1. A adubação potássica deve ser realizada de acordo com análises de solo e foliar para avaliar a nutrição da cultura. O potássio é o segundo elemento mais requerido pela soja.
2. O potássio é extraído de minerais como silvita, silvinita e langbeinita e desempenha funções importantes na planta como resistência a doenças e seca.
3. A deficiência de potássio causa sintomas de amarelamento nas bordas das folhas e reduz a produtiv
2. 1-INTRODUÇÃO
As adubações potássicas devem ser realizadas conforme
dados de análises químicas do solo e análise química foliar
para posteriormente avaliação nutricional da cultura
(Embrapa, 1999).
O potássio (K) é o segundo elemento mais requerido pela
cultura da soja.
1 tonelada de grãos a soja exporta aproximadamente 17 kg
de K (Cantarella et al., 1996).
Potássio
3. POTÁSSICOS
- Fontes econômicas: camadas
sedimentares de sal,
remanescentes de antigos mares
interiores (depósitos
evaporativos), ou em lagos de sal
e salmouras naturais.
- O potássio é extraído de minerais, sendo mais comuns:
Silvita (KCl)
Silvinita (KCl + NaCl)
Hartsaltz (depósitos de mineral com sais de sulfato)
Langbeinita (K2SO4.MgSO4)
4. A baixa disponibilidade de potássio
Sem o aparecimento visual da deficiência
Causa a “fome oculta” --- a redução na taxa de
crescimento da planta com redução da produção.
5. Quando a deficiência é mais severa
Aparecimento dos sintomas visuais
começa com um mosqueado amarelado
nas bordas dos folíolos das folhas da
parte inferior da planta.
6. Sintoma e Deficiência
Evita o acamamento e aumenta a resistência do Tecído;
Afeta a produção de amido, açucar e proteínas;
Maior vigor e resistência ás doenças;
Diminui o número de grãos “chochos”;
Maior resistência a seca e a geada;
7. Elemento
Suficiente ou
média
Martins: áreas
com 3.600
kg/ha
Flannery:
7.963 kg/ha
- - - - - - - - - - - - - - - - g/kg - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
N 45,1-55,0 46,4 3,7 53,3
P 2,6-5,0 2,5 0,3 3,6
K 17,1-25,0 18,7 2,4 21,9
Ca 3,6-20,0 7,9 1,7 10,2
Mg 2,6-10,0 3,3 0,6 3,3
S 2,1-4,0 2,5 0,3 2,4
- -- - - - - - - - - - -- mg/kg - - - - - - - - - - - - -
B 21-55 51 10 46
Cu 10-30 8 1,8 12
Fe 51-350 100 34 144
Mn 21-100 35 12 30
Mo 1-5 - -
Zn 21-50 45 10 48
Tabela de concetração de nutrientes, usadas na
interação dos resultados de análise de folha
Diagnose Foliar
8. A seguinte recomendação é feita por Small e Ohlrogge
(1973) quanto à época e a folha a ser amostrada:
(1). cultivares de crescimento determinado: no início do
florescimento, antes do aparecimento visível das vagens;
(2). cultivares de crescimento indeterminado: no meio do
período de florescimento;
(3). em ambos os casos, coletar 30 a 50 trifólios
recentemente maduros, em geral o terceiro ou quarto trifólio de
cima para baixo, sem o pecíolo.
Amostragem de folhas
10. 1 Numeros de partes solubilizadas em 100 partes de H2 O. 2 É o aumento de pressão
osmotica da solução do solo provcada pela salinidade do adubo.
Composição e solubilidade dos fertilizantes potássicos
11. Potassio no solo
O potássio no solo é absorvido em grandes quantidades pelas
plantas. (apenas o N é superior ao Potássio).
Em solos cultivados é encontrados em quantidade de 7 a 15.000
Kg/ha, mas desse total só 1 a 2% (70 a 300 kg) encontra-se soluvel.
12. Potassio no solo
Potássio não disponível Þ É encontrado em minerais (rochas). É liberado à
medida que os minerais do solo são intemperizados (lenta).
Potássio lentamente disponível Þ É aquele “fixado” ou retido entre as
lâminas de certas argilas do solo.
Potássio disponível Þ É formado pelo K encontrado na solução do solo
mais o K adsorvido, em forma trocável, pela matéria orgânica e pela argila
do solo.
13. K estrutural – 90% a 98%
K trocável – 1% a 8%
K em solução – 0,1% a 0,2%
Formas de Potássio no solo
K “fixado” nas camadas das argila expansivas do tipo 2:1
K ligado as cargas negativas da CTC do solo, disponível para suprir a
solução do solo.
ligado as cargas negativas da CTC do solo, disponível para suprir a solução
do solo.
15. Importancia da Calagem
Fornece mais sitios de troca para retenção do K
Isto porque a calagem promove o aumento das concentrações de Ca e
Mg do solo, relativamente a do K, podendo reduzir a absorção de pelas
raízes e provocar sua deficiência GOEDERT et al., 1975, citado por
OLIVEIRA et al., 2001).
Pois a disponibilidade de K no solo e a sua absorção estar relacionadas
com a disponibilidade de Ca e Mg no solo (OLIVEIRA et al., 2001).
0
5
10
15
20
25
0-15 15-30 30-45 45-60
Solo Virgem
Após 11 meses
16. Segundo, Castro e Meneghelli (1989), avaliando a relação K, Ca e
Mg, concluíram que os teores de K isolados no solo não dão uma
informação correta das necessidades de adubação potássica.
Importancia da Calagem
0
5
10
15
20
25
30
35
0 0 - 15 15 - 30 30 - 45 45 - 60 60 - 75 75 - 90 90 -105
K+extraivel
Relação Ca Mg/K
0 ton
4,0 ton
Doses elevadas de potássio diminuira a absorção de Ca/Mg
17. Época de maior absorção e aplicações de K
K+
Nas culturas anuais a adubação é feita no plantio e em cobertura;
O adubo não deve entrar em contato com a semente o
com a muda;
As aplicações em cobertura e parcelada realizadas aos 30 dias após o
plantio poderiam proporcionar aumento na Produtividade.
Considerando-se que a maior taxa de absorção de K dá-se na fase vegetativa, em
período compreendido entre 44 e 63 dias após emergência
20. Potassagem quando fazer
Em relação ao teor de K do solo, concluiu-se que se o teor de K for <
0,10 cmolc dm-3 a soja não pode ser cultivada sem adubação corretiva e
de manutenção
Quanto ao teor de K de folhas do terço superior na época da floração K <
12,59 g kg-1 e que há grande probabilidade de haver limitação na produção
de grãos
K+ Acima de 50 kg ha-1 ou quando o teor de argila for < 40%, fazer a adubação
de 1/3 da quantidade total indicada na semeadura e 2/3 em cobertura, 30 a 40
dias ápos a semeadura.
21. Que Dose Usar
Para se obter produtividade de 2.500 a 3.000 kg/ha, adubação corretiva
de 150 a 200 kg de K2O/ha, mais adubação de manutenção de 80 kg
de K2O/ha.ano.
(cmolc dm-3) K-extorável (Melich 1)(ppm)
K2O a aplicar
(kg/ha-1)
< 0,06
0,07-0,13
> 0,13
0 a 25
26 a 50
+ 50
100
50
0
Teor de K
(*) Após atingir o nível de K acima desse valor, recomenda-se uma adubação de manutenção
de 20 kg de K2O/t de grãos de soja.
22. 1. Maior vigor e resistência às doenças;
2. Evita o acamamento e aumenta a resistência do tecido;
3. Diminui o número de grãos"chochos";
4. Maior resistência a seca e a geada
Vantagens
1. Indíce Salino Alto com doses acima de 100 Kg/ha de KCl
2. Se o KCl próximo da semente a germinação poderá ficar prejudicada;
3. Afeta a produção de amido, açúcar e proteínas;
4. Adubações com doses elevadas de KCl podem induzir o aparecimento de
sintomas de toxidez, caracterizado-se por queima dos borduras das folhas
pelo íon cloro.(MASCARENHAS et. ali,. 1976)
Desvantagens
23. Adubação corretiva
> Consumo Taxa Vegetativa = 1,20 Kg ha-1 / dia
1000 kg de sementes 28 kg de K
60 % Colheita
40% M.O
o que é importante do ponto de vista econômico e ambiental.
Solos com textura média e arenosa
Teores de K disponivel tendem a declinar rapida mente com as sucessivas colheitas
24. Teor de K Interpretação Corretiva total Corretiva gradual
-------mg/kg ---------- -------------------- Kg de K2O/ha-----------------
CTC a pH 7,0 menor do que 4,0 cmolc/dm3
≤15 Baixo 50 70
16 a 30 Médio 25 60
31 a 40 Adequado1 0 0
>40 Alto2 0 0
CTC a pH 7,0 igual ou maior do que 4,0 cmol/dm
≤ 25 Baixo 100 80
26 a 50 Médio 50 60
51 a 80 Adequado1 0 0
> 80 Alto2 0 0Fonte adaptado de Sousa & Lobato (1996).
De acordo com a analise quimica do solo ; Solos com CTC a pH 7,0 menor do que 4,0 cmol-
c/dm3; Solos com CTC a pH 7,0 maior ou igual a 4,0 cmolc /dm3, Nesse caso, recomenda-
se o parcelamento para a doses acima de 40 kg/ha de K2O ou sua aplicação a lanço. Doses de
potássio acima de 100 kg/ha de K2O, indepedentemente da CTC do solo, devem ser,
preferencialmente, parceladas ou aplicadas a lanço.
Adubação corretiva
25. Disponibilidade de K1
-----------------------K2O (Kg ha -1)2 --------------------
Baixa Média Alta
120 80 40
Produtividade
de grãos
esperada t/ha -
1
K+ trocável (mmolc dm -3)
< 0,8 0,8 a 1,5 1,5 a 3,0 > 30
------------------------------- K2O Kg ha-1-------------------------------------
-
< 2,0
2,0 a 2,5
2,5 a 3,0
3,0 a 3,5
> 3,5
60
70
70
80
80
40
50
50
60
60
20
30
50
50
60
0
20
20
30
40
Adubação mineral de semeadura de soja para o estado de Sao Paulo.
Adubação de Potássio para o estado de Minas Gerais
Fonte: Mascarenhas e Tanaka (1996)
Fontes : Novais (1999) e Embrapa (2006b)
26. Resposta da Cultura
Alta demanda pela cultura média de 6,64 kg de K/dia;
Demanda pela produção do teor de Óleo no Grão;
Deficiência K inibe o transporte de carbohidratos;
K+
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
0 50 100
soja
Resistencia a pragas e doenças;
Varias Funções Ezimaticas;
27. Avaliação Economica
A adubação corretiva só deve ser considerada se a área vier a ser
cultivada por um prazo de 5 anos com culturas anuais que tenham
potencial de resposta ao fosforo, como o milho, soja, feijão e trigo.
28. Avaliação Economica
No entanto as produtividades foram crescentes conforme se aumentou as
doses de potássio em cobertura, apresentando uma curva linear crescente
dentro das doses utilizadas no experimento (Gráfico 1).
29. Avaliação Economica
Conclusão
•Aplicação de potássio em cobertura aumenta a produtividade
da soja de forma crescente dentro dos valores de doses
recomendadas.
•Assim para a expectativa de produção for de 3000 kg/ha de
grãos, deve se aplicar 60 kg de K2O/ha, pois a soja exporta
cerca de 20 kg de K2O em cada toneladas de grãos.
•Para cada quilo de K2O aplicado ao solo a soja produzirá 8,4
Kg de grãos a mais do que o solo sem adução potássica ou
seja um lucro de 11 scs de soja / ha.