O documento discute o trabalho, definindo-o como esforço físico e mental que produz bens e serviços para a sociedade. Aborda também os benefícios do trabalho para a integração social e as patologias relacionadas ao trabalho. Por fim, apresenta diferentes abordagens para entender a relação entre saúde, trabalho e doença mental.
2. O TRABALHO
1. A Organização do Trabalho, a importância
e valores do trabalho.
2. Os benefícios do trabalho na integração do
homem na sociedade
3. As patologias e psicopatologias do
trabalho
4. As doenças ocupacionais
4. O TRABALHO
“O termo trabalho procede do latim tripalium,
instrumento de tortura utilizado para castigar
escravos. Originalmente, conserva o sentido de
empenho, sacrifício, esforço físico ou
intelectual para atingir determinado objetivo.
Para Codo (1994) o trabalho é ao mesmo
tempo criação e tédio, miséria e fortuna,
felicidade e tragédia, realização e tortura dos
homens.
5. O TRABALHO
O trabalho foi definido segundo Lapo e Bueno
(2002) como:
[...] o resultado de esforço, de dispêndio de
energia física e mental, que produz bens e
serviços e que, para além de satisfazer as
necessidades individuais e o bem-estar pessoal,
contribui ainda para a manutenção e
desenvolvimento da sociedade como um todo.”
(PINHEIRO ET AL, 2004)
6. O LUGAR DO TRABALHO
“[…] para que um ser humano seja de fato um ser
humano, ele precisa produzir a si mesmo, precisa
continuar vivo
[…] precisa comer, beber, vestir, morar
[…]fazemos isso por meio do nosso trabalho;
sobrevivemos porque trabalhamos, portanto,
se compreendermos o trabalho, saberemos muito
mais a respeito de nós mesmos.”
(CODO IN ZANELLI, BORGES-ANDRADE E BASTOS, 2004, p. 278)
7. O LUGAR DO TRABALHO
“[…] como as coisas migram de um objeto natural para um
objeto humano (social)? Como deixam de definir-se pela
mesmice (iguais entre si) para o serem por sua
individualidade (diferentes entre si)?
A resposta é uma só: a coisa socializa-se pelo trabalho. O
trabalho humaniza a coisa.
[…] Um grupo, qualquer que seja ele, permite-se
entender, constrói-se e exprime-se na exata medida que
interpõe o trabalho entre a natureza e os homens.”
(CODO IN ZANELLI, BORGES-ANDRADE E BASTOS, 2004, p. 278)
9. SAÚDE E TRABALHO
Para Sigmund Freud, a saúde mental é a
“capacidade de amar e trabalhar” […] Pelo
amor reproduzimo-nos e pelo trabalho
produzimos.”
Se a psicologia pretende compreender o ser
humano e auxiliar no enfrentamento dos
distúrbios precisa entender como ama e como
trabalha e propor formas saudáveis de amar e
trabalhar.
É fácil dizer porém difícil de executar.
10. SAÚDE E TRABALHO
“[…] saúde mental é a capacidade de
construir-se a si próprio e à espécie,
produzindo e reproduzindo a si próprio e à
espécie. Distúrbio psicológico, sofrimento
psicológico ou doença mental são o
rompimento dessa capacidade.”
11. SAÚDE E TRABALHO
Durante muito tempo se estudou como a
psicologia poderia auxiliar a produtividade
no trabalho, porém nada de como o
trabalho seria de auxílio para
compreender o ser humano.
Por isso, a psicologia organizacional
(industrial) foi vista como ‘a serviço da
exploração do trabalhador’.
12. SAÚDE E TRABALHO
A Psicologia do Trabalho traz a
compreensão do ser humano no seu
trabalho para possibilitar saúde e bem-
estar, não necessariamente mais
produtividade e lucro.
13. SAÚDE E TRABALHO: abordagens
TEORIAS DE ESTRESSE
PSICODINÂMICA DO TRABALHO
ABORDAGEM EPIDEMIOLÓGICA
14. SAÚDE E TRABALHO: ESTRESSE
CONCEPÇÃO
DO HOMEM
CONCEPÇÃO
DE TRABALHO
CONCEPÇÃO DE “DOENÇA
MENTAL” E TRABALHO
O QUE É UM TRABALHO
“SADIO”?
Deve estar em equilíbrio. Fontes de desequilíbrios
deve ser combatida.
Quanto mais tranquilidade e paz, melhor.
As modernas concepções de estresse falam de um nível
aceitável de conflitos/tensão. E não, ausência de estímulos.
Quando é submetido a período intenso de ‘fuga ou luta’
O acúmulo de substâncias provoca danos. Limite entre
a saúde e a doença.
Quanto menos conflito no trabalho, melhor.
16. SAÚDE E TRABALHO: PSICODINÂMICA DO TRABALHO
CONCEPÇÃO
DO HOMEM
CONCEPÇÃO
DE TRABALHO
CONCEPÇÃO DE “DOENÇA
MENTAL” E TRABALHO
O QUE É UM TRABALHO
“SADIO”?
As experiências na infância estrutura o ser humano.
O trabalho traz sofrimento e afasta o homem do prazer.
Quando o trabalho permite sublimação (adaptar aos desejos
individuais), não há desprazer.
Não existe doença mental produzida pelo trabalho, pode
descompensar. O sofrimento ocorre quando não há
saídas para as dificuldades. Quando não há possibilidade
de transformar o sofrimento em criatividade (sofrimento
criativo) e se forma sofrimento patogênico (as defesas
individuais e coletivas fracassam).
O trabalho deve permitir a sublimação.
17. SAÚDE E TRABALHO: ABORDAGEM EPIDEMIOLÓGICA
CONCEPÇÃO
DO HOMEM
CONCEPÇÃO
DE TRABALHO
CONCEPÇÃO DE “DOENÇA
MENTAL” E TRABALHO
O QUE É UM TRABALHO
“SADIO”?
O ser humano vive e desenvolve pelo conflito com
os outros, a natureza e consigo, pois é um ser
psicossocial.
O trabalho deve ser prazeroso. Se não for deve ser combatido.
O indivíduo vive e precisa viver em constante
metabolismo com a natureza, fazendo o mundo e sendo
feito por ele. Quando este circuito se rompe, por
exemplo, quando o trabalho é alienado, a doença
mental ocorre.
O trabalho no qual o sujeito sente e sabe que o
autransforma, e no qual pode controlar a direção em
que isso ocorre.
18. O FUTURO: tendências
Teorias do estresse.
São suas contribuições as ginásticas laborais que pretendem
‘gerenciar’ o estresse, porém suas pesquisas oferecem pistas
sobre os problemas que a organização de trabalho traz. O
estresse deve visto como aliado desde que se abandone soluções
paliativas.
Psicodinâmica.
Como método qualitativo de pesquisa, a psicodinâmica é um
importante ‘semeador de hipóteses’ sobre doença e saúde
mental.
Abordagem epidemiológica.
Se o trabalho constrói o ser humano, devemos buscar
compreendê-lo para que não gere mais ansiedade, depressão e
denúncias de que é ruim sem propostas de melhoria.
19. Referências
ARAÚJO, Tânia M. et al. Aspectos psicossociais do trabalho e distúrbios
psíquicos entre trabalhadores de enfermagem. Revista Saúde Pública,
Ago. 2003, Vol.37, no.4, p.424-433. Disponível em:
<http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
89102003000400006&lng=pt&nrm=iso>.
LEGIÃO URBANA. Música de trabalho. Álbum A tempestade, p. 1996.
PINHEIRO, Cristina A. A.CRUZ, Eliana Bárbara Guimarães. SENA, Jane
Cléia Almeida. SILVA, Sylvanna Maria V. Gomes. Estresse ocupacional:
um estudo de caso com professores de escolas públicas em Salvador-
Bahia. 2004, 57 f. Monografia (Especialização em Psicologia
Organizacinal), Universidade Salvador, Salvador.
ZANELLI, José Carlos. BORGES-ANDRADE, Jairo Eduardo. BASTOS,
Antônio Virgílio Bittencourt. Psicologia, organizações e trabalho no
Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2004.