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HISTÓRIA, ARTE E CRIATIVIDADE: DAS TECNOLOGIAS À APRENDIZAGEM EM CONTEXTO

                                                     2011/2012




          Registo Atividade em Aula – História, Arte e Criatividade
Título/Tema do trabalho:
O Porto no contexto da política regeneradora a partir do quadro de Eduardo Viana “ A ponte de
D. Maria, vista do Porto”

Unidade/Subunidade: Designação da Unidade/Subunidade Didática (se aplicável):
Tema H- A civilização industrial no século XIX

Destinatários:                Duração da atividade:                   Museu Nacional de Soares dos
                                                                      reis | 2012
8º ano de escolaridade        Um dia



Introdução:
Escolhemos este quadro como ponto de partida para abordar a cidade do Porto durante a Regeneração.
Esta obra cativou-nos pelo tema, pela cor e pela composição. Percebemos de imediato, que poderia ser a “ponte”
para lecionar diferentes conteúdos da História: o incremento dos transportes, feedback da arquitetura do ferro, a
dependência do estrangeiro, a industrialização, o atraso da agricultura e a emigração.
Iniciamos com a dramatização da narrativa visual tendo em vista despertar a curiosidade, imaginação e
criatividade dos alunos.
Este tema poderá ser trabalhado em articulação com as disciplinas de Língua Portuguesa, ET, EV e EF.

Objetivos pedagógicos:
- Desenvolver o gosto pela História Local e pela micro História.
- Valorizar a observação, a conservação e análise do património.
- Compreender a cor enquanto elemento visual.
- Promover o ensino da História pela descoberta.

Ferramentas e Recursos:
Quadro “A ponte D. Maria, vista do Porto”, narrativa visual/dramatização, material multimédia, esculturas, roteiro e
máquina fotográfica.

Operacionalização:
Aula/visita de estudo que começa no Museu Nacional Soares dos Reis, perante o quadro escolhido, onde se
dramatizará a narrativa visual, utilizando as estratégias do VTS. Seguimos para a Galeria Soares dos Reis e
apresentamos aos discentes as esculturas de Fontes Pereira de Melo e Hintze Ribeiro.
À saída do museu, será entregue aos alunos, um roteiro com um percurso definido em direção à Ribeira do Porto.
Durante esta viagem pedestre serão efetuadas breves paragens/explicações nos seguintes locais:
- Alfandega (emigração, economia portuguesa/portuense);
- Mercado Ferreira Borges/ Associação Comercial do Porto (comércio interno);
- Pontes sobre o Douro, destacando a de D. Maria e a de D. Luís;
- Estação de S.Bento, onde terminamos com uma curta e agradável viagem de comboio com destino a Espinho.

Avaliação:
Observação e acompanhamento dos alunos durante a atividade. A partir da reportagem fotográfica, cada grupo
selecionará uma imagem para servir de base à criação da sua narrativa visual.
                                                                                                                   1
              Registo Final – Ação de Formação: História, Arte e Criatividade – 2011/2012
HISTÓRIA, ARTE E CRIATIVIDADE: DAS TECNOLOGIAS À APRENDIZAGEM EM CONTEXTO

                                                      2011/2012


Reflexão Individual:
Esta ação permitiu-me ”renascer”, ou melhor, fazer despertar em mim sentimentos, capacidades e emoções
adormecidas. Haverá um culpado para o esquecimento? A idade? A rotina? O conformismo? A escassez de
tempo? Talvez tudo conjugado seja a resposta. Mas agora, com esta preciosa orientação, acredito que posso
construir hábitos e rotinas diferentes, partir da criatividade e utilizar a arte como estratégia do ensino da História,
nas suas diversas vertentes. Será o início de uma nova aventura onde a imaginação e criatividade ganharão umas
asas novas e diferentes.


Esta ação de formação mostrou-me uma perspetiva diferente de olhar uma Obra de Arte, fez-me pensar sobre a
minha prática letiva e refletir sobre a melhor forma de estimular a criatividade e a iniciativa individual dos meus
alunos, de valorizar o tempo de aula com mais espaços de efetivo envolvimento e experiências de aprendizagem
diversificadas.


Uma obra de arte provoca, geralmente, emoções (paixão? alegria? tristeza? vergonha? medo? raiva? etc.).
Reflete a maneira de sentir e de pensar de um artista, mas também da época em que foi criada (Revolução dos
transportes, arquitetura do ferro, emigração). A narrativa visual torna-se um meio fundamental para despertar a
criatividade, a curiosidade, o espírito crítico e a imaginação dos nossos alunos. Ajuda-nos a “usufruir” melhor da
nossa História. A narrativa elaborada pelo nosso grupo será, sem dúvida, o ponto de partida para muitas outras…


“Fazer pensar é tudo. E a agitação é a única alavanca que pode deslocar esse mundo: pois que agitar quer dizer
instruir, ensinar, convencer e acordar”. Alberto Sampaio, Historiador, 1884

Abordar a História numa perspetiva de educação pela arte estimula o desenvolvimento do sentimento estético, do
espírito crítico e criativo dos nossos alunos. Poderá agitá-los e acordá-los da apatia em que muitas vezes
mergulham, imersos em tanta tecnologia, dando-lhes ferramentas para enfrentar um Mundo cada vez mais
globalizado.
A narrativa visual construída pelo grupo poderá ser a ponte para diferentes abordagens no âmbito da disciplina de
História da Cultura e das Artes do 11º ano - arquitetura do ferro e do vidro, importância do caminho de ferro e da
gare, análise da biografia de Gustave Eiffel, Eduardo Viana no contexto do modernismo português.

                                                                                                                      )

A atividade decorreu de acordo com a sua planificação prévia. Os objetivos apontados foram amplamente
alcançados. Ficou evidente a mais valia da narrativa visual enquanto estratégia/recurso didático. A sua utilização
captou a atenção, suscitou a concentração e o entusiasmo, revelou a capacidade criativa dos formandos. Este
"novo olhar" despertou um novo interesse pela obra de arte e pela sua abordagem, abriu caminho para outra
perspetiva do ensino da História




                                                                                                                     2
               Registo Final – Ação de Formação: História, Arte e Criatividade – 2011/2012

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  • 1. HISTÓRIA, ARTE E CRIATIVIDADE: DAS TECNOLOGIAS À APRENDIZAGEM EM CONTEXTO 2011/2012 Registo Atividade em Aula – História, Arte e Criatividade Título/Tema do trabalho: O Porto no contexto da política regeneradora a partir do quadro de Eduardo Viana “ A ponte de D. Maria, vista do Porto” Unidade/Subunidade: Designação da Unidade/Subunidade Didática (se aplicável): Tema H- A civilização industrial no século XIX Destinatários: Duração da atividade: Museu Nacional de Soares dos reis | 2012 8º ano de escolaridade Um dia Introdução: Escolhemos este quadro como ponto de partida para abordar a cidade do Porto durante a Regeneração. Esta obra cativou-nos pelo tema, pela cor e pela composição. Percebemos de imediato, que poderia ser a “ponte” para lecionar diferentes conteúdos da História: o incremento dos transportes, feedback da arquitetura do ferro, a dependência do estrangeiro, a industrialização, o atraso da agricultura e a emigração. Iniciamos com a dramatização da narrativa visual tendo em vista despertar a curiosidade, imaginação e criatividade dos alunos. Este tema poderá ser trabalhado em articulação com as disciplinas de Língua Portuguesa, ET, EV e EF. Objetivos pedagógicos: - Desenvolver o gosto pela História Local e pela micro História. - Valorizar a observação, a conservação e análise do património. - Compreender a cor enquanto elemento visual. - Promover o ensino da História pela descoberta. Ferramentas e Recursos: Quadro “A ponte D. Maria, vista do Porto”, narrativa visual/dramatização, material multimédia, esculturas, roteiro e máquina fotográfica. Operacionalização: Aula/visita de estudo que começa no Museu Nacional Soares dos Reis, perante o quadro escolhido, onde se dramatizará a narrativa visual, utilizando as estratégias do VTS. Seguimos para a Galeria Soares dos Reis e apresentamos aos discentes as esculturas de Fontes Pereira de Melo e Hintze Ribeiro. À saída do museu, será entregue aos alunos, um roteiro com um percurso definido em direção à Ribeira do Porto. Durante esta viagem pedestre serão efetuadas breves paragens/explicações nos seguintes locais: - Alfandega (emigração, economia portuguesa/portuense); - Mercado Ferreira Borges/ Associação Comercial do Porto (comércio interno); - Pontes sobre o Douro, destacando a de D. Maria e a de D. Luís; - Estação de S.Bento, onde terminamos com uma curta e agradável viagem de comboio com destino a Espinho. Avaliação: Observação e acompanhamento dos alunos durante a atividade. A partir da reportagem fotográfica, cada grupo selecionará uma imagem para servir de base à criação da sua narrativa visual. 1 Registo Final – Ação de Formação: História, Arte e Criatividade – 2011/2012
  • 2. HISTÓRIA, ARTE E CRIATIVIDADE: DAS TECNOLOGIAS À APRENDIZAGEM EM CONTEXTO 2011/2012 Reflexão Individual: Esta ação permitiu-me ”renascer”, ou melhor, fazer despertar em mim sentimentos, capacidades e emoções adormecidas. Haverá um culpado para o esquecimento? A idade? A rotina? O conformismo? A escassez de tempo? Talvez tudo conjugado seja a resposta. Mas agora, com esta preciosa orientação, acredito que posso construir hábitos e rotinas diferentes, partir da criatividade e utilizar a arte como estratégia do ensino da História, nas suas diversas vertentes. Será o início de uma nova aventura onde a imaginação e criatividade ganharão umas asas novas e diferentes. Esta ação de formação mostrou-me uma perspetiva diferente de olhar uma Obra de Arte, fez-me pensar sobre a minha prática letiva e refletir sobre a melhor forma de estimular a criatividade e a iniciativa individual dos meus alunos, de valorizar o tempo de aula com mais espaços de efetivo envolvimento e experiências de aprendizagem diversificadas. Uma obra de arte provoca, geralmente, emoções (paixão? alegria? tristeza? vergonha? medo? raiva? etc.). Reflete a maneira de sentir e de pensar de um artista, mas também da época em que foi criada (Revolução dos transportes, arquitetura do ferro, emigração). A narrativa visual torna-se um meio fundamental para despertar a criatividade, a curiosidade, o espírito crítico e a imaginação dos nossos alunos. Ajuda-nos a “usufruir” melhor da nossa História. A narrativa elaborada pelo nosso grupo será, sem dúvida, o ponto de partida para muitas outras… “Fazer pensar é tudo. E a agitação é a única alavanca que pode deslocar esse mundo: pois que agitar quer dizer instruir, ensinar, convencer e acordar”. Alberto Sampaio, Historiador, 1884 Abordar a História numa perspetiva de educação pela arte estimula o desenvolvimento do sentimento estético, do espírito crítico e criativo dos nossos alunos. Poderá agitá-los e acordá-los da apatia em que muitas vezes mergulham, imersos em tanta tecnologia, dando-lhes ferramentas para enfrentar um Mundo cada vez mais globalizado. A narrativa visual construída pelo grupo poderá ser a ponte para diferentes abordagens no âmbito da disciplina de História da Cultura e das Artes do 11º ano - arquitetura do ferro e do vidro, importância do caminho de ferro e da gare, análise da biografia de Gustave Eiffel, Eduardo Viana no contexto do modernismo português. ) A atividade decorreu de acordo com a sua planificação prévia. Os objetivos apontados foram amplamente alcançados. Ficou evidente a mais valia da narrativa visual enquanto estratégia/recurso didático. A sua utilização captou a atenção, suscitou a concentração e o entusiasmo, revelou a capacidade criativa dos formandos. Este "novo olhar" despertou um novo interesse pela obra de arte e pela sua abordagem, abriu caminho para outra perspetiva do ensino da História 2 Registo Final – Ação de Formação: História, Arte e Criatividade – 2011/2012