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Apreciação crítica de O VISIONÁRIO de Edgar Allan Poe
A minha apreciação crítica é sobre o conto «O Visionário» de Edgar Allan Poe.
Esta história passa-se em Veneza e o leitor põe-se no lugar de um homem que
assiste a uma sucessão de acontecimentos curiosos.
Passava de gôndola pela Ponte dos Suspiros quando se ouve um forte grito de
uma mulher que deixara cair o seu filho bebé no canal. Essa mulher era a Marquesa
Afrodite, uma das mulheres mais bonitas e admiradas de Veneza. Estava perplexa, a
olhar para algo que ninguém percebia o quê, ao invés de olhar para a água onde caiu o
seu filho. Enquanto isso, o seu marido, Mentoni, ordenava que salvassemo seu filho ao
mesmo tempo que tocava guitarra.
Muitos saltavampara a água na tentativa de salvar a criança, mas sem sucesso,
até que, vindo de onde a marquesa estava a olhar, aparece um homem que mergulhou
no canal e conseguiu resgatar o bebé. Rapidamente o menino é tomado pelo pai. A
Marquesa Afrodite, em choque, completamente estática e corada, diz ao homem que
tinha salvado o seu filho que ele vencera e que se encontrariam no dia seguinte uma
hora depois do sol nascer.
Enquanto tudo isto acontecia, o personagem que nós incorporamos estava
admiradíssimo na sua gôndola e ofereceu boleia a este homem misterioso aos seus
aposentos. Então o homem convida-nos a visitá-lo ali na manhã seguinte.
E assimfoi. Era um palacete cheio de obras de arte e muita história mostrando
ser um homem viajado e culto. O homem misterioso fez-nos uma visita guiada em jeito
de conversa com algum vinho a acompanhar e mostrando até um quadro da Marquesa
Afrodite nua.
Esta visita foi interrompida por um pajem da casa Mentoni com a notícia de que
a sua senhora fora envenenada. Então repararam que também este homem misterioso
estava morto junto deles com indícios de envenenamento, terminando, assim, esta
história.
Eu achei a história interessante. A minha interpretação deste texto é que a
Marquesa Afrodite e o homem misterioso conheciam-se e eram apaixonados e, por isso,
ao vê-lo no canal assustou-se ao ponto de deixar cair o seu filho, o que justifica também
a sua pintura na casa do homem. Apesar do conto não ser explícito relativamente à
motivação das personagens para cometerem suicídio aquilo que eu interpretei é que
eles achavam que só mortos é que poderiam estar juntos.
Este conto não possui um componente de terror muito forte característica deste
autor mas tem muito mistério, o que para mim é algo positivo.
A descrição também está muito presente. Os personagens são descritos ao
pormenor, desde a sua estatura física a pequenos detalhes das roupas. A ação não se
realiza em muitos espaços diferentes, mas estes são descritos minuciosamente. Esta
descrição é, na minha opinião, por vezes, excessiva fazendo-nos esquecer que rumo da
história. Por outro lado, também é um aspeto positivo pois permite-nos visualizar todo
o cenário envolvente.
No palacete do homem misterioso assistimos a uma longa conversa sobre vários
tipos de arte: escultura, pintura e poesia. Fala-se também de história e de filosofia,
mostrando assimo vasto conhecimento do autor em todas estas áreas. A meu ver, isto
é desnecessário. É bom o autor enriquecer o seu texto com cultura, mas acho que neste
caso, mais uma vez, foi excessivo, tornando o texto pesado.
Realço também o vocabulário usado por Poe, que, para mim, é um aspeto
positivo, pois mesmo que não saibamos o significado de uma palavra, faz-nos pesquisar,
aumentando e enriquecendo o nosso conhecimento.
Eu gostei do conto, contudo não o suficiente para o recomendar a um amigo.

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Análise do conto 'O Visionário' de Edgar Allan Poe

  • 1. Apreciação crítica de O VISIONÁRIO de Edgar Allan Poe A minha apreciação crítica é sobre o conto «O Visionário» de Edgar Allan Poe. Esta história passa-se em Veneza e o leitor põe-se no lugar de um homem que assiste a uma sucessão de acontecimentos curiosos. Passava de gôndola pela Ponte dos Suspiros quando se ouve um forte grito de uma mulher que deixara cair o seu filho bebé no canal. Essa mulher era a Marquesa Afrodite, uma das mulheres mais bonitas e admiradas de Veneza. Estava perplexa, a olhar para algo que ninguém percebia o quê, ao invés de olhar para a água onde caiu o seu filho. Enquanto isso, o seu marido, Mentoni, ordenava que salvassemo seu filho ao mesmo tempo que tocava guitarra. Muitos saltavampara a água na tentativa de salvar a criança, mas sem sucesso, até que, vindo de onde a marquesa estava a olhar, aparece um homem que mergulhou no canal e conseguiu resgatar o bebé. Rapidamente o menino é tomado pelo pai. A Marquesa Afrodite, em choque, completamente estática e corada, diz ao homem que tinha salvado o seu filho que ele vencera e que se encontrariam no dia seguinte uma hora depois do sol nascer. Enquanto tudo isto acontecia, o personagem que nós incorporamos estava admiradíssimo na sua gôndola e ofereceu boleia a este homem misterioso aos seus aposentos. Então o homem convida-nos a visitá-lo ali na manhã seguinte. E assimfoi. Era um palacete cheio de obras de arte e muita história mostrando ser um homem viajado e culto. O homem misterioso fez-nos uma visita guiada em jeito de conversa com algum vinho a acompanhar e mostrando até um quadro da Marquesa Afrodite nua. Esta visita foi interrompida por um pajem da casa Mentoni com a notícia de que a sua senhora fora envenenada. Então repararam que também este homem misterioso estava morto junto deles com indícios de envenenamento, terminando, assim, esta história. Eu achei a história interessante. A minha interpretação deste texto é que a Marquesa Afrodite e o homem misterioso conheciam-se e eram apaixonados e, por isso, ao vê-lo no canal assustou-se ao ponto de deixar cair o seu filho, o que justifica também a sua pintura na casa do homem. Apesar do conto não ser explícito relativamente à motivação das personagens para cometerem suicídio aquilo que eu interpretei é que eles achavam que só mortos é que poderiam estar juntos. Este conto não possui um componente de terror muito forte característica deste autor mas tem muito mistério, o que para mim é algo positivo. A descrição também está muito presente. Os personagens são descritos ao pormenor, desde a sua estatura física a pequenos detalhes das roupas. A ação não se
  • 2. realiza em muitos espaços diferentes, mas estes são descritos minuciosamente. Esta descrição é, na minha opinião, por vezes, excessiva fazendo-nos esquecer que rumo da história. Por outro lado, também é um aspeto positivo pois permite-nos visualizar todo o cenário envolvente. No palacete do homem misterioso assistimos a uma longa conversa sobre vários tipos de arte: escultura, pintura e poesia. Fala-se também de história e de filosofia, mostrando assimo vasto conhecimento do autor em todas estas áreas. A meu ver, isto é desnecessário. É bom o autor enriquecer o seu texto com cultura, mas acho que neste caso, mais uma vez, foi excessivo, tornando o texto pesado. Realço também o vocabulário usado por Poe, que, para mim, é um aspeto positivo, pois mesmo que não saibamos o significado de uma palavra, faz-nos pesquisar, aumentando e enriquecendo o nosso conhecimento. Eu gostei do conto, contudo não o suficiente para o recomendar a um amigo.