SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 10
1
FACULDADE CATÓLICA DE BELÉM
CURSO DE TEOLOGIA
DENIR ROBSON LIMA DE SOUSA
IRLAS SOARES DAS VIRGENS
JARDEL SOARES FARIAS
JAVÉ DE OLIVEIRA SILVA
SEBASTIÃO ALMEIDA SANTIAGO
A QUARESMA, PREPARAÇÃO À CELEBRAÇÃO ANUAL DA PÁSCOA
ANANINDEUA / PA
2017
2
DENIR ROBSON LIMA DE SOUSA
IRLAS SOARES DAS VIRGENS
JARDEL SOARES FARIAS
JAVÉ DE OLIVEIRA SILVA
SEBASTIÃO ALMEIDA SANTIAGO
A QUARESMA, PREPARAÇÃO À CELEBRAÇÃO ANUAL DA PÁSCOA
Trabalho apresentado a Faculdade
Católica de Belém como requisito
avaliativo da disciplina Liturgia I,
orientado pela Prof. Mons. Gabriel Silva.
ANANINDEUA / PA
2017
3
A QUARESMA, PREPARAÇÃO À CELEBRAÇÃO ANUAL DA PÁSCOA
INTRODUÇÃO
A Quaresma é um caminho de penitência e de conversão que nos conduz à graça
própria da salvação de Deus e nos possibilita participar dignamente da alegria profunda e
verdadeira, que é a ressurreição de Cristo.
“Então Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
Depois de ter jejuado quarenta dias e quarenta noites, acabou sentindo fome” (Mt 4,1-2). A
Igreja fornece a todo o povo de Deus um tempo litúrgico que propicia uma preparação para a
celebração do mistério central da fé cristã, que é a paixão, morte e ressurreição de Cristo. Para
tanto, somos convidados pelo mesmo Espírito que guiou Nosso Senhor a trilhar um caminho
de aridez e sequidão.
O deserto que Jesus nos propõe a atravessar é a nossa história ferida pelo pecado. O
homem é chamado a mergulhar em si mesmo, reconhecer as suas trevas e fragilidades, pois
Deus deseja a salvação de todos. Para retornarmos a Ele, tornando-nos instrumentos
agradáveis e santos irrepreensíveis aos olhos de Deus, sendo assim mergulhados pela sua
graça, requer o reconhecimento e arrependimento de nossas faltas diante dele.
Na Semana Santa, iremos recapitular a nossa história de salvação, ao olhar com fé o
grande gesto de amor de Cristo, que se entrega na cruz para lavar com o seu sangue os nossos
pecados. A Quaresma, portanto, é o grande prelúdio. Ficamos durante quarenta dias
rememorando que nesse estado em que nos encontramos aqui na terra, pelas concupiscências
que trazemos em nós, somos profundamente necessitados de conversão e da graça de Deus, e
que o demônio se utiliza disso para nos desviar do grande projeto de amor que Deus tem para
cada um de nós.
Percebemos que é diante de Deus, observando e seguindo os passos do nosso Mestre,
Jesus Cristo, é que redescobriremos o verdadeiro valor do homem: imagem e semelhança de
Deus, modelados pela recriação do homem na graça derramada pela salvação que nos é dada
por Cristo.
1. Estrutura da Quaresma no Missal de Paulo VI
A liturgia do Tempo da Quaresma tem a finalidade de preparar os fiéis para a Páscoa,
tanto os catecúmenos através iniciação à vida cristã, quanto os fiéis por meio da lembrança do
batismo e da penitencia (cf. SC 109).
4
O Tempo da Quaresma tem início na Quarta-feira de Cinza, celebração onde são
impostas as cinzas e se prescreve o jejum, e tem sequência até a celebração da missa da Ceia
do Senhor. Os domingos – I, II, III, IV, V – são chamados domingos da Quaresma. O sexto
domingo, quando se inicia a Semana Santa, é chamado “Domingo de Ramos” ou “da Paixão
do Senhor”. Do início da Quaresma até a Vigília pascal não se canta o Aleluia.
A finalidade da Semana Santa é a veneração da Paixão do Senhor desde sua entrada
messiânica em Jerusalém.
Na manhã da Quinta-feira Santa é celebrada pelo bispo, junto com seus presbíteros, a
missa onde se benze os óleos e consagra o crisma – Santos Óleos. Devido à questões
pastorais, o clero não podendo reunir neste dia, a bênção pode ser antecipada segundo
indicação do Missal Romano, desde que seja próximo à Pascoa.
A duração da Quaresma determinada em quarenta dias está fortemente ligada à
simbologia do número quarenta na Bíblia como tempo de preparação, por exemplo, os
quarenta dias de jejum de Cristo, quarenta anos da caminhada do povo de Deus no deserto,
quarenta dias em que Moisés esteve no Monte Sinai.
O costume de se fazer o jejum na quarta-feira que antecede o primeiro domingo da
Quaresma vem desde os séculos VI-VII. O rito da imposição das cinzas neste dia se difundiu
rapidamente, até mais que outros dias mais solenes.
2. Origem e História da Quaresma
Sua origem aponta também para o início do século IV no Oriente e fim do século V
no Ocidente. Temos desde a metade do século II uma prática preparatória à Páscoa incluindo
o jejum. Não existia um tempo de preparação para a Páscoa nos três primeiros séculos, apenas
um simples jejum que era realizado nos dois dias anteriores. Como a Igreja vivia uma grande
perseguição, os cristãos testemunhavam sua fé em Cristo através do martírio, e, que por isso
não sentiam a necessidade de um longo período de tempo para renovar a conversão.
A necessidade da quaresma só surgiu quando o imperador Constantino aboliu a
perseguição contra os cristãos. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja decidiu aumentar o tempo
de preparação para a Páscoa, que permaneceram como o Tríduo Sagrado da Semana Santa:
Quinta-feira santa, sexta- feira santa e Sábado santo. A preparação para a Páscoa passou,
então, a ter quarenta dias. Isto aconteceu porque os cristãos perceberam que dois dias eram
insuficientes para que se pudesse preparar adequadamente tão importante e central evento.
Vai se formando assim, a estrutura dos quarenta dias.
5
“A liturgia do tempo quaresmal é-nos proposta em três ciclos diferentes, mas que são
complementares. Dependendo do Ano Litúrgico (A, B ou C) em que viveremos na Quaresma,
as leituras dos cinco domingos quaresmais representam três temáticas ou itinerários: batismal,
Cristocêntrico-pascal ou penitencial”. (AUGÉ, Liturgia, 2004. p.312). No primeiro, o
itinerário batismal, as leituras indicam-nos para o aprofundamento da nossa condição de
batizados. Jesus apresenta-se para nós como imagem representativa ou da “água viva”, da “luz
do mundo”, da “ressurreição” ou da “vida”. Já no segundo, enfoca-se a páscoa de Cristo, seja
rememorando Jesus como o Templo que irá ser reconstruído, ou da imagem da serpente
erguida no deserto por Moisés, ou ainda de Jesus como o grão de trigo que morre para nos dar
a vida. Por fim, o último itinerário é o penitencial, o qual nos insere na catequese da
penitência e conversão, seja observando a parábola do filho pródigo, a figueira amaldiçoada,
ou a adúltera perdoada.
3. A Pastoral da Quaresma
O tempo da Quaresma para muitos parece ser anacrônico, coisa do modo austero de
viver que pertence à Idade-Média. A pastoral da Quaresma deve empenhar em fazer entender
que é um tempo para refletir os fundamentos da fé cristã: a conversão a Cristo e o batismo que
nos faz membros de Seu corpo, ou seja, que no insere em Cristo. A pastoral deve promover a
valorização da Quaresma litúrgica, por meio dos ritos e oração, num esforço de fazer com que
a Quaresma seja orientada para a celebração do Mistério da Páscoa, driblando as distrações
que tiram a atenção dos fiéis de sua finalidade.
A pastoral empenha-se em realizar celebrações penitenciais para ouvir a Palavra de
Deus que faz um convite à conversão. Promova, igualmente, a celebração do Sacramento da
Penitência, para após, celebrar o Tríduo pascal.
Neste âmbito, a pastoral da Quaresma anuncia o sacramento do batismo que será
celebrado na noite de Páscoa gerando os novos filhos na fé. Faz, também, lembrar-se das
promessas batismais aos fiéis incluindo nas celebrações gestos como as entregas: do Símbolo
da fé, da Bíblia, do Pai-Nosso. Bem como incentivar a prática do jejum. Por meio de
motivações evangélicas incentivaram a vivência da caridade, das obras de misericórdia e da
oração.
A Quaresma é um tempo de conversão, não só individual, mas de toda a Igreja. Neste
âmbito a pastoral da Quaresma, através do diálogo contribui para a mudança de atitudes e
práticas incoerentes, tanto individuais, quanto comunitários.
6
4. A Quaresma “sacramento”
O uso do termo sacramento aplicado à quaresma é anterior ao missal de Paulo VI,
pois este o retoma dos antigos sacramentários, como o Sacramentário Gelasiano (628-715)
que a usa pela primeira vez. É usado na oração da coleta do 1° Domingo da Quaresma
“Concede nobis, omnipotens Deus, ut, per annua quadragesimalis exercitia sacramenti, et ad
intelligendum Christi proficiamus arcanum, et effectus eius digna conservatione sectemur”. A
tradução em português omitiu o “exercitia sacramenti”, mas na versão italiana do missal o
traduz por “sinal sacramental da nossa conversão”.
O uso do termo utilizado liturgicamente hoje, remonta diretamente ao sentido
patrístico, a partir de Santo Agostinho1, onde a comunidade reunida em assembleia litúrgica é
“sacramento”. Assim, o que torna a Quaresma um sinal sacramental são as atitudes espirituais
e dimensões teológicas, compreendidas por sua dimensão penitencial, a simplicidade, oração,
obras de caridade, a constante referência ao primado de Deus, o espaço mais aberto da
misericórdia divina e à reconciliação humana. Logo é atribuído um caráter crístico-
sacramental-eclesial já que a celebração litúrgica quaresmal acontece em comunhão de Cristo
com a Igreja, logo esta liturgia será uma primeira vertente do mistério pascal.
O Magistério justifica que a Quaresma e o jejum são “sacramentos”, pois eles são
uma resposta com a qual o cristão, sustentado pelo auxilio divino, mantém e aperfeiçoa com a
vida a santidade recebida no batismo (cf. LG 40), isto é, são sinais da graça, cuja eficácia
deriva do fato de tornar presente o valor salvífico dos quarenta dias de jejum realizado por
Cristo no deserto.
5. Dimensão batismal-penitencial da Quaresma
O sacramento da reconciliação ganha certo destaque neste tempo é considerado o
“segundo trabalhoso batismo”, pois “a vida nova recebida na iniciação cristã não suprimiu a
fragilidade e a fraqueza humana, nem a inclinação para o pecado” (CIC 1426), por isso no
sentido cristão, a penitencia está fundada sobre a própria realidade batismal, sendo depois
retomada e sacramentalizada.
O tempo litúrgico da Quaresma abrange algumas dimensões que vão além da
preparação dos catecúmenos para receberem o batismo e os fiéis à renovação das promessas
batismais na noite pascal, ou seja, é um chamado a todos os membros da Igreja a vivência da
1 BERNARDINO, Angelo Di. Dicionário Patrístico e de Antiguidades Cristãs. Trad. Cristina Andrade.
Petrópolis, Rj: Vozes, 2002. pág. 124.
7
conversão. A vivência deste continuo processo de conversão que permite a Igreja ser uma
comunidade batismal.
6. A Dimensão Eclesial da Quaresma
No decorrer dos nossos estudos teológicos, aprendemos que a quaresma é o tempo,
no qual, a igreja faz sua grande convocação. Somos convocados a nos purificar de nossos
pecados, ou melhor, somos convocados a nos deixar purificar pelo próprio cristo, onde Cristo
é o modelo e guia para fazermos esse processo de conversão, lembrando sempre que somos
membros da igreja, pecadores, mas que somos corpo místico de cristo através dela e
necessitamos nos purificar, precisamos fazer penitencia e nos renovar no cristo que se faz
presente em nossa vida.
A Igreja é um lugar onde todos estamos convivendo e aprendendo. Com tudo,
sabemos que se um membro do corpo vier a pecar, poderá trazer consequências para todo o
meio em que ele vive, ou seja, o pecado é pessoal mas afeta a unidade da igreja que busca se
santificar. Para mais, sabemos que a unidade que existe entre os homens é sobrenatural e o
pecado de um, pode trazer danos aos outros, mas, da mesma forma, ao mesmo tempo a
santidade de um pode ajudar na santificação do irmão.
O texto frisa uma que “a penitência quaresmal não deve ser interna e pessoal, mas
também externa e social” (S.C 110). É por esse e outras motivos que a igreja convoca os seus,
a purificar seus pecados, não só de forma individual, mas também comunitária, de forma que
o homem purifica seus pecados e os danos que o mesmo provocou aos irmão.
Nesse sentido, em unidade e comunhão, a igreja nos orienta a alguns aspectos
comunitários que devem ser vividos e refletidos, sempre como forma de reparação e
purificação, na busca de sermos sempre mais sinal da salvação pascal e renovados no espirito
santo, a fim de sermos luzes na vida das pessoas que vivem nas trevas desse mundo.
7. A espiritualidade da Quaresma
Novamente, vemos a figura do cristo como caráter essencial. Designa-se que a
quaresma tem o seu caráter essencialmente Cristocêntrico-pascal-batismal. O itinerário
espiritual que o homem percorre neste tempo, é de certa forma o de fé-conversão, pois, na
medida em que sua fé se fortalece através das praticas que a igreja nos orienta, mais ele vai se
convertendo e se configurando a cristo Jesus.
8
Bem, o itinerário espiritual se dá na medida em que o homem procura fazer o
processo de conversão, no qual vai requerir do homem uma mudança, e este sendo cristão,
começa a pensar e refletir sobre os diversos valores que a igreja ensina, tendo sempre como
principio, o espírito de Deus recebido no batismo, que significa para nós perder, ou melhor,
entregar a própria vida por de cristo e pelo evangelho. O texto do evangelho de Marcos 1, 15
“convertam-se e crede no evangelho”, mostra-nos como a quaresma se torna uma espécie de
escola vital para a vida do homem que vive a palavra de Deus e a busca nas suas limitações. O
aspecto mais profunda está na participação dos mistérios pascais de cristo em seus momentos
de paixão para chegar a sua ressurreição.
Por fim, essa espiritualidade também é caracterizada por uma atenta escuta da
palavra de Deus, pois, através dessa escuta mais atenta, o homem percebe e reflete seus
pecados, ou seja, começa a conhecer seus pecados, escuta o chamado a conversão e começara
crer na misericórdia de Deus.
8. As Obras da Penitência Quaresmal
“As obras de penitência quaresmal serão realizadas na consciência de fé do seu valor
sacramental, isto é, como participação do mistério de Cristo”.
A Quaresma é um tempo compreendido como ‘sinal da nossa conversão’. A Liturgia
quaresmal é um constante apelo para superar o formalismo. A cor roxa e a moderação se
evidenciam nos ambientes celebrativos; os cantos penitenciais antigos e novos ecoam em
nossos corações, os textos bíblicos próprios, a penitência, o jejum, a oração e a solidariedade
são assumidos por todos. “O Jejum deve expressar a íntima relação que existe entre este sinal
externo penitencial e a conversão interior”.
Portanto, este caminho quaresmal, é um tempo favorável, uma oportunidade especial
de oferecimento pascal de nossas vidas, e de deixar santificar pelo Espírito que faz novas
todas as coisas. A Igreja, Povo de Deus, é convocada a viver esta experiência pascal, a deixar-
se purificar e santificar pelo seu Senhor, e neste ponto vemos como de fundamental
importância as obras de penitência quaresmal, para assim viver na profundidade a fé cristã, já
que a quaresma é um tempo propício de conversão, de mudança de vida. O jejum deve nos
ajudar a viver esse encontro com o Cristo da dor, da morte e da ressurreição, encontrando na
Palavra de Deus, própria desse tempo litúrgico, a ascese cristã, pois o princípio dessa ascese é
Cristo e a sua paixão: ressurreição e vida.
9
A festa da Páscoa é grande demais para ser preparada em apenas três dias ou uma
semana. Por isso, estendemos a sua preparação para quarenta dias. É um tempo de graça e
bênção, escuta mais intensa da palavra de Deus, de conversão e mudança de vida, de
recordação e preparação do batismo, de reconciliação com Deus e com os irmãos; tempo de
oração mais intensa e essa oração só tem sentido se ligada com toda nossa história, com essa
nossa preparação pessoal e comunitária, pois “a Igreja é essencialmente comunidade orante”,
que vive juntos a espera do Senhor Ressuscitado. Tempo de jejum como aprendizagem,
entrega e docilidade à vontade do Pai; tempo de esmola ou de partilha de bens e de gestos
solidários, de carinho com os pobres e necessitados, tempo de caridade, e que essa caridade
seja operante, para que em nós seja tirado todo o egoísmo que nos afasta de comunhão com O
Ressuscitado. Nesse tempo forte da vida da Igreja intensificamos nossa vida de oração, na
forma de súplicas, pedidos de perdão, intercessão, agradecimento, compromissos de fé,
melhor participação na comunidade.
Concluindo, lembramos esta belíssima oração que a Igreja faz, já no primeiro domingo
deste tempo forte de sua vida: “Concedei-nos, ó Deus onipotente, que, ao longo desta
Quaresma, possamos progredir no conhecimento de Jesus Cristo, e corresponder a seu amor
por uma vida santa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém”
10
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
AUGÉ, M. Liturgia: História, celebração, teologia, espiritualidade. 2ª ed. Ave Maria: São
Paulo, 2004.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

F icha de auto avaliação estágio
F icha de auto avaliação estágioF icha de auto avaliação estágio
F icha de auto avaliação estágiofamiliaestagio
 
DECLARAÇÃO PARA HORAS DE ESTAGIO EM ESCRITORIO
DECLARAÇÃO PARA HORAS DE ESTAGIO EM ESCRITORIODECLARAÇÃO PARA HORAS DE ESTAGIO EM ESCRITORIO
DECLARAÇÃO PARA HORAS DE ESTAGIO EM ESCRITORIOJuliane Espíndola
 
Oficio da escola
Oficio da escolaOficio da escola
Oficio da escolafasifo
 
Projeto Social - Modelo
Projeto Social - ModeloProjeto Social - Modelo
Projeto Social - ModeloDaniel Santos
 
Relatório do diagnóstico psicopedagógico clínico
Relatório do diagnóstico psicopedagógico clínicoRelatório do diagnóstico psicopedagógico clínico
Relatório do diagnóstico psicopedagógico clínicoDaniela Alencar
 
Carta de convocação de servidor público
Carta de convocação de servidor públicoCarta de convocação de servidor público
Carta de convocação de servidor públicoMauricio Moraes
 
Atividade final curso par
Atividade final curso parAtividade final curso par
Atividade final curso parGilnbiaMendes
 
Relatório de Visita Técnica: Memorial de Curitiba
Relatório de Visita Técnica: Memorial de CuritibaRelatório de Visita Técnica: Memorial de Curitiba
Relatório de Visita Técnica: Memorial de CuritibaIZIS PAIXÃO
 
Relatório de observação
Relatório de observaçãoRelatório de observação
Relatório de observaçãoArte Tecnologia
 
Curriculo de vigilante monteiro
Curriculo de vigilante monteiroCurriculo de vigilante monteiro
Curriculo de vigilante monteiroDalton Monteiro
 
Modelo de relatório de visita técnica.doc
Modelo de relatório de visita técnica.docModelo de relatório de visita técnica.doc
Modelo de relatório de visita técnica.docLenny Arj
 
Aula ¨6 -Avaliação em Projetos de Intervenção (CEEPIS Curso de elaboração de ...
Aula ¨6 -Avaliação em Projetos de Intervenção (CEEPIS Curso de elaboração de ...Aula ¨6 -Avaliação em Projetos de Intervenção (CEEPIS Curso de elaboração de ...
Aula ¨6 -Avaliação em Projetos de Intervenção (CEEPIS Curso de elaboração de ...Cleide Magáli dos Santos
 

Mais procurados (20)

F icha de auto avaliação estágio
F icha de auto avaliação estágioF icha de auto avaliação estágio
F icha de auto avaliação estágio
 
DECLARAÇÃO PARA HORAS DE ESTAGIO EM ESCRITORIO
DECLARAÇÃO PARA HORAS DE ESTAGIO EM ESCRITORIODECLARAÇÃO PARA HORAS DE ESTAGIO EM ESCRITORIO
DECLARAÇÃO PARA HORAS DE ESTAGIO EM ESCRITORIO
 
MODELO DE Requerimento de visita religiosa
MODELO DE Requerimento de visita religiosaMODELO DE Requerimento de visita religiosa
MODELO DE Requerimento de visita religiosa
 
Carta de mudanca
Carta de mudancaCarta de mudanca
Carta de mudanca
 
Oficio da escola
Oficio da escolaOficio da escola
Oficio da escola
 
Projeto Social - Modelo
Projeto Social - ModeloProjeto Social - Modelo
Projeto Social - Modelo
 
Orientação da Criança
Orientação da Criança Orientação da Criança
Orientação da Criança
 
Modelo de pedido de patrocínio
Modelo de pedido de patrocínioModelo de pedido de patrocínio
Modelo de pedido de patrocínio
 
Solicitacao de estagio voluntario
Solicitacao de estagio voluntarioSolicitacao de estagio voluntario
Solicitacao de estagio voluntario
 
O que é inclusão escolar
O que é inclusão escolarO que é inclusão escolar
O que é inclusão escolar
 
Relatório do diagnóstico psicopedagógico clínico
Relatório do diagnóstico psicopedagógico clínicoRelatório do diagnóstico psicopedagógico clínico
Relatório do diagnóstico psicopedagógico clínico
 
Carta de convocação de servidor público
Carta de convocação de servidor públicoCarta de convocação de servidor público
Carta de convocação de servidor público
 
PROGRAMA JA PRONTO
PROGRAMA JA PRONTOPROGRAMA JA PRONTO
PROGRAMA JA PRONTO
 
modelo de Carnê missionário talões
modelo de Carnê missionário talõesmodelo de Carnê missionário talões
modelo de Carnê missionário talões
 
Atividade final curso par
Atividade final curso parAtividade final curso par
Atividade final curso par
 
Relatório de Visita Técnica: Memorial de Curitiba
Relatório de Visita Técnica: Memorial de CuritibaRelatório de Visita Técnica: Memorial de Curitiba
Relatório de Visita Técnica: Memorial de Curitiba
 
Relatório de observação
Relatório de observaçãoRelatório de observação
Relatório de observação
 
Curriculo de vigilante monteiro
Curriculo de vigilante monteiroCurriculo de vigilante monteiro
Curriculo de vigilante monteiro
 
Modelo de relatório de visita técnica.doc
Modelo de relatório de visita técnica.docModelo de relatório de visita técnica.doc
Modelo de relatório de visita técnica.doc
 
Aula ¨6 -Avaliação em Projetos de Intervenção (CEEPIS Curso de elaboração de ...
Aula ¨6 -Avaliação em Projetos de Intervenção (CEEPIS Curso de elaboração de ...Aula ¨6 -Avaliação em Projetos de Intervenção (CEEPIS Curso de elaboração de ...
Aula ¨6 -Avaliação em Projetos de Intervenção (CEEPIS Curso de elaboração de ...
 

Semelhante a Quaresma Celebração Páscoa

Jornal aliança abril 2014 Edição Nº 174
Jornal aliança abril 2014 Edição Nº 174Jornal aliança abril 2014 Edição Nº 174
Jornal aliança abril 2014 Edição Nº 174mcj2013
 
A QUARESMA, PREPARAÇÃO À CELEBRAÇÃO ANUAL DA PÁSCOA - POWER POINT
A QUARESMA, PREPARAÇÃO À CELEBRAÇÃO ANUAL DA PÁSCOA - POWER POINTA QUARESMA, PREPARAÇÃO À CELEBRAÇÃO ANUAL DA PÁSCOA - POWER POINT
A QUARESMA, PREPARAÇÃO À CELEBRAÇÃO ANUAL DA PÁSCOA - POWER POINTJAVE DE OLIVEIRA SILVA
 
Plano Diocesano de Pastoral Litúrgica (projecto)
 Plano Diocesano de Pastoral Litúrgica (projecto) Plano Diocesano de Pastoral Litúrgica (projecto)
Plano Diocesano de Pastoral Litúrgica (projecto)Diocese de Aveiro
 
Marialis cultus exortação apostólica
Marialis cultus exortação apostólicaMarialis cultus exortação apostólica
Marialis cultus exortação apostólicaMarcelo_Calavi
 
Liturgia e Catequese 16x9.ppt
Liturgia e Catequese 16x9.pptLiturgia e Catequese 16x9.ppt
Liturgia e Catequese 16x9.pptNuno Melo
 
Ano liturgico.ritmos
Ano liturgico.ritmosAno liturgico.ritmos
Ano liturgico.ritmosRamon Gimenez
 
Somos Servos - Junho de 2014
Somos Servos - Junho de 2014Somos Servos - Junho de 2014
Somos Servos - Junho de 2014Charlie Maria
 
Formação de Liturgia - 03/11/2013
Formação de Liturgia - 03/11/2013Formação de Liturgia - 03/11/2013
Formação de Liturgia - 03/11/2013eusouaimaculada
 
Amissaparteporparte 101224221903-phpapp02
Amissaparteporparte 101224221903-phpapp02Amissaparteporparte 101224221903-phpapp02
Amissaparteporparte 101224221903-phpapp02Paróquia Menino Jesus
 
Curso de liturgia
Curso de liturgiaCurso de liturgia
Curso de liturgiambsilva1971
 
Lbj lição 5 Ordenanças da igreja
Lbj lição 5   Ordenanças da igrejaLbj lição 5   Ordenanças da igreja
Lbj lição 5 Ordenanças da igrejaboasnovassena
 

Semelhante a Quaresma Celebração Páscoa (20)

Jornal aliança abril 2014 Edição Nº 174
Jornal aliança abril 2014 Edição Nº 174Jornal aliança abril 2014 Edição Nº 174
Jornal aliança abril 2014 Edição Nº 174
 
A QUARESMA, PREPARAÇÃO À CELEBRAÇÃO ANUAL DA PÁSCOA - POWER POINT
A QUARESMA, PREPARAÇÃO À CELEBRAÇÃO ANUAL DA PÁSCOA - POWER POINTA QUARESMA, PREPARAÇÃO À CELEBRAÇÃO ANUAL DA PÁSCOA - POWER POINT
A QUARESMA, PREPARAÇÃO À CELEBRAÇÃO ANUAL DA PÁSCOA - POWER POINT
 
Significado da quaresma
Significado da quaresmaSignificado da quaresma
Significado da quaresma
 
Liturgia
LiturgiaLiturgia
Liturgia
 
Plano Diocesano de Pastoral Litúrgica (projecto)
 Plano Diocesano de Pastoral Litúrgica (projecto) Plano Diocesano de Pastoral Litúrgica (projecto)
Plano Diocesano de Pastoral Litúrgica (projecto)
 
Marialis cultus exortação apostólica
Marialis cultus exortação apostólicaMarialis cultus exortação apostólica
Marialis cultus exortação apostólica
 
Catequese batismo-adultos-resumo
Catequese batismo-adultos-resumoCatequese batismo-adultos-resumo
Catequese batismo-adultos-resumo
 
Liturgia e Catequese 16x9.ppt
Liturgia e Catequese 16x9.pptLiturgia e Catequese 16x9.ppt
Liturgia e Catequese 16x9.ppt
 
Ano liturgico.ritmos
Ano liturgico.ritmosAno liturgico.ritmos
Ano liturgico.ritmos
 
A Santa Missa
A Santa MissaA Santa Missa
A Santa Missa
 
liturgia-191031151421.pptx
liturgia-191031151421.pptxliturgia-191031151421.pptx
liturgia-191031151421.pptx
 
Escolinha diocesana
Escolinha diocesanaEscolinha diocesana
Escolinha diocesana
 
Escolinha diocesana
Escolinha diocesanaEscolinha diocesana
Escolinha diocesana
 
Escolinha diocesana
Escolinha diocesanaEscolinha diocesana
Escolinha diocesana
 
Somos Servos - Junho de 2014
Somos Servos - Junho de 2014Somos Servos - Junho de 2014
Somos Servos - Junho de 2014
 
Formação de Liturgia - 03/11/2013
Formação de Liturgia - 03/11/2013Formação de Liturgia - 03/11/2013
Formação de Liturgia - 03/11/2013
 
Amissaparteporparte 101224221903-phpapp02
Amissaparteporparte 101224221903-phpapp02Amissaparteporparte 101224221903-phpapp02
Amissaparteporparte 101224221903-phpapp02
 
Ano litúrgico
Ano litúrgicoAno litúrgico
Ano litúrgico
 
Curso de liturgia
Curso de liturgiaCurso de liturgia
Curso de liturgia
 
Lbj lição 5 Ordenanças da igreja
Lbj lição 5   Ordenanças da igrejaLbj lição 5   Ordenanças da igreja
Lbj lição 5 Ordenanças da igreja
 

Mais de JAVE DE OLIVEIRA SILVA

Descrição heráldica do brasão sacerdotal.pdf
Descrição heráldica do brasão sacerdotal.pdfDescrição heráldica do brasão sacerdotal.pdf
Descrição heráldica do brasão sacerdotal.pdfJAVE DE OLIVEIRA SILVA
 
A descida aos infernos - A Tradição Patrística e Escolástica
A descida aos infernos - A Tradição Patrística e EscolásticaA descida aos infernos - A Tradição Patrística e Escolástica
A descida aos infernos - A Tradição Patrística e EscolásticaJAVE DE OLIVEIRA SILVA
 
Resumo do Verbete Cristologia segundo o Dicionário Patrístico e de Antiguidad...
Resumo do Verbete Cristologia segundo o Dicionário Patrístico e de Antiguidad...Resumo do Verbete Cristologia segundo o Dicionário Patrístico e de Antiguidad...
Resumo do Verbete Cristologia segundo o Dicionário Patrístico e de Antiguidad...JAVE DE OLIVEIRA SILVA
 
Concílio Vaticano 1_His da igreja id mod e contemp
Concílio Vaticano 1_His da igreja id mod e contempConcílio Vaticano 1_His da igreja id mod e contemp
Concílio Vaticano 1_His da igreja id mod e contempJAVE DE OLIVEIRA SILVA
 
Teologia moral_O dom da aliança no Antigo Testamento e as normas para o agir ...
Teologia moral_O dom da aliança no Antigo Testamento e as normas para o agir ...Teologia moral_O dom da aliança no Antigo Testamento e as normas para o agir ...
Teologia moral_O dom da aliança no Antigo Testamento e as normas para o agir ...JAVE DE OLIVEIRA SILVA
 
Análise do capítulo i da encíclica veritatis splendor
Análise do capítulo i da encíclica veritatis splendorAnálise do capítulo i da encíclica veritatis splendor
Análise do capítulo i da encíclica veritatis splendorJAVE DE OLIVEIRA SILVA
 
Resumo do capítulo 9 da obra jesus de nazaré vol. 3
Resumo do capítulo 9 da obra jesus de nazaré vol. 3Resumo do capítulo 9 da obra jesus de nazaré vol. 3
Resumo do capítulo 9 da obra jesus de nazaré vol. 3JAVE DE OLIVEIRA SILVA
 
Por que o povo bíblico é chamado de judeu?
Por que o povo bíblico é chamado de judeu?Por que o povo bíblico é chamado de judeu?
Por que o povo bíblico é chamado de judeu?JAVE DE OLIVEIRA SILVA
 
Santo tomás de aquino mestre espiritual
Santo tomás de aquino mestre espiritualSanto tomás de aquino mestre espiritual
Santo tomás de aquino mestre espiritualJAVE DE OLIVEIRA SILVA
 
Historia e geografia biblica planaltos
Historia e geografia biblica planaltosHistoria e geografia biblica planaltos
Historia e geografia biblica planaltosJAVE DE OLIVEIRA SILVA
 
Grego tradução de versículo 1 CORÍNTIOS 13, 1
Grego tradução de versículo 1 CORÍNTIOS 13, 1Grego tradução de versículo 1 CORÍNTIOS 13, 1
Grego tradução de versículo 1 CORÍNTIOS 13, 1JAVE DE OLIVEIRA SILVA
 
Estratégias para o Ensino da Leitura na Sala de Aula
Estratégias para o Ensino da Leitura na Sala de AulaEstratégias para o Ensino da Leitura na Sala de Aula
Estratégias para o Ensino da Leitura na Sala de AulaJAVE DE OLIVEIRA SILVA
 
Monografia prevencão do uso precoce de álcool
Monografia prevencão do uso precoce de álcoolMonografia prevencão do uso precoce de álcool
Monografia prevencão do uso precoce de álcoolJAVE DE OLIVEIRA SILVA
 

Mais de JAVE DE OLIVEIRA SILVA (20)

Descrição heráldica do brasão sacerdotal.pdf
Descrição heráldica do brasão sacerdotal.pdfDescrição heráldica do brasão sacerdotal.pdf
Descrição heráldica do brasão sacerdotal.pdf
 
A descida aos infernos - A Tradição Patrística e Escolástica
A descida aos infernos - A Tradição Patrística e EscolásticaA descida aos infernos - A Tradição Patrística e Escolástica
A descida aos infernos - A Tradição Patrística e Escolástica
 
Resumo do Verbete Cristologia segundo o Dicionário Patrístico e de Antiguidad...
Resumo do Verbete Cristologia segundo o Dicionário Patrístico e de Antiguidad...Resumo do Verbete Cristologia segundo o Dicionário Patrístico e de Antiguidad...
Resumo do Verbete Cristologia segundo o Dicionário Patrístico e de Antiguidad...
 
Concílio Vaticano 1_His da igreja id mod e contemp
Concílio Vaticano 1_His da igreja id mod e contempConcílio Vaticano 1_His da igreja id mod e contemp
Concílio Vaticano 1_His da igreja id mod e contemp
 
RESUMO DA OBRA "AS CONFISSÕES"
RESUMO DA OBRA "AS CONFISSÕES"RESUMO DA OBRA "AS CONFISSÕES"
RESUMO DA OBRA "AS CONFISSÕES"
 
Teologia moral_O dom da aliança no Antigo Testamento e as normas para o agir ...
Teologia moral_O dom da aliança no Antigo Testamento e as normas para o agir ...Teologia moral_O dom da aliança no Antigo Testamento e as normas para o agir ...
Teologia moral_O dom da aliança no Antigo Testamento e as normas para o agir ...
 
O contexto pós moderno da liturgia
O contexto pós moderno da liturgiaO contexto pós moderno da liturgia
O contexto pós moderno da liturgia
 
Análise do capítulo i da encíclica veritatis splendor
Análise do capítulo i da encíclica veritatis splendorAnálise do capítulo i da encíclica veritatis splendor
Análise do capítulo i da encíclica veritatis splendor
 
Resumo do capítulo 9 da obra jesus de nazaré vol. 3
Resumo do capítulo 9 da obra jesus de nazaré vol. 3Resumo do capítulo 9 da obra jesus de nazaré vol. 3
Resumo do capítulo 9 da obra jesus de nazaré vol. 3
 
Por que o povo bíblico é chamado de judeu?
Por que o povo bíblico é chamado de judeu?Por que o povo bíblico é chamado de judeu?
Por que o povo bíblico é chamado de judeu?
 
Santo tomás de aquino mestre espiritual
Santo tomás de aquino mestre espiritualSanto tomás de aquino mestre espiritual
Santo tomás de aquino mestre espiritual
 
Seminário sto tomás
Seminário sto tomásSeminário sto tomás
Seminário sto tomás
 
Historia e geografia biblica planaltos
Historia e geografia biblica planaltosHistoria e geografia biblica planaltos
Historia e geografia biblica planaltos
 
Historia da igreja medieval islamismo
Historia da igreja medieval islamismoHistoria da igreja medieval islamismo
Historia da igreja medieval islamismo
 
Grego tradução de versículo 1 CORÍNTIOS 13, 1
Grego tradução de versículo 1 CORÍNTIOS 13, 1Grego tradução de versículo 1 CORÍNTIOS 13, 1
Grego tradução de versículo 1 CORÍNTIOS 13, 1
 
Estratégias para o Ensino da Leitura na Sala de Aula
Estratégias para o Ensino da Leitura na Sala de AulaEstratégias para o Ensino da Leitura na Sala de Aula
Estratégias para o Ensino da Leitura na Sala de Aula
 
Monografia prevencão do uso precoce de álcool
Monografia prevencão do uso precoce de álcoolMonografia prevencão do uso precoce de álcool
Monografia prevencão do uso precoce de álcool
 
Politicas Educacionais
Politicas Educacionais Politicas Educacionais
Politicas Educacionais
 
Fundamentos e Metodologia de Ciencias
Fundamentos e Metodologia de CienciasFundamentos e Metodologia de Ciencias
Fundamentos e Metodologia de Ciencias
 
literatura infantil
literatura infantilliteratura infantil
literatura infantil
 

Último

Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 

Último (20)

Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 

Quaresma Celebração Páscoa

  • 1. 1 FACULDADE CATÓLICA DE BELÉM CURSO DE TEOLOGIA DENIR ROBSON LIMA DE SOUSA IRLAS SOARES DAS VIRGENS JARDEL SOARES FARIAS JAVÉ DE OLIVEIRA SILVA SEBASTIÃO ALMEIDA SANTIAGO A QUARESMA, PREPARAÇÃO À CELEBRAÇÃO ANUAL DA PÁSCOA ANANINDEUA / PA 2017
  • 2. 2 DENIR ROBSON LIMA DE SOUSA IRLAS SOARES DAS VIRGENS JARDEL SOARES FARIAS JAVÉ DE OLIVEIRA SILVA SEBASTIÃO ALMEIDA SANTIAGO A QUARESMA, PREPARAÇÃO À CELEBRAÇÃO ANUAL DA PÁSCOA Trabalho apresentado a Faculdade Católica de Belém como requisito avaliativo da disciplina Liturgia I, orientado pela Prof. Mons. Gabriel Silva. ANANINDEUA / PA 2017
  • 3. 3 A QUARESMA, PREPARAÇÃO À CELEBRAÇÃO ANUAL DA PÁSCOA INTRODUÇÃO A Quaresma é um caminho de penitência e de conversão que nos conduz à graça própria da salvação de Deus e nos possibilita participar dignamente da alegria profunda e verdadeira, que é a ressurreição de Cristo. “Então Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Depois de ter jejuado quarenta dias e quarenta noites, acabou sentindo fome” (Mt 4,1-2). A Igreja fornece a todo o povo de Deus um tempo litúrgico que propicia uma preparação para a celebração do mistério central da fé cristã, que é a paixão, morte e ressurreição de Cristo. Para tanto, somos convidados pelo mesmo Espírito que guiou Nosso Senhor a trilhar um caminho de aridez e sequidão. O deserto que Jesus nos propõe a atravessar é a nossa história ferida pelo pecado. O homem é chamado a mergulhar em si mesmo, reconhecer as suas trevas e fragilidades, pois Deus deseja a salvação de todos. Para retornarmos a Ele, tornando-nos instrumentos agradáveis e santos irrepreensíveis aos olhos de Deus, sendo assim mergulhados pela sua graça, requer o reconhecimento e arrependimento de nossas faltas diante dele. Na Semana Santa, iremos recapitular a nossa história de salvação, ao olhar com fé o grande gesto de amor de Cristo, que se entrega na cruz para lavar com o seu sangue os nossos pecados. A Quaresma, portanto, é o grande prelúdio. Ficamos durante quarenta dias rememorando que nesse estado em que nos encontramos aqui na terra, pelas concupiscências que trazemos em nós, somos profundamente necessitados de conversão e da graça de Deus, e que o demônio se utiliza disso para nos desviar do grande projeto de amor que Deus tem para cada um de nós. Percebemos que é diante de Deus, observando e seguindo os passos do nosso Mestre, Jesus Cristo, é que redescobriremos o verdadeiro valor do homem: imagem e semelhança de Deus, modelados pela recriação do homem na graça derramada pela salvação que nos é dada por Cristo. 1. Estrutura da Quaresma no Missal de Paulo VI A liturgia do Tempo da Quaresma tem a finalidade de preparar os fiéis para a Páscoa, tanto os catecúmenos através iniciação à vida cristã, quanto os fiéis por meio da lembrança do batismo e da penitencia (cf. SC 109).
  • 4. 4 O Tempo da Quaresma tem início na Quarta-feira de Cinza, celebração onde são impostas as cinzas e se prescreve o jejum, e tem sequência até a celebração da missa da Ceia do Senhor. Os domingos – I, II, III, IV, V – são chamados domingos da Quaresma. O sexto domingo, quando se inicia a Semana Santa, é chamado “Domingo de Ramos” ou “da Paixão do Senhor”. Do início da Quaresma até a Vigília pascal não se canta o Aleluia. A finalidade da Semana Santa é a veneração da Paixão do Senhor desde sua entrada messiânica em Jerusalém. Na manhã da Quinta-feira Santa é celebrada pelo bispo, junto com seus presbíteros, a missa onde se benze os óleos e consagra o crisma – Santos Óleos. Devido à questões pastorais, o clero não podendo reunir neste dia, a bênção pode ser antecipada segundo indicação do Missal Romano, desde que seja próximo à Pascoa. A duração da Quaresma determinada em quarenta dias está fortemente ligada à simbologia do número quarenta na Bíblia como tempo de preparação, por exemplo, os quarenta dias de jejum de Cristo, quarenta anos da caminhada do povo de Deus no deserto, quarenta dias em que Moisés esteve no Monte Sinai. O costume de se fazer o jejum na quarta-feira que antecede o primeiro domingo da Quaresma vem desde os séculos VI-VII. O rito da imposição das cinzas neste dia se difundiu rapidamente, até mais que outros dias mais solenes. 2. Origem e História da Quaresma Sua origem aponta também para o início do século IV no Oriente e fim do século V no Ocidente. Temos desde a metade do século II uma prática preparatória à Páscoa incluindo o jejum. Não existia um tempo de preparação para a Páscoa nos três primeiros séculos, apenas um simples jejum que era realizado nos dois dias anteriores. Como a Igreja vivia uma grande perseguição, os cristãos testemunhavam sua fé em Cristo através do martírio, e, que por isso não sentiam a necessidade de um longo período de tempo para renovar a conversão. A necessidade da quaresma só surgiu quando o imperador Constantino aboliu a perseguição contra os cristãos. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja decidiu aumentar o tempo de preparação para a Páscoa, que permaneceram como o Tríduo Sagrado da Semana Santa: Quinta-feira santa, sexta- feira santa e Sábado santo. A preparação para a Páscoa passou, então, a ter quarenta dias. Isto aconteceu porque os cristãos perceberam que dois dias eram insuficientes para que se pudesse preparar adequadamente tão importante e central evento. Vai se formando assim, a estrutura dos quarenta dias.
  • 5. 5 “A liturgia do tempo quaresmal é-nos proposta em três ciclos diferentes, mas que são complementares. Dependendo do Ano Litúrgico (A, B ou C) em que viveremos na Quaresma, as leituras dos cinco domingos quaresmais representam três temáticas ou itinerários: batismal, Cristocêntrico-pascal ou penitencial”. (AUGÉ, Liturgia, 2004. p.312). No primeiro, o itinerário batismal, as leituras indicam-nos para o aprofundamento da nossa condição de batizados. Jesus apresenta-se para nós como imagem representativa ou da “água viva”, da “luz do mundo”, da “ressurreição” ou da “vida”. Já no segundo, enfoca-se a páscoa de Cristo, seja rememorando Jesus como o Templo que irá ser reconstruído, ou da imagem da serpente erguida no deserto por Moisés, ou ainda de Jesus como o grão de trigo que morre para nos dar a vida. Por fim, o último itinerário é o penitencial, o qual nos insere na catequese da penitência e conversão, seja observando a parábola do filho pródigo, a figueira amaldiçoada, ou a adúltera perdoada. 3. A Pastoral da Quaresma O tempo da Quaresma para muitos parece ser anacrônico, coisa do modo austero de viver que pertence à Idade-Média. A pastoral da Quaresma deve empenhar em fazer entender que é um tempo para refletir os fundamentos da fé cristã: a conversão a Cristo e o batismo que nos faz membros de Seu corpo, ou seja, que no insere em Cristo. A pastoral deve promover a valorização da Quaresma litúrgica, por meio dos ritos e oração, num esforço de fazer com que a Quaresma seja orientada para a celebração do Mistério da Páscoa, driblando as distrações que tiram a atenção dos fiéis de sua finalidade. A pastoral empenha-se em realizar celebrações penitenciais para ouvir a Palavra de Deus que faz um convite à conversão. Promova, igualmente, a celebração do Sacramento da Penitência, para após, celebrar o Tríduo pascal. Neste âmbito, a pastoral da Quaresma anuncia o sacramento do batismo que será celebrado na noite de Páscoa gerando os novos filhos na fé. Faz, também, lembrar-se das promessas batismais aos fiéis incluindo nas celebrações gestos como as entregas: do Símbolo da fé, da Bíblia, do Pai-Nosso. Bem como incentivar a prática do jejum. Por meio de motivações evangélicas incentivaram a vivência da caridade, das obras de misericórdia e da oração. A Quaresma é um tempo de conversão, não só individual, mas de toda a Igreja. Neste âmbito a pastoral da Quaresma, através do diálogo contribui para a mudança de atitudes e práticas incoerentes, tanto individuais, quanto comunitários.
  • 6. 6 4. A Quaresma “sacramento” O uso do termo sacramento aplicado à quaresma é anterior ao missal de Paulo VI, pois este o retoma dos antigos sacramentários, como o Sacramentário Gelasiano (628-715) que a usa pela primeira vez. É usado na oração da coleta do 1° Domingo da Quaresma “Concede nobis, omnipotens Deus, ut, per annua quadragesimalis exercitia sacramenti, et ad intelligendum Christi proficiamus arcanum, et effectus eius digna conservatione sectemur”. A tradução em português omitiu o “exercitia sacramenti”, mas na versão italiana do missal o traduz por “sinal sacramental da nossa conversão”. O uso do termo utilizado liturgicamente hoje, remonta diretamente ao sentido patrístico, a partir de Santo Agostinho1, onde a comunidade reunida em assembleia litúrgica é “sacramento”. Assim, o que torna a Quaresma um sinal sacramental são as atitudes espirituais e dimensões teológicas, compreendidas por sua dimensão penitencial, a simplicidade, oração, obras de caridade, a constante referência ao primado de Deus, o espaço mais aberto da misericórdia divina e à reconciliação humana. Logo é atribuído um caráter crístico- sacramental-eclesial já que a celebração litúrgica quaresmal acontece em comunhão de Cristo com a Igreja, logo esta liturgia será uma primeira vertente do mistério pascal. O Magistério justifica que a Quaresma e o jejum são “sacramentos”, pois eles são uma resposta com a qual o cristão, sustentado pelo auxilio divino, mantém e aperfeiçoa com a vida a santidade recebida no batismo (cf. LG 40), isto é, são sinais da graça, cuja eficácia deriva do fato de tornar presente o valor salvífico dos quarenta dias de jejum realizado por Cristo no deserto. 5. Dimensão batismal-penitencial da Quaresma O sacramento da reconciliação ganha certo destaque neste tempo é considerado o “segundo trabalhoso batismo”, pois “a vida nova recebida na iniciação cristã não suprimiu a fragilidade e a fraqueza humana, nem a inclinação para o pecado” (CIC 1426), por isso no sentido cristão, a penitencia está fundada sobre a própria realidade batismal, sendo depois retomada e sacramentalizada. O tempo litúrgico da Quaresma abrange algumas dimensões que vão além da preparação dos catecúmenos para receberem o batismo e os fiéis à renovação das promessas batismais na noite pascal, ou seja, é um chamado a todos os membros da Igreja a vivência da 1 BERNARDINO, Angelo Di. Dicionário Patrístico e de Antiguidades Cristãs. Trad. Cristina Andrade. Petrópolis, Rj: Vozes, 2002. pág. 124.
  • 7. 7 conversão. A vivência deste continuo processo de conversão que permite a Igreja ser uma comunidade batismal. 6. A Dimensão Eclesial da Quaresma No decorrer dos nossos estudos teológicos, aprendemos que a quaresma é o tempo, no qual, a igreja faz sua grande convocação. Somos convocados a nos purificar de nossos pecados, ou melhor, somos convocados a nos deixar purificar pelo próprio cristo, onde Cristo é o modelo e guia para fazermos esse processo de conversão, lembrando sempre que somos membros da igreja, pecadores, mas que somos corpo místico de cristo através dela e necessitamos nos purificar, precisamos fazer penitencia e nos renovar no cristo que se faz presente em nossa vida. A Igreja é um lugar onde todos estamos convivendo e aprendendo. Com tudo, sabemos que se um membro do corpo vier a pecar, poderá trazer consequências para todo o meio em que ele vive, ou seja, o pecado é pessoal mas afeta a unidade da igreja que busca se santificar. Para mais, sabemos que a unidade que existe entre os homens é sobrenatural e o pecado de um, pode trazer danos aos outros, mas, da mesma forma, ao mesmo tempo a santidade de um pode ajudar na santificação do irmão. O texto frisa uma que “a penitência quaresmal não deve ser interna e pessoal, mas também externa e social” (S.C 110). É por esse e outras motivos que a igreja convoca os seus, a purificar seus pecados, não só de forma individual, mas também comunitária, de forma que o homem purifica seus pecados e os danos que o mesmo provocou aos irmão. Nesse sentido, em unidade e comunhão, a igreja nos orienta a alguns aspectos comunitários que devem ser vividos e refletidos, sempre como forma de reparação e purificação, na busca de sermos sempre mais sinal da salvação pascal e renovados no espirito santo, a fim de sermos luzes na vida das pessoas que vivem nas trevas desse mundo. 7. A espiritualidade da Quaresma Novamente, vemos a figura do cristo como caráter essencial. Designa-se que a quaresma tem o seu caráter essencialmente Cristocêntrico-pascal-batismal. O itinerário espiritual que o homem percorre neste tempo, é de certa forma o de fé-conversão, pois, na medida em que sua fé se fortalece através das praticas que a igreja nos orienta, mais ele vai se convertendo e se configurando a cristo Jesus.
  • 8. 8 Bem, o itinerário espiritual se dá na medida em que o homem procura fazer o processo de conversão, no qual vai requerir do homem uma mudança, e este sendo cristão, começa a pensar e refletir sobre os diversos valores que a igreja ensina, tendo sempre como principio, o espírito de Deus recebido no batismo, que significa para nós perder, ou melhor, entregar a própria vida por de cristo e pelo evangelho. O texto do evangelho de Marcos 1, 15 “convertam-se e crede no evangelho”, mostra-nos como a quaresma se torna uma espécie de escola vital para a vida do homem que vive a palavra de Deus e a busca nas suas limitações. O aspecto mais profunda está na participação dos mistérios pascais de cristo em seus momentos de paixão para chegar a sua ressurreição. Por fim, essa espiritualidade também é caracterizada por uma atenta escuta da palavra de Deus, pois, através dessa escuta mais atenta, o homem percebe e reflete seus pecados, ou seja, começa a conhecer seus pecados, escuta o chamado a conversão e começara crer na misericórdia de Deus. 8. As Obras da Penitência Quaresmal “As obras de penitência quaresmal serão realizadas na consciência de fé do seu valor sacramental, isto é, como participação do mistério de Cristo”. A Quaresma é um tempo compreendido como ‘sinal da nossa conversão’. A Liturgia quaresmal é um constante apelo para superar o formalismo. A cor roxa e a moderação se evidenciam nos ambientes celebrativos; os cantos penitenciais antigos e novos ecoam em nossos corações, os textos bíblicos próprios, a penitência, o jejum, a oração e a solidariedade são assumidos por todos. “O Jejum deve expressar a íntima relação que existe entre este sinal externo penitencial e a conversão interior”. Portanto, este caminho quaresmal, é um tempo favorável, uma oportunidade especial de oferecimento pascal de nossas vidas, e de deixar santificar pelo Espírito que faz novas todas as coisas. A Igreja, Povo de Deus, é convocada a viver esta experiência pascal, a deixar- se purificar e santificar pelo seu Senhor, e neste ponto vemos como de fundamental importância as obras de penitência quaresmal, para assim viver na profundidade a fé cristã, já que a quaresma é um tempo propício de conversão, de mudança de vida. O jejum deve nos ajudar a viver esse encontro com o Cristo da dor, da morte e da ressurreição, encontrando na Palavra de Deus, própria desse tempo litúrgico, a ascese cristã, pois o princípio dessa ascese é Cristo e a sua paixão: ressurreição e vida.
  • 9. 9 A festa da Páscoa é grande demais para ser preparada em apenas três dias ou uma semana. Por isso, estendemos a sua preparação para quarenta dias. É um tempo de graça e bênção, escuta mais intensa da palavra de Deus, de conversão e mudança de vida, de recordação e preparação do batismo, de reconciliação com Deus e com os irmãos; tempo de oração mais intensa e essa oração só tem sentido se ligada com toda nossa história, com essa nossa preparação pessoal e comunitária, pois “a Igreja é essencialmente comunidade orante”, que vive juntos a espera do Senhor Ressuscitado. Tempo de jejum como aprendizagem, entrega e docilidade à vontade do Pai; tempo de esmola ou de partilha de bens e de gestos solidários, de carinho com os pobres e necessitados, tempo de caridade, e que essa caridade seja operante, para que em nós seja tirado todo o egoísmo que nos afasta de comunhão com O Ressuscitado. Nesse tempo forte da vida da Igreja intensificamos nossa vida de oração, na forma de súplicas, pedidos de perdão, intercessão, agradecimento, compromissos de fé, melhor participação na comunidade. Concluindo, lembramos esta belíssima oração que a Igreja faz, já no primeiro domingo deste tempo forte de sua vida: “Concedei-nos, ó Deus onipotente, que, ao longo desta Quaresma, possamos progredir no conhecimento de Jesus Cristo, e corresponder a seu amor por uma vida santa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém”
  • 10. 10 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA AUGÉ, M. Liturgia: História, celebração, teologia, espiritualidade. 2ª ed. Ave Maria: São Paulo, 2004.