Este documento descreve uma atividade educativa que leva alunos do ensino secundário de uma escola a um museu de arte. Os alunos são divididos em grupos e desafiados a encontrar uma pintura específica no museu usando pistas. Depois de encontrar a pintura, os grupos preenchem uma ficha técnica e respondem a perguntas sobre a obra. Posteriormente, os alunos criam atividades interdisciplinares relacionadas à pintura.
1. DA ESCOLA AO MUSEU: CRIATIVIDADE, ARTE E HISTÓRIA EM DESCOBERTA
MNAA/CFJS | 2011
Registo de Recurso Didático – Da Escola ao Museu
TítTeTema do trabalho:
A Educação no Espaço do Museu: a aprendizagem pela descoberta
Unidade: Designação da Unidade Didática
“ A Cultura do Palco” - A Pintura Barroca
Destinatários: Duração da atividade: Data de Recepção:
1 aula de 45m de pré 10-10-2011
Alunos do preparação na escola
Ensino Secundário 1 aula de 90m no museu
1 aula de 90m para
apresentação dos trabalhos e
avaliação
Introdução:
A pintura barroca europeia compreende um período de tempo – de 1600 a 1730 –
40, que se situa entre o Maneirismo e o Rococó. Nasceu em Itália e foi fruto da Contra-
Reforma tendo como objetivo particular captar, pela emoção, a fé das multidões, ao
contrário do Renascimento, que utilizou a razão. É de uma grande heterogeneidade
estilística o que atesta a grande variedade cultural e social de cada região, bem como a
formação e atributos particulares de cada artista.
Mattias Preti e a sua obra S. Paulo Primeiro Eremita é, na nossa opinião, um digno
representante desse período, pela intensidade do contraste luz /sombra utilizados e pela
emoção que provoca no espetador, sem esquecer a simbologia, verdadeiro desafio ao
observador.
O autor atrai a atenção do observador para determinadas zonas do quadro,
orientando a leitura da obra, utiliza uma luz rasante e descontínua, típica do Barroco,
iluminando, o personagem principal da cena e deixando o resto da composição numa
semipenumbra. Assim sendo, é nosso objetivo conseguir que os alunos façam a
descoberta, localizando o quadro no Museu, de forma lúdica, e com apelo à curiosidade a
partir da narrativa apresentada na aula e seguindo um conjunto de pistas.
O ponto de partida é resolver o enigma – “Antiguidade versus Modernidade”.
Objetivos pedagógicos:
• Atenuar o verbalismo das aulas,
• Enriquecer a experiência do aluno: o Museu como local de aprendizagem e
conhecimento em contexto;
• Analisar uma obra como um documento que se insere no contexto de uma época;
• Divulgar e partilhar conhecimentos através do envolvimento direto com a obra;
• Desenvolver o espírito de observação: colheita de dados, análise, crítica, etc
• Proporcionar momentos de convivência, sentido de camaradagem e cooperação
(turma, escola, docentes);
• Desenvolver a sensibilidade estética através da apreciação e produção de criações
artísticas.
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Registo Final – Ação de Formação: Da Escola ao Museu – 2011
2. DA ESCOLA AO MUSEU: CRIATIVIDADE, ARTE E HISTÓRIA EM DESCOBERTA
MNAA/CFJS | 2011
• Motivar a comunidade escolar para a descoberta da obra de arte e
consequentemente dos Museus,
• Levar o Museu à Escola e a Escola ao Museu de uma forma leve e divertida
Ferramentas e Recursos:
- contexto da aula:
• Impressão da Fábula: “O Eremita e o Corvo”
- no Museu:
• Um guião contendo:
1. a planta do piso 1 (do Museu Nacional de Arte Antiga) com 3 a 4 pistas (peças
situadas nas salas circundantes àquela em que se encontra o quadro);
2. ficha técnica da obra para completar
3. questionário orientado para a observação e análise da obra.
Operacionalização:
Antes da visita ao Museu de Arte Antiga, o professor procede à formação dos
grupos de trabalho e à leitura do conto/fábula criado(a).
No dia da Visita de Estudo: Tendo como ponto de partida o enigma/pista
«antiguidade versus modernidade»; cada grupo, tendo na sua posse a planta do 1º
piso do Museu com diversas pistas, faria uma «Caça ao tesouro/quadro», tentando
identificar a obra e o lugar onde ela se encontra. Durante o percurso, cada grupo
registaria, na planta do Museu, previamente entregue, o percurso efetuado e a localização
da respetiva obra.
Após a localização e identificação da obra em estudo, cada grupo preencherá a
«Ficha técnica da obra» [Qual o autor da obra? Quais as datas referenciadas? Qual o
título? Qual o suporte e técnica de pintura utilizada? Qual o número de referência na
coleção do Museu?...]
Seguidamente cada grupo preencheria o questionário de observação e análise
[descrição do que está representado, enquadramento da cena; caracterização do
personagem (atitude, vestuário…), objetos, símbolos, cor, luz, sombra…]
Avaliação:
Tendo por base a obra, o contexto histórico-cultural da época em que se insere e
as sensações despertadas após a sua análise, os alunos, em grupo, desenvolveriam
posteriormente atividades multidisciplinares, nomeadamente: a biografia do pintor; estudo
do contexto histórico-cultural em que se enquadra a obra; interpretação do quadro;
apreciação do conteúdo estético da obra; descoberta da simbologia a ele associada;
reconstituições lúdicas da obra; dramatização tendo por base o seu conteúdo ou o
(re)conto da história; puzzles e jogos que fariam parte de uma exposição onde se
apresentaria os resultados do trabalho desenvolvido pelas diferentes disciplinas
envolvidas. Procurar-se-ia apelar à curiosidade do “outro” (o observador), levando-o à
redescoberta do Museu.
Observações:
A história/conto/fábula poderá ser reformulada adequando-a ao nível etário do
público-alvo.
Texto convertido pelo conversor da Porto Editora, respeitando o Acordo Ortográfico de 1990.
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Registo Final – Ação de Formação: Da Escola ao Museu – 2011