O tema deste trabalho é “A Participação de Portugal na 1º Guerra Mundial”. Serão abordados assuntos tais como: as causas, a preparação do Corpo Expedicionário Português (CEP), o regresso do CEP e suas consequências, e ainda, sobre o armamento usado.
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Índice
Introdução...............................................................................................................4
Causas para a Participação de Portugal.............................................................5
Ações Tomadas......................................................................................................6
Aprisionamento dos Barcos Alemães e a Declaração de Guerra pela
Alemanha.............................................................................................................6
O Armamento dos Portugueses...........................................................................8
O Regresso do CEP e as suas Consequências..................................................9
Conclusão.............................................................................................................10
Webgrafia..............................................................................................................11
Bibliografia............................................................................................................11
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Introdução
O tema deste trabalho é “A Participação de Portugal na 1º Guerra Mundial”.
Serão abordados assuntos tais como: as causas, a preparação do Corpo
Expedicionário Português (CEP), o regresso do CEP e suas consequências, e ainda,
sobre o armamento usado.
A Primeira Guerra Mundial (também conhecida como Grande Guerra ou Guerra
das Guerras) foi um conflito mundial ocorrido entre 28 de julho de 1914 e 11 de
novembro de 1918.
A guerra ocorreu entre a Tríplice Entente (Império Britânico, França, Império
Russo que derrotou a coligação formada pelas Potências Centrais, a Tríplice Aliança
(Império Alemão, Império Austro-Húngaro e Império Italiano), e causou o colapso de
quatro impérios e mudou de forma radical o mapa geo-político da Europa e do Médio
Oriente.
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Causas para a Participação de Portugal
Portugal participou na 1ª guerra mundial por variadas razões, tais como:
Vista á manutenção das colónias
Necessidade de consolidar o prestígio e a influência do estado republicano e a
vontade de afirmação de valores de estado, de modo a distinguir Portugal de
Espanha
Por parte do Partido Democrático, a necessidade em afirmar o seu poder
político
Pedido por parte da Inglaterra para impedirem os barcos alemães de passarem
para as colónias
Figura 1 - menina dirige-se às tropas do Corpo Expedicionário Português na parada da vitória em Paris, a 14
de julho de 1919
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Ações Tomadas
Aprisionamento dos Barcos Alemães e a Declaração de
Guerra pela Alemanha
A apreensão dos navios alemães que estavam nos portos portugueses com as
suas cargas levou à guerra com este país. A salva de 21 tiros dada no rio Tejo pelo
navio Vasco da Gama, da Marinha de Guerra, marcou o final da tarde de 23 de
fevereiro de 1916, altura em que Portugal tomou posse dos 38 navios alemães
ancorados em Lisboa. O primeiro foi o Santa Úrsula, depois rebatizado de
Estremadura, com 3771 toneladas brutas. O ato, foi seguido depois em outros portos,
e conduziu à declaração de guerra por parte da Alemanha.
No dia 7 de fevereiro de 1916, o Governo republicano publicou uma lei onde,
entre outros aspetos, ficava estabelecido que poderia requisitar, “em qualquer
ocasião”, as “matérias-primas e os meios de transporte que forem indispensáveis à
defesa ou economia nacional, que se encontrem nos domínios da República”.
No dia 23 foi dado o segundo passo, com a entrada a bordo nos navios
alemães ancorados em Lisboa. Na mão, os emissários portugueses levavam uma
carta pró-forma de notificação da requisição dos navios, com base numa lei publicada
nesse mesmo dia. Esta alegava que a requisição se tornara necessária devido à falta
de navios para transporte marítimo, o que dificultava o acesso do país a muitos
produtos indispensáveis para a subsistência da população (facto que já dera origem a
vários distúrbios em diversas localidades). De acordo com nova lei, que conta com a
assinatura de Bernardino Machado (presidente) e Afonso Costa (chefe do Governo),
caberia ao Ministério da Marinha avaliar os navios e todos os seus pertences.
Ao todo, foram apreendidos 72 navios e respetivas cargas, espalhados por
todos os territórios portugueses, como Angola e Moçambique, mas com destaque para
Lisboa (onde estavam mais de metade). No Porto, por exemplo, estava apenas uma
embarcação, o Vesta. Diversos vapores precisaram de reparações, já que, embora
sem incidentes, o processo de requisição confrontou-se com peças escondidas ou
danificadas pelas tripulações alemãs.
Figura 2 - Tomada portuguesa dos navios alemães
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A preparação do CEP para a Primeira Guerra
Mundial
O Corpo Expedicionário Português (CEP) foi a principal força militar portuguesa
em França, durante a 1ª Guerra Mundial, com a finalidade de, através da sua
participação ativa no esforço de guerra contra a Alemanha que também ameaçava os
seus territórios ultramarinos, conseguir apoios dos seus aliados e evitar a perda
daqueles territórios.
De notar que Portugal também enviou para França uma outra força, mais
reduzida e menos conhecida: o Corpo de Artilharia Pesada Independente (CAPI). O
CAPI destinou-se a responder a um pedido de ajuda francesa, ficando sob comando
do Exército Francês, sendo aí conhecido por Corps de Artillerie Lourde Portugaise
(CALP) e tendo operado artilharia super-pesada de caminho de ferro, com obuses de
320 mm, 240 mm e 190 mm. A partida de milhares de homens para a Flandres gerou,
no entanto, descontentamentos nacionais, avolumados pelos enormes gastos a
suportar pelo governo.
Em Portugal, foi o General Norton de Matos, Ministro da Guerra entre 1915 e
1917, com a colaboração do General Tamagnini, o responsável pela organização do
Corpo Expedicionário Português, no centro de instrução de Tancos (o chamado
milagre de Tancos) que tão depressa e tão bem (de acordo com relatórios oficiais) se
transformaram em soldados aptos e capazes para um conflito duro homens que,
pouco tempo antes, tinham uma vida civil, pacata e tranquila.
José Maria Mendes Ribeiro Norton de Matos nasceu a 23 de março de 1867
em Ponte de Lima no Reino de Portugal. Faleceu a 2 de janeiro de 1955 na mesma
terra em que nasceu. Norton Matos foi político e militar. Foi chefe de estado da 5ª
divisão militar. Era filho de Tomás Mendes Norton e Conceição de Matos Prego e
Sousa.
Figura 3 - Treino do CEP em Tancos
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O Armamento dos Portugueses
Portugal participou na guerra durante a sua segunda fase, a guerra de
trincheiras. Cada uma das forças em confronto procurava manter as suas posições no
terreno, impedindo-se mutuamente de avançar. Foi nesta fase que muitos dos novos
meios de combate foram utilizados: metralhadoras, tanques, canhões de longo
alcance, aviões de combate, granadas de mão e gases tóxicos.
Portugal usou, principalmente Armas de Mão (como o Luger), Rifles (como o
Mauser-Verqueiro), Metralhadoras (como a Lewis), e morteiros.
Figura 4 - Luger
Figura 6 - Rifle Lewis
Figura 5 - Morteiro Stokes
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O Regresso do CEP e as suas Consequências
Entre julho de 1914 e novembro de 1918, os portugueses participaram em três
frentes de combate: Angola, Moçambique e Flandres. Portugal tinha recentemente
implantado a república e a vida social, económica e política do país. Evidenciava uma
forte e natural instabilidade que foi acelerada pela cisão do velho Partido Republicano
Português e pelas diferentes tentativas de restauração da monarquia.
A 9 de março de 1916, a Alemanha declarou guerra a Portugal e foi então
criado o Corpo Expedicionário Português (CEP) e o Corpo de Artilharia Pesada
Independente (CAPI).
Ao longo dos anos de 1917 e 1918, o CEP participou em vários combates. A
sua intervenção não ficou separada da Batalha de La Lys, travada a 9 de abril de
1918. Foram momentos de horror e um dos maiores bombardeamentos para o Corpo
Expedicionário Português.
O CEP foi então destroçado pelo exército alemão. Com o final da guerra na
Europa, o exército alemão que se encontrava nessa altura na Rodésia, acabou por se
render apesar de nunca ter sido derrotado.
Para Portugal ficaram, além das grandes derrotas militares, as revoltas das
populações locais, que demoraram a ser reprimidas.
Figura 7 - Portugueses na 1ª Guerra Mundial
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Conclusão
Depois da tragédia vivida em La Lys e nesta guerra em geral, as tropas
portuguesas passaram a executar exclusivamente tarefas auxiliares. No final da
guerra, que terminou a 11 de novembro de 1918, Portugal "ganhou" algum território
em Moçambique. Ficou também decretado que Portugal receberia, por parte do
Império Alemão, compensações por crimes de guerra – que, até à data, não foram
pagas.