SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
1

O Suspeito
Era 1899 viradas do século, a cidade estava uma calmaria, tudo parecia estar bem,
quando finalmente aconteceu, o lugarejo ficou apavorado, pois nunca havia acontecido algo
igual naquele lufar, nas primeiras horas do ano de 1900 foi anunciado “JOVEM ENCONTRADA
MORTA AOS ARREDORES DA CIDADE.”. O som da frase no ouvido das pessoas era como pedra
de gelo que fazia o corpo todo tremer e congelar de pânico, O Motivo lógico era o estado em
que o corpo foi encontrado, o cadáver estava totalmente dilacerado tinha partes da jovem em
todos os lugares e uma enorme possa de sangue em volta do que ainda estava unido. Tudo
levava a crer que havia ocorrido ali um ataque de um animal selvagem, mas tinha aqueles
cujas teorias pareciam ser bem mais elaboradas como, por exemplo, o ataque de um
lobisomem ou na cidade tinha um estripador, ainda era sedo para confirmar a segunda teoria
pelos oficiais, mas os moradores não queriam saber, há pouco tempo na cidade havia se
hospedado na única pousada do lugar um estrangeiro, ele aparentava ter pelo menos uns
trinta e cinco anos um homem de poucas palavras suas roupas eram pretas a única cor que
usava botas de couro e um casaco tão escuro como a noite mais sombria do inverno ele usava
também um chapéu que o deixava com o aspecto ainda mais obscuro, seu cabelo parecia
louro, não dava para perceber exatamente, pois sempre quando era visto ele estava com seu
chapéu, além do que ele não saia muito durante o dia, suas caminhadas eram sempre
noturnas, eram raras as vezes que ele era visto saindo durante o dia.
Na pousada “Labeta” onde o forasteiro havia se hospedado a única que realmente
sabia seu nome era a senhorita Anastácia, a dona do estabelecimento. Anastácia era uma
jovem bela com seus vinte anos de vida, seu cabelo era negro como o ébano que ficava em um
contraste perfeito com seu rosto branco e seus olhos azuis como dois cristais brilhantes, mas o
que chamava a atenção na garota era seu rosto que parecia nunca ter sorrido, exatamente
quando ela completou seus dezoito anos de idade ela perdeu seu pai em uma caçada, o corpo
do homem foi encontrado nas mesmas condições em que a jovem da floresta, a mãe de
Anastácia fugiu com um cacheiro viajante quando a menina ainda era de colo, isso não parecia
impediu a dona da pousada de seguir em frente, afinal quando vivo seu pai a deixava com sua
vó ela ainda era muito pequena para desbravar a floresta com ele, aos poucos o senhor Clóvis,
esse era o nome de seu pai, começou a levar a menina em suas caçadas e pouco a pouco
Anastácia começou a aprender técnicas de sobrevivência, aos quatorze anos ela já sabia se
virar sozinha, seu pai desmoronou, começou a beber e com as bebedeiras vieram para a
menina infinitas noites de violência por parte de seu pai.
“Bizet” a jovem exclamou.
O homem de capa preta olhou de repente e foi de encontro à garota e perguntou. “O
que está acontecendo na cidade, por que tanto alvoroço?”.
Anastácia com um olhar de surpresa pelo visitante ainda não saber o a que esta
acontecendo responde. “Como assim, o senhor não sabe, não ouviu ser anunciado ontem que
uma mulher oi encontrada morta aos arredores da cidade, uma tragédia!”. Ela exclama.
E com a resposta da jovem, veio outra pergunta por parte do estrangeiro, “A senhorita
a conhecia?”.
Anastácia responde com que parecia ser uma expressão de horror em seu rosto. “Sim,
acho que sim, quero dizer nós não éramos amigas, eu apenas estudei um ano com ela, seu
nome acho que era Cassandra.”
A resposta de Anastácia convenceu o homem, que pensou “Como uma cidade tão
pequena e pacata poderia ter esse tipo de coisa.”. Em sua mente também algo que serviu para
lhe acalmar, “Claro só pode ter sido um ataque de animal, sim foi isso deve ter sido um lobo ou
algo assim.” ele pensou. Ao sair naquela noite o homem percebeu que as poucas pessoas que
estavam fora de suas casas o olhavam de forma diferente agora, com um olhar de medo, em
alguns grupos de pessoas ele conseguiu ouvir alguns cochichos, foi ai que ele percebeu que sua
estadia em paz na cidade estava ameaçada, as pessoas agora teriam medo dele, e ele não as
culpava afinal quem não desconfiaria de desconhecido recém-chegado.
O tempo foi passando, as pessoas foram voltando aos seus estados normais de nervos,
e estavam pensando que o que tinha ocorrido fora um caso isolado e que sim poderia ter sido
um ataque de animal, passou um mês e nada mais aconteceu, até que a meia noite do dia
primeiro de fevereiro daquele ano novamente os moradores foram acordado com gritos de
socorro, apenas um para ser exato e esse vinha exatamente do mesmo lugar de onde a outra
mulher fora encontrada, todos estavam apavorados novamente, nenhum morado em sua sã
consciência colocou um pé se quer para fora de suas moradias, os cachorros agora estavam
enlouquecidos, latiam para tudo que era sombra ou barulhos que a essa altura poderia ser
qualquer coisa, de um rato amedrontado ou ate mesmo o assassino ou animal que estava
fazendo aquilo. Ninguém mais conseguiu dormir naquela noite e esperam o sol raiar, e foi ai
que as pessoas começaram a se movimentar para saber o que tinha realmente acontecido
durante a noite. Todos sem exceções, mulheres, homens e crianças foram de encontro ao
lugar de onde veio o grito de terror, chegando lá uma criança avistou algo e disse “Olha ali
mamãe, uma perna de porco.” a mãe do garoto olha e mais de que de repente tampa a visão
de seu filho e começa a gritar “ALI, ALI, VEJAM É UMA PERNA HUMANA VEJA.” e.
Todos olharam e avistaram logo depois eles viram outra parte do corpo e outra e outra, ate
chegarem encontrar a cabeça que dessa vez tinha sido separada do troco, e um a um foi
reconhecendo de quem se tratava, era uma das mulheres que se vendia, ela morava em uma
casa onde morava apenas pessoas desse tipo, homens e mulheres. Os policiais chegaram ao
local do crime e tentaram recolher informações, coisa muito difícil nessa situação, de longe o
delegado Mozart avista o senhor Bizet, ele quando percebeu ser reconhecido pelo oficial,
franziu a testa deu de ombros e saiu do local, Bizet sabia que aquilo iria custa todo o resto de
sua estadia na cidade, mas ele não podia ficar ali, aquela cena lhe trazia recordações que ele
não gostava de lembrar.
Mas tarde na pousada um dos policiais chega e pergunta pelo estrangeiro e lhe
entrega uma intimação para que no dia seguinte ele possa comparecer a delegacia e prestar
esclarecimentos. À noite Bizet resolveu não jantar junto com os outros hospedes e assim fez,
ficou em seu quarto tomou apenas um chá que pediu para que Anastácia o servisse um pouco
mais cedo e foi tentar dormir coisa não foi muito frutífero, o homem virou na cama durante
toda a noite e a cada cochilo que tentava dar cenas horríveis tomava de conta de sua cabeça,
e assim a noite foi passando, o sol apareceu e assim como no jantar o homem resolveu não se
juntar ao demais, comeu apenas um maça da mesa de recepção e foi de encontro ao delegado,
chegando à delegacia o estrangeiro foi direto para sala de interrogação, foi ai que ele percebeu
que as coisas não andavam muito boas para ele, não outros além dele para dar depoimento,
ele pensou “Justamente o que eu pensava, eu sou o único suspeito pelas mortes...”.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (18)

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá  O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
 
Livro de lendas
Livro de lendasLivro de lendas
Livro de lendas
 
O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá - Primavera
O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá - PrimaveraO Gato Malhado e a Andorinha Sinhá - Primavera
O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá - Primavera
 
Na ponta de cada sonho, no despertar de cada dedo.
Na ponta de cada sonho, no despertar de cada dedo.Na ponta de cada sonho, no despertar de cada dedo.
Na ponta de cada sonho, no despertar de cada dedo.
 
A estação do outono
A estação do outonoA estação do outono
A estação do outono
 
A floresta
A florestaA floresta
A floresta
 
Contos
ContosContos
Contos
 
Viver
Viver Viver
Viver
 
O gato malhado e a andorinha sinhá ana maria e olivia- 8ºe
O gato malhado e a andorinha sinhá   ana maria e olivia- 8ºeO gato malhado e a andorinha sinhá   ana maria e olivia- 8ºe
O gato malhado e a andorinha sinhá ana maria e olivia- 8ºe
 
Mar Me Quer Resumo E Personagens
Mar Me Quer   Resumo E PersonagensMar Me Quer   Resumo E Personagens
Mar Me Quer Resumo E Personagens
 
Last PP - Julha
Last PP - JulhaLast PP - Julha
Last PP - Julha
 
Lendas e causos
Lendas e causosLendas e causos
Lendas e causos
 
Doc1
Doc1Doc1
Doc1
 
O gato-malhado-e-a-andorinha-sinha
O gato-malhado-e-a-andorinha-sinhaO gato-malhado-e-a-andorinha-sinha
O gato-malhado-e-a-andorinha-sinha
 
Joana
JoanaJoana
Joana
 
O gato malhado
O gato malhadoO gato malhado
O gato malhado
 
Mar me quer
Mar me querMar me quer
Mar me quer
 
Capitulo primavera inicio
Capitulo primavera inicioCapitulo primavera inicio
Capitulo primavera inicio
 

Semelhante a Massacre em labeta cap 1

Livro digital folclore professora suse mendes
Livro digital folclore professora suse mendesLivro digital folclore professora suse mendes
Livro digital folclore professora suse mendesSusete Rodrigues Mendes
 
Livro das Histórias Populares
Livro das Histórias PopularesLivro das Histórias Populares
Livro das Histórias PopularesDenilton Santos
 
Artur azevedo joão silva
Artur azevedo   joão silvaArtur azevedo   joão silva
Artur azevedo joão silvaTulipa Zoá
 
Alvorecer de um novo dia
Alvorecer de um novo diaAlvorecer de um novo dia
Alvorecer de um novo diaclaudiovcorreia
 
Carlos Castaneda - Segundo círculo do poder
Carlos Castaneda -  Segundo círculo do poderCarlos Castaneda -  Segundo círculo do poder
Carlos Castaneda - Segundo círculo do poderIndioê Alan Autovicz
 
MEMÓRIA E IDENTIDADE NAS NARRATIVAS ORAIS DA AMAZÔNIA
MEMÓRIA E IDENTIDADE NAS NARRATIVAS ORAIS DA AMAZÔNIAMEMÓRIA E IDENTIDADE NAS NARRATIVAS ORAIS DA AMAZÔNIA
MEMÓRIA E IDENTIDADE NAS NARRATIVAS ORAIS DA AMAZÔNIABreados Online
 
Projeto contos de arrepiar...
Projeto contos de arrepiar...Projeto contos de arrepiar...
Projeto contos de arrepiar...andrea
 
Um rouxinol cantou... (a nightingale sang) barbara cartland-www.livros grat...
Um rouxinol cantou... (a nightingale sang)   barbara cartland-www.livros grat...Um rouxinol cantou... (a nightingale sang)   barbara cartland-www.livros grat...
Um rouxinol cantou... (a nightingale sang) barbara cartland-www.livros grat...blackink55
 
Tijolo de seguranca carlos heitor cony
Tijolo de seguranca   carlos heitor conyTijolo de seguranca   carlos heitor cony
Tijolo de seguranca carlos heitor conyAriovaldo Cunha
 
Cão raivoso stephen king
Cão raivoso stephen kingCão raivoso stephen king
Cão raivoso stephen kingAdriana Dom
 
00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf
00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf
00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdfmichele moreira
 
O aprendiz e a senhora da lua negra
O aprendiz e a senhora da lua negraO aprendiz e a senhora da lua negra
O aprendiz e a senhora da lua negraNunes 777
 
Reconto da história o homem da nuvem escura
Reconto da história o homem da nuvem escuraReconto da história o homem da nuvem escura
Reconto da história o homem da nuvem escuraelsamariana
 
Literatura Infantil
Literatura InfantilLiteratura Infantil
Literatura Infantilhleite
 

Semelhante a Massacre em labeta cap 1 (20)

Livro digital folclore professora suse mendes
Livro digital folclore professora suse mendesLivro digital folclore professora suse mendes
Livro digital folclore professora suse mendes
 
Livro das Histórias Populares
Livro das Histórias PopularesLivro das Histórias Populares
Livro das Histórias Populares
 
Artur azevedo joão silva
Artur azevedo   joão silvaArtur azevedo   joão silva
Artur azevedo joão silva
 
O Feiticeiro
O FeiticeiroO Feiticeiro
O Feiticeiro
 
B n
B nB n
B n
 
Alvorecer de um novo dia
Alvorecer de um novo diaAlvorecer de um novo dia
Alvorecer de um novo dia
 
Alexandra ana rita_caroliny_o_branquinho
Alexandra ana rita_caroliny_o_branquinhoAlexandra ana rita_caroliny_o_branquinho
Alexandra ana rita_caroliny_o_branquinho
 
Oficinas de escrita
Oficinas de escritaOficinas de escrita
Oficinas de escrita
 
Carlos Castaneda - Segundo círculo do poder
Carlos Castaneda -  Segundo círculo do poderCarlos Castaneda -  Segundo círculo do poder
Carlos Castaneda - Segundo círculo do poder
 
Contos Tradicionais
Contos TradicionaisContos Tradicionais
Contos Tradicionais
 
MEMÓRIA E IDENTIDADE NAS NARRATIVAS ORAIS DA AMAZÔNIA
MEMÓRIA E IDENTIDADE NAS NARRATIVAS ORAIS DA AMAZÔNIAMEMÓRIA E IDENTIDADE NAS NARRATIVAS ORAIS DA AMAZÔNIA
MEMÓRIA E IDENTIDADE NAS NARRATIVAS ORAIS DA AMAZÔNIA
 
Projeto contos de arrepiar...
Projeto contos de arrepiar...Projeto contos de arrepiar...
Projeto contos de arrepiar...
 
Um rouxinol cantou... (a nightingale sang) barbara cartland-www.livros grat...
Um rouxinol cantou... (a nightingale sang)   barbara cartland-www.livros grat...Um rouxinol cantou... (a nightingale sang)   barbara cartland-www.livros grat...
Um rouxinol cantou... (a nightingale sang) barbara cartland-www.livros grat...
 
Tijolo de seguranca carlos heitor cony
Tijolo de seguranca   carlos heitor conyTijolo de seguranca   carlos heitor cony
Tijolo de seguranca carlos heitor cony
 
Cão raivoso stephen king
Cão raivoso stephen kingCão raivoso stephen king
Cão raivoso stephen king
 
00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf
00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf
00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf
 
Lendas e causos
Lendas e causosLendas e causos
Lendas e causos
 
O aprendiz e a senhora da lua negra
O aprendiz e a senhora da lua negraO aprendiz e a senhora da lua negra
O aprendiz e a senhora da lua negra
 
Reconto da história o homem da nuvem escura
Reconto da história o homem da nuvem escuraReconto da história o homem da nuvem escura
Reconto da história o homem da nuvem escura
 
Literatura Infantil
Literatura InfantilLiteratura Infantil
Literatura Infantil
 

Último

AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptxLinoReisLino
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfCD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfManuais Formação
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.MrPitobaldo
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 

Último (20)

AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfCD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 

Massacre em labeta cap 1

  • 1.
  • 3. Era 1899 viradas do século, a cidade estava uma calmaria, tudo parecia estar bem, quando finalmente aconteceu, o lugarejo ficou apavorado, pois nunca havia acontecido algo igual naquele lufar, nas primeiras horas do ano de 1900 foi anunciado “JOVEM ENCONTRADA MORTA AOS ARREDORES DA CIDADE.”. O som da frase no ouvido das pessoas era como pedra de gelo que fazia o corpo todo tremer e congelar de pânico, O Motivo lógico era o estado em que o corpo foi encontrado, o cadáver estava totalmente dilacerado tinha partes da jovem em todos os lugares e uma enorme possa de sangue em volta do que ainda estava unido. Tudo levava a crer que havia ocorrido ali um ataque de um animal selvagem, mas tinha aqueles cujas teorias pareciam ser bem mais elaboradas como, por exemplo, o ataque de um lobisomem ou na cidade tinha um estripador, ainda era sedo para confirmar a segunda teoria pelos oficiais, mas os moradores não queriam saber, há pouco tempo na cidade havia se hospedado na única pousada do lugar um estrangeiro, ele aparentava ter pelo menos uns trinta e cinco anos um homem de poucas palavras suas roupas eram pretas a única cor que usava botas de couro e um casaco tão escuro como a noite mais sombria do inverno ele usava também um chapéu que o deixava com o aspecto ainda mais obscuro, seu cabelo parecia louro, não dava para perceber exatamente, pois sempre quando era visto ele estava com seu chapéu, além do que ele não saia muito durante o dia, suas caminhadas eram sempre noturnas, eram raras as vezes que ele era visto saindo durante o dia. Na pousada “Labeta” onde o forasteiro havia se hospedado a única que realmente sabia seu nome era a senhorita Anastácia, a dona do estabelecimento. Anastácia era uma jovem bela com seus vinte anos de vida, seu cabelo era negro como o ébano que ficava em um contraste perfeito com seu rosto branco e seus olhos azuis como dois cristais brilhantes, mas o que chamava a atenção na garota era seu rosto que parecia nunca ter sorrido, exatamente quando ela completou seus dezoito anos de idade ela perdeu seu pai em uma caçada, o corpo do homem foi encontrado nas mesmas condições em que a jovem da floresta, a mãe de Anastácia fugiu com um cacheiro viajante quando a menina ainda era de colo, isso não parecia impediu a dona da pousada de seguir em frente, afinal quando vivo seu pai a deixava com sua vó ela ainda era muito pequena para desbravar a floresta com ele, aos poucos o senhor Clóvis, esse era o nome de seu pai, começou a levar a menina em suas caçadas e pouco a pouco Anastácia começou a aprender técnicas de sobrevivência, aos quatorze anos ela já sabia se virar sozinha, seu pai desmoronou, começou a beber e com as bebedeiras vieram para a menina infinitas noites de violência por parte de seu pai. “Bizet” a jovem exclamou. O homem de capa preta olhou de repente e foi de encontro à garota e perguntou. “O que está acontecendo na cidade, por que tanto alvoroço?”.
  • 4. Anastácia com um olhar de surpresa pelo visitante ainda não saber o a que esta acontecendo responde. “Como assim, o senhor não sabe, não ouviu ser anunciado ontem que uma mulher oi encontrada morta aos arredores da cidade, uma tragédia!”. Ela exclama. E com a resposta da jovem, veio outra pergunta por parte do estrangeiro, “A senhorita a conhecia?”. Anastácia responde com que parecia ser uma expressão de horror em seu rosto. “Sim, acho que sim, quero dizer nós não éramos amigas, eu apenas estudei um ano com ela, seu nome acho que era Cassandra.” A resposta de Anastácia convenceu o homem, que pensou “Como uma cidade tão pequena e pacata poderia ter esse tipo de coisa.”. Em sua mente também algo que serviu para lhe acalmar, “Claro só pode ter sido um ataque de animal, sim foi isso deve ter sido um lobo ou algo assim.” ele pensou. Ao sair naquela noite o homem percebeu que as poucas pessoas que estavam fora de suas casas o olhavam de forma diferente agora, com um olhar de medo, em alguns grupos de pessoas ele conseguiu ouvir alguns cochichos, foi ai que ele percebeu que sua estadia em paz na cidade estava ameaçada, as pessoas agora teriam medo dele, e ele não as culpava afinal quem não desconfiaria de desconhecido recém-chegado. O tempo foi passando, as pessoas foram voltando aos seus estados normais de nervos, e estavam pensando que o que tinha ocorrido fora um caso isolado e que sim poderia ter sido um ataque de animal, passou um mês e nada mais aconteceu, até que a meia noite do dia primeiro de fevereiro daquele ano novamente os moradores foram acordado com gritos de socorro, apenas um para ser exato e esse vinha exatamente do mesmo lugar de onde a outra mulher fora encontrada, todos estavam apavorados novamente, nenhum morado em sua sã consciência colocou um pé se quer para fora de suas moradias, os cachorros agora estavam enlouquecidos, latiam para tudo que era sombra ou barulhos que a essa altura poderia ser qualquer coisa, de um rato amedrontado ou ate mesmo o assassino ou animal que estava fazendo aquilo. Ninguém mais conseguiu dormir naquela noite e esperam o sol raiar, e foi ai que as pessoas começaram a se movimentar para saber o que tinha realmente acontecido durante a noite. Todos sem exceções, mulheres, homens e crianças foram de encontro ao lugar de onde veio o grito de terror, chegando lá uma criança avistou algo e disse “Olha ali mamãe, uma perna de porco.” a mãe do garoto olha e mais de que de repente tampa a visão de seu filho e começa a gritar “ALI, ALI, VEJAM É UMA PERNA HUMANA VEJA.” e. Todos olharam e avistaram logo depois eles viram outra parte do corpo e outra e outra, ate chegarem encontrar a cabeça que dessa vez tinha sido separada do troco, e um a um foi reconhecendo de quem se tratava, era uma das mulheres que se vendia, ela morava em uma casa onde morava apenas pessoas desse tipo, homens e mulheres. Os policiais chegaram ao local do crime e tentaram recolher informações, coisa muito difícil nessa situação, de longe o delegado Mozart avista o senhor Bizet, ele quando percebeu ser reconhecido pelo oficial, franziu a testa deu de ombros e saiu do local, Bizet sabia que aquilo iria custa todo o resto de sua estadia na cidade, mas ele não podia ficar ali, aquela cena lhe trazia recordações que ele não gostava de lembrar.
  • 5. Mas tarde na pousada um dos policiais chega e pergunta pelo estrangeiro e lhe entrega uma intimação para que no dia seguinte ele possa comparecer a delegacia e prestar esclarecimentos. À noite Bizet resolveu não jantar junto com os outros hospedes e assim fez, ficou em seu quarto tomou apenas um chá que pediu para que Anastácia o servisse um pouco mais cedo e foi tentar dormir coisa não foi muito frutífero, o homem virou na cama durante toda a noite e a cada cochilo que tentava dar cenas horríveis tomava de conta de sua cabeça, e assim a noite foi passando, o sol apareceu e assim como no jantar o homem resolveu não se juntar ao demais, comeu apenas um maça da mesa de recepção e foi de encontro ao delegado, chegando à delegacia o estrangeiro foi direto para sala de interrogação, foi ai que ele percebeu que as coisas não andavam muito boas para ele, não outros além dele para dar depoimento, ele pensou “Justamente o que eu pensava, eu sou o único suspeito pelas mortes...”.