Este documento resume a história da cidade de Esparta na Grécia Antiga, abordando sua origem, sociedade estratificada, expansão territorial, papel da mulher, educação militar rígida, sistema político, religião politeísta, participação nas Guerras Médicas contra os persas e rivalidade com Atenas que levou à Guerra do Peloponeso.
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Índice
Introdução...........................................................................................................................3
Origem de Esparta...............................................................................................................4
Sociedade Espartana............................................................................................................5
Expansão de Esparta............................................................................................................6
A mulher de Esparta ............................................................................................................7
Educação de Esparta ............................................................................................................8
Política de Esparta...............................................................................................................9
Religião.............................................................................................................................10
Guerras Médicas................................................................................................................11
Guerra do Peloponeso.......................................................................................................13
Conclusão..........................................................................................................................14
Webgrafia..........................................................................................................................15
Bibliografia........................................................................................................................15
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Introdução
Este trabalhosurge noâmbitodadisciplinade História.Serveparaconhecermelhoruma
das mais importantes cidades ou Pólis da Grécia antiga, - Esparta - por se destacar pela sua
tradição e educação militar muito forte e rígida.
Usamos como ponto de partida a pesquisa realizada na internet, assim como
informação colhida em livros.
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Origem de Esparta
A cidade de Esparta foi fundada no século IX a.C pelo povo dório que penetrou pela
penínsulaembuscade terrasférteis.Quatro aldeiasdaregiãodaLacóniauniram-separaformar
a cidade de Esparta. A cidade cresceunos séculosseguintese o aumentopopulacional fezcom
que osespartanosbuscassemaampliaçãodeseuterritórioatravésdeguerras.Nofinal doséculo
VIII a.C, os espartanos conquistaram toda a planície da Lacónia. Nos anos seguintes, Esparta
organizoua formação da Liga do Peloponeso,reunindoopodermilitarde váriaspólis(cidades-
-estado gregas) da região, exceto a rival Argos.
Figura 1 - Mapa da Grécia Antiga
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Sociedade Espartana
Em Esparta a sociedade era estratificada, ou seja, dividida em camadas sociais onde
havia pouca mobilidade. A sociedade estava composta da seguinte forma:
Grupo dos cidadãos:
Esparcíatas: eram os cidadãosde Esparta. Filhosde mãese pais
espartanos, haviam recebido a educação espartana. Esta
camada social era composta por políticos, integrantes do
exércitoe ricosproprietáriosde terras.Sóosesparcíatastinham
direitos políticos.
Grupo dos não cidadãos:
Periecos: eram pequenos comerciantes e artesãos de outras
pólis. Moravam na periferia da cidade e não possuíam direitos
políticos.Nãorecebiameducação,porémtinhamque combater
no exército, quando convocados. Eram obrigados a pagar
impostos.
Hilotas: podemos, também, dizer que são escravos. Levavam
uma vida miserável, pois eram obrigados a trabalhar quase de
graça nas terrasdos esparcíatas.Nãotinhamdireitospolíticose
eram alvosde humilhaçõese massacres.Chegarama organizar
várias revoltas sociais em Esparta, combatidas com extrema
violência pelo exército.
Figura 2 - Pirâmide social de Esparta
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Expansão de Esparta
A cidade cresceu muito durante anos e diante do problema gerado pela escassez de
terra fez com que Esparta procurasse por novos territórios através de guerra. No final do séc.
VIII a.C, os espartanos conquistaram toda a planície da Lacónia. Nos anos seguintes Esparta
organizouaformaçãoda Liga de Peloponeso,que eraformadaporváriasPólisda GréciaAntiga.
Com o controlo dessa liga, o poder de Esparta foi crescendo assustadoramente, o exército
espartano imbatível e feito de homens altos e fortes com sede de guerra. Aos poucos Esparta
foi exercendo o controle sobre as cidades menores, que acabaram sendo pressionadas a
fazerem parte da Liga do Peloponeso, cujos interesses eram definidos de acordo com os
interesses dos Espartanos.
Figura 3 - Exército de Esparta
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A mulher de Esparta
Na civilização Espartana a posição da mulher era de grande destaque, sendo
completamente diferente em relação a sociedade ateniense. Acreditavam que era a mulher a
responsável por dar origem a indivíduos aptos para compor o exército. Dessa maneira era
comum encontrar mulheres que se dedicassem a jogos desportivos e outras atividades,
controlando também as finanças domésticas e participar de reuniões públicas que estavam
ligadasavidapolíticaespartana.Podiatomarolugardomaridoparatratarde negócios,quando
da sua ausência dos homens como nos momentos de guerra.
Figura 4 - Mulher de Esparta
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Educação de Esparta
O princípioda educaçãoespartanaera formar bons soldadosparaabastecero exército
da Pólis.Ficavamsobaguardada mãe até aos sete anosde idade.Osmeninosesparcíataseram
enviados pelos pais ao exército após essa idade. Começava a vida de preparação militar com
muitos exercícios físicos e treino. Davam-lhes por chefe do grupo o mais corajoso da luta. A
educação era para eles aprendizagem da disciplina.Não aprendiam a ler e a escrever senão o
estritamente necessário; a sua educação visava prepará-los para aa guerra. Caminhavam
descalços e jogavam completamente nus a maior parte do tempo. Aos doze anos deixavam a
túnica e passavam a usar um manto para todo o ano. Ignorando os banhos, andavam sempre
sujos.Dormiamemconjunto,sobre asesteirasque elesprópriospreparavam.Com30 anosele
se tornava um oficial e ganhava os direitos políticos.
Asmeninasespartanastambémpassavamportreinomilitare muitaatividade físicapara
ficaremsaudáveise gerarfilhosfortesparao exército.Estasaprendiammúsica,dançae poesia
bem como a cuidarem da casa e a criarem os filhos.
Figura 5 - Educação em Esparta
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Política de Esparta
A cidade eragovernadapordoisReisde famíliasdiferentes.Tinhamdireitosexatamente
iguais nas atribuições religiosas, políticas, administrativas e judiciárias. Em tempos de guerra,
um rei ia para a batalha e o outro ficava em Esparta a tomar conta da cidade. Haviam duas
dinastias: Euripôntida e Ágida.
A Assembleia era constituída pelos cidadãos espartanos acima dos 30 anos, que se
reuniam na Apella (ao ar livre) uma vez por mês para tomar decisões políticas como, por
exemplo, aprovação ou rejeição de leis.
A Gerúsia era formada por vinte e oito gerontes (cidadãos com mais de 60 anos) e os
dois reis. Elaboram as leis da cidade que eram votadas pela Assembleia.
Os Éforos eram cinco cidadãos espartanos, tinham diversos poderes administrativos,
militares, judiciais e políticos. Atuavam na política como se fossem verdadeiros chefes de
governo.
Figura 6 - Assembleia na Apella
Figura 7 - Os 5 Éforos
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Religião
Todos os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em váriosDeuses, como a maior
parte dos povos da época. Imaginavam os seus Deuses semelhantes aos seres humanos
(antropomorfismo), apenas se distinguiam por serem imortaise terem poderessobrenaturais,
mantendoasqualidadese defeitosdohomem.Osgregostambémadoravamheróis humanos.
Osgregosprestavamdoistiposde culto:oculto públicoe ocultoprivado.Ocultopúblico
era um dever de todos os cidadãos. É constituído por procissões, banquetes, sacrifícios de
animais, competições e oráculos, era presidido pelos magistrados (arcontes) e praticado junto
dos templos das cidades. Alguns dos seus cultos tornaram-se pan-helénicos, ou seja, atraíam
pessoas de todo o mundo helénico, sendo um encontro entre todas as Pólis gregas. Nesses
momentos faziam-se tréguas em todo o mundo grego. Os mais famosos realizavam-se em
Olímpia, em honra de Zeus (Jogos Olímpicos).
O culto privado, dirigido pelo chefe de família, realizava-se em casa ás divindades
protetorasdo lar, junto ao altar doméstico,fazendo-se oraçõese ofertas.Tambémhaviaculto
aos mortos, nos cemitérios.
Figura 8 - Deuses gregos
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Guerras Médicas
As Guerras Médicas foramos confrontosentre gregose persasdurante o séculoV a.C.
que foram provocados pela disputa sobre a região da Jônia na Ásia Menor. As colônias gregas
tentaram se livrar do domínio persa e garantir a hegemonia sobre um importante ponto
estratégico de comércio.
O ImpérioPersaestruturou-se transformandoemgrande e poderosoimpérioantigo.A
iniciativa de expandir o poderio rumo ao Ocidente teve como consequência a conquista de
colóniasgregasnaÁsiaMenor.OImpérioPersaconquistouinicialmente aLídiaemtornodoano
546 a.C., a partir de então abria-se umcorredor para o domíniodas sequentescolóniasgregas
naJónia.Umadas maisimportantescolôniasgregasnaregiãoeraMileto,que se revoltoucontra
o domíniopersacomo auxíliode Atenas.AsrevoltaspromovidaspelascolôniasgregasnaJônia
causaram a ira do rei dospersas,DarioI, este resolveuentãoenviarseupoderosoexércitopara
punir a Grécia Continental, tinham início as Guerras Médicas.
As Guerras Médicas eclodiram por causa do choque de interesses das Pólis gregas e o
ImpérioPersa,que almejavamdominarocomérciodoOriente Próximo,e peloprópriofactoda
revolta das cidades gregas na Jónia, especialmente Mileto, com o apoio de Atenas e Erétria.
A primeiraGuerraMédicaaconteceuem490 a.C.quandoorei DarioI dospersasenviou
seunumerosoexércitodotadode 60naviosparaaGréciaContinental,atacandoNaxose Erétria.
O ateniense Milcíadesassumiuocomandodoladogregoe com seus10 mil soldadosconseguiu
barrar o desembarque de aproximadamente 50mil persasque seguiriamemsentidoaAtenas.
Os gregos derrotaram os persas na Batalha de Maratona e conseguiram impedir o avanço dos
inimigos.
A segundaGuerraMédicaaconteceriadezanosmaistarde.Ospersasnãose derampor
vencidos na primeira derrota e em 480 a.C. quando Xerxes, filhode Dario I, era o rei persa,
resolveram atacar a Grécia na primavera daquele ano. As cidades gregas organizaram-se para
fortificarumadefesa,tendoascidadesde Esparta e Atenascomo líderes.Ospersasavançaram
e venceramosgregosnas cidadesde Termópilase Artemisaaté ainvasãoe saque da cidade de
Atenas. Os gregos possuíam vários conflitos entre eles mesmos, mas diante da situação de
domínio persa conseguiram-se entender e a frota ateniense sob o comando de Temístocles
conseguiu derrotar os persas na Batalha de Salamina e dar um novo rumo à guerra. O ataque
persacontinuoue algunsmesesdepoisoespartanoPausâniascomandavaoexércitogregoque
venceuastropaspersasemPlateia,jáem479a.C.,encerrandoatentativadeinvasãodoimpério
de Xerxes.
Após a segunda Guerra Médica os gregos tiveram receio de que os persas pudessem
tentar uma nova invasão, Atenas fundou então uma organização com outras cidades gregas
chamada de Liga de Delos para combater os persas. As cidades envolvidasna Liga de Delos
comprometiam-seacontribuiranualmente comdinheiro,homense barcos.Entretantoosanos
passarame a esperadainvasãopersanãohaviaacontecidodesde acriaçãoda Liga de Delosem
478 a.C., Atenas aproveitou-se da posição privilegiada na organização para se beneficiar
impulsionando seu comércio e impondo sua hegemonia ao mundo grego. A terceira Guerra
Médica aconteceu finalmente no ano 468 a.C. em novo combate entre gregos e persas dessa
vez na Ásia Menor. O ateniense Címon, filho de Milcíades que era líder da primeira Guerra
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Médica,tal comoseupai,derrotoutambémospersas.Nestaocasião,persase gregosassinaram
um tratado em Susa no qual os persas reconheciam o domínio grego sobre o Mar Egeu.
AsGuerras MédicastrouxeramcomoconsequênciaparaGréciaa hegemoniade Atenas
sobre as cidades gregas, o revigoramento da democracia, a decadência do Império Persa, a
criação da Confederaçãode Delose arivalidadeentre Atenase Esparta.Osgregosconseguiram
impedir a presença dos persas emseu território após três vitórias, mas os persas continuaram
tendo influência sobre as cidades gregas por todo o Período Clássico.
Figura 9 - Guerra Médica
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Guerra do Peloponeso
As relações entre Espartanos e Atenienses eram tensas. Na parte espartana uma das
suas cidades, Corinto, pressionava Esparta para atacar Atenas e iniciar a guerra. Então, Tebas,
aliada de Esparta ataca a cidade de Plateia uma das aliadas de Atenas. Inicia-se a Guerra do
Peloponeso, que durou 27 (vinte sete) anos (de 431 a 404 a.C)
As cidades-estadosaliadasde EspartaeramCorinto,Tebas e Mégara. EnquantoAtenas
tinha como aliadas Plateia e Ática. O problema foi causado pela política. Atenas tinha se
transformadona maisrica e poderosada Grécia,e o seu mododemocráticode governoestava
a ser copiado, para o alarme das oligarquias tradicionais como as da Esparta.
A guerra deu-se porque Atenas enfrentou problemas comerciaiscom Corinto. Foram
anosde batalhaaté que Esparta saísse vitoriosadaguerra,tornando-se agrande cidade-estado
da Grécia.O declíniode Atenasmarcaa ascensãode Espartae desfaza únicaviapossível paraa
unificaçãopolíticae cultural do mundogrego,afetadarudemente coma devoluçãoaos Persas
das cidadesdaÁsiaMenor emtroca do seuouro.A substituiçãodoimpérioateniense,baseado
noprojetode Delos,porumoutro,militarizado,comoode Esparta,nãotrarágrandesalterações
ou momentos de grandeza helénica, antes inicia o apagar do "fogo grego".
Anteriormente as guerras entre Esparta e Atenas aconteciam mais rapidamente, com
poucos combatentes e baixo investimentos.A guerra do Peloponeso foi ao contrário muitos
combatentes, com várias estratégias e investimentos exorbitantes.
A Guerra do Peloponeso é tambémconhecida como Guerra Mundial da Grécia Antiga.
A sua históriafoi detalhadamente registadaporTucídidese Xenofonte, historiadoresdaGrécia
Antiga.
Figura 10 - Guerra do Peloponeso
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Conclusão
Com este trabalho, percebemos que a sociedade espartana caracterizou-se por ser
altamente disciplinadae organizadaa partirde uma aristocracia guerreira,visandoaformação
militar para todos os cidadão, mulheres inclusive.
Era composta por uma hierarquia social bem definida e conservadora, onde a ideia da
comunidade está acima do individualismo.