, museus e outras instalações (fale conosco sobre os projetos), projeto “Trem da Natureza”, para trabalhar na despoluição do rio Juqueri e apoiar famílias carentes, resgate de áreas degradadas junto à ferrovia, e vários outros, além dos que você quiser propor. • Retorno aos parceiros: promoção da imagem institucional, patrocínios beneficiados por leis de apoio à cultura e de responsabilidade social, e principalmente: honestidade e transparência. PRINCIPAIS PARCEIROS Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, Natura Cosméticos, Metalplan Equipamentos, CJ Mineração, Mineradora Pedrix, Construtora Anastácio, Prefeituras de São Paulo e Cajamar , e outros.
  • 2. Estrada de Ferro Perus-Pirapora Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural UM POUCO DA HISTÓRA DA PERUS-PIRAPORA A Estrada de Ferro Perus-Pirapora foi inaugurada em 1914, destinada ao transporte de cal. A partir de 1926 passou a integrar o complexo minerador e industrial estabelecido pela Companhia Brasileira de Cimento Portland Perus, fornecendo calcário à primeira fábrica de cimento do Brasil. Construída na bitola de 60 centímetros, segundo a antiga engenharia para ferrovias leves, tinha pouco mais de vinte quilômetros de extensão, ligando a estação Perus da antiga São Paulo Railway (atual CPTM) e as minas de calcário de Cajamar. Nunca alcançou a cidade de Pirapora. Durante os setenta anos em que trabalhou ininterruptamente, foi um elemento chave da industrialização e urbanização do pais, possibilitando o aparecimento da engenharia moderna, o incrível crescimento de São Paulo e a construção de Brasília, por exemplo. Mas neste período a bitola de 60 cm. caiu em desuso, encerrando-se a fabricação de material rodante para ela. Tornando-se a última ferrovia no país a operar naquela bitola, a Perus-Pirapora comprou material usado das similares que se extinguiram, reunindo a mais variada coleção de locomotivas a vapor de pequeno porte de todo o mundo. Este acervo, cujas datas de fabricação variam de 1891 a 1945, é uma extraordinária amostragem da evolução tecnológica ferroviária dos séculos 19 e 20. Hoje ela preserva a memória das dez ferrovias paulistas onde se abasteceu de material usado, e possui verdadeiros ícones culturais e históricos, como a primeira locomotiva 100% projetada e construída no Brasil, 3 locomotivas do famoso “Trem das Onze” e duas máquinas em que Alberto Santos-Dumont aprendeu mecânica, entre muitos outros. Muitos dos exemplares nela existentes são únicos no mundo, sendo frequentemente visitados por estudiosos de vários paises. Além da importância histórica, desde que foi desativada e imediatamente tombada pelo CONDEPHAAT em 1983 ela garantiu a preservação de uma gigantesca área de vegetação, localizada na mata ciliar do vale do Rio Juqueri e vizinha à reserva florestal do Parque Anhanguera, que lhe dá a oportunidade de se tornar um grande centro de difusão cultural e lazer.
  • 3. Estrada de Ferro Perus-Pirapora Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural A PRIMEIRA PARCERIA A Natura Cosméticos viabilizou em 2004 a restauração da locomotiva a vapor no. 8. Fabricada em 1912 e original da ferrovia, estava parada há quase 40 anos, porém a robustez típica das máquinas a vapor permitiu a restauração em uma oficina especializada, tornando-se a primeira locomotiva devolvida ao tráfego na nova Perus-Pirapora. Satisfeita com o êxito do empreendimento conjunto com o IFPPC, em 2008 a Natura Cosméticos financiou a restauração de 1 quilômetro da via permanente, num trecho vizinho à sua fábrica. Novos projetos estão sendo desenvolvidos, para prosseguir nesta cooperação entre bons parceiros. A locomotiva no. 8 exposta como lembrança de velhos tempos em 1978, e tracionando um trem de passageiros em 2001 após o restauro patrocinado pela Natura Cosméticos Um aspecto do trecho restaurado, integrado à paisagem natural e ao paisagismo da fábrica Natura em Cajamar.
  • 4. Estrada de Ferro Perus-Pirapora Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural VÁRIOS PARCEIROS E MAIS UM SUCESSO Em 2009 os associados do IFPPC restauraram e recolocaram em operação a única locomotiva diesel da E. F. Perus-Pirapora. Uma empresa de São Paulo (que prefere permanecer no anonimato) efetuou a doação de um novo motor, a CJ Mineração cedeu a sua oficina mecânica, e a CPTM forneceu os serviços de pintura. Hoje a locomotiva DIEMA, fabricada em 1939, é a mais antiga locomotiva diesel operacional do Brasil. Em 2009, abandonada há mais de 30 anos, e desmontada na oficina da CJ Mineração, sendo restaurada pelos associados do IFPPC em 2010. Tracionando um trem de lastro na Perus-Pirapora com animados voluntários em 2011 CONHEÇA NAS PÁGINAS A SEGUIR ALGUMAS PARCERIAS OFERECIDAS PELO IFPPC ENTRE EM CONTATO: (11) 9169-2939/8126-0607 OU peruspirapora@yahoo.com.br
  • 5. Estrada de Ferro Perus-Pirapora Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural RESTAURAÇÃO DA LOCOMOTIVA NO. 1 Ferrovia de origem: Tramay da Cantareira, com o no. 6 Fabricação: Baldwin Locomotive Works, Philadelphia, 1896 Aquisição pela E. F. Perus-Pirapora: 1925 – renumeração para no. 1 Desativação: dezembro de 1983 Estimativa de custo para restauração completa: R$450.000,00 (a confirmar) Prazo estimado: 12 meses Na antiga estação inicial do Tramay da Cantareira, de onde partia o famoso “Trem das Onze”, por volta de 1910, e na E. F. Perus-Pirapora em 1952 Resgate pelos voluntários do IFPPC em 2011
  • 6. Estrada de Ferro Perus-Pirapora Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural RESTAURAÇÃO DA LOCOMOTIVA NO. 10 Ferrovia de origem: Cia. Paulista de Estradas de Ferro - ramal de Santa Rita, sob o no. 911 Fabricação: Baldwin Locomotive Works, Philadelphia, 1914. Aquisição pela E. F. Perus-Pirapora: 1961 – renumeração para no. 10 Desativação: dezembro de 1983 Orçamento de restauração completa: R$350.000,00 Prazo: 6 meses Em atividade no ramal Sta. Rita da Cia Paulista e na E. F. Perus-Pirapora Resgate pelos voluntários do IFPPC em 2011
  • 7. Estrada de Ferro Perus-Pirapora Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural RESTAURAÇÃO DA LOCOMOTIVA NO. 16 Ferrovia de origem: E. F. do Dourado, sob o no. 5 e Tramway da Cantareira, sob o no. 4 Fabricação: Baldwin Locomotive Works, Philadelphia, 1908 Aquisição pela E. F. Perus-Pirapora: 1961 – renumeração para no. 16 Desativação: dezembro de 1983 Estimativa de custo para restauração completa: R$450.000,00 (a confirmar) Prazo estimado: 9 meses Em atividade no Tramay da Cantareira, onde tracionou muitas vezes o famoso “Trem das Onze”, e na E. F. Perus-Pirapora, onde era a melhor e mais elegante locomotiva Aguardando resgate, em situação de risco em Perus, 2011
  • 8. Estrada de Ferro Perus-Pirapora Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural RESTAURAÇÃO DA LOCOMOTIVA NO. 17 Ferrovia de origem: Tramway da Cantareira com o no. 2 Fabricação: Baldwin Locomotive Works, Philadelphia, 1911 Aquisição pela E. F. Perus-Pirapora: 1961 – renumeração para no. 16 Desativação: dezembro de 1983 Estimativa de custo para restauração completa: R$450.000,00 (a confirmar) Prazo estimado: 12 meses Em atividade na E. F. Perus-Pirapora, 1978 Resgatada após 27 anos de abandono e aguardando restauração no centro operacional do IFPPC, 2011
  • 9. Estrada de Ferro Perus-Pirapora Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural RESTAURAÇÃO DA LOCOMOTIVA NO. 18 Ferrovia de origem: Usina Monte Alegre, com o no. 1 Fabricação: Oficinas da Usina Monte Alegre, 1933 Aquisição pela E. F. Perus-Pirapora: 1961 – renumeração para no. 16 Desativação: dezembro de 1983 Estimativa de custo para restauração completa: R$500.000,00 (a confirmar) Prazo estimado: 6 meses A primeira locomotiva com projeto e construção 100% brasileiros, recém-construída na Usina Monte Alegre, Piracicaba, e em serviço na E. F. Perus-Pirapora Aguardando resgate, em situação de risco em Cajamar, 2011
  • 10. Estrada de Ferro Perus-Pirapora Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural RESTAURAÇÃO DO CARRO DE PASSAGEIROS NO. 2 Ferrovia de origem: Ramal Dumont Fabricação: Usines de Braine-Lecomte, Bélgica, c. 1892 Aquisição pela E. F. Perus-Pirapora: c. 1948 Desativação: dezembro de 1983 Estimativa de custo para restauração completa: R$ 150.000,00 (a confirmar) Prazo estimado: 6 meses Na Fazenda Dumont, Ribeirão Preto, década de 1900 ( 3o. ou 4o. da composição) Ativo na Perus-Pirapora em 1978, e aguardando restauro no centro operacional do IFPPC, após resgate em 2011.