2. Uma proposta... Introdução... Novas Perguntas... Época de Mudança ou Mudança de Época? Mudança de época cristã eclesial. Novas Respostas... Re-projeção da missão Re-fundação identitária Re-novação institucional Conclusão...
3. Introdução... “Estou convencido de que a atual conjuntura eclesial aponta para um maior protagonismo da Igreja.” Mario de França Miranda
4. Importante considerar... Complexidade da análise devido ao momento; Reflexão movida pelo espírito de Aparecida; As D.G.A.E. – 2008 / 2010; Os teólogos e pastoralistas; Uma opção: repercutir sentimentos; Um perspectiva: a paróquia; A pretensão: um despertar.
5. Novas perguntas... “Hoje se propõe escolher entre caminhos que conduzem à vida ou caminhos que conduzem à morte.” Documento de Aparecida, 13
6. Época de Mudança ou Mudança de Época? “Com desafios e exigências, abre-se a passagem para um novo período da história, caracterizado pela desordem generalizada que se propaga por novas turbulências sociais e políticas, pela difusão de uma cultura distante e hostil à tradição cristã e pela emergência de variadas ofertas religiosas que tratam de responder, à sua maneira, à sede de Deus que nossos povos manifestam.” Documento de Aparecida, 10.
7. Mudança de época Cristã e Eclesial “Percebemos que estamos caminhando rapidamente, mas não sabemos bem para onde. Só pressentimos que a intensidade e a quantidade das mudanças acenam para um novo tempo. Fala-se em era ‘pós-industrial’, ‘pós-moderna’ e, mesmo, ‘pós-cristã’. A própria Igreja parece estar sendo levada de roldão, embora um contingente dela insista em continuar dando respostas a perguntas que ninguém mais faz.” Agenor Brighenti, A Igreja perplexa – A novas perguntas, novas respostas, p. 9.
8. Novas respostas... “Agora que sabíamos todas as respostas, não é que mudaram as perguntas” Eduardo Galeano
9. Respostas Novas! “Já não podemos continuar sendo os mesmos num mundo que não é mais o mesmo. Encontrar respostas adequadas, no entanto, não é uma tarefa propícia a seguranças.” Agenor Brighenti, A Igreja perplexa – A novas perguntas, novas respostas, p. 119. “A coragem de renovação é a única garantia de futuro.” Queiruga, A.T.. El cristianismo enel mundo de hoy. Santander, Sal terrae, 1992. col. Aquí y Ahora, pp. 5-6.
10. Re-pensar e Re-lançarfidelidade e audácia “A Igreja é chamada a repensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais.” Documento de Aparecida, 11.
12. Re-projeção da missão “Trata-se de encontrar os meios de ação adequados para que a Igreja, sacramento do Reino, continue visibilizando-o na precariedade do presente.”
13. Re-projeção da missão A evangelização enquanto inculturação; Não das Culturas mas Inculturada; Implantação da Igreja monocultural (parte do Igreja) Igrejas culturalmente novas (parte da cultura) Processo: evangelização implícita e explícita
14. Re-projeção da missão Processo... Implícita: solidarizar-se com os problemas (GS 1); relação dialógica; reconhecer as “sementes do Verbo”; Explícita: anunciar com “amor” a positividade cristã; a real mútua evangelização explícita e crítica; acontece uma simbiose (cultura e Evangelho), ninguém sai o mesmo; surgem Igrejas culturalmente novas.
15. Re-projeção da missão A missão em três eixos: Missão para os discípulos missionários; Missão para os “ex” discípulos missionários; Missão para os “que nunca foram” discípulos e missionários.
16. Re-fundação identitária “A partir da nova missão, a partir de onde a comunidade eclesial autocompreende-se, impõe uma nova auto-compreensão da Igreja – que significa, hoje, ser Igreja una, santa, católica, apostólica, isto é, a Igreja de sempre, num mundo que se tornou diferente? –, na fidelidade à realidade presente e à experiência originária.”
17. Re-fundação identitária Em busca da experiência originária; O passado como refúgio: o fundamentalismo; Não foi o tempo que mudou mas a identidade que falhou; Solução: Trazer para hoje a identidade de ontem, anular o “equívoco do Vaticano II”, a esfera ad extra fez perder a identidade católica. Recuperar a presença publica da Igreja (poder), sem medo de mostrar-se (igreja barroca) e de concorrer com os inimigos (neocristandade). Voltar a praticar a “religião pura”, espaço da alegria e da experiência de paz e harmonia, distante da contaminação com a realidade social.
18. Re-fundação identitária Em busca da experiência originária; O passado como refontização: “Voltar às fontes” em busca não de sua repetição no presente, mas de uma recepção criativa da experiência originária. Recepção criativa do concilio Vaticano II, em Medellín, é um exemplo. Sem negar a passagem pelas crises e a necessidade hoje de uma refundação identitária no seio do novo contexto. A verdadeira experiência é dinâmica como o Reino. O problema: a vanguarda está cansada e sem perspectiva no momento, a retaguarda é retrógrada e sem imaginação.
19. Re-novação institucional “O novo fazer, que conforma um novo ser, exige uma mudança das estruturas para que possam dar suporte à nova missão e transparecer o divino, o Reino de Deus.”
20. “As estruturas são um elemento fundamental da visibilidade da Igreja, por isso afetam decisivamente seu caráter de sinal ou sacramento. A instituição, em si mesma, precisa constituir-se motivo de credibilidade, pois o mensageiro também é mensagem, as estruturas são mensagem, a visibilidade institucional é mensagem.” Agenor Brighenti, A Igreja perplexa – A novas perguntas, novas respostas, p. 132. Re-novação institucional
21. Re-novação institucional Carisma e instituição; Sem instituição, o carisma é um ideal incapaz de encarnar-se na história. Está chamada a reconhecer suas infidelidades ao carisma que ela carrega. Conceber a instituição como mediação para a historicização do carisma implica colocá-la em permanente estado de mudança, adaptando-se a diversas circunstâncias, sempre que sua forma de ser mostre-se inapta a encarnar o carisma em seu contexto presente.
22. Re-novação institucional Dois extremos a evitar: Iconoclasia Institucional: A presunção de poder prescindir da instituição – organização, regras, etc. – no exercício da missão. A missão sem o suporte da instituição cai na dispersão. Idolatria Institucional: Sacraliza a instituição, privando-a de toda crítica e, conseqüentemente, de qualquer reforma. A Igreja torna-se um fim em si mesma impedindo a transparência do carisma. A idolatria endurece a instituição, a tradição tende a confundir-se com fossilização. Tocar em suas estruturas é interpretado como querer destruir a Igreja.
23. Re-novação institucional A instituição como suporte do ser e da missão; As estruturas estão para a missão e não a missão para as estruturas. Das estruturas em função da missão deriva uma eclesia sempre reformada. Dado o dinamismo da história, os novos desafios e os “sinais dos tempos”, são outras as características e a forma da missão. Mudando a forma da missão, conseqüentemente precisam ser refeitas as estruturas que lhe dão suporte. Novas respostas a novas perguntas (vinho novo) exigem novas estruturas (odres novos).
24. Re-novação institucional Atitudes para uma renovação institucional. Saber inovar: Não basta uma mudança de mentalidade mas uma mentalidade de mudança. Consciência da relatividade da verdade identificada. Saber desconstruir: “Não com martelo mas com chave de fenda”. Desmontar e não destruir, dependemos da experiência do passado. Saber reconstruir: A reta intenção não desconstrói para cair num niilismo. Os que realmente amam, quando corrigem, nunca destroem, sempre desconstroem para reconstruir.
25. Conclusão... “A encruzilhada em que nos encontramos não é um beco sem saída ou o fim da história que nos condenariam a uma ditadura do presente. A perplexidade não nos condena ao imobilismo.” Agenor Brighenti
26. Um esquema... Visibilizar o Reino na precariedade do presente. Re-pensar Nova auto compreensão: fidelidade ao presente e à experiência originária. Mudanças das estruturas: conversão pastoral! Re-lançar
27. Qual é a Igreja Missionária da conversão pastoral?
29. Se a Igreja for do padre ... O padre ocupa o lugar principal porque é ele que faz quase tudo sozinho. É ele que vai atrás de tudo do que as pessoas precisam. Faz tudo com grande cuidado, espírito missionário de serviço e generosidade. O povo está feliz. Se ele faltar ou se ele não encabeçar as coisas, na paróquia se faz pouco ou nada, porque a paróquia é do padre. Perguntamo-nos: o que acontece àqueles que não freqüentam a Igreja? Àquele que não têm o padre como referência?
31. Se a Igreja for do CPP ... Os membros do Conselho são co-responsáveis com o padre no serviço pastoral da paróquia. Isto significa um avanço muito importante. Mas não basta numa paróquia constituir o Conselho Pastoral; precisa dar a devida importância às atividades tipicamente “pastorais” e “missionárias”. Colocando em relação o primeiro e o segundo desenho, percebemos que o rosto e o modelo da comunidade eclesial não são muito diferentes: talvez 20 – 30 pessoas agora trabalham mais ou menos juntas com o padre, mas a maioria dos fieis fica de fora.
33. Uma Igreja desperta quando ... Rompe o silêncio e começa a falar. O povos aprende a tomar parte ativa da vida da Igreja; quer tomar consciência de como a comunidade eclesial caminha. Nem sempre isso corresponde com um engajamento. Contudo, a paróquia aos poucos sai do “amém”, e o povo se torna protagonista, expressa sua subjetividade, no desejo de ser ouvido e acolhido ... Se essa etapa não for bem trabalhada, pode-se regressar ao primeiro cartaz.
35. Uma Igreja é dinâmica quando ... É atenta às várias necessidades das pessoas, dentro e fora, e procura ajudar a todos de todas as maneiras possíveis. Muito fiéis tomam parte da vida da Igreja e o fazem não tanto para ajudar o padre, mas porque são cientes da vocação e da missão que receberam como cristãos no batismo. Esses cristãos entenderam que eles são a Igreja e que a missão da Igreja é a missão deles. Neste modelo de Igreja, o aspecto organizativo é o que mais tem importância: as pessoas consideram-se “executivas”.
37. Uma Igreja é missionária quando ... É formada de comunidades. A base das pequenas comunidade é a Palavra. As comunidades são unidas entre elas por um vínculo profundo de comunhão. Através do CPP são unidas à comunidade maior. Na celebração eucarística dominical os fieis da comunidade se reúnem como “corpo de Cristo”. Os cristãos são cientes de sua responsabilidade de anunciar o Evangelho também fora da comunidade eclesial. Por isso procuram influenciar a realidade econômica, política, social com espírito cristão.
38. Duas certezas... Na insegurança do presente, refugiar-se na pretensa clareza de normas ou de leis é perverter o dom em dever, reduzindo-o a uma carga. Para converter-se em motivo de credibilidade, a instituição, uma vez que tem como função, em última instância, transparecer o divino no humano, precisa, no entanto, de continuas mudanças.
39. O ponto alto... AGORA VAI!!! “O Documento de Aparecida é, a nosso ver, o ponto mais alto do Magistério da Igreja latino-americana e caribenha. É o melhor documento produzido até hoje pelos nossos bispos e talvez por qualquer outro episcopado regional. .. “A meu ver, o documento não só dá mais um passo em frente, mas abre uma ‘nova fase’ na missão da Igreja no Continente. A sensação que passa é que ‘agora vai’.” Clodovis Boff