U.D.1 A Liturgia
U.D.2 A Assembleia Litúrgica
U.D.3 A Celebração Litúrgica
U.D.4 O Espaço e o Tempo da Celebração
U.D.5 O Ano Litúrgico
U.D.6 A Liturgia das Horas
U.D.7 A Pastoral Litúrgica
Conteúdos
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
Santa e Divina liturgia – Sagrada Ceia do Senhor: “o mistério da fé”
Quais são os fins da Santa e Divina Liturgia – Santa
Missa
A liturgia é o cume e a fonte da ação da Igreja
“A liturgia renova e aprofunda a aliança do Senhor
com os homens, na eucaristia, fazendo-os arder no amor
de Cristo. Dela, pois, especialmente da eucaristia, como
de uma fonte, derrama-se sobre nós a graça e brota com
soberana eficácia a santidade em Cristo e a glória de
Deus, fim para o qual tudo tende na Igreja”.
Sacrosanctum Concilium, 7
Descobrir a liturgia como ação salvífica de Cristo e da Igreja.
Compreender a liturgia como o exercício do sacerdócio de
Jesus Cristo, no seu mistério pascal.
Ter parte ativa e responsável nas celebrações litúrgicas.
Com o estudo deste tema pretendemos:
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
A liturgia do Concílio Vaticano II;
A liturgia, celebração do mistério de Jesus Cristo;
A liturgia, presença especial de Cristo;
A liturgia, louvor de Deus e santificação da pessoa;
A liturgia, ação da Igreja;
A liturgia, celebração através de sinais;
Para concretizar estes objetivos percorreremos os seguintes temas:
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
1. A liturgia do Concílio Vaticano II
Capítulo I: Princípios gerais para a renovação e implemento da Sagrada Liturgia;
Capítulo II: O sacrossanto mistério da Eucaristia;
Capítulo III: Os outros sacramentos e sacramentais;
Capítulo IV: O Ofício Divino;
Capítulo V: O Ano Litúrgico;
Capítulo VI: A Música Sacra;
Capítulo VII: A Arte Sacra e os objetos sagrados;
Anexo: Declaração sobre a revisão do calendário litúrgico.
Sacrosanctum Concilium (SC)
Constituição sobre a Sagrada Liturgia, do Concílio Vaticano II, aprovada na sessão
do dia 4/12/1963. O seu nome deriva das duas palavras com que inicia a redação
do texto em latim. O seu conteúdo distribui-se em sete capítulos e um anexo:
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
1. A liturgia do Concílio Vaticano II
Sacrosanctum Concilium (SC)
A Liturgia terrena, antecipação da Liturgia celeste
“Pela Liturgia da terra participamos, saboreando-a já, na Liturgia celeste
celebrada na cidade santa de Jerusalém, para a qual, como peregrinos
nos dirigimos e onde Cristo está sentado à direita de Deus, ministro do
santuário e do verdadeiro tabernáculo; por meio dela cantamos ao Senhor
um hino de glória com toda a milícia do exército celestial, esperamos ter
parte e comunhão com os Santos cuja memória veneramos, e
aguardamos o Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, até Ele aparecer
como nossa vida e nós aparecermos com Ele na glória.” (SC 8)
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
1. A liturgia do Concílio Vaticano II
Sacrosanctum Concilium (SC)
Lugar da Liturgia na vida da Igreja
“A sagrada Liturgia não esgota toda a ação da Igreja, porque os homens, antes de
poderem participar na Liturgia, precisam de ouvir o apelo à fé e à conversão:
«Como hão-de invocar aquele em quem não creram? Ou como hão-de crer
sem o terem ouvido? Como poderão ouvir se não houver quem pregue? E
como se há-de pregar se não houver quem seja enviado?» (Rom. 10, 14-15).”
(SC 9)
“A Liturgia é simultaneamente a meta para a qual se encaminha a ação da
Igreja e a fonte de onde emana toda a sua força.”
(SC 10)
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
1. A liturgia do Concílio Vaticano II
Natureza da Liturgia (SC 5-7)
Ideias centrais sobre aquilo que o Concílio entende por Liturgia
Cristo, cume da história da salvação, é o meio e o fim da nossa
reconciliação plena.
A Redenção, realizada por Cristo com a sua morte e ressurreição, tem
uma dimensão especificamente litúrgica.
A Liturgia é a obra da salvação efetuada por Cristo, que se realiza na
Igreja mediante os sacramentos.
Cristo está presente na Liturgia como o seu ator principal.
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
1. A liturgia do Concílio Vaticano II
Qualquer celebração litúrgica, por ser obra de Cristo sacerdote e do seu
corpo que é a Igreja, é, por excelência, uma ação sagrada incomparável a
qualquer outra ação eclesial.
A Liturgia é o momento último da história da salvação, que tem em Cristo
a sua plenitude.
A Liturgia realiza-se mediante um conjunto de sinais, onde a realidade
sensível significa e realiza a santificação da pessoa e o culto a Deus.
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
2. A liturgia, celebração do mistério de Jesus Cristo
Na liturgia cristã aquilo que se celebra e vive é o mistério da nossa salvação
realizado, de uma vez para sempre, em Jesus Cristo.
Cristo é a origem, o conteúdo e o centro da liturgia cristã.
Entendemos por história da salvação o modo concreto como Deus quis
realizar o seu plano de salvação no mundo.
Ao chegar a plenitude dos tempos, Deus torna-se presente no meio da
humanidade através do seu Filho primogênito. Em Cristo, todas as esperanças
atingem o seu cume e são por Ele ultrapassadas.
A liturgia, celebração da história da salvação
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
2. A liturgia, celebração do mistério de Jesus Cristo
A intervenção de Deus no mundo atinge a sua máxima manifestação na
história quando Cristo é erguido na cruz, num gesto supremo de
obediência ao Pai e amor à humanidade, para a edificação da Igreja e até
à plenitude dos tempos.
Por meio do Espírito, Cristo continua presente no mundo e no coração das
pessoas, de muitos e variados modos.
É no enquadramento do dinamismo pascal, de renovação universal, que
deve ser situada a ação da Igreja, como Corpo de Cristo, que prolonga no
mundo a presença do Senhor ressuscitado.
A liturgia, celebração da história da salvação
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
2. A liturgia, celebração do mistério de Jesus Cristo
A liturgia, celebração da história da salvação
Esta maravilhosa intervenção de Deus, na Páscoa de Cristo, é o
conteúdo do anúncio e da pregação da Igreja, é a fé,
confessada e professada e é o núcleo daquilo que celebra e
atualiza na Liturgia, mediante os sacramentos.
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
2. A liturgia, celebração do mistério de Jesus Cristo
Na liturgia celebra-se o mistério pascal, ou seja, a salvação
da humanidade realizada na morte e ressurreição de Jesus
Cristo.
Na celebração litúrgica atualiza-se, torna-se presente e
manifesta-se, com toda a sua eficácia salvífica, o mistério
pascal de Jesus Cristo e toda a história da salvação.
A liturgia, celebração do mistério pascal de Cristo
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
2. A liturgia, celebração do mistério de Jesus Cristo
A liturgia é um ato pessoal de Cristo, sempre vivo e operante
na Igreja.
Na liturgia cristã é o próprio Cristo que age, é ele que batiza,
que perdoa, que une sacramentalmente os noivos, que confirma
a fé dos jovens, que alimenta a comunidade na eucaristia.
A liturgia, ação salvífica de Jesus Cristo
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
3. A liturgia, presença especial de Cristo
A presença de Cristo na assembleia reunida no seu nome.
A presença de Cristo na Palavra proclamada.
A presença de Cristo no sacrifício eucarístico.
A presença de Cristo nos outros sacramentos.
A presença de Cristo na oração e súplica da Igreja.
São cinco os momentos litúrgicos que o Concílio aponta para referir esta
presença de Cristo:
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
Todas as formas litúrgicas têm valor à medida em que se relacionam com
a celebração eucarística.
Santa
Missa
3. A liturgia, presença especial de Cristo
“Cristo está sempre presente na sua igreja,
especialmente nas ações litúrgicas.
• Está presente no sacrifício da Missa, quer na pessoa do ministro - «O que se
oferece agora pelo ministério sacerdotal é o mesmo que se ofereceu na Cruz» -
quer e sobretudo sob as espécies eucarísticas.
• Está presente com o seu dinamismo nos Sacramentos, de modo que, quando
alguém batiza, é o próprio Cristo que batiza.
• Está presente na sua palavra, pois é Ele que fala ao ser lida na Igreja a Sagrada
Escritura.
• Está presente, enfim, quando a Igreja reza e canta, Ele que prometeu: «Onde
estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles» (Mt.
18,20)”. (SC 7)
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
4. A liturgia , louvor de Deus e santificação da pessoa
Na liturgia cristã, a celebração do mistério de Cristo, se
encontra sempre presente este duplo movimento:
como honra e louvor a Deus, ação de graças,
contemplação;
como oferta da graça, da salvação, da santificação e da
libertação da humanidade.
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
4. A liturgia , louvor de Deus e santificação da pessoa
Primeiro objetivo da liturgia: professar a grandeza e o amor de Deus Pai,
que Ele nos revelou em Jesus Cristo, e proclamar as maravilhas que
realizou em favor da humanidade.
A celebração da glória do Pai
Esta salvação não pode ficar confinada apenas à santificação pessoal de
cada um, mas deverá ser promotora da justiça entre todos, da
solidariedade, da paz, da fraternidade.
A liturgia, santificação da pessoa
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
4. A liturgia , louvor de Deus e santificação da pessoa
“Da Liturgia, pois, em especial da Eucaristia, corre sobre nós, como
de sua fonte, a graça, e por meio dela conseguem os homens com
total eficácia a santificação em Cristo e a glorificação de Deus, a
que se ordenam, como a seu fim, todas as outras obras da Igreja”
(SC 10)
A liturgia, santificação da pessoa
U.D. 1 A Liturgia
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Paróquia Imaculada Conceição
4. A liturgia , louvor de Deus e santificação da pessoa
A glória de Deus consiste em salvar a humanidade, e a salvação
humana é o fruto e a irradiação da glória de Deus.
Procurar a glória de Deus pressupõe, assim, procurar também a salvação
humana. Por outro lado, esta salvação encontra a sua total plenitude na
glorificação de Deus.
Relação íntima entre a glória de Deus e a salvação humana
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
5. A liturgia, ação da Igreja
“As ações litúrgicas não são ações privadas, mas celebrações da Igreja,
que é «sacramento de unidade», isto é, Povo santo reunido e ordenado sob a
direção dos Bispos.
Por isso, tais ações pertencem a todo o Corpo da Igreja, manifestam-no,
atingindo, porém, cada um dos membros de modo diverso, segundo a
variedade de estados, funções e participação atual.”
(SC 26)
U.D. 1 A Liturgia
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Paróquia Imaculada Conceição
5. A liturgia, ação da Igreja
A liturgia é a experiência fundamental da Igreja onde ela própria
manifesta e exprime aquilo que é, aquilo em que acredita, aquilo que
professa e aquilo que vive.
Na celebração litúrgica, a Igreja adquire uma consciência mais plena e
viva de si mesma, faz a experiência do seu próprio mistério e expressa
a sua realidade mais profunda.
Por isso, “a principal manifestação da Igreja faz-se numa participação
perfeita e ativa de todo o Povo santo de Deus na mesma celebração
litúrgica” (SC 41).
A ação litúrgica revela a Igreja
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
5. A liturgia, ação da Igreja
A ação litúrgica não só manifesta a Igreja, mas constrói-a. Em cada assembleia
litúrgica, a Igreja faz-se a si mesma, cresce e se desenvolve. Daqui advêm
duas consequências:
quando celebramos de forma deficiente, descuidada ou superficial, estamos a
desfigurar o rosto da Igreja… desmentindo, com a nossa celebração, o
anúncio de salvação que posteriormente queremos proclamar.
sempre que a celebração, mais do que manifestar e exprimir a Igreja,
espelha as vontades de um presbítero, a originalidade de um grupo, os
interesses de uma família, as iniciativas e sugestões de uma equipa de
liturgia, então, a liturgia privatiza-se, perde a sua dimensão eclesial e
esvazia-se do seu verdadeiro conteúdo.
A ação litúrgica revela a Igreja
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
5. A liturgia, ação da Igreja
Sendo verdade que em cada assembleia litúrgica, a Igreja faz-se a si
mesma, então, ausentar-se da vida litúrgica da comunidade:
não é só ficar, pessoalmente, desprovido da fonte da vida cristã, mas
significa também ficar sem o alimento que sustenta a vida do crente;
significa, ainda, não colaborar na construção da Igreja.
“Que ninguém diminua a Igreja por não participar nela, e que assim,
o Corpo de Cristo, não diminuam num só dos seus membros”
(Didascália dos Apóstolos 13).
A Igreja vive dos mistérios de Cristo…
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
6. A liturgia, celebração através de sinais
São uma realidade-ponte entre o significado ligado ao próprio sinal e as
pessoas para as quais esse sinal tem um significado. Por isso, são um
meio de comunicação e de encontro.
Fazem parte de um fenômeno religioso universal, que se traduz na
necessidade das mediações do sagrado, para que a pessoa possa entrar
em contato com a divindade.
São o prolongamento, no tempo da humanidade, do Filho de Deus feito
homem, isto é, memória e presença de Cristo no meio de nós.
Os sinais litúrgicos
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
6. A liturgia, celebração através de sinais
Atualizam a presença salvífica de Jesus, o Filho de Deus feito carne
entre nós.
Os sinais litúrgicos manifestam, também, a resposta e a colaboração
humana à oferta salvífica de Deus: são sinais que expressam, supõem e
alimentam a fé (cf. SC 33). Isto quer dizer que:
expressam a fé da Igreja;
supõem e exigem a fé;
alimentam e nutrem a fé.
Os sinais litúrgicos
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
6. A liturgia, celebração através de sinais
demonstram as realidades invisíveis, que são a santificação da pessoa e
o culto a Deus;
comemoram os acontecimentos e as palavras de Cristo, nos quais
aconteceu a obra de salvação;
prefiguram a glória que um dia se há-de manifestar na Jerusalém celeste;
comprometem a pessoa para expressar, na sua vida, aquilo que celebra
neles;
Os sinais litúrgicos
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição
A Catequese e a Liturgia são formas essenciais da vida da Igreja.
Liturgia: uma das fontes da Catequese
Ambas se encontram no centro da vida
cristã, que é o mistério Pascal de Jesus
Cristo; a experiência mais profunda da
ação do libertador na história da
humanidade.
A fonte na qual a catequese busca a sua
mensagem é a Sagrada Escritura.
A fonte na qual a catequese saboreia o
mistério, é a Liturgia, fonte da memória
celebrada do mistério pascal de Cristo e
expressão da vida da Igreja.
O DNC destaca que duas fontes regam a
catequese: Bíblia e Liturgia.
“Como posso entender as Escrituras,
se não há alguém que me explique?”
(At 8,31)
CATEQUESE
Explicitação
do Mistério
•A catequese como educação da fé e a liturgia
como celebração da fé, são duas funções da
missão evangelizadora da Igreja.
•A catequese, sem a liturgia, esvazia-se da
dimensão do mistério e reduz-se a um amontoado
de ensinamentos e teorias sobre Deus e a Igreja,
mas sem significado profundo para vida.
• A liturgia é fonte inesgotável da catequese, não só pela
riqueza de seu conteúdo, mas pela sua natureza de síntese e
cume da vida cristã: enquanto celebração ela é ao mesmo
tempo anúncio e vivência dos mistérios salvíficos.
• Nela se encontram a ação santificadora de Deus e a
expressão orante da fé da comunidade. As celebrações
litúrgicas, com a riqueza de suas palavras e ações, mensagens
e sinais, podem ser consideradas uma “catequese em ato”.
• A liturgia, com seu conjunto de sinais, palavras, ritos,
símbolos, em seus diversos significados, requer da
catequese uma iniciação gradativa e perseverante
para ser compreendida e vivenciada.
• Os sinais litúrgicos são ao mesmo tempo anúncio,
lembrança, promessa, pedido e realização, mas só
por meio da palavra evangelizadora e catequética
esses seus significados tornam-se claros.
É tarefa fundamental da catequese iniciar
eficazmente os catequizandos nos sinais
litúrgicos e através deles introduzi-los no
mistério pascal.
O mistério de Cristo anunciado na
catequese é assimilado e saboreado
através da ritualidade, do simbolismo,
do ritmo que a liturgia imprime, pelo
seu caráter mistagógico.
Catequese e liturgia, integram os elementos
essenciais da formação do discípulo,
dando-lhe a autenticidade necessária para
responder com alegria e disponibilidade sua
missão: as experiências com a Palavra, com
os sacramentos e com a comunidade,
conferem a catequese um caráter iniciático
e mistagógico.
A Declaração sobre a
Educação Cristã, intitulada
Gravissimum Educationis,
claramente definiu o objetivo da
catequese, ao afirmar que
ela “ilumina e fortifica a
fé, nutre a vida segundo o
espírito de Cristo, leva a
uma participação consciente e
ativa no mistério litúrgico e
desperta para a atividade
apostólica”(4,1509).
A Catechesi Tradendae (A
Catequese em nosso tempo), em
1979, escrita pelo papa João Paulo II
afirma: “A catequese está
intrinsecamente ligada com
toda a ação litúrgica e sacramental,
porque é nos Sacramentos, e
sobretudo na Eucaristia, que Cristo
Jesus age em plenitude para a
transformação dos homens.(...)
A catequese leva necessariamente
aos sacramentos da fé.
Por outro lado, uma autêntica prática
dos Sacramentos tem forçosamente
um aspecto catequético.
Por outras palavras, a vida
sacramental se empobrece e bem
depressa se torna um ritualismo oco,
se ela não estiver fundada num
conhecimento sério do que
significam os sacramentos.
E a catequese intelectualiza-se, se não
haurir vida numa prática sacramental”
(CT 23).
O lugar de encontro com a Pessoa e o
Mistério de Cristo é na Palavra de Deus;
A liturgia é fonte da catequese, porque também é nela
“que se tomam as leituras que são explicadas na homilia,
e os salmos que se cantam, as preces, as orações e
hinos litúrgicos são penetrados do seu espírito, e dela
recebem seus significado as ações e os sinais”
A importância do
Ano Litúrgico, com
seus tempos e
festas, como fonte
de catequese.
ANO A – Evangelho de Mateus
ANO B – Evangelho de Marcos
ANO C – Evangelho de Lucas
Anos Pares
Anos Ímpares
Conforme o DNC 49, a Vigília
Pascal, que é o centro da liturgia
cristã, e a espiritualidade batismal
são inspiração para qualquer
itinerário catequético
Na Vigília, contemplamos a
ressurreição, a glorificação do
Filho no Pai pelo Espírito,
celebramos a libertação das trevas e
da escravidão do pecado.
Contemplando o Mistério inexaurível do Cristo sacrificado sobre o altar nas espécies
sagradas, é muito conveniente rezarmos como nos ensinou São Tomás de Aquino,
repetindo o poema sagrado “adoro te devote”:
“Com devoção te adoro, latente divindade.
Que sob essas figuras, te escondes na verdade.
Meu coração de pleno sujeito a ti, obedece
Pois que, em te contemplando, todo ele desfalece.
A vista, o tato, o gosto,
Certo, jamais de alcança;
pela audição somente Te crêm com segurança.
Creio em tudo o que disse, de Deus Filho e Cordeiro.
Nada é mais da verdade que tal voz verdadeiro”.
U.D. 1 A Liturgia
Arquidiocese de Belém
Paróquia Imaculada Conceição