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O MUSEU COMO EXTENSÃO DA SALA DE AULA
RODRIGUES, ADEMAR
SILVA, MARLUCE CARLOS DE OLIVEIRA
GOMES, VERA LÚCIA
INSTITUO SUPERIOR DE ENSINO SUMARÉ – ISES
Graduandos de História, Instituto Superior de Ensino Sumaré, São Paulo – SP – 2015
Email: marlucioli123@gmail.com
1
Utilizando a integração entre o Museu e a sala de aula
RODRIGUES, Ademar1
SILVA, Marluce Carlos de Oliveira2
GOMES, Vera Lúcia3
RESUMO
Este artigo tem como base fundamental a análise de utilização do espaço
museológico como espaço de aprendizagem, introduzindo as visitas museológicas a fim de
estender o assunto estudado em sala de aula.
Para a execução do mesmo, para melhor analisar a funcionalidade de utilizar o
museu como extensão da sala de aula, foi necessário pesquisar o projeto Lugares de
Aprender, pesquisar o MAE e buscar uma relação de como utilizar o intercambio da escola o
museu e aplicar as propostas deste projeto.
Para este estudo, usamos como referência o Museu de Arte e Etnologia-MAE como
espaço de mediação e aprendizado com o aluno.
Palavras Chaves: professor, museu, ensino de História, sala de aula, alunos.
ABSTRACT
This article was made using the analysis of museum space as a learning space, entering the
museum visits in order to extend the subject studied in class.
For the execution of it, to better analyze the functionality to use the museum as an extension
of the classroom, it was necessary to find the Learning spaces design, search the MAE and
get a list of how to use the school exchange the museum and apply proposed this project.
1 Graduando de História, Instituro Superior de Ensino Sumaré, São Paulo – SP – 2015
2 Graduando de História, Instituro Superior de Ensino Sumaré, São Paulo – SP – 2015
3 Graduando de História, Instituro Superior de Ensino Sumaré, São Paulo – SP – 2015
2
For this study, we used as reference the Museum of Ethnology and MAE as mediation and
learning space with the student.
Key words: teacher, museum, history teaching, classroom, students.
INTRODUÇÃO
De acordo com a Proposta curricular do Estado de São Paulo (2008) um dos
conceitos abordados no ensino de história, são tempo e sociedade, história e memória,
história e trabalho e cultura e sociedade, onde são propostos utilização de meios como
estudar diversas fontes escritas, mapas, imagens e através deles conhecer os mitos e
memória dos momentos históricos envolvidos no currículo escolar.
No MAE4 conhecemos as possibilidades de pesquisa e o trabalho que eles fazem
com os professores, apoiando a programação de visita monitorada e auxilio aos professores
que queiram fazer o curso de extensão. Neste curso de duração de quatro horas é possível
conhecer diversos kits que o museu disponibiliza para os professores fazerem uma prévia
com os alunos na sala.
O ENSINO DE HISTÓRIA
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) sugerem que o professor e o aluno
utilizem de métodos de leitura e análise de documentos, sendo de grande benefício a todos,
pois os resultados são aulas mais atraentes com a participação dos alunos, pois estes recursos
fazem parte dos saberes, “Dar aula é uma ação complexa que exige o domínio de vários
saberes característicos e heterogêneos” (BITTENCOURT, 2008, p.51).
O ensino de história e o museu preservando a memória
Encontramos o conceito de historicidade e memória estudando Le Goff, que aponta
4 MAE – Museu de Arte e Etnologia localizado na USP abriga acervos oriundos do Museu Paulista, conhecido
como Museu do Ipiranga
3
que as origens históricas passaram a desempenhar o historicismo e primeiro plano na
renovação epistemológica a partir da segunda metade do século XX.
O conceito de historicidade desligou-se das suas origens "históricas", ligadas ao
historicismo do século XIX, para desempenhar um papel de primeiro plano na
renovação epistemológica da segunda metade do século XX. A 'historicidade'
permite, por exemplo, refutar no plano teórico a noção de "sociedade sem
história", refutada por outro lado pelo estudo empírico das sociedades estudadas
pela etnologia. (LEFORT, 1952)
A necessidade e importância da preservação da memória carecem de organização
dos objetos encontrados e transformação dos objetos em documentos históricos para tornar
possível essa preservação conforme Le Goff aponta para estudos de Changeux.
O processo da memória no homem faz intervir não só a ordenação de vestígios,
mas também a releitura desses vestígios” e "os processos de releitura podemfazer
intervir centros nervosos muito complexos e uma grande parte do córtex”, mas
existe certo número de centros cerebrais especializados na fixação do percurso
mnésico.(CHANGEUX, 1972, p. 356).
Maria Margaret Lopes, (BREFE-1999, pp.33), sobre as origens dos museus no
Brasil, principalmente o Museu Paulista onde guarda grande parte do acervo sobre a
independência do Brasil.
Quatro destaques importantes e pioneiros de museus no Brasil foram Museu Real,
que se transformou em Museu Nacional, Museu Paraense Emilio Goeldi (1871), Museu
Paranaense (1876), Museu Botânico do Amazonas (1883) e Museu Paulista (1890).
Brefe destaca a afirmação de Lopes na citação abaixo:
Em compasso, portanto com os interesses das elites locais, mas também
acompanhando, com certo atraso, o desenrolar das ciências no contexto
internacional, os museus se transformam, como é o caso do Museu Paulista, a
partir de meados da década de dez deste século. È justamente este momento de
clara inflexão que me interessa abordar aqui, pois é ai que começa a se delinear
claramente o perfil de um museu histórico, dentro dos quadros de ummuseu ainda
enciclopédico. A partir de então a convivência, que nunca fora especifica, entre o
acervo de objetos históricos e as coleções de História Natural, começa a ficar
insustentável. (BREFE, 1999)
O Museu Paulista é incorporado a Universidade de São Paulo em 1934, pois as
4
condições financeiras e orçamentarias do Museu Paulista não tem como manter-se sozinho,
e Taunay foi eleito para o Conselho Universitário e para atuar como professor de História da
Civilização Brasileira, essa incorporação também aumentaria o ensino e a ação da
Universidade.
As coleções de Ciências Naturais foram transferidas para o (MAE-USP) Museu de
História e Etnologia em 1942.
A direção do Museu passa para Sergio Buarque de Holanda após aposentadoria de
Taunay em 1946.
Mais depressa que se supusera conseguimos reabrir ao publico, em condições
incomparavelmente melhores, os cômodos da antiga seção de Zoologia. Quatorze
salas novas pudemos oferecer aos nossos visitantes cheios de vida de antanho
regional e nacional, agora muito melhor distribuídas. A antiga sala única de
Etnografia brasileira pode desdobrar-se em três outras que contamos dentro em
breve, abrir a visitação pública... (BREFE-1999, pp.269).
Em 1989 parte do acervo do Museu Paulista passa a compor o Museu de Arte e
Etnologia da USP, o MAE. Neste ano acontece a transferência do pessoal técnico e materiais
históricos, levando ao profissionalismo sonhado no ramo dos museus por Taunay.
É a noção de lugar de memória que vem a tona aqui para compreender o Museu
Paulista, lugar de exaltação da memória, de veneração do passado, mas, sobretudo,
lugar de apropriação e de exercício de História em incessante processo de (re)
elaboração. (BREFE-1999, pp.281).
Ulpiano de Meneses5 é o organizador do Museu Paulista de 1963à 1968 e passa a
ser o diretor do Museu Paulista de 1989 até 1994 que conduz um novo plano de gestão para
redimensionar a visão do museu.
A crise da memória segundo por Ulpiano de Meneses apresenta alguns tópicos de
extrema importância a serem elucidados, e tem como fatores relevantes aspectos
epistemológicos, socioeconômicos, políticos, técnicos e existenciais que não podem deixar
de ser tratados.
Em entrevista na revista do SESC SP (2011), Ulpiano declara que: “Como o museu
é inventado, sempre acreditei que sua primeira obrigação educacional seria dar a conhecer o
que é um museu e como funciona” e respondendo a questão de qual seria a função do museu
5 Ulpiano de Menezes – Professor Emérito da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da USP dirigiu o
Museu Paulista /USP de 1989 até 1994. Foi o responsável pela organização do MAE de 1963 até 1968 e
passou a ser o diretor do MAE de 1968 até 1978. Desde 2005 passou a integrar o IPHAN a partir de 2005.
5
hoje em dia é que não convém um modelo único de museu já que o museu é capaz de
articular múltiplas funções inclusive na educação.
Ao analisarmos a bibliografia de Riegl, encontramos na Revista n. 21 do MAE6,
publicada em 2011 uma resenha de Pedro Luís Machado Sanches que versa sobre o culto
dos monumentos7, Sanches menciona as edições de Riegl (1981; 1982; 1983; 1987; 2003)
com provável criação a partir de influencia da Convenção para Proteção do Patrimônio
Mundial Cultural e Humano da UNESCO8.
A tradução brasileira nos chegou com a criação do Instituto Brasileiro de Museus
IBRAM9 e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), pelas
mãos de Elane Ribeiro Peixoto e Albertina Vicentini.
Riegl navega a partir do século XVIII analisando a forma que as sociedades
utilizavam para preservar seus monumentos e patrimônios históricos. (RIEGL 2006, pp. 57)
Foram os greco-romanos que deram inicio aos movimentos de preservação do
patrimônio histórico com suas obras de arte que representavam figuras de reis e heróis
gregos e romanos. (RIEGL 2006, pp. 52).
A INTEGRAÇÃO DA SALA DE AULA E O MUSEU
Para o professor Moroni Tartalioni Barbosa é justamente a disciplina de História,
que busca esta diversidade este diferencial e complemento na busca deste aprendizado:
[...] as possibilidades de ensino recaem sobre as evidências materiais, são
oferecidas metodologias de ensino que partam da observação do cotidiano para
que os alunos possam empreender uma investigação histórica comparativa,
buscando refletir sobre as transformações e continuidades dos processos culturais.
(BARBOSA, 2010, p.32.).
6 MAE – Museu de arte e Etimologia da USP
7 RIEGL, A. o Culto dos monumentos na sua essência e sua gênese. Goiânia, Editora da Universidade Católica
de Goiás, 2006. 120 pp.
8 UNESCO – União das Nações Unidas para Educação e Cultura
9 IBRAM – Instituto Brasileiro de Museus – Criado no governo Lula, Lei nº 11906, autarquia vinculada ao
Ministério da Cultura. A responsabilidade do IBRAM é cuidar da Politica Nacional de Museus (PNM) e de
melhorias neste setor, aumento das visitas aos museus brasileiros, responsável pela administração de 29
museus.
6
Além dos recursos tradicionais que os professores se utilizam, Circe Bittencourt nos
traz a concepção de documentos não escritos, objetos que trazem informações sobre o
passado do homem e sua cultura;
Os objetos de museu fazem parte desses documentos, esses compõem a cultura
material são portadores de informações sobre costumes, técnicas, condições
econômicas, ritos e crenças de nossos antepassados.Essas informações são obtidas
através da leitura dos objetos transformados emdocumentos. [...] A potencialidade
de um trabalho para transformar objetos em documentos depende da inversão do
olhar de curiosidade a respeito das peças de um museu, mudar o seu olhar e o seu
pensamento sobre o museu de um passado ultrapassado e atrasado para umolhar
de indignação, informação que pode aumentar o conhecimento sobre os homens e
sua história. (BITTENCOURT 2008, p 355-358)
Neste momento os objetos se transformam em documento não escrito, que
carregam cultura, hábitos e costumes, trazendo a informação sociais e econômicas dos
indivíduos e sociedades, através da leitura desses documentos, sendo esta leitura princípios
básico para a construção do conhecimento e assim fazendo com que tais locais sejam
espaços de aprendizagem para os alunos. A autora ainda ressalta a importância do diálogo
entre o educador e o aluno nesse processo de aprendizagem, seja em sala de aula, museu ou
outro local para ser usado como local de aprendizagem. (BITTENCOURT 2008).
Ao falar do MAE, é conhecer um lugar que possui muitas atrações principalmente
para o publico escolar. A pergunta que buscamos responder junto com os alunos é se o que
pudemos ver no museu tem a ver com a aula dada em sala e se o museu serviu como meio de
exploração do potencial educativo das exposições.
O roteiro que seguimos de acordo com as atividades oferecidas pelo museu e após
consultas ao PCNs, inicia-se com o professor escolhendo o museu a ser visitado,
consultando as atividades oferecidas, calendários de agendamento e preparar o material
didático da aula que será abordada em conjunto com a visita ao museu.
O MAE foi criado em 1989.e teve como administrador Ulpiano de Menezes, que
inicialmente participou da organização do museu e depois como administrador, nasceu da
fusão do Instituto de Pré-História e dos setores de arqueologia e etnologia do Museu Paulista
e do Acervo Plinio Ayrosa do Departamento de antropologia da Faculdade de Filosofia
Letras e Ciências Humanas da USP.
7
O Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo tem a
Etnologia, Arqueologia e Museologia em sua constituição museológica universitária
disponibilizam a pratica do ensino e pesquisa em suas instalações.
O acervo do MAE conta com objetos representativos dos indígenas brasileiros da
época colonial até a idade contemporânea, objetos das Américas pré-conquista e influencias
africanas. Também tem materiais referentes à antiguidade clássica mediterrânea e do oriente
médio e suas coleções arqueológicas e etnológicas nos proporcionam o estudo de questões
sobre as condições humanas. O estudo dos costumes, modo de falar, vestir, costume sobre os
casamentos, ritual como sepultamentos e outros pode ser explorado neste museu. As
exposições são temporárias com temas relevantes aos seus objetos de estudo, e com elas
acontecem programas educativos para incentivar o conhecimento destas pesquisas para
grupos de diferentes faixas etárias.
O acervo documental do MAE é composto de documentação textual, iconográfica e
audiovisual referente às suas coleções Arqueológicas e Etnográficas. Integra, além da
documentação produzida no âmbito das atuais pesquisas realizadas pelo MAE/USP, os
fundos documentais do antigo Instituto de Pré-História e Museu de Arqueologia e Etnologia,
do Museu Paulista e do Acervo Plínio Ayrosa da FFLCH/USP.
Os cursos de para graduação e pós-graduação ministrados pelo MAE podem ser
frequentados por alunos e professores de outras instituições. Os cursos de extensão
universitária também podem ser frequentados pelos alunos da USP e de outras faculdades.
A programação do MAE é bem diversificada e tem programas de ações educativas
que proporcionam aos professores utilizar o potencial de seus acervos arqueológicos e
etnográficos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Realizamos uma pesquisa dos espaços museológicos e sua extensão na sala de aula,
procurando entender se é possível o museu além de ser um espaço guardião da memória, ser
também um local de educação e relação com o conhecimento e a cultura, um espaço de
extensão.
Visitamos o MAE-Museu de Arte e Etnologia – USP, que possui uma variedade de
projetos e programas educativos e integradores de pautas pertinentes com o universo
pedagógico.
A importância da transformação do objeto em documento é um fato que também
8
pesquisamos e que tem muita relevância quando se estuda os museus como lugar de
memória.
A autora Circe Bittencourt com sua experiência fala da preparação da mente do
aluno, para o sucesso da mediação educativa, cultural e da informação, sendo estas
categorias também base para a extensão.
As ações educativas, e culturais podem ser realizadas tanto da análise nos objetos e
que existe em uma informação importante para uma descoberta do passado mesmo no tempo
presente.
De acordo com os autores que dissertam sobre o assunto podemos compreender que
há um campo vasto a ser explorado e assim oferecer um novo horizonte e nova perspectiva
ao aluno e também ao professor, tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABUD, Kátia Maria. Ensino de História. São Paulo: Cengage Learning, 2010. p. 140.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. São Paulo: Editora Moderna,
1994.
BARBOSA, Moroni Tartalioni, O Ensino de História nos Museus Paulistas: uma proposta
pedagógica a partir do Projeto Lugares de Aprender da Fundação para o Desenvolvimento
da Educação (FDE) 2010. PUC – SP.
BITTENCOURT Circe Maria Fernandes. Ensino de História: Fundamentos e métodos,
Cortez Editora, São Paulo, 2008. p.354-355.
BLOCH, Marc, Apologia da História ou Ofício do Historiador. Editora Zahar, Rio de
Janeiro 2002. p.103.
BOURDIEU, P. e PASSERON, J. C. 1975. A reprodução – elementos para uma teoria do
sistema. Rio de Janeiro: Francisco Alves (Prefácio, Livro 1 e Livro 2 – Cap. 1, p. 11-117)
BREFE, Ana Claudia Fonseca. Um lugar de memoria para a nação: O Museu Paulista
reinventado por Affonso d´Escragnolle Taunay (1917-1945), Campinas, SP, 1999.
Dissertação de pós-graduação PAULA, Thais Regina Franciscon de. A mediação em
museus: um estudo do projeto “Veja com as mãos” Universidade Estadual Paulista –
Marília, 2012. Consulta 2011 2015
FORQUIN, Jean-Claude. Escola e cultura: as bases sociais e epistemológica do
conhecimento escolar. Trad. Guacira Lopes Louro, Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
205p.
9
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Editora Paz e Terra, São Paulo, 2002. p.33.
GROSSMANN, Martin; RAFFAINI, Patrícia T.; TEIXEIRA COELHO. Museu. In:
TEIXEIRA COELHO. Dicionário crítico de política cultural. 3. ed. São Paulo:
Fapesp/Iluminuras, 2004. p. 269-274.
JULIA, Dominique. Revista Brasileira de História da Educação, São Paulo, n.1, p. 9-44,
2001. Janeiro/Junho-2011. Disponível na internet:
http://moodle.fct.unl.pt/pluginfile.php/122509/mod_resource/content/0/Leituras/Dominique
_Julia.pdf
JULIÃO, Letícia. Apontamentos sobre a história dos museus. In: Cadernos de Diretrizes
Museológicas I. 2.ed. Brasília: Ministério da Cultura/Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional/Departamento de Museus e Centro Culturais, Belo Horizonte: Secretaria
do Estado da Cultura/Superintendência de Museus, 2006.
LARA FILHO, Durval de. Museu: de espelho do mundo a espaço relacional. 2006. 139 f.
Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação). Escola de Comunicação e Artes da
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006
MATTOS, Yára; MATTOS, Ione. Abracaldabra: uma relação afetivo-cognitiva na relação
museu-educação. Ouro Preto: UFOP, 2010. 168p.
MENEZES, Ulpiano Bezerra de. A Crise da Memória, História e documentos reflexões para
um tempo de transformações. In: SILVA, Zélia Lopes (org.). Arquivos, patrimônio e
memória: trajetórias e perspectivas. São Paulo: UNESP, 1999.
PEREIRA, Vanessa Souza. Como referenciar figuras e imagens. 2012. Disponível
em: http://www.contornospesquisa.org/2012/08/como-referenciar-figuras-imagens-e.html.
Acesso em: 06/01/2016
Proposta Curricular do Estado de São Paulo: História /Coord. Maria Inês Fini. – São Paulo:
SEE, 2008.
Revista Museu Arqueologia e Etnologia, São Paulo, n. 21, p. 385-391, 2011.
SANCHES, Pedro Luís. RIEGL, A. O Culto dos monumentos: sua essência e sua gênese.
Revista Museu Arqueologia e Etnologia, São Paulo, n. 21, p. 385-391, 2011. Março, 2011.
Disponível na internet: http://www.nptbr.mae.usp.br/wp-content/uploads/2013/07/385-391-
Sanches.pdf
SCHAER, Roland. L’Invention des Musées. Evreux: Gallimard/Reunion des Musées
Nationaus, 1993.
SUANO, Marlene. O que é museu. São Paulo: Brasilense, 1986.
Sítios eletrônicos:
Disponível em: http://www.culturaecurriculo.fde.sp.gov.br, ultimo acesso: 06/12/2015.
10
Disponível em: http://www.educacao.sp.gov.br/lugares-aprender, ultimo acesso: 06/12/2015.
Disponível em: http://www.museus.gov.br/ ultimo acesso 06/12/2015.
http://www.sescsp.org.br/online/artigo/5774_ULPIANO+BEZERRA#/tagcloud=lista último
acesso em 05/01/2016 revista 164 21/01/2011
Disponível em: http://heracles.mae.usp.br/sistema/ ultimo acesso em 18-10-14
Disponível em: http://www.nptbr.mae.usp.br/institucional/ ultimo acesso em 06/01/2016
Disponível em:http://www.contornospesquisa.org/2012/08/como-referenciar-figuras-
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O museu como extensão da sala de aula

  • 1. O MUSEU COMO EXTENSÃO DA SALA DE AULA RODRIGUES, ADEMAR SILVA, MARLUCE CARLOS DE OLIVEIRA GOMES, VERA LÚCIA INSTITUO SUPERIOR DE ENSINO SUMARÉ – ISES Graduandos de História, Instituto Superior de Ensino Sumaré, São Paulo – SP – 2015 Email: marlucioli123@gmail.com
  • 2. 1 Utilizando a integração entre o Museu e a sala de aula RODRIGUES, Ademar1 SILVA, Marluce Carlos de Oliveira2 GOMES, Vera Lúcia3 RESUMO Este artigo tem como base fundamental a análise de utilização do espaço museológico como espaço de aprendizagem, introduzindo as visitas museológicas a fim de estender o assunto estudado em sala de aula. Para a execução do mesmo, para melhor analisar a funcionalidade de utilizar o museu como extensão da sala de aula, foi necessário pesquisar o projeto Lugares de Aprender, pesquisar o MAE e buscar uma relação de como utilizar o intercambio da escola o museu e aplicar as propostas deste projeto. Para este estudo, usamos como referência o Museu de Arte e Etnologia-MAE como espaço de mediação e aprendizado com o aluno. Palavras Chaves: professor, museu, ensino de História, sala de aula, alunos. ABSTRACT This article was made using the analysis of museum space as a learning space, entering the museum visits in order to extend the subject studied in class. For the execution of it, to better analyze the functionality to use the museum as an extension of the classroom, it was necessary to find the Learning spaces design, search the MAE and get a list of how to use the school exchange the museum and apply proposed this project. 1 Graduando de História, Instituro Superior de Ensino Sumaré, São Paulo – SP – 2015 2 Graduando de História, Instituro Superior de Ensino Sumaré, São Paulo – SP – 2015 3 Graduando de História, Instituro Superior de Ensino Sumaré, São Paulo – SP – 2015
  • 3. 2 For this study, we used as reference the Museum of Ethnology and MAE as mediation and learning space with the student. Key words: teacher, museum, history teaching, classroom, students. INTRODUÇÃO De acordo com a Proposta curricular do Estado de São Paulo (2008) um dos conceitos abordados no ensino de história, são tempo e sociedade, história e memória, história e trabalho e cultura e sociedade, onde são propostos utilização de meios como estudar diversas fontes escritas, mapas, imagens e através deles conhecer os mitos e memória dos momentos históricos envolvidos no currículo escolar. No MAE4 conhecemos as possibilidades de pesquisa e o trabalho que eles fazem com os professores, apoiando a programação de visita monitorada e auxilio aos professores que queiram fazer o curso de extensão. Neste curso de duração de quatro horas é possível conhecer diversos kits que o museu disponibiliza para os professores fazerem uma prévia com os alunos na sala. O ENSINO DE HISTÓRIA Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) sugerem que o professor e o aluno utilizem de métodos de leitura e análise de documentos, sendo de grande benefício a todos, pois os resultados são aulas mais atraentes com a participação dos alunos, pois estes recursos fazem parte dos saberes, “Dar aula é uma ação complexa que exige o domínio de vários saberes característicos e heterogêneos” (BITTENCOURT, 2008, p.51). O ensino de história e o museu preservando a memória Encontramos o conceito de historicidade e memória estudando Le Goff, que aponta 4 MAE – Museu de Arte e Etnologia localizado na USP abriga acervos oriundos do Museu Paulista, conhecido como Museu do Ipiranga
  • 4. 3 que as origens históricas passaram a desempenhar o historicismo e primeiro plano na renovação epistemológica a partir da segunda metade do século XX. O conceito de historicidade desligou-se das suas origens "históricas", ligadas ao historicismo do século XIX, para desempenhar um papel de primeiro plano na renovação epistemológica da segunda metade do século XX. A 'historicidade' permite, por exemplo, refutar no plano teórico a noção de "sociedade sem história", refutada por outro lado pelo estudo empírico das sociedades estudadas pela etnologia. (LEFORT, 1952) A necessidade e importância da preservação da memória carecem de organização dos objetos encontrados e transformação dos objetos em documentos históricos para tornar possível essa preservação conforme Le Goff aponta para estudos de Changeux. O processo da memória no homem faz intervir não só a ordenação de vestígios, mas também a releitura desses vestígios” e "os processos de releitura podemfazer intervir centros nervosos muito complexos e uma grande parte do córtex”, mas existe certo número de centros cerebrais especializados na fixação do percurso mnésico.(CHANGEUX, 1972, p. 356). Maria Margaret Lopes, (BREFE-1999, pp.33), sobre as origens dos museus no Brasil, principalmente o Museu Paulista onde guarda grande parte do acervo sobre a independência do Brasil. Quatro destaques importantes e pioneiros de museus no Brasil foram Museu Real, que se transformou em Museu Nacional, Museu Paraense Emilio Goeldi (1871), Museu Paranaense (1876), Museu Botânico do Amazonas (1883) e Museu Paulista (1890). Brefe destaca a afirmação de Lopes na citação abaixo: Em compasso, portanto com os interesses das elites locais, mas também acompanhando, com certo atraso, o desenrolar das ciências no contexto internacional, os museus se transformam, como é o caso do Museu Paulista, a partir de meados da década de dez deste século. È justamente este momento de clara inflexão que me interessa abordar aqui, pois é ai que começa a se delinear claramente o perfil de um museu histórico, dentro dos quadros de ummuseu ainda enciclopédico. A partir de então a convivência, que nunca fora especifica, entre o acervo de objetos históricos e as coleções de História Natural, começa a ficar insustentável. (BREFE, 1999) O Museu Paulista é incorporado a Universidade de São Paulo em 1934, pois as
  • 5. 4 condições financeiras e orçamentarias do Museu Paulista não tem como manter-se sozinho, e Taunay foi eleito para o Conselho Universitário e para atuar como professor de História da Civilização Brasileira, essa incorporação também aumentaria o ensino e a ação da Universidade. As coleções de Ciências Naturais foram transferidas para o (MAE-USP) Museu de História e Etnologia em 1942. A direção do Museu passa para Sergio Buarque de Holanda após aposentadoria de Taunay em 1946. Mais depressa que se supusera conseguimos reabrir ao publico, em condições incomparavelmente melhores, os cômodos da antiga seção de Zoologia. Quatorze salas novas pudemos oferecer aos nossos visitantes cheios de vida de antanho regional e nacional, agora muito melhor distribuídas. A antiga sala única de Etnografia brasileira pode desdobrar-se em três outras que contamos dentro em breve, abrir a visitação pública... (BREFE-1999, pp.269). Em 1989 parte do acervo do Museu Paulista passa a compor o Museu de Arte e Etnologia da USP, o MAE. Neste ano acontece a transferência do pessoal técnico e materiais históricos, levando ao profissionalismo sonhado no ramo dos museus por Taunay. É a noção de lugar de memória que vem a tona aqui para compreender o Museu Paulista, lugar de exaltação da memória, de veneração do passado, mas, sobretudo, lugar de apropriação e de exercício de História em incessante processo de (re) elaboração. (BREFE-1999, pp.281). Ulpiano de Meneses5 é o organizador do Museu Paulista de 1963à 1968 e passa a ser o diretor do Museu Paulista de 1989 até 1994 que conduz um novo plano de gestão para redimensionar a visão do museu. A crise da memória segundo por Ulpiano de Meneses apresenta alguns tópicos de extrema importância a serem elucidados, e tem como fatores relevantes aspectos epistemológicos, socioeconômicos, políticos, técnicos e existenciais que não podem deixar de ser tratados. Em entrevista na revista do SESC SP (2011), Ulpiano declara que: “Como o museu é inventado, sempre acreditei que sua primeira obrigação educacional seria dar a conhecer o que é um museu e como funciona” e respondendo a questão de qual seria a função do museu 5 Ulpiano de Menezes – Professor Emérito da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da USP dirigiu o Museu Paulista /USP de 1989 até 1994. Foi o responsável pela organização do MAE de 1963 até 1968 e passou a ser o diretor do MAE de 1968 até 1978. Desde 2005 passou a integrar o IPHAN a partir de 2005.
  • 6. 5 hoje em dia é que não convém um modelo único de museu já que o museu é capaz de articular múltiplas funções inclusive na educação. Ao analisarmos a bibliografia de Riegl, encontramos na Revista n. 21 do MAE6, publicada em 2011 uma resenha de Pedro Luís Machado Sanches que versa sobre o culto dos monumentos7, Sanches menciona as edições de Riegl (1981; 1982; 1983; 1987; 2003) com provável criação a partir de influencia da Convenção para Proteção do Patrimônio Mundial Cultural e Humano da UNESCO8. A tradução brasileira nos chegou com a criação do Instituto Brasileiro de Museus IBRAM9 e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), pelas mãos de Elane Ribeiro Peixoto e Albertina Vicentini. Riegl navega a partir do século XVIII analisando a forma que as sociedades utilizavam para preservar seus monumentos e patrimônios históricos. (RIEGL 2006, pp. 57) Foram os greco-romanos que deram inicio aos movimentos de preservação do patrimônio histórico com suas obras de arte que representavam figuras de reis e heróis gregos e romanos. (RIEGL 2006, pp. 52). A INTEGRAÇÃO DA SALA DE AULA E O MUSEU Para o professor Moroni Tartalioni Barbosa é justamente a disciplina de História, que busca esta diversidade este diferencial e complemento na busca deste aprendizado: [...] as possibilidades de ensino recaem sobre as evidências materiais, são oferecidas metodologias de ensino que partam da observação do cotidiano para que os alunos possam empreender uma investigação histórica comparativa, buscando refletir sobre as transformações e continuidades dos processos culturais. (BARBOSA, 2010, p.32.). 6 MAE – Museu de arte e Etimologia da USP 7 RIEGL, A. o Culto dos monumentos na sua essência e sua gênese. Goiânia, Editora da Universidade Católica de Goiás, 2006. 120 pp. 8 UNESCO – União das Nações Unidas para Educação e Cultura 9 IBRAM – Instituto Brasileiro de Museus – Criado no governo Lula, Lei nº 11906, autarquia vinculada ao Ministério da Cultura. A responsabilidade do IBRAM é cuidar da Politica Nacional de Museus (PNM) e de melhorias neste setor, aumento das visitas aos museus brasileiros, responsável pela administração de 29 museus.
  • 7. 6 Além dos recursos tradicionais que os professores se utilizam, Circe Bittencourt nos traz a concepção de documentos não escritos, objetos que trazem informações sobre o passado do homem e sua cultura; Os objetos de museu fazem parte desses documentos, esses compõem a cultura material são portadores de informações sobre costumes, técnicas, condições econômicas, ritos e crenças de nossos antepassados.Essas informações são obtidas através da leitura dos objetos transformados emdocumentos. [...] A potencialidade de um trabalho para transformar objetos em documentos depende da inversão do olhar de curiosidade a respeito das peças de um museu, mudar o seu olhar e o seu pensamento sobre o museu de um passado ultrapassado e atrasado para umolhar de indignação, informação que pode aumentar o conhecimento sobre os homens e sua história. (BITTENCOURT 2008, p 355-358) Neste momento os objetos se transformam em documento não escrito, que carregam cultura, hábitos e costumes, trazendo a informação sociais e econômicas dos indivíduos e sociedades, através da leitura desses documentos, sendo esta leitura princípios básico para a construção do conhecimento e assim fazendo com que tais locais sejam espaços de aprendizagem para os alunos. A autora ainda ressalta a importância do diálogo entre o educador e o aluno nesse processo de aprendizagem, seja em sala de aula, museu ou outro local para ser usado como local de aprendizagem. (BITTENCOURT 2008). Ao falar do MAE, é conhecer um lugar que possui muitas atrações principalmente para o publico escolar. A pergunta que buscamos responder junto com os alunos é se o que pudemos ver no museu tem a ver com a aula dada em sala e se o museu serviu como meio de exploração do potencial educativo das exposições. O roteiro que seguimos de acordo com as atividades oferecidas pelo museu e após consultas ao PCNs, inicia-se com o professor escolhendo o museu a ser visitado, consultando as atividades oferecidas, calendários de agendamento e preparar o material didático da aula que será abordada em conjunto com a visita ao museu. O MAE foi criado em 1989.e teve como administrador Ulpiano de Menezes, que inicialmente participou da organização do museu e depois como administrador, nasceu da fusão do Instituto de Pré-História e dos setores de arqueologia e etnologia do Museu Paulista e do Acervo Plinio Ayrosa do Departamento de antropologia da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP.
  • 8. 7 O Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo tem a Etnologia, Arqueologia e Museologia em sua constituição museológica universitária disponibilizam a pratica do ensino e pesquisa em suas instalações. O acervo do MAE conta com objetos representativos dos indígenas brasileiros da época colonial até a idade contemporânea, objetos das Américas pré-conquista e influencias africanas. Também tem materiais referentes à antiguidade clássica mediterrânea e do oriente médio e suas coleções arqueológicas e etnológicas nos proporcionam o estudo de questões sobre as condições humanas. O estudo dos costumes, modo de falar, vestir, costume sobre os casamentos, ritual como sepultamentos e outros pode ser explorado neste museu. As exposições são temporárias com temas relevantes aos seus objetos de estudo, e com elas acontecem programas educativos para incentivar o conhecimento destas pesquisas para grupos de diferentes faixas etárias. O acervo documental do MAE é composto de documentação textual, iconográfica e audiovisual referente às suas coleções Arqueológicas e Etnográficas. Integra, além da documentação produzida no âmbito das atuais pesquisas realizadas pelo MAE/USP, os fundos documentais do antigo Instituto de Pré-História e Museu de Arqueologia e Etnologia, do Museu Paulista e do Acervo Plínio Ayrosa da FFLCH/USP. Os cursos de para graduação e pós-graduação ministrados pelo MAE podem ser frequentados por alunos e professores de outras instituições. Os cursos de extensão universitária também podem ser frequentados pelos alunos da USP e de outras faculdades. A programação do MAE é bem diversificada e tem programas de ações educativas que proporcionam aos professores utilizar o potencial de seus acervos arqueológicos e etnográficos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Realizamos uma pesquisa dos espaços museológicos e sua extensão na sala de aula, procurando entender se é possível o museu além de ser um espaço guardião da memória, ser também um local de educação e relação com o conhecimento e a cultura, um espaço de extensão. Visitamos o MAE-Museu de Arte e Etnologia – USP, que possui uma variedade de projetos e programas educativos e integradores de pautas pertinentes com o universo pedagógico. A importância da transformação do objeto em documento é um fato que também
  • 9. 8 pesquisamos e que tem muita relevância quando se estuda os museus como lugar de memória. A autora Circe Bittencourt com sua experiência fala da preparação da mente do aluno, para o sucesso da mediação educativa, cultural e da informação, sendo estas categorias também base para a extensão. As ações educativas, e culturais podem ser realizadas tanto da análise nos objetos e que existe em uma informação importante para uma descoberta do passado mesmo no tempo presente. De acordo com os autores que dissertam sobre o assunto podemos compreender que há um campo vasto a ser explorado e assim oferecer um novo horizonte e nova perspectiva ao aluno e também ao professor, tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABUD, Kátia Maria. Ensino de História. São Paulo: Cengage Learning, 2010. p. 140. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. São Paulo: Editora Moderna, 1994. BARBOSA, Moroni Tartalioni, O Ensino de História nos Museus Paulistas: uma proposta pedagógica a partir do Projeto Lugares de Aprender da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) 2010. PUC – SP. BITTENCOURT Circe Maria Fernandes. Ensino de História: Fundamentos e métodos, Cortez Editora, São Paulo, 2008. p.354-355. BLOCH, Marc, Apologia da História ou Ofício do Historiador. Editora Zahar, Rio de Janeiro 2002. p.103. BOURDIEU, P. e PASSERON, J. C. 1975. A reprodução – elementos para uma teoria do sistema. Rio de Janeiro: Francisco Alves (Prefácio, Livro 1 e Livro 2 – Cap. 1, p. 11-117) BREFE, Ana Claudia Fonseca. Um lugar de memoria para a nação: O Museu Paulista reinventado por Affonso d´Escragnolle Taunay (1917-1945), Campinas, SP, 1999. Dissertação de pós-graduação PAULA, Thais Regina Franciscon de. A mediação em museus: um estudo do projeto “Veja com as mãos” Universidade Estadual Paulista – Marília, 2012. Consulta 2011 2015 FORQUIN, Jean-Claude. Escola e cultura: as bases sociais e epistemológica do conhecimento escolar. Trad. Guacira Lopes Louro, Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. 205p.
  • 10. 9 FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Editora Paz e Terra, São Paulo, 2002. p.33. GROSSMANN, Martin; RAFFAINI, Patrícia T.; TEIXEIRA COELHO. Museu. In: TEIXEIRA COELHO. Dicionário crítico de política cultural. 3. ed. São Paulo: Fapesp/Iluminuras, 2004. p. 269-274. JULIA, Dominique. Revista Brasileira de História da Educação, São Paulo, n.1, p. 9-44, 2001. Janeiro/Junho-2011. Disponível na internet: http://moodle.fct.unl.pt/pluginfile.php/122509/mod_resource/content/0/Leituras/Dominique _Julia.pdf JULIÃO, Letícia. Apontamentos sobre a história dos museus. In: Cadernos de Diretrizes Museológicas I. 2.ed. Brasília: Ministério da Cultura/Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/Departamento de Museus e Centro Culturais, Belo Horizonte: Secretaria do Estado da Cultura/Superintendência de Museus, 2006. LARA FILHO, Durval de. Museu: de espelho do mundo a espaço relacional. 2006. 139 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação). Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006 MATTOS, Yára; MATTOS, Ione. Abracaldabra: uma relação afetivo-cognitiva na relação museu-educação. Ouro Preto: UFOP, 2010. 168p. MENEZES, Ulpiano Bezerra de. A Crise da Memória, História e documentos reflexões para um tempo de transformações. In: SILVA, Zélia Lopes (org.). Arquivos, patrimônio e memória: trajetórias e perspectivas. São Paulo: UNESP, 1999. PEREIRA, Vanessa Souza. Como referenciar figuras e imagens. 2012. Disponível em: http://www.contornospesquisa.org/2012/08/como-referenciar-figuras-imagens-e.html. Acesso em: 06/01/2016 Proposta Curricular do Estado de São Paulo: História /Coord. Maria Inês Fini. – São Paulo: SEE, 2008. Revista Museu Arqueologia e Etnologia, São Paulo, n. 21, p. 385-391, 2011. SANCHES, Pedro Luís. RIEGL, A. O Culto dos monumentos: sua essência e sua gênese. Revista Museu Arqueologia e Etnologia, São Paulo, n. 21, p. 385-391, 2011. Março, 2011. Disponível na internet: http://www.nptbr.mae.usp.br/wp-content/uploads/2013/07/385-391- Sanches.pdf SCHAER, Roland. L’Invention des Musées. Evreux: Gallimard/Reunion des Musées Nationaus, 1993. SUANO, Marlene. O que é museu. São Paulo: Brasilense, 1986. Sítios eletrônicos: Disponível em: http://www.culturaecurriculo.fde.sp.gov.br, ultimo acesso: 06/12/2015.
  • 11. 10 Disponível em: http://www.educacao.sp.gov.br/lugares-aprender, ultimo acesso: 06/12/2015. Disponível em: http://www.museus.gov.br/ ultimo acesso 06/12/2015. http://www.sescsp.org.br/online/artigo/5774_ULPIANO+BEZERRA#/tagcloud=lista último acesso em 05/01/2016 revista 164 21/01/2011 Disponível em: http://heracles.mae.usp.br/sistema/ ultimo acesso em 18-10-14 Disponível em: http://www.nptbr.mae.usp.br/institucional/ ultimo acesso em 06/01/2016 Disponível em:http://www.contornospesquisa.org/2012/08/como-referenciar-figuras- imagens-e.html – ultimo acesso em 06/01/2016