Psicopatologias Contemporâneas

Frei Ofm
Frei Ofmreligioso em Ordem dos Frades Menores - OFM

Trabalho apresentado na Universidade Católica de Pernambuco na disciplina de Fundamentos da Psicologia I. Trata das psicopatologias.

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO
CENTRO DE TEOLOGIA E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA I
ADEMIR MARQUES
ALLEANDERSON BRITO
DENNYS SANTANA FERREIRA
FAUSTINO DOS SANTOS
JANAEL VIEIRA DA SILVA
JOSÉ EDILSON MAURÍCIO
JUSCELINO DA SILVA
PATOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS
RECIFE
ABRIL/2013
ADEMIR MARQUES
ALLEANDERSON BRITO
DENNYS SANTANA FERREIRA
FAUSTINO DOS SANTOS
JANAEL VIEIRA DA SILVA
JOSÉ EDILSON MAURÍCIO
JUSCELINO DA SILVA
PATOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS
Trabalho feito e apresentado pelos alunos
citados acima sob orientação da
professora Carla de Albuquerque M. Lima
como requisito parcial de avaliação da
disciplina de Fundamentos da Psicologia I
do Curso de Filosofia na turma TC25-0 da
Universidade Católica de Pernambuco.
RECIFE
ABRIL/2013
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem a finalidade de apresentar, no universo das
patologias que assolam a contemporaneidade, quais as questões mais presentes na
vertente da Psicopatologia. Já deixando claro que esse aspecto possui um leque de
problemáticas no que diz respeito às patologias que atacam a psiché humana, nossa
intenção é abordar somente aquelas, que, dentro do quadro sindrômico, são mais
incidentes no mundo pós-moderno. Contudo a princípio serão apresentadas
questões mais gerais no que diz respeito as psicopatologias e quais as possíveis
síndromes que existem, mesmo sendo nossa intenção apenas apresentar as
referidas acima, ou seja, aquelas mais presentes no mundo de hoje.
Em termos de considerações finais apresentaremos além de possíveis
tratamentos, que permeia o aspecto clínico, a problemática social, ou melhor, a
influência que a sociedade causa naquele que detém a patologia, quanto a atuação
do doente nesse meio.
PATOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS
“Não creio, no sentido filosófico do termo, na liberdade do homem. Todos agem não
apenas sob um constrangimento exterior, mas também de acordo com uma
necessidade interior”.
Albert Einstein
1. PATOLOGIA E PSICOPATOLOGIA, O QUE SÃO?
Etimologicamente, do grego PHATOS (doença, sofrimento) e LOGIA
(ciência, estudo), ou seja, estudo das doenças. Olhando por esse viés, são vários os
ramos que estudam as doenças a partir da sua caracterização. É comum, por
exemplo, que logo que alguém nos fala de doença nos é remetido a uma afetação
física e, portanto recordamos da medicina que trata da vida humana no que diz
respeito ao físico humano. Mas, como existem diferentes ramos que estudam sobre
as patologias correspondentes às suas áreas específicas, nesse trabalho preferimos
adentrar as questões patológicas que dizem respeito a psiché1
, portanto trataremos
da Psicopatologia, que são justamente as doenças que afetam o humano naquilo
que é peculiar seu, que é o seu mundo interior. Ou como diz Elisabeth Roudinesco e
Michel Plon:
Esse termo foi usado, no fim do século XIX, pela medicina,
psicologia, psiquiatria e psicanálise (*), para designar os sofrimentos
da alma e, em termos mais amplos, os distúrbios do psiquismo
humano, a partir de uma distinção ou de um deslizamento dinâmico
entre o normal e o patológico, variável conforme as épocas.
(ROUDINESCO 1998, pp. 616-617)
Como diz Binswanger (Apud Teixeira2
) “psicopatologia é o que se afasta
da estrutura apriorística do ser, das suas categorias ontológicas, e que se tornou
1
Do grego clássico ψυχή (psykhé), a princípio significando “sopro”, “si-mesmo”. Depois, e inclusive
pela influencia da modernidade se abrange e passa a ser sinônimo de “alma”, “mente”, “razão”.
2
Diz Teixeira, José A. Carvalho. (Médico Psiquiatra. Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Lisboa.
Sociedade Portuguesa de Psicoterapia Existencial). no artigo “Problemas psicopatológicos
contemporâneos: Uma perspectiva existêncial”, citando Ludwig Binswanger.
estrutura existencial modificada” (TEIXEIRA, 2006). Ou ainda em termos mais
simples como diz Pisani3
: “é o ramo da Psicologia que se ocupa dos fenômenos
psíquicos patológicos e da personalidade desajustada. Estuda o comportamento
anormal, sua gênese, sintomas, dinâmicas e possíveis terapias” (PISANI, 1988).
Sendo assim, adentraremos a questões peculiares que dizem respeito as
psicopatologias. A princípio o elemento que se constata entre aqueles que são
estudiosos e profissionais dessa área é que as patologias normalmente estão
associadas a vida social ou cultural e por isso cada tempo é marcado por doenças
particulares, muito embora haja em alguns casos, prolongamento ou repetição de
quadros psicopatológicos de acordo com as formas, valorização e expressões de
cada cultura. Hoje, por exemplo, é bem mais provável que haja influência de
padrões de beleza e da tecno-ciência na vida humana que a mudança de expressão
da sexualidade, uma vez que essa foi muito mais marcante na geração passada.
Tais questões deixaremos pra tratar mais detalhada e criticamente adiante quando
faremos um paralelo entre as patologias e o que elas denunciam na sociedade.
2. SOBRE A CONSTITUIÇÃO DAS PSICOPATOLOGIAS
As psicopatologias se desenvolvem normalmente em algum espaço que
as favoreçam, ou seja, dentro do quadro social. Contudo são a partir de alguns
3
Pisani, Elaine Maria. Bisi, Guy Paulo. Rizzon, Luiz Antônio. Nicolleto, Ugo. Em Psicologia Geral.
Cap. 14 – Comportamento anormal. p. 201.
elementos, chamados sintomas que se poderá constatar que tipo de patologia uma
determinada pessoa estará sofrendo ou possui. O quadro sintomático será analisado
no contexto ou espaço específico onde mais acontecem as vivências
psicopatológicas, esses espaços são conhecidos como Transfundos; esses podem
ser a personalidade e a Inteligência (estáveis) ou o nível de consciência, o humor e
os estados afetivos (mutáveis). Há, portanto, uma relação íntima entre esses
“palcos” de atuação e os Sintomas Emergentes.
Essa definição se faz tão necessária quanto a constatação de qual
síndrome a pessoa sofre. Quanto a estas, são agrupamentos estáveis de sintomas
que podem ser produzidos por diferentes causas. Identificar os sintomas é o primeiro
passo para ordenar a observação psicopatológica.
Na Teoria das Síndromes clássica se diz que existem os sintomas
nucleares e sintomas periféricos. O primeiro pode alterar o nível de consciência no
delirium ou a mudança de humor e do ritmo psíquico nos transtornos afetivos, o
segundo, por sua vez, se organizam em torno dos nucleares. As síndromes são de
diferentes tipos: Ansiosas, Depressivas, Maníacas, Neuróticas, Psicóticas, Agitacão
e de Estupor e Letificacão Psicomotoras, Relacionadas ao Consumo de Alimentos,
Relacionadas a Sexualidade, Relacionadas ao Sono, Mentais Orgânicas,
Demências, Relacionadas a Cultura4
. Elas estão ligadas a diferentes vertentes
etiológicas, seja na Vulnerabilidade Constitucional que envolve fatores hereditários,
genéticos, gestacionais e perinatais que precedem a vida da pessoa, seja por
Fatores Predisponentes, ou seja, que acontecem no início da vida, no período em
que desperta a sensibilidade da pessoa para as diversas situações que a vida
apresentará ou ainda Fatores Precipitantes que são os eventos que ocorrem
temporalmente próximos aos sintomas psicopatológicos no contexto da vida da
pessoa e do seu projeto.
3. PSICOPATOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS
Adentrando em questões mais específicas, depois de conhecer questões
básicas, mas elementares no que diz respeito a constituição psicopatológica,
trataremos dentro de algumas síndromes algumas patologias que fazem parte de
algum conjunto sindrômico específico. Antes disso vale dizer, como Teixeira que
4
Grifo nosso. Essas síndromes tais como são dispostas são colocadas e explicadas no livro
“Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais” de Paulo Dalgalarrondo, ed. 2. 2008.
falar “dos problemas psicopatológicos contemporâneos supõe uma compreensão
existencial da subjectividade perturbada como experiência individual contextualizada
nas suas condições sociais e históricas” (TEIXEIRA, 2006). E ainda,
(...) na actualidade surgem novas formas de subjectividade perturbada que,
em certa medida, podem ser compreendidas em função de características da
sociedade pós-moderna, em especial a partir da ideologia individualista
presente na cultura do narcisismo e da chamada sociedade do espectáculo.
(TEIXEIRA, 2006)
Dentro das muitas patologias poderíamos tratar de questões como
Transtorno Bipolar, Síndrome do Pânico, Bulimia, Pedofilia e tantas outras que
percebemos estar incidentemente também presentes nos nossos dias, contudo,
como não podemos tratar de todas abordaremos algumas com maior ênfase. As
demais só enquadraremos no perfil de síndrome que pertence, a fim de que
possamos situá-la especificamente com fins de conhecimentos gerais.
As psicopatologias que percebemos na contemporaneidade dentre tantas
que, com maior incidência ou não, são marcantes na cultura atual destacamos a
Depressão, que faz parte das síndromes Depressivas, o Distúrbio de Ansiedade no
quadro das síndromes Ansiosas, a Esquizofrenia nas Psicóticas e a Anorexia nas
Relacionadas ao Consumo de alimentos. São essas que nos aprofundaremos no
nosso trabalho.
3.1 DEPRESSÃO, ANSIEDADE GENERALIZADA, ESQUIZOFRENIA E
ANOREXIA DENTRO DOS QUADROS SINDRÔMICOS – Definição, Sintomas e
Tratamento
• SÍNDROMES DEPRESSIVAS – tem como elementos mais marcantes o
humor triste e desânimo. Na prática clínica normalmente os tipos de
síndromes depressivas mais estudadas são: Episódio ou fase depressiva e
transtorno depressivo recorrente, Distimia, Depressão atípica, Depressão tipo
melancólica ou endógena. Depressão psicótica, Estupor depressivo,
Depressão agitada ou ansiosa, Depressão secundária ou orgânica. Todas as
pessoas em qualquer faixa de idade pode sofrer a depressão, nas mulheres,
por exemplo, a depressão está associada a mudança hormonal. Já nas
crianças, e idosos a doença tem características particulares, sendo a sua
ocorrência em ambos os grupos também frequente. Vejamos mais detalhes.
Quais os sintomas da depressão?
 Mudanças de humor
 Perda de interesse ou prazer nas atividades
 Sentimento de culpa ou perda de autoestima
 Distúrbio de sono ou de apetite
 Perda de energia e falta de concentração
 Cansaço, fadiga ou falta de energia.
 Excesso ou redução do apetite
 Pensamentos sobre suicídio.
Quais as consequências da depressão?
 Se não tratada, pode levar a uma incapacidade de gerenciar a própria
vida e á perda da responsabilidade em relação aos outros.
 A depressão pode levar a casos extremos como suicídio.
 A doença está associada á morte de cerca de 850.000 pessoas por
ano, segundo dados da organização Mundial de Saúde.
A depressão está ligada aos tempos modernos?
 A depressão é muito mais antiga do que se possa imaginar.
 Há casos comprovados de depressão que remontam à antiguidade.
Quantas pessoas sofrem de depressão no mundo?
 Atinge 121 milhões de pessoas ao redor do mundo
 A OMS (Organização Mundial da Saúde) prevê que em 2020 a
depressão passe a ser a segunda maior causa de incapacidade e
perda de qualidade de vida.
No Brasil quantas pessoas sofrem de depressão?
 Estima-se cerca de 17 milhões de brasileiros sofrem de depressão
 Um levantamento feito pelo INSS (Instituto Nacional de Seguro Social)
74. 418 trabalhadores forma afastados de suas atividades, vitimas de
depressão (2007).
Porque as mulheres são mais afetadas do que os homens na
depressão?
 Não existe uma explicação cientifica que justifique o fato de a mulher
ser mais sensível á depressão.
 Mas há algumas teorias, entre elas a que relaciona esse efeito aos
hormônios femininos.
 A depressão pode ocorrer tanto em homens como em mulheres, de
todas as idades e de qualquer classe social.
 No entanto, a incidência é maior entre as mulheres do que entre os
homens (a proporção é de dois casos entre elas para um caso entre
eles).
Como se trata a depressão?
 É feito a base de antidepressivo com acompanhamento psicológico.
 O restante do tratamento se dar através de atividades esportivas,
aeróbicas, que é recomendável por profissionais de saúde.
Existe cura para depressão?
 Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, a depressão tem
natureza recorrente, como por exemplo, enxaqueca.
 Porém 70 % das pessoas que sofrem com depressão respondem bem
ao tratamento.
 Os 30 % tem resposta parcial ou não apresentam qualquer sinal de
melhora.
 De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) pouco mais
de 25% das pessoas afetadas pela depressão no mundo recebem
tratamento adequado.
• SINDROMES ANSIOSAS – ordenada em ansiedades constantes e
permanentes – generalizada, livre e flutuante – e abruptas e intensas – crises
do pânico. Possuem as patologias que são: Ansiedade Generalizada, Crises
de Ansiedade, Crises de Pânico, Síndrome e Transtorno de Pânico e ainda
Síndrome Mista de Ansiedade e Depressão.
Ânsia ou nervosismo é uma característica biológica do ser humano,
que antecede momentos de perigo real ou imaginário, marcada por
sensações corporais desagradáveis, tais como uma sensação de vazio
no estômago, coração batendo rápido, medo intenso, aperto no tórax,
transpiração.
As crises do pânico são crises intensas de ansiedade, nas quais ocorre
importante descarga do sistema nervoso autônomo, é um “período de intenso
desconforto ou de sensação de medo” (DALGALARRONDO, 2008 p. 306),
enquanto no estresse pós-traumático, por exemplo, é um estado de
ansiedade com expectativa recorrente de reviver uma experiência que tenha
sido muito traumática.
Já a Ansiedade Generalizada caracteriza-se pela presença de sintomas
ansiosos excessivos, na maior parte dos dias, pelo menos seis meses, é um estado
de ansiedade e preocupação excessiva sobre diversas etapas e atividades da
vida. Com esse problema a pessoa considera difícil controlar os sintomas de
preocupação, ansiedade.
Este estado aparece frequentemente e se acompanha de alguns dos
seguintes sintomas:
 Irritabilidade,
 Dificuldade em concentrar-se
 Inquietação
 Fadiga – tensão muscular, cansaço
 Humor deprimido
 Dificuldade em dormir
“Ansiedade, preocupação ou sintomas físicos causam sofrimento significativo ou
prejuízo no funcionamento social” (DALGALARRONDO, 2008 p. 306).
• SÍNDROMES PSICÓTICAS – são caracterizadas por “alucinações e delírios,
pensamento desordenado e comportamento claramente bizarro”
(DALGALARRONDO, 2008) e/ou ainda perda de contato com realidade. A
principal psicose é a Esquizofrenia que se divide em diferentes tipos com
sintomas semelhantes e díspares. Pode ser Negativa ou Deficitária (sintomas
negativos), Positiva ou produtiva (sintomas positivos), Desorganizada, com
predomínio de desorganização mental e comportamental. Além da
esquizofrenia têm-se dentro das psicoses os Transtornos delirantes
(Paranóia) e Esquizofrenia tardia (Parafrenia) e ainda Psicoses Breves,
Reativas ou Psicogênicas.
Quanto a Esquizofrenia, que, como dito é a principal das Psicoses,
têm-se que ela é a mais importante manifestação Psicótica. É uma psicose
grave na qual a perturbação principal se reflete numa alteração do juízo e dos
processos de pensamento. O que acontece é uma desorganização da
personalidade.
Para diagnosticar existem sintomas considerados de primeira e
segunda ordem. Os de segunda não são menos importantes que os da
primeira, ambos servem de apoio clínico para a diagnose. Alguns deles são
esses:
Sintomas e características de primeira ordem - Indicam a profunda
alteração da relação eu-mundo. Alguns sintomas são:
 Percepção delirante
 Alucinações auditivas; vozes; Eco ou sonorização do pensamento.
 Difusão do pensamento.
 Roubo do pensamento
 Vivência de influência na esfera corporal ou ideativa.
 Vivência de influência corporal
 Vivência de influência sobre o pensamento.
Sintomas e características de segunda ordem.
 Síndrome negativa ou deficitária: distanciamento afetivo, retração
social, empobrecimento da linguagem, diminuição da fluência verbal.
 Síndrome positiva ou produtiva: alucinações, ideia delirantes,
comportamento bizarro, ideias bizarras, agitação psicomotoras,
produção linguista novas como neologismos e parafasias.
 Síndrome desorganizada: Discurso desorganizado, Não conseguir
expressar ou sentir emoções, Falta de atenção Falta de habilidades de
memória, Incapacidade de planejar ou organizar, comportamento
desorganizados, afeto inadequado.
Como se desenvolve?
 Pode ser visto a partir de uma visão psicanalítica.
 Fatores hereditários
 Fatores ambientais.
 Manifesta-se no individuo na transição da adolescência para a fase
adulta, estimasse entre 16 e 24 anos. Podendo se manifestar na fase
adulta
Subtipos de esquizofrenias
 Paranoide: alucinações, ideias delirantes e sensação de
perseguições.
 Catatônica: Alterações motoras (hipertonia), alterações da vontade
(negativismo) mutismo e impulsividade.
 Hebefrênica: pensamento desorganizado, comportamento bizarro,
afeto pueril (infantil).
 Simples: Faltam sintomas definidos embora se observe um lento e
progressivo empobrecimento psíquico e comportamental, com
negligências aos cuidados de si (higiene, roupas e saúde)
enfraquecimento afetivo e distanciamento social.
Tratamento
 Não há cura, o paciente tem que tomar consciência de sua patologia.
 Tomar o medicamento como prescrito pelos médicos (psiquiatra)
 Ter acompanhamento psicológico.
Curiosidade:
 Quanto mais tarde for manifestado esse estado da psicose menos
grave é a situação, pois individuo de mente madura tem mais
facilidade de lhe dar como o que é ilusório e real.
• SÍNDROMES RELACIONADAS AO CONSUMO DE ALIMENTOS – muito
embora seja visto como um ato sem muita importância na vida rotineira,
aponta Bernard e Trouvé (apud DALGALARRONDO, 2008) que os hábitos
alimentares incluem alguns aspectos importantes, como a dimensão
Fisiológico-nutritivos, Psicodinâmica e afetiva, Relacional. Alguns transtornos
da alimentação são Anorexia nervosa, Bulimia nervosa e Obesidade.
A Anorexia nervosa é uma das patologias mais presentes hoje,
relacionadas a essas síndromes alimentares, ela se caracteriza pela “perda
de peso auto induzida, [...] há uma busca implacável de magreza e o medo
intenso e mórbido de parecer ou ficar gordo” (DALGALARRONDO, 2008 p.
340). Algumas características do ponto de vista clínico patológico é que o/a
paciente tem distorção da imagem corporal, assim como ele/ela percebe-se
gordo(a). Das incidências 90% afeta o sexo masculino. Não é incomum que
essas pessoas cometam também a Bulimia que é a necessidade de comer
absurdamente e logo em seguida provocar vômito e/ou purgação.
3.2 DEMAIS SÍNDROMES E PSICOPATOLOGIAS
• SÍNDROMES MANÍACAS – os sintomas normalmente recorrentes a esse tipo
são euforia, alegria patológica e explosão do eu (elação) e ainda aceleração
das funções psíquicas. Os subtipos de síndrome maníacas são: Mania fraca
ou grave, Irritada ou disfórica, Mania mista, Hispomania (ou episódio
hipomaníaco), Ciclotimia, Mania com sintomas psicóticos, Transtorno Bipolar,
Tipo I, Tipo II, Transtorno afetivo bipolar tipo ciclador rápido.
• SÍNDROMES NEURÓTICAS – o conceito de neurose tem sido
menosprezado atualmente, mas é importante uma vez que ele pode ajudar
em diferentes casos psicopatológicos de ansiedade, fobia, obsessão,
histriônicos e hipocondríacos. Normalmente está relacionado com uma
estruturação subjetiva de conflitos intrapsíquicos, como, recalque, luta interna,
impulsos inaceitáveis perante julgamento rígido, dentre outros, e
interpessoais, frustração nas relações pessoais, insatisfação com o que
recebe e dá aos outros, rigidez e outros. Pode ser dividida em Fóbicas
(agorafobia, simples ou específica, social), Obsessivo-Compulsivas,
Histéricas (de conversões e dissociações), Hipocondríacas e Somatização e
ainda uma recente síndrome que é a Neurastêmica.
• SÍNDROMES DE AGITAÇÃO E DE ESTUPOR E LENTIFICAÇÃO
PSICOMOTORAS – os sintomas são aceleração da esfera motora, aumento
da excitabilidade, inquietação constante, além desses são comuns logorréia,
insônia, irritabilidade, hostilidade e agressividade. Alguns subtipos de
Agitação Psicomotoras são: Maníaca, Paranoide, Catatônica, Psico-orgânica
(no delirium), das Demências, nos Quadros de retardo mental com
transtornos de comportamento, Explosiva (associada a transtornos da
personalidade), Histérica, Ansiosa, Alteração da volição e homicídio. Já a
síndrome de estupor e lentificação psicomotora é caracterizada pela
incapacidade do indivíduo de responder, reagir ou comportar-se de acordo
com as solicitações do ambiente. São quatro os tipos de Estupor: Catatônico
(esquizofrênico), Depressivo, Psicogênico (histérico, traumático, de choque
psicológico, etc.), Orgânico.
• SÍNDROMES RELACIONADAS A SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS – Sendo
substancias psicoativas aquelas que afetam uma ou mais funções do sistema
nervoso central causando efeitos psíquicos e comportamentais. Algumas
substâncias psicoativas são álcool, maconha, cocaína, café, chá, diazepam,
nicotina, heroína, etc. A Intoxicação, Fissura, Tolerância, Abstinência,
Dependência a substância e física e comportamental, ainda Alcoolismo ou
síndrome de dependência de álcool.
• SÍNDROMES RELACIONADAS À SEXUALIDADE – Dentro das fases de
desenvolvimento da sexualidade podem ocorrer disfunções que
comprometam a vida sexual satisfatória. Alguns distúrbios são: Desejo sexual
inibido, Excitação e orgasmo feminino inibido (frigidez), Ejaculação precoce,
Disfunção erétil (impotência). Existem também relacionadas a essa questão
os Transtornos da identidade de gênero, alguns deles são Transsexualismo,
Travestismo fetichista, Intersexualidade, Homossexualidade. Algumas
Parafilias, que são, assim como os transtornos da identidade de gênero,
padrões de fantasias e práticas sexuais particulares, que podem ser lesivas a
si próprio e a terceiros; algumas delas são Exibicionismo, Pedofilia,
Fetichismo e Zoofilia. Alguns problemas relacionados a sexualidade como
abuso sexual e estupro.
• SÍNDROMES RELACIONADAS AO SONO – Dalgalarrondo aponta na que
“segundo a Classificação internacional dos transtornos do sono (ICSD-2)
existem mais de 80 transtornos” (DALGALARRONDO, 2008) relacionados ao
sono e que se dividem em três eixos: “1. Insônias, hipersomnias diurnas e
movimentos anormais durante o sono. 2. Apnéias do sono (e outras
alterações respiratórias) e de outros sistemas funcionais durante o sono. 3.
Parassonias e outras alterações do ritmo sono-vigília (como fase do sono
avançada ou atrasada)”. (DALGALARRONDO, 2008). Os transtornos do sono
de acordo com a frequência e o interesse, mais importantes clinicamente são:
“- Insônia (30 a 40% dos adultos); - Síndrome das pernas inquietas (5 a 15%
dos adultos); - Apnéia do sono (9% em homens de meia-idade e em 4% das
mulheres após a menopausa); - Parassonias (para o conjunto, não há dados
estatísticos; a enurese noturna acomete 15 a 25% das crianças e 2% dos
adultos); - Narcolepsia com cataplexia (0,02 a 0,1% da população)”.
(DALGALARRONDO, 2008)
• SÍNDROMES MENTAIS ORGÂNICAS – como as síndromes demenciais,
confusionais agudas, as psico-orgânicas são estudas porque suas
manifestações estarem relacionados a sintomas mentais e comportamentais.
Pelo que apresenta o autor do livro Psicopatologia e semiologia dos
transtornos mentais, o Delírium é a psicopatologia mais importante desse
quadro, a partir dela se subdividem nos tipos hiperativo, hipoativo e misto. Os
quadros de delirium podem afetar ao SCN, estas afecções estão relacionados
a Hipoglicemia, Hipoxia ou anoxia.
• DEMÊNCIAS – “Eugen Bleuler (1985) (apud DALGALARRONDO, 2008)
caracteriza síndromes demenciais (...) por um empobrecimento e uma
simplificação progressiva de todos os processos psíquicos, cognitivos e
afetivos. Elas se definem pelas perdas de múltiplas habilidades cognitivas e
funcionais” (DALGALARRONDO, 2008), os seguintes aspectos são mais
presentes: perda de memória, perda de múltiplas funções cognitivas,
alterações das funções executivas, alterações da personalidade, curso
indicioso e progressivo, presença de alterações difusas do tecido cerebral.
Isso acontece como decorrência da doença cerebral difusa e, normalmente
progressiva, muito embora o nível de consciência permaneça normal. Ainda
podem surgir sintomas psiquiátricos associados. Alguns tipos de demência
são Alzheimer, Demência vascular, Demência por corpos de Lewy,
Subcortical, Frontotemporais e algumas outras. Além dessas podem existir
algumas demências a partir das Sindromes Psico-orgâncias focais ou
localizadas que são Sindrome amnéstica ou de Wernicke-Korsakoff,
Síndrome de Wernicke (aguda) Síndromes frontais (onde suas principais são
Orbitofrontal, Frontomedial, Convexidade frontal) e as Síndromes temporais e
parietais que se subdivide em algumas outras também.
• SÍNDROMES RELACIONADAS À CULTURA – para a constituição da
pessoa são vários os elementos sócio-culturais que influenciam e são a partir
dessas constituições que cada ser humano deve ser visto além do
funcionamento biológico, experiências interpessoais e sua história e contexto
de vida. A partir dessas características que são peculiares a cada povo são
estudos sempre mais e tem se tornado de grande interesse os tipos de
síndromes psicopatológicas que afetam cada cultura, mas dentro desse
estudo são feitas comparações para analisar as maiores incidências, os
campos preferidos dos pesquisadores são as sociedades industrializadas e
as rurais ou semi-rurais. Conferir o quadro comparativo da diferença do
padrão de transtornos e sintomas mentais nas diferentes culturas retirado da
obra de Dalgalarrondo (2008, p. 392) nos anexos.
4 CONSIDERAÇÔES FINAIS
Aspectos sociais das psicopatologias: o que elas denunciam?
Partindo de uma abordagem existencial encontramos alguns teóricos que
relacionam o fato de grandes incidências psicopatológicas existirem na atualidade
por questões que o próprio homem na sua condição humana se sentiu
impossibilitado de responder. Teixeira (2006 p. 406) citando Yalom (1980) afirma
que ele
[...] considerou o comportamento perturbado como estando
directamente associado ao fracasso no confronto com os conflitos
existenciais, entendidos estes como confrontos entre o indivíduo e os
dados da existência. Ou seja, são definidas modalidades de
perturbação especificamente associadas a fracasso no confronto
com a angústia relacionada com dados da existência específicos: -
Morte [...] – Liberdade de escolha e responsabilidade [...] – Solidão
[...] – Sentido da vida [...]. (TEIXEIRA, 2006)
É certo que questões existenciais implicam decididamente em
comportamentos e atitudes humanas. É notável que nessa mudança de tempo a
cultura, os valores, as preocupações mudam bem como os problemas que
circundam a vida humana. Por isso podemos afirmar como o referido autor, que as
patologias têm a ver, sobretudo, com esse aspecto existencial que perpassa o
aspecto sócio histórico que se modifica, concordando também com Freud quando
afirmou que para cada mudança de tempo se buscam “necessidades internas
urgentes” (Freud apud PETRUCCI, 2010 p. 205).
As relações familiares perdem força, sua consistência se desequilibra.
Inclusive as mudanças de localidades implicam tão fortemente na vida das pessoas
que fazem com que jovens resolvam, por medo, numa pátria desconhecida, ou por
haver uma insatisfação na terra estrangeira quanto ao acolhimento, pegar uma arma
e como que numa atitude psicótica entrar numa escola e atirar em várias crianças ou
jovens, tirando daqueles inocentes o que eles ainda tem pra construir. A ausência
das figuras do pai e da mãe no acompanhamento diário e a substituição disso pelo
mundo tecnológico da internet e dos videogames induzem fortemente a um
desequilíbrio psíquico e de alguma forma os motivam a revolta e a busca por
atenção.
No fundo as psicopatologias denunciam os padrões de beleza que são
rigorosamente desumanos, a ponto de fazerem as pessoas perder o sentido de viver
e dedicar suas vidas exclusivamente à correspondência da exigência secular, na
busca desenfreada por estereótipos, mas infelizmente não se difunde nem se alerta
para os riscos, as precauções. O padrão de beleza ou de qualquer estereótipo
modifica e quem sofre no final das contas são aqueles que dedicaram suas vidas em
busca de prazer momentâneo que pode lhe custar muito caro.
É preciso, pois que com a mudança de valores não se perca o foco de
que a vida é a maior preciosidade de um ser humano e por isso ela deve ser aceita
dentro das condições que compete a cada um, com autonomia e gosto, senão a vida
não passará de uma superficialidade que a destrói aos poucos pela imposição de
padrões e modelos impossíveis, seja no âmbito familiar, social, cultural ou valorativo.
ANEXOS
REFERÊNCIAS
DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos
mentais / Paulo Dalgalarrondo. – 2. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2008
LAPLANCHE, Jean. Vocabulário de Psicanálise / Laplhanche e Pontalis; sob a
direção de Daniel Lagache; tradução Pedro Tamen. – 4ª. ed. – São Paulo: Martins
Fontes, 2001.
PETRUCCI, José Luiz F.. Alguns diálogos psicanalíticos sobre “patologias
contemporâneas”. Ide (São
Paulo) [http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ide/v33n51/v33n51a21.pdf]. 2010, vol.33, n.51,
pp. 205-208. ISSN 0101-3106. Acesso em 24 abr. 2013
PISANI, Elaine Maria. Psicologia Geral, por Elaine Maria Pisani, Guy Paulo Bisi,
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ROUDINESCO, Elisabeth, 1944 – Dicionário de psicanálise, Elisabeth
Roudinesco, Michel Plon; tradução Vera Ribeiro, Lucy Magalhães; supervisão da
edição brasileira Marco Antônio Coutinho Jorge. – Rio de janeiro: Jorge Zahar Ed.,
1998.
TEIXEIRA, José A. Carvalho. Problemas psicopatológicos
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[http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/pdf/aps/v24n3/v24n3a17.pdf]. 2006. vol.24, n.3,
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  • 1. UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO CENTRO DE TEOLOGIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA I ADEMIR MARQUES ALLEANDERSON BRITO DENNYS SANTANA FERREIRA FAUSTINO DOS SANTOS JANAEL VIEIRA DA SILVA JOSÉ EDILSON MAURÍCIO JUSCELINO DA SILVA PATOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS RECIFE ABRIL/2013
  • 2. ADEMIR MARQUES ALLEANDERSON BRITO DENNYS SANTANA FERREIRA FAUSTINO DOS SANTOS JANAEL VIEIRA DA SILVA JOSÉ EDILSON MAURÍCIO JUSCELINO DA SILVA PATOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS Trabalho feito e apresentado pelos alunos citados acima sob orientação da professora Carla de Albuquerque M. Lima como requisito parcial de avaliação da disciplina de Fundamentos da Psicologia I do Curso de Filosofia na turma TC25-0 da Universidade Católica de Pernambuco. RECIFE ABRIL/2013
  • 3. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem a finalidade de apresentar, no universo das patologias que assolam a contemporaneidade, quais as questões mais presentes na vertente da Psicopatologia. Já deixando claro que esse aspecto possui um leque de problemáticas no que diz respeito às patologias que atacam a psiché humana, nossa intenção é abordar somente aquelas, que, dentro do quadro sindrômico, são mais incidentes no mundo pós-moderno. Contudo a princípio serão apresentadas questões mais gerais no que diz respeito as psicopatologias e quais as possíveis síndromes que existem, mesmo sendo nossa intenção apenas apresentar as referidas acima, ou seja, aquelas mais presentes no mundo de hoje. Em termos de considerações finais apresentaremos além de possíveis tratamentos, que permeia o aspecto clínico, a problemática social, ou melhor, a influência que a sociedade causa naquele que detém a patologia, quanto a atuação do doente nesse meio.
  • 4. PATOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS “Não creio, no sentido filosófico do termo, na liberdade do homem. Todos agem não apenas sob um constrangimento exterior, mas também de acordo com uma necessidade interior”. Albert Einstein 1. PATOLOGIA E PSICOPATOLOGIA, O QUE SÃO? Etimologicamente, do grego PHATOS (doença, sofrimento) e LOGIA (ciência, estudo), ou seja, estudo das doenças. Olhando por esse viés, são vários os ramos que estudam as doenças a partir da sua caracterização. É comum, por exemplo, que logo que alguém nos fala de doença nos é remetido a uma afetação física e, portanto recordamos da medicina que trata da vida humana no que diz respeito ao físico humano. Mas, como existem diferentes ramos que estudam sobre as patologias correspondentes às suas áreas específicas, nesse trabalho preferimos adentrar as questões patológicas que dizem respeito a psiché1 , portanto trataremos da Psicopatologia, que são justamente as doenças que afetam o humano naquilo que é peculiar seu, que é o seu mundo interior. Ou como diz Elisabeth Roudinesco e Michel Plon: Esse termo foi usado, no fim do século XIX, pela medicina, psicologia, psiquiatria e psicanálise (*), para designar os sofrimentos da alma e, em termos mais amplos, os distúrbios do psiquismo humano, a partir de uma distinção ou de um deslizamento dinâmico entre o normal e o patológico, variável conforme as épocas. (ROUDINESCO 1998, pp. 616-617) Como diz Binswanger (Apud Teixeira2 ) “psicopatologia é o que se afasta da estrutura apriorística do ser, das suas categorias ontológicas, e que se tornou 1 Do grego clássico ψυχή (psykhé), a princípio significando “sopro”, “si-mesmo”. Depois, e inclusive pela influencia da modernidade se abrange e passa a ser sinônimo de “alma”, “mente”, “razão”. 2 Diz Teixeira, José A. Carvalho. (Médico Psiquiatra. Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Lisboa. Sociedade Portuguesa de Psicoterapia Existencial). no artigo “Problemas psicopatológicos contemporâneos: Uma perspectiva existêncial”, citando Ludwig Binswanger.
  • 5. estrutura existencial modificada” (TEIXEIRA, 2006). Ou ainda em termos mais simples como diz Pisani3 : “é o ramo da Psicologia que se ocupa dos fenômenos psíquicos patológicos e da personalidade desajustada. Estuda o comportamento anormal, sua gênese, sintomas, dinâmicas e possíveis terapias” (PISANI, 1988). Sendo assim, adentraremos a questões peculiares que dizem respeito as psicopatologias. A princípio o elemento que se constata entre aqueles que são estudiosos e profissionais dessa área é que as patologias normalmente estão associadas a vida social ou cultural e por isso cada tempo é marcado por doenças particulares, muito embora haja em alguns casos, prolongamento ou repetição de quadros psicopatológicos de acordo com as formas, valorização e expressões de cada cultura. Hoje, por exemplo, é bem mais provável que haja influência de padrões de beleza e da tecno-ciência na vida humana que a mudança de expressão da sexualidade, uma vez que essa foi muito mais marcante na geração passada. Tais questões deixaremos pra tratar mais detalhada e criticamente adiante quando faremos um paralelo entre as patologias e o que elas denunciam na sociedade. 2. SOBRE A CONSTITUIÇÃO DAS PSICOPATOLOGIAS As psicopatologias se desenvolvem normalmente em algum espaço que as favoreçam, ou seja, dentro do quadro social. Contudo são a partir de alguns 3 Pisani, Elaine Maria. Bisi, Guy Paulo. Rizzon, Luiz Antônio. Nicolleto, Ugo. Em Psicologia Geral. Cap. 14 – Comportamento anormal. p. 201.
  • 6. elementos, chamados sintomas que se poderá constatar que tipo de patologia uma determinada pessoa estará sofrendo ou possui. O quadro sintomático será analisado no contexto ou espaço específico onde mais acontecem as vivências psicopatológicas, esses espaços são conhecidos como Transfundos; esses podem ser a personalidade e a Inteligência (estáveis) ou o nível de consciência, o humor e os estados afetivos (mutáveis). Há, portanto, uma relação íntima entre esses “palcos” de atuação e os Sintomas Emergentes. Essa definição se faz tão necessária quanto a constatação de qual síndrome a pessoa sofre. Quanto a estas, são agrupamentos estáveis de sintomas que podem ser produzidos por diferentes causas. Identificar os sintomas é o primeiro passo para ordenar a observação psicopatológica. Na Teoria das Síndromes clássica se diz que existem os sintomas nucleares e sintomas periféricos. O primeiro pode alterar o nível de consciência no delirium ou a mudança de humor e do ritmo psíquico nos transtornos afetivos, o segundo, por sua vez, se organizam em torno dos nucleares. As síndromes são de diferentes tipos: Ansiosas, Depressivas, Maníacas, Neuróticas, Psicóticas, Agitacão e de Estupor e Letificacão Psicomotoras, Relacionadas ao Consumo de Alimentos, Relacionadas a Sexualidade, Relacionadas ao Sono, Mentais Orgânicas, Demências, Relacionadas a Cultura4 . Elas estão ligadas a diferentes vertentes etiológicas, seja na Vulnerabilidade Constitucional que envolve fatores hereditários, genéticos, gestacionais e perinatais que precedem a vida da pessoa, seja por Fatores Predisponentes, ou seja, que acontecem no início da vida, no período em que desperta a sensibilidade da pessoa para as diversas situações que a vida apresentará ou ainda Fatores Precipitantes que são os eventos que ocorrem temporalmente próximos aos sintomas psicopatológicos no contexto da vida da pessoa e do seu projeto. 3. PSICOPATOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS Adentrando em questões mais específicas, depois de conhecer questões básicas, mas elementares no que diz respeito a constituição psicopatológica, trataremos dentro de algumas síndromes algumas patologias que fazem parte de algum conjunto sindrômico específico. Antes disso vale dizer, como Teixeira que 4 Grifo nosso. Essas síndromes tais como são dispostas são colocadas e explicadas no livro “Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais” de Paulo Dalgalarrondo, ed. 2. 2008.
  • 7. falar “dos problemas psicopatológicos contemporâneos supõe uma compreensão existencial da subjectividade perturbada como experiência individual contextualizada nas suas condições sociais e históricas” (TEIXEIRA, 2006). E ainda, (...) na actualidade surgem novas formas de subjectividade perturbada que, em certa medida, podem ser compreendidas em função de características da sociedade pós-moderna, em especial a partir da ideologia individualista presente na cultura do narcisismo e da chamada sociedade do espectáculo. (TEIXEIRA, 2006) Dentro das muitas patologias poderíamos tratar de questões como Transtorno Bipolar, Síndrome do Pânico, Bulimia, Pedofilia e tantas outras que percebemos estar incidentemente também presentes nos nossos dias, contudo, como não podemos tratar de todas abordaremos algumas com maior ênfase. As demais só enquadraremos no perfil de síndrome que pertence, a fim de que possamos situá-la especificamente com fins de conhecimentos gerais. As psicopatologias que percebemos na contemporaneidade dentre tantas que, com maior incidência ou não, são marcantes na cultura atual destacamos a Depressão, que faz parte das síndromes Depressivas, o Distúrbio de Ansiedade no quadro das síndromes Ansiosas, a Esquizofrenia nas Psicóticas e a Anorexia nas Relacionadas ao Consumo de alimentos. São essas que nos aprofundaremos no nosso trabalho. 3.1 DEPRESSÃO, ANSIEDADE GENERALIZADA, ESQUIZOFRENIA E ANOREXIA DENTRO DOS QUADROS SINDRÔMICOS – Definição, Sintomas e Tratamento • SÍNDROMES DEPRESSIVAS – tem como elementos mais marcantes o humor triste e desânimo. Na prática clínica normalmente os tipos de síndromes depressivas mais estudadas são: Episódio ou fase depressiva e transtorno depressivo recorrente, Distimia, Depressão atípica, Depressão tipo melancólica ou endógena. Depressão psicótica, Estupor depressivo, Depressão agitada ou ansiosa, Depressão secundária ou orgânica. Todas as pessoas em qualquer faixa de idade pode sofrer a depressão, nas mulheres,
  • 8. por exemplo, a depressão está associada a mudança hormonal. Já nas crianças, e idosos a doença tem características particulares, sendo a sua ocorrência em ambos os grupos também frequente. Vejamos mais detalhes. Quais os sintomas da depressão?  Mudanças de humor  Perda de interesse ou prazer nas atividades  Sentimento de culpa ou perda de autoestima  Distúrbio de sono ou de apetite  Perda de energia e falta de concentração  Cansaço, fadiga ou falta de energia.  Excesso ou redução do apetite  Pensamentos sobre suicídio. Quais as consequências da depressão?  Se não tratada, pode levar a uma incapacidade de gerenciar a própria vida e á perda da responsabilidade em relação aos outros.  A depressão pode levar a casos extremos como suicídio.  A doença está associada á morte de cerca de 850.000 pessoas por ano, segundo dados da organização Mundial de Saúde. A depressão está ligada aos tempos modernos?  A depressão é muito mais antiga do que se possa imaginar.  Há casos comprovados de depressão que remontam à antiguidade. Quantas pessoas sofrem de depressão no mundo?
  • 9.  Atinge 121 milhões de pessoas ao redor do mundo  A OMS (Organização Mundial da Saúde) prevê que em 2020 a depressão passe a ser a segunda maior causa de incapacidade e perda de qualidade de vida. No Brasil quantas pessoas sofrem de depressão?  Estima-se cerca de 17 milhões de brasileiros sofrem de depressão  Um levantamento feito pelo INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) 74. 418 trabalhadores forma afastados de suas atividades, vitimas de depressão (2007). Porque as mulheres são mais afetadas do que os homens na depressão?  Não existe uma explicação cientifica que justifique o fato de a mulher ser mais sensível á depressão.  Mas há algumas teorias, entre elas a que relaciona esse efeito aos hormônios femininos.  A depressão pode ocorrer tanto em homens como em mulheres, de todas as idades e de qualquer classe social.  No entanto, a incidência é maior entre as mulheres do que entre os homens (a proporção é de dois casos entre elas para um caso entre eles). Como se trata a depressão?  É feito a base de antidepressivo com acompanhamento psicológico.  O restante do tratamento se dar através de atividades esportivas, aeróbicas, que é recomendável por profissionais de saúde. Existe cura para depressão?
  • 10.  Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, a depressão tem natureza recorrente, como por exemplo, enxaqueca.  Porém 70 % das pessoas que sofrem com depressão respondem bem ao tratamento.  Os 30 % tem resposta parcial ou não apresentam qualquer sinal de melhora.  De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) pouco mais de 25% das pessoas afetadas pela depressão no mundo recebem tratamento adequado. • SINDROMES ANSIOSAS – ordenada em ansiedades constantes e permanentes – generalizada, livre e flutuante – e abruptas e intensas – crises do pânico. Possuem as patologias que são: Ansiedade Generalizada, Crises de Ansiedade, Crises de Pânico, Síndrome e Transtorno de Pânico e ainda Síndrome Mista de Ansiedade e Depressão. Ânsia ou nervosismo é uma característica biológica do ser humano, que antecede momentos de perigo real ou imaginário, marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como uma sensação de vazio no estômago, coração batendo rápido, medo intenso, aperto no tórax, transpiração. As crises do pânico são crises intensas de ansiedade, nas quais ocorre importante descarga do sistema nervoso autônomo, é um “período de intenso desconforto ou de sensação de medo” (DALGALARRONDO, 2008 p. 306), enquanto no estresse pós-traumático, por exemplo, é um estado de ansiedade com expectativa recorrente de reviver uma experiência que tenha sido muito traumática. Já a Ansiedade Generalizada caracteriza-se pela presença de sintomas ansiosos excessivos, na maior parte dos dias, pelo menos seis meses, é um estado de ansiedade e preocupação excessiva sobre diversas etapas e atividades da
  • 11. vida. Com esse problema a pessoa considera difícil controlar os sintomas de preocupação, ansiedade. Este estado aparece frequentemente e se acompanha de alguns dos seguintes sintomas:  Irritabilidade,  Dificuldade em concentrar-se  Inquietação  Fadiga – tensão muscular, cansaço  Humor deprimido  Dificuldade em dormir “Ansiedade, preocupação ou sintomas físicos causam sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social” (DALGALARRONDO, 2008 p. 306). • SÍNDROMES PSICÓTICAS – são caracterizadas por “alucinações e delírios, pensamento desordenado e comportamento claramente bizarro” (DALGALARRONDO, 2008) e/ou ainda perda de contato com realidade. A principal psicose é a Esquizofrenia que se divide em diferentes tipos com sintomas semelhantes e díspares. Pode ser Negativa ou Deficitária (sintomas negativos), Positiva ou produtiva (sintomas positivos), Desorganizada, com predomínio de desorganização mental e comportamental. Além da esquizofrenia têm-se dentro das psicoses os Transtornos delirantes (Paranóia) e Esquizofrenia tardia (Parafrenia) e ainda Psicoses Breves, Reativas ou Psicogênicas. Quanto a Esquizofrenia, que, como dito é a principal das Psicoses, têm-se que ela é a mais importante manifestação Psicótica. É uma psicose grave na qual a perturbação principal se reflete numa alteração do juízo e dos processos de pensamento. O que acontece é uma desorganização da personalidade.
  • 12. Para diagnosticar existem sintomas considerados de primeira e segunda ordem. Os de segunda não são menos importantes que os da primeira, ambos servem de apoio clínico para a diagnose. Alguns deles são esses: Sintomas e características de primeira ordem - Indicam a profunda alteração da relação eu-mundo. Alguns sintomas são:  Percepção delirante  Alucinações auditivas; vozes; Eco ou sonorização do pensamento.  Difusão do pensamento.  Roubo do pensamento  Vivência de influência na esfera corporal ou ideativa.  Vivência de influência corporal  Vivência de influência sobre o pensamento. Sintomas e características de segunda ordem.  Síndrome negativa ou deficitária: distanciamento afetivo, retração social, empobrecimento da linguagem, diminuição da fluência verbal.  Síndrome positiva ou produtiva: alucinações, ideia delirantes, comportamento bizarro, ideias bizarras, agitação psicomotoras, produção linguista novas como neologismos e parafasias.  Síndrome desorganizada: Discurso desorganizado, Não conseguir expressar ou sentir emoções, Falta de atenção Falta de habilidades de memória, Incapacidade de planejar ou organizar, comportamento desorganizados, afeto inadequado. Como se desenvolve?  Pode ser visto a partir de uma visão psicanalítica.  Fatores hereditários  Fatores ambientais.
  • 13.  Manifesta-se no individuo na transição da adolescência para a fase adulta, estimasse entre 16 e 24 anos. Podendo se manifestar na fase adulta Subtipos de esquizofrenias  Paranoide: alucinações, ideias delirantes e sensação de perseguições.  Catatônica: Alterações motoras (hipertonia), alterações da vontade (negativismo) mutismo e impulsividade.  Hebefrênica: pensamento desorganizado, comportamento bizarro, afeto pueril (infantil).  Simples: Faltam sintomas definidos embora se observe um lento e progressivo empobrecimento psíquico e comportamental, com negligências aos cuidados de si (higiene, roupas e saúde) enfraquecimento afetivo e distanciamento social. Tratamento  Não há cura, o paciente tem que tomar consciência de sua patologia.  Tomar o medicamento como prescrito pelos médicos (psiquiatra)  Ter acompanhamento psicológico. Curiosidade:  Quanto mais tarde for manifestado esse estado da psicose menos grave é a situação, pois individuo de mente madura tem mais facilidade de lhe dar como o que é ilusório e real. • SÍNDROMES RELACIONADAS AO CONSUMO DE ALIMENTOS – muito embora seja visto como um ato sem muita importância na vida rotineira, aponta Bernard e Trouvé (apud DALGALARRONDO, 2008) que os hábitos
  • 14. alimentares incluem alguns aspectos importantes, como a dimensão Fisiológico-nutritivos, Psicodinâmica e afetiva, Relacional. Alguns transtornos da alimentação são Anorexia nervosa, Bulimia nervosa e Obesidade. A Anorexia nervosa é uma das patologias mais presentes hoje, relacionadas a essas síndromes alimentares, ela se caracteriza pela “perda de peso auto induzida, [...] há uma busca implacável de magreza e o medo intenso e mórbido de parecer ou ficar gordo” (DALGALARRONDO, 2008 p. 340). Algumas características do ponto de vista clínico patológico é que o/a paciente tem distorção da imagem corporal, assim como ele/ela percebe-se gordo(a). Das incidências 90% afeta o sexo masculino. Não é incomum que essas pessoas cometam também a Bulimia que é a necessidade de comer absurdamente e logo em seguida provocar vômito e/ou purgação. 3.2 DEMAIS SÍNDROMES E PSICOPATOLOGIAS • SÍNDROMES MANÍACAS – os sintomas normalmente recorrentes a esse tipo são euforia, alegria patológica e explosão do eu (elação) e ainda aceleração das funções psíquicas. Os subtipos de síndrome maníacas são: Mania fraca ou grave, Irritada ou disfórica, Mania mista, Hispomania (ou episódio hipomaníaco), Ciclotimia, Mania com sintomas psicóticos, Transtorno Bipolar, Tipo I, Tipo II, Transtorno afetivo bipolar tipo ciclador rápido. • SÍNDROMES NEURÓTICAS – o conceito de neurose tem sido menosprezado atualmente, mas é importante uma vez que ele pode ajudar em diferentes casos psicopatológicos de ansiedade, fobia, obsessão, histriônicos e hipocondríacos. Normalmente está relacionado com uma estruturação subjetiva de conflitos intrapsíquicos, como, recalque, luta interna, impulsos inaceitáveis perante julgamento rígido, dentre outros, e interpessoais, frustração nas relações pessoais, insatisfação com o que recebe e dá aos outros, rigidez e outros. Pode ser dividida em Fóbicas (agorafobia, simples ou específica, social), Obsessivo-Compulsivas,
  • 15. Histéricas (de conversões e dissociações), Hipocondríacas e Somatização e ainda uma recente síndrome que é a Neurastêmica. • SÍNDROMES DE AGITAÇÃO E DE ESTUPOR E LENTIFICAÇÃO PSICOMOTORAS – os sintomas são aceleração da esfera motora, aumento da excitabilidade, inquietação constante, além desses são comuns logorréia, insônia, irritabilidade, hostilidade e agressividade. Alguns subtipos de Agitação Psicomotoras são: Maníaca, Paranoide, Catatônica, Psico-orgânica (no delirium), das Demências, nos Quadros de retardo mental com transtornos de comportamento, Explosiva (associada a transtornos da personalidade), Histérica, Ansiosa, Alteração da volição e homicídio. Já a síndrome de estupor e lentificação psicomotora é caracterizada pela incapacidade do indivíduo de responder, reagir ou comportar-se de acordo com as solicitações do ambiente. São quatro os tipos de Estupor: Catatônico (esquizofrênico), Depressivo, Psicogênico (histérico, traumático, de choque psicológico, etc.), Orgânico. • SÍNDROMES RELACIONADAS A SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS – Sendo substancias psicoativas aquelas que afetam uma ou mais funções do sistema nervoso central causando efeitos psíquicos e comportamentais. Algumas substâncias psicoativas são álcool, maconha, cocaína, café, chá, diazepam, nicotina, heroína, etc. A Intoxicação, Fissura, Tolerância, Abstinência, Dependência a substância e física e comportamental, ainda Alcoolismo ou síndrome de dependência de álcool. • SÍNDROMES RELACIONADAS À SEXUALIDADE – Dentro das fases de desenvolvimento da sexualidade podem ocorrer disfunções que comprometam a vida sexual satisfatória. Alguns distúrbios são: Desejo sexual inibido, Excitação e orgasmo feminino inibido (frigidez), Ejaculação precoce, Disfunção erétil (impotência). Existem também relacionadas a essa questão
  • 16. os Transtornos da identidade de gênero, alguns deles são Transsexualismo, Travestismo fetichista, Intersexualidade, Homossexualidade. Algumas Parafilias, que são, assim como os transtornos da identidade de gênero, padrões de fantasias e práticas sexuais particulares, que podem ser lesivas a si próprio e a terceiros; algumas delas são Exibicionismo, Pedofilia, Fetichismo e Zoofilia. Alguns problemas relacionados a sexualidade como abuso sexual e estupro. • SÍNDROMES RELACIONADAS AO SONO – Dalgalarrondo aponta na que “segundo a Classificação internacional dos transtornos do sono (ICSD-2) existem mais de 80 transtornos” (DALGALARRONDO, 2008) relacionados ao sono e que se dividem em três eixos: “1. Insônias, hipersomnias diurnas e movimentos anormais durante o sono. 2. Apnéias do sono (e outras alterações respiratórias) e de outros sistemas funcionais durante o sono. 3. Parassonias e outras alterações do ritmo sono-vigília (como fase do sono avançada ou atrasada)”. (DALGALARRONDO, 2008). Os transtornos do sono de acordo com a frequência e o interesse, mais importantes clinicamente são: “- Insônia (30 a 40% dos adultos); - Síndrome das pernas inquietas (5 a 15% dos adultos); - Apnéia do sono (9% em homens de meia-idade e em 4% das mulheres após a menopausa); - Parassonias (para o conjunto, não há dados estatísticos; a enurese noturna acomete 15 a 25% das crianças e 2% dos adultos); - Narcolepsia com cataplexia (0,02 a 0,1% da população)”. (DALGALARRONDO, 2008) • SÍNDROMES MENTAIS ORGÂNICAS – como as síndromes demenciais, confusionais agudas, as psico-orgânicas são estudas porque suas manifestações estarem relacionados a sintomas mentais e comportamentais. Pelo que apresenta o autor do livro Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais, o Delírium é a psicopatologia mais importante desse quadro, a partir dela se subdividem nos tipos hiperativo, hipoativo e misto. Os quadros de delirium podem afetar ao SCN, estas afecções estão relacionados a Hipoglicemia, Hipoxia ou anoxia.
  • 17. • DEMÊNCIAS – “Eugen Bleuler (1985) (apud DALGALARRONDO, 2008) caracteriza síndromes demenciais (...) por um empobrecimento e uma simplificação progressiva de todos os processos psíquicos, cognitivos e afetivos. Elas se definem pelas perdas de múltiplas habilidades cognitivas e funcionais” (DALGALARRONDO, 2008), os seguintes aspectos são mais presentes: perda de memória, perda de múltiplas funções cognitivas, alterações das funções executivas, alterações da personalidade, curso indicioso e progressivo, presença de alterações difusas do tecido cerebral. Isso acontece como decorrência da doença cerebral difusa e, normalmente progressiva, muito embora o nível de consciência permaneça normal. Ainda podem surgir sintomas psiquiátricos associados. Alguns tipos de demência são Alzheimer, Demência vascular, Demência por corpos de Lewy, Subcortical, Frontotemporais e algumas outras. Além dessas podem existir algumas demências a partir das Sindromes Psico-orgâncias focais ou localizadas que são Sindrome amnéstica ou de Wernicke-Korsakoff, Síndrome de Wernicke (aguda) Síndromes frontais (onde suas principais são Orbitofrontal, Frontomedial, Convexidade frontal) e as Síndromes temporais e parietais que se subdivide em algumas outras também. • SÍNDROMES RELACIONADAS À CULTURA – para a constituição da pessoa são vários os elementos sócio-culturais que influenciam e são a partir dessas constituições que cada ser humano deve ser visto além do funcionamento biológico, experiências interpessoais e sua história e contexto de vida. A partir dessas características que são peculiares a cada povo são estudos sempre mais e tem se tornado de grande interesse os tipos de síndromes psicopatológicas que afetam cada cultura, mas dentro desse estudo são feitas comparações para analisar as maiores incidências, os campos preferidos dos pesquisadores são as sociedades industrializadas e as rurais ou semi-rurais. Conferir o quadro comparativo da diferença do padrão de transtornos e sintomas mentais nas diferentes culturas retirado da obra de Dalgalarrondo (2008, p. 392) nos anexos.
  • 18. 4 CONSIDERAÇÔES FINAIS Aspectos sociais das psicopatologias: o que elas denunciam?
  • 19. Partindo de uma abordagem existencial encontramos alguns teóricos que relacionam o fato de grandes incidências psicopatológicas existirem na atualidade por questões que o próprio homem na sua condição humana se sentiu impossibilitado de responder. Teixeira (2006 p. 406) citando Yalom (1980) afirma que ele [...] considerou o comportamento perturbado como estando directamente associado ao fracasso no confronto com os conflitos existenciais, entendidos estes como confrontos entre o indivíduo e os dados da existência. Ou seja, são definidas modalidades de perturbação especificamente associadas a fracasso no confronto com a angústia relacionada com dados da existência específicos: - Morte [...] – Liberdade de escolha e responsabilidade [...] – Solidão [...] – Sentido da vida [...]. (TEIXEIRA, 2006) É certo que questões existenciais implicam decididamente em comportamentos e atitudes humanas. É notável que nessa mudança de tempo a cultura, os valores, as preocupações mudam bem como os problemas que circundam a vida humana. Por isso podemos afirmar como o referido autor, que as patologias têm a ver, sobretudo, com esse aspecto existencial que perpassa o aspecto sócio histórico que se modifica, concordando também com Freud quando afirmou que para cada mudança de tempo se buscam “necessidades internas urgentes” (Freud apud PETRUCCI, 2010 p. 205). As relações familiares perdem força, sua consistência se desequilibra. Inclusive as mudanças de localidades implicam tão fortemente na vida das pessoas que fazem com que jovens resolvam, por medo, numa pátria desconhecida, ou por haver uma insatisfação na terra estrangeira quanto ao acolhimento, pegar uma arma e como que numa atitude psicótica entrar numa escola e atirar em várias crianças ou jovens, tirando daqueles inocentes o que eles ainda tem pra construir. A ausência das figuras do pai e da mãe no acompanhamento diário e a substituição disso pelo mundo tecnológico da internet e dos videogames induzem fortemente a um desequilíbrio psíquico e de alguma forma os motivam a revolta e a busca por atenção. No fundo as psicopatologias denunciam os padrões de beleza que são rigorosamente desumanos, a ponto de fazerem as pessoas perder o sentido de viver e dedicar suas vidas exclusivamente à correspondência da exigência secular, na
  • 20. busca desenfreada por estereótipos, mas infelizmente não se difunde nem se alerta para os riscos, as precauções. O padrão de beleza ou de qualquer estereótipo modifica e quem sofre no final das contas são aqueles que dedicaram suas vidas em busca de prazer momentâneo que pode lhe custar muito caro. É preciso, pois que com a mudança de valores não se perca o foco de que a vida é a maior preciosidade de um ser humano e por isso ela deve ser aceita dentro das condições que compete a cada um, com autonomia e gosto, senão a vida não passará de uma superficialidade que a destrói aos poucos pela imposição de padrões e modelos impossíveis, seja no âmbito familiar, social, cultural ou valorativo.
  • 22. DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais / Paulo Dalgalarrondo. – 2. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2008 LAPLANCHE, Jean. Vocabulário de Psicanálise / Laplhanche e Pontalis; sob a direção de Daniel Lagache; tradução Pedro Tamen. – 4ª. ed. – São Paulo: Martins Fontes, 2001. PETRUCCI, José Luiz F.. Alguns diálogos psicanalíticos sobre “patologias contemporâneas”. Ide (São Paulo) [http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ide/v33n51/v33n51a21.pdf]. 2010, vol.33, n.51, pp. 205-208. ISSN 0101-3106. Acesso em 24 abr. 2013 PISANI, Elaine Maria. Psicologia Geral, por Elaine Maria Pisani, Guy Paulo Bisi, Luiz Antônio Rizzon e Ugo Nicolleto. 7. ed., revisada e atualizada. Caxias do Sul, Universidade de Caxias do Sul, Porto Alegre, Editora Vozes, 1988. ROUDINESCO, Elisabeth, 1944 – Dicionário de psicanálise, Elisabeth Roudinesco, Michel Plon; tradução Vera Ribeiro, Lucy Magalhães; supervisão da edição brasileira Marco Antônio Coutinho Jorge. – Rio de janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998. TEIXEIRA, José A. Carvalho. Problemas psicopatológicos contemporâneos: Uma perspectiva existencial. Análise Psicológica [http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/pdf/aps/v24n3/v24n3a17.pdf]. 2006. vol.24, n.3, pp. 405-413. ISSN 0870-8231. Acesso em: 24 abr. 2013