1. IGREJAPRESBITERIANA DO BOSQUE DA FREGUESIA
Uma Igreja comprometida com o Evangelho de Cristo
Células do Bosque - Início
Nós vamos começar nossas células com estudos que se basearão nas
parábolas de Jesus presentes no Evangelho escrito por Lucas.
Segundo o Dicionário Aurélio Eletrônico, Parábola
[Do latim parabola / grego-
parabolé] é um Substantivo feminino, cujo significado é:
Narração alegórica na qual o conjunto de elementos evoca, por
comparação, outras realidades de ordem superior:
Alegoria é uma exposição de um pensamento sob forma figurada, ou seqüência de
metáforas que significam uma coisa nas palavras e outra no sentido, em outras
palavras, parábola é uma figura de linguagem que nos ajuda a explicar realidades
superiores através de metáforas ou figuras, às vezes esclarecendo, às vezes ocultando
as verdades importantes.
Destas verdades de Jesus, presentes no Evangelho de Lucas, extrairemos lições
para a nossa vida, lembrando que na célula, ao contrário do Culto, não teremos
pregação e, sim, um estudo dirigido e participativo, onde todos que quiserem podem
expressar a sua opinião. O papel do líder neste bate-papo é manter o objetivo, a linha
de pensamento, não deixando que a tergiversação, prolixidade dentre outras
dificuldades do ser humano venham a fazer perder de vista o objetivo central: a
pregação do Evangelho de Cristo.
A célula deve ter, no mínimo, 7 participantes. Todos têm de exercer o seu papel,
pois ninguém é assistente, mas participantes, discípulos de Cristo a Seu serviço.
As reuniões não devem prolongar-se por mais de 1 hora e 20 minutos, devendo
ter dia e horário certos para começar e terminar, a fim de que as pessoas possam se
programar. Os visitantes devem ser muito bem recebidos, sentindo-se à vontade no
meio da célula. As reuniões devem ter intercessão pelos problemas de seus
participantes, principalmente dos visitantes cujos nomes devem ser conhecidos por
todos da célula. A casa deve estar limpa e pronta para receber a célula. Se algum
visitante trouxer criança pequena que possa tirar a atenção, a célula deve ter alguém
preparado para levar a criança para outro cômodo da casa, intretendo-a.
Primeira Parábola do Evangelho de Lucas
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2. IGREJAPRESBITERIANA DO BOSQUE DA FREGUESIA
Uma Igreja comprometida com o Evangelho de Cristo
Lucas 5:36 – Remendo Novo em Pano Velho
Primeira Semana de Março de 2010.
No caso das vestes, os Evangelhos de Mateus (9:14 a 17) e o de Marcos (2: 18
a 22), falam do prejuízo causado pelo remendo novo em pano velho, isto é, o pano
novo exposto a umidade ou na primeira lavagem encolhe, forçando o já frágil pano
velho, aumentando o rasgo ao invés de resolver o problema.
No caso do Evangelho de Lucas, o significado atribuído à parábola é mais
profundo, pois são dois os prejuízos demonstrados: 1) Se um pano novo é cortado
para fazer um remendo em pano velho, uma veste nova é inutilizada na tentativa de
recuperar uma veste velha. Não é razoável inutilizar a nova em prol da velha. 2) O
pano novo, mais forte e passível de encolher em contato com a umidade, estragará
certamente a veste velha que se pretendia consertar, promovendo um prejuízo maior,
pois além de inutilizar o novo com o corte para o remendo, este estraga a veste velha
que se devia recuperar.
Existem algumas roupas que, mesmo envelhecidas, não queremos nos desfazer
delas por vários motivos: 1) porque gostamos delas; 2) porque nos lembram
momentos marcantes de nossa vida; 3) porque nos lembram alguém muito importante
para nós; 4) porque nos deixam com melhor aparência.
Você tem alguma roupa ou objeto velho e ultrapassado que você não admite
jogar fora? Mesmo que já não tenha serventia? Ou você é daquele que gosta de
novidades, troca sempre as coisas sem se apegar? Basta ser novo para ser melhor?
O significado desta parábola fala da impossibilidade de renovar a velha religião
do judaísmo perdida nos seus rituais, regras e costumes. Repare que as veste (objeto
central da parábola de Jesus) cobrem o corpo, mexem com a aparência, com o que é
exterior. O que motiva esta pequena parábola é a pergunta dos discípulos de João
Batista: Por que nós jejuamos, os fariseus jejuam muitas vezes e seus
discípulos não jejuam? Esta pergunta compara, põe lado a lado a velha religião
com seus costumes e o Evangelho trazido por Jesus Cristo. Os fariseus, segundo Jesus
no Sermão do Monte (Mt 6:16), praticavam o jejum não para agradar a Deus, mas
para serem vistos pelos homens. Jesus, através do Espírito Santo, veio trazer a alegria
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Uma Igreja comprometida com o Evangelho de Cristo
verdadeira presente no interior do coração dos homens, não uma vida hipócrita de
aparente santidade.
Portanto, o Evangelho é uma proposta nova, melhor e mais perfeita do que a
proposta da Lei, não havendo a possibilidade de remendo, mas de substituição do
velho pelo novo.
Você está disposto (a) a abolir o que é velho na sua vida e substituir pela
novidade de vida trazida por Jesus através do Evangelho, das Boas novas da
Salvação? É preciso que lancemos fora o que é da velha natureza (ira, mágoas,
tristezas, ressentimentos, desejos de vingança, inveja, práticas mentirosas,
desonestidades, aparências não verdadeiras, ciúmes, falta de perdão, desrespeitos),
substituindo-os pelo fruto do Espírito (amor, alegria, paz, temperança, bondade,
benignidade, fé, perseverança, justiça).
Segunda Parábola do Evangelho de Lucas
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4. IGREJAPRESBITERIANA DO BOSQUE DA FREGUESIA
Uma Igreja comprometida com o Evangelho de Cristo
Vinho Novo em Odre Velho – Lc 5:37 a 38
Segunda Semana de Março de 2010.
Diferentemente da parábola do remendo novo em pano velho, esta parábola
fala das coisas interiores, pois nela, o vinho é derramado dentro do odre. O vinho
novo é símbolo do Espírito Santo, da novidade de vida do Evangelho que opera uma
transformação dentro do ser humano, que é revelada por suas palavras, pensamentos
e atitudes. Ao contrário do judaísmo ou da antiga aliança, que se constituía de muitas
normas, dias, vestimentas e rituais exteriores, o Evangelho da Graça que Jesus
anuncia é baseado no Novo Nascimento (Evangelho de João capítulo 3 – a perspectiva
bíblica é a soma de uma atitude humana – arrependimento, reconhecimento de
pecados – Romanos 3:23 – uma atitude Divina – a regeneração do Espírito Santo –
Carta de Paulo a Tito 3:5 – resultando na morte do velho homem – Carta de Paulo aos
Romanos 6: 6 a 8).
Esta parábola é uma instrução para os seus ouvintes, conhecedores e
seguidores do judaísmo, ou seja, os odres velhos, que o vinho novo ( o Espírito Santo)
só seria colocado em odres novos, isto é, pessoas transformadas por Jesus, nascidas
de novo. Repare que a parábola das vestes é a resposta aos discípulos de João, mas
esta é uma orientação para aqueles que O seguiam.
O Evangelho é diametralmente diferente da antiga aliança ou judaísmo. Para
ser participante do judaísmo era preciso circuncidar-se, isto é, ter a pele que cobre o
aparelho genital masculino cortada, que se constitui de uma marca na carne, portanto,
exterior. O Evangelho se constitui numa marca interior, o novo nascimento, de dentro
para fora, uma transformação realizada pelo Espírito Santo no caráter do ser humano
que abre os seus olhos a fim de discernir entre o que agrada a Deus e o que não
agrada, fazendo-o (a) um pai melhor, uma mãe melhor, um filho (a) melhor, um amigo
(a) melhor.
O que você prefere experimentar: algo superficial e exterior ou algo profundo,
que vai mexer com a sua estrutura? Jesus é o vinho novo.
Terceira Parábola do Evangelho de Lucas
O Alerta de Jesus (Lc 5:39)
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Uma Igreja comprometida com o Evangelho de Cristo
Terceira Semana de Março de 2010.
Esta parábola, diferentemente das vestes que fala da exterioridade do judaísmo
e do vinho que fala da interioridade do Evangelho, que opera no âmago do problema
do ser humano, é um alerta às pessoas com fé sincera que seguiam o judaísmo, pois
poderiam ser cegadas pelo espírito da tradição, o que as impediria de perceber o valor
da proposta do Evangelho.
Veja o que diz o verso 39: “E ninguém, tendo bebido o vinho velho,
prefere o novo; porque diz : o velho é excelente.”
A história é a seguinte: as coisas novas que substituem as velhas não são tão
facilmente recebidas. Em outras palavras, quem está acostumado com o antigo
sistema pode não receber o Evangelho como uma proposta melhor do jeito que
realmente é.
Como você encara a novidade? Com alegria? De forma preconceituosa? Com
desconfiança? Rejeita à prima vista? Ou aceita conhecer o que é novo de forma
desarmada, sem conceitos preconcebidos?
A natureza da nova vida pregada por Cristo consiste numa entrega total da vida
a Deus (Mt 16:24), enquanto que no judaísmo as exigências eram exteriores, sem
maiores comprometimentos do coração, alma e caráter. O vinho novo é mais seco e
mais ácido do que o vinho envelhecido, que já perdeu grande parte desta acidez em
face do tempo, apresentando-se mais suave ao paladar.
Por isso, é possível que pessoas sinceras sejam impedidas de enxergar a real
necessidade do Evangelho da Graça, pois estão acostumadas na tradição,
acomodadas nos costumes e rituais exteriores onde não é necessário um negar-se a si
mesmo, um carregar a cruz dia após dia.
E você, é daqueles apegados às tradições e costumes? Você se considera uma
pessoa resistente ou aberta a mudanças? Ouça o alerta de Jesus.
Quarta Parábola do Evangelho de Lucas
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6. IGREJAPRESBITERIANA DO BOSQUE DA FREGUESIA
Uma Igreja comprometida com o Evangelho de Cristo
Respeitando Uns aos Outros – O Exercício do Perdão e da Misericórdia (Lucas 6:37 a
42)
Quarta Semana de Março de 2010.
Esta parábola fala de uma coisa muito comum entre nós: o julgamento do próximo. O
Evangelho de Mateus 7: 1 a 5, tem uma parábola semelhante mas seu
posicionamento no sermão do monte traça a sua direção, isto é, para quem fora
endereçada: Escribas e Fariseus. Já o evangelista Lucas, cujo evangelho é posterior ao
escrito por Mateus, fala deste mau hábito de julgar no meio dos discípulos.
Em primeiro lugar, Jesus não está condenando todos os tipos de julgamento. O crente
precisa saber discernir quem é joio e quem é trigo, ou seja, a boa árvore produz fruto
segundo a sua natureza. Nós, que entregamos nossa vida a Jesus, nascemos de novo,
ganhamos nova vida espiritual que nos influencia em todos os setores. Se
pertencemos ao Senhor e temos a nova natureza nossas atitudes, pensamentos,
ações e reações serão segundo o padrão bíblico, seguindo o exemplo do nosso
Senhor. Mas, se só somos freqüentadores da Igreja, sem ter um compromisso com o
Senhor Jesus, nossas atitudes serão segundo a nossa própria carne e pensamentos,
isto é, a nossa velha natureza. O Pai e a mãe estão investidos de autoridade para
julgar, corrigir e educar os filhos. O Juiz de Direito está investido de autoridade pelo
Estado para julga corrigir, punir os transgressores da lei. Os professores estão
investidos de autoridade como mestres para ensinar, corrigir seus alunos, visando
inseri-los no processo de aprendizado.
Em segundo lugar, quem julga seu irmão falha no exercício do perdão (v.37) e da
misericórdia (v.36). Jesus nos perdoa (Salmo 103:3) e sua misericórdia se renova a
cada dia sobre os que o temem (Lm 3:22). Portanto, não podemos falhar nem no
perdão, nem na misericórdia.
Em terceiro lugar, a ordenança do não julgamento ao próximo se prende a dois
princípios da fé cristã: Princípio da Igualdade e o Princípio da Retribuição. O primeiro
nos desautoriza o julgamento do próximo é porque não somos maiores do que nossos
semelhantes. A epístola de Paulo aos Romanos 3:23, nos informa que todos pecaram
e destituídos foram da glória de Deus. Se somos todos pecadores, não podemos julgar
o outro, mas ajudar a cada um a andar em santidade. O segundo princípio nos adverte
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7. IGREJAPRESBITERIANA DO BOSQUE DA FREGUESIA
Uma Igreja comprometida com o Evangelho de Cristo
ater cuidado, pois da mesma forma que julgarmos, nos julgarão; da mesma forma que
medirmos as pessoas, desta mesma forma seremos medidos. Mas, o mais importante
deste princípio está no verso 38: se nós cedermos, abrirmos mão, se nos dará em
retribuição medida sacudia, recalcada, de forma generosa.
Finalmente, o que Jesus quer nos dizer que para ajudar, corrigir e guiar os outros, nós
temos de olhar para nós mesmos sem medo de enxergarmos as nossas falhas e
corrigi-las. Caso contrário, seremos cegos guiando outros cegos. Neste caso, o
resultado é que ambos caem no buraco, mesmo que a idéia seja ajudar o outro, o
derrubaremos.
E você, como age nestas situações. Você consegue respeitar o seu semelhante mesmo
que não concorde com suas palavras e atitudes? Ou a sua primeira reação é julgar e
condenar? Ou pior, fingir que aceita o outro e, depois, fora da presença da pessoa, a
julga e fala mal dela?
Para corrigirmos isto é preciso conscientizar-se, em primeiro lugar. Depois aprender a
respeitar as pessoas e seus posicionamentos, sabendo valorizar cada dentro daquilo
que faz de melhor, evitando comparações do tipo: “eu faria melhor”, “fulano não sabe
fazer nada”, e assim por diante. Deus nos ajude!
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