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SII 16
Rev Bras Psiquiatr 2000;22(Supl II):16-9
Introdução
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é caracterizado
pela presença de obsessões e/ou de compulsões. A relativa sim-
plicidade do diagnóstico categorial sugeriria tanto uma precisa
delimitação nosográfica, quanto uma homogeneidade do qua-
dro. No entanto, resultados de pesquisas recentes têm enfatizado
dois conceitos. O primeiro refere-se à heterogeneidade do qua-
dro. O segundo refere-se à concepção de que o TOC poderia
ser estudado a partir de uma visão dimensional e contínua, ou
seja, dentro de um espectro obsessivo-compulsivo.
Sendo assim, para o aprofundamento do conhecimento do
TOC é necessário buscar-se subgrupos mais homogêneos de
pacientes. As peculiaridades da apresentação do TOC na in-
fância e adolescência sugerem que o início precoce dos sinto-
mas delimitaria um subtipo de pacientes.
As prevalências de estudos epidemiológicos em adoles-
centes revelaram taxas entre 1,9% e 3,0% nos Estados Uni-
dos e entre 2,3% e 4,1% em outros países.1
A distribuição
entre os sexos parece variar de acordo com as diversas fai-
xas etárias, sendo que em crianças há uma preponderância
de meninos. No presente artigo, procurou-se desenvolver
os aspectos mais importantes e atuais na avaliação de crian-
ças e adolescentes com TOC.
Diagnóstico e quadro clínico
Obsessões podem ser definidas como eventos mentais, tais
como pensamentos, idéias, impulsos e imagens, vivenciados
como intrusivos e incômodos.2
Como produtos mentais, as
obsessões podem ser criadas a partir de qualquer substrato da
mente, tais como palavras, medos, preocupações, memórias,
imagens, músicas ou cenas.
Compulsões são definidas como comportamentos ou atos
mentais repetitivos, realizados para diminuir o incômodo ou a
ansiedade causados pelas obsessões ou para evitar que uma
situação temida venha a ocorrer.2
Não existem limites para a
variedade possível das obsessões e das compulsões.3
Numa revisão, March e Leonard4
relataram como mais fre-
qüentes em crianças e adolescentes as obsessões de contami-
nação, de medo de ferir-se ou de ferir os outros, sexuais e de
religiosidade e as compulsões de lavagem, repetição, checagem
e rituais de tocar em objetos ou pessoas.
Na infância, as compulsões comumente antecedem o início
das obsessões, que podem ser menos freqüentes que na idade
adulta. Em um estudo recente, foi descrito um intervalo médio
de 1,6 anos entre o início das compulsões e o das obsessões em
pacientes com início dos sintomas até os dez anos de idade.5
T
T
T
T
Transtorno obsessivo
ranstorno obsessivo
ranstorno obsessivo
ranstorno obsessivo
ranstorno obsessivo-
-
-
-
-compulsivo
compulsivo
compulsivo
compulsivo
compulsivo
Maria Conceição do Rosario-Campos e Marcos T Mercadante
Protoc, Departamento e Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP. Child Study Center, Yale University Schools of Medicine & Nursing, Yale, USA
Uma questão importante para a avaliação de crianças com TOC
é a semelhança entre os sintomas obsessivo-compulsivos (SOC)
e os comportamentos repetitivos característicos de algumas fa-
ses do desenvolvimento, tais como os rituais e as superstições.
Dos dois aos quatro anos de idade, as crianças apresentam inten-
sificação dos comportamentos repetitivos. Os rituais mais co-
muns nesta fase pré-escolar acontecem, principalmente, nos ho-
rários de dormir, de comer e de tomar banho. Por exemplo, uma
história precisa ser contada da mesma forma várias vezes, os
alimentos precisam ser organizados no prato de acordo com re-
gras pré-estabelecidas, só tomam banho se estiverem com um
brinquedo específico. A partir dos seis anos, os rituais se mani-
festam mais em brincadeiras grupais. Os jogos passam a ter re-
gras rígidas e iniciam-se as coleções dos mais variados objetos.
Outros exemplos de comportamentos ritualísticos normais são
as superstições. Encontradas em todas as faixas etárias, parece
haver uma mudança qualitativa com a idade.
Rituais e superstições são normais para estas fases do desen-
volvimento. Eles têm geralmente o objetivo de auxiliar no de-
sempenho e dar uma sensação de controle sobre a
imprevisibilidade dos eventos. Além disso, não interferem no
funcionamento da criança e não têm a freqüência ou a intensi-
dade dos SOC. No entanto, como tratam-se de comportamen-
tos repetitivos, podem ser confundidos com os SOC. Portanto,
é importante reconhecer quando os rituais e as superstições
tornam-se patológicos e quando as crianças passam a precisar
de ajuda.5
Deve-se considerar a faixa etária, a duração diária
dos comportamentos, sua intensidade e se interferem ou não
nas suas atividades e no seu desenvolvimento.
Para o diagnóstico do TOC é necessário que as obsessões e/
ou as compulsões causem interferência ou limitação nas ativi-
dades da criança, que consumam tempo (ao menos uma hora
por dia) e que causem sofrimento ou incômodo ao paciente ou
a seus familiares.2
O diagnóstico do TOC é clínico, não exis-
tindo nenhum exame laboratorial ou radiológico
patognomônico da doença.
Tanto o DSM-IV2
quanto a CID-106
utilizam os mesmos cri-
térios diagnósticos para crianças, adolescentes e adultos, ressal-
tando-se apenas que na infância não é imprescindível o reconhe-
cimento de que os sintomas são excessivos ou irracionais.
Ainda não existe um consenso sobre como determinar a ida-
de de início do TOC. A maioria dos estudos considera o surgi-
mento dos sintomas como a idade de início do transtorno. Ou-
tros consideram o início do incômodo causado pelos sintomas
ou a primeira vez em que o paciente procurou ajuda profissio-
nal como a idade de início.
SII 17
Rev Bras Psiquiatr 2000;22(Supl II):16-9 Transtorno obsessivo-compulsivo
Rosario-Campos MC & Mercadante MT
O início dos sintomas pode ser agudo ou insidioso e os SOC
tendem a modificar-se bastante durante o curso da doença.7
Cada paciente tem uma história distinta. Não está definido se
as peculiaridades do TOC em crianças seriam apenas caracte-
rísticas patoplásticas dessa faixa etária, modificando-se com o
desenvolvimento, ou se persistiriam até a idade adulta.
Uma nova proposta de avaliação psicopatológica do TOC
procura agrupar os sintomas que tendem a ocorrer em conjun-
to. Nessa abordagem, quatro a cinco fatores ou dimensões
sintomatológicas foram estabelecidos: “obsessões de agressão
e compulsões relacionadas”; “obsessões religiosas, sexuais e
compulsões relacionadas”; “obsessões de simetria e compul-
sões de ordenação e arranjo”; “obsessões de contaminação e
compulsões de limpeza/lavagem”; e “obsessões e compulsões
de colecionismo”.8,9
Ainda não existem estudos avaliando a
distribuição desses fatores em crianças.
O espectro obsessivo-compulsivo
O conceito de espectro está fundamentado na similaridade
do TOC com determinados quadros, considerando a psicopa-
tologia, a idade de início, as comorbidades, o curso clínico, a
resposta e tipo de tratamento e, talvez, até a etiologia.10
Várias
categorias nosográficas como, por exemplo, transtornos
somatoformes, transtornos alimentares, tricotilomania e trans-
tornos do controle dos impulsos têm sido alocadas no espec-
tro.10
Além disso, pensar num continuum entre os transtornos
dos movimentos repetitivos, variando dos tiques simples à
ideação obsessiva, constitui um modelo eficaz para o avanço
do conhecimento fisiopatogênico.11,12
A seguir, abordaremos
apenas a associação entre o TOC e a síndrome de Tourette (ST).
Esta associação entre TOC e ST tem sido descrita há vários
anos mas, apenas recentemente, tem sido comprovada através
de estudos clínicos, genéticos, de neuroimagem e
neurofisiológicos.13,14
Quanto mais jovem for a amostra, maiores as chances dos
pacientes apresentarem tiques. A ST é diagnosticada quando o
paciente apresenta múltiplos tiques motores e ao menos um ti-
que vocal, por um período mínimo de um ano no qual os tiques
não estiveram ausentes por mais de três meses consecutivos.2
Pacientes com TOC associado a tiques apresentam mais fre-
qüentemente obsessões de agressividade e sexuais, além de
compulsões de simetria, ordenação e arranjo, colecionismo e
“tic-like”. Compulsões “tic-like” são comportamentos seme-
lhantes a tiques complexos, mas precedidos por obsessões. In-
teressante ressaltar a sobreposição desses sintomas com aque-
les descritos por March e Leonard.4
Diagnóstico diferencial
Vários transtornos precisam ser considerados quando se ava-
lia pacientes com TOC. Em relação aos transtornos de ansie-
dade, crianças que apresentam obsessões somáticas (idéias
obsessivas de doença) podem ter seus sintomas confundidos
com sintomas do transtorno de pânico. Os sintomas de ansie-
dade autonômica, freqüentemente relacionados aos SOC, tam-
bém são encontrados nos outros transtornos de ansiedade, difi-
cultando o diferencial. O transtorno de ansiedade de separação
também pode ser confundido com o TOC quando o medo da
ausência dos pais se mistura com a preocupação de que algo
ruim aconteça a eles.
A semelhança entre obsessões e idéias prevalentes, por vezes,
é muito grande. Classicamente, as idéias obsessivas têm um ca-
ráter egodistônico, são reconhecidas pelo sujeito como sendo
próprias porém absurdas ou, no mínimo, exageradas e são refu-
tadas ao máximo pelo paciente. Já a idéia delirante é considera-
da egossintônica, fazendo parte do sujeito. Quando a criança é
pequena, a capacidade em discriminar o conteúdo egodistônico
ainda não foi desenvolvida, o que dificulta o diagnóstico.
O transtorno depressivo maior é freqüente em pacientes com
TOC. Contudo, não existem estudos dirigidos à infância. A
distinção entre idéia obsessiva e idéia prevalente de ruína ou
desesperança, encontrada na depressão, é muito difícil, embo-
ra essa sempre seja egossintônica.
Etiofisiopatogenia
Genética
A importância de fatores genéticos na etiologia do TOC tem
sido enfatizada através de estudos de famílias, estudos com gê-
meos e, mais recentemente, de estudos de genética molecular.
Os estudos de famílias com TOC apresentaram resultados
discordantes, com taxas de TOC entre os familiares de primei-
ro grau variando de zero15
a 28,1%.16
Essa variação nos resul-
tados ocorreu por vários motivos, entre eles a heterogeneidade
das amostras, as diferenças nos critérios diagnósticos empre-
gados e a utilização de métodos diferentes para a coleta dos
dados. No entanto, todos os trabalhos têm demonstrado que
quanto mais precoce é o início dos SOC nos pacientes, maior o
risco de morbidade para TOC e SOC entre os familiares.
Por exemplo, Bellodi et al17
relataram que o risco de morbi-
dade familiar aumentou de 3,4% para 8,8% quando avaliaram
apenas os pacientes com início do quadro até os 14 anos de
idade. Pauls et al18
encontraram taxas duas vezes mais eleva-
das de TOC e, principalmente de SOC, nos pacientes com iní-
cio dos sintomas antes dos 18 anos.
Estudos com gêmeos são necessários para comprovar a trans-
missão genética, uma vez que o caráter familial poderia ser
decorrência da mesma exposição ambiental. Os estudos de
gêmeos revistos por Rasmussen e Tsuang,19
apresentam uma
concordância para monozigotos de 53% a 87% e para
dizigóticos de 22% a 47%.
O próximo passo deve ser identificar precisamente quais se-
riam os genes de susceptibilidade para o TOC. Para tanto, há
duas abordagens principais: os estudos de ligação e os estudos
de associação alélica. Até o momento, os poucos estudos nesta
área têm sido inconclusivos e enfatizado a necessidade de se
estabelecer subgrupos mais homogêneos de pacientes para a
realização de um posterior estudo genômico.
Imunologia
A partir da descrição de prevalências aumentadas de SOC e
TOC em crianças com coréia de Sydenham, surgiu a proposta
de que ao menos um subgrupo de pacientes com TOC estaria
SII 18
Rev Bras Psiquiatr 2000;22(Supl II):16-9
Transtorno obsessivo-compulsivo
Rosario-Campos MC & Mercadante MT
relacionado a alterações na resposta imune.20
Alguns trabalhos
chegam a apontar que entre 10% a 30% das crianças com TOC
apresentariam também alterações imunológicas. Foi então pro-
posto o acrônimo PANDAS (Pediatric autoimmune
neuropsychiatric disorders associated with streptococcal
infections) para uma melhor identificação desses casos.21
Os
critérios propostos para esse diagnóstico incluem início abrup-
to, pré-puberal, seguido de curso com dramáticas exacerba-
ções e remissões, documentada relação com infecção
estreptocócica anterior ao início do quadro e presença de alte-
rações motoras, como movimentos coreiformes, em crianças
que preencham critérios para TOC ou ST. Desta hipótese
nosográfica têm surgido propostas terapêuticas dirigidas à res-
posta imune que, no entanto, ainda precisam de confirmação.22
Neuroanatomia e neuroimagem
A fisiopatologia do TOC está relacionada aos gânglios da base,
estruturas de localização subcortical profunda representadas pelo
estriado (caudado e putâmen), globo pálido, substância negra e
núcleo subtalâmico. Estudos de neuroimagem têm demonstrado
alterações morfológicas e funcionais nos núcleos caudados.23
Um
modelo teórico interessante propõe a existência de uma disfunção
na circuitaria fronto-córtico-estriato-tálamo-cortical. De acordo
com esse modelo, o núcleo caudado (a porção estriatal da alça)
nãofiltrariaadequadamenteosimpulsoscorticais,acarretandouma
certa liberação na atividade talâmica, por ausência de inibição das
estruturas estriatais. Assim, os impulsos excitatórios originados
no tálamo atingiriam o córtex órbito-frontal, criando um “refor-
ço” que impediria o sujeito de retirar do foco de sua atenção certas
preocupaçõesquenormalmenteseriamconsideradasirrelevantes.24
O mesmo modelo tem sido proposto para crianças e adolescentes,
apesar das possíveis diferenças nas diversas etapas do desenvol-
vimento ainda não terem sido delineadas.
Tratamento
Tratar uma criança com TOC implica em uma série de procedi-
mentos. Uma vez que a criança terá seu crescimento influenciado
pelo convívio com esse quadro, faz parte do seguimento planejar
condutas que viabilizem um desenvolvimento adequado.
Deve-se iniciar o tratamento com esclarecimentos a respeito
da origem do quadro, estabelecimento de um vínculo com a
criança e suporte e orientação familiar.
A introdução de terapia cognitivo-comportamental tem de-
monstrado melhora dos SOC4
e diminuição do risco de recaída
após a retirada da medicação.
As drogas eficazes no tratamento dos SOC são os inibidores
da recaptação de serotonina (IRS).25
As liberadas nos Estados
Unidos pelo Food and Drug Administration (FDA) para o uso
em crianças são a clomipramina, a fluvoxamina e a setralina.
No caso da clomipramina, o monitoramento cardíaco criterioso
deve ser realizado. A ação dessas drogas no citocromo P450
também deve ser considerada, a fim de evitar, por exemplo,
interações com determinados antibióticos.
A introdução imediata de IRS deve ser considerada apenas
quando os sintomas estão muito graves, quando houver risco
de suicídio ou quadro depressivo intenso associado. Parâme-
tros clínicos de gravidade incluem o tempo gasto com os SOC,
a interferência nas atividades escolares e de vida diária, o so-
frimento subjetivo da criança e mesmo dos pais. Pode-se, tam-
bém, utilizar escalas de avaliação de sintomas. A Yale-Brown
obsessive-compulsive scale (Y-BOCS)26
é a mais utilizada,
possuindo uma versão adaptada para crianças, a Children Yale-
Brown obsessive-compulsive scale (CY-BOCS).27
Nenhuma das
duas escalas foi validada no Brasil.
Deve-se manter a medicação por pelo menos três meses em
dose máxima para avaliação de sua eficácia. Caso os sintomas
estejam controlados, pode-se começar a redução para uma do-
sagem de manutenção após seis meses e tentar sua suspensão
após 18 meses.
Frente à comorbidade com o transtorno de tiques ou à má
resposta aos IRS, deve-se considerar a potencialização com
neurolépticos.14
Conclusão
ÉimportanteressaltarqueoTOCé,emsi,umconceito.Pornão
ser “verdade” objetiva, irá necessariamente sofrer modificações
nos próximos anos. O desenvolvimento de técnicas em biologia
molecular e neuroimagem, utilizando subgrupos mais homogê-
neos de pacientes, deverá ser fator significativo na transformação
desse conceito. Com a divulgação do genoma humano e o desen-
volvimento de tecnologias mais acessíveis de mapeamento, pro-
postas individualizadas de tratamentos, baseadas no seqüencia-
mento genético, poderão ser viáveis num futuro próximo.
Fonte de financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo –Fapesp (Processo 99/08560-6).
Referências
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SII 19
Rev Bras Psiquiatr 2000;22(Supl II):16-9 Transtorno obsessivo-compulsivo
Rosario-Campos MC & Mercadante MT
Correspondência: Maria Conceição do Rosario-Campos
Child Study Center/Yale University School of Medicine –
230 South Frontage Road Room #I-267 – New Haven, CT, USA 06520
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  • 1. SII 16 Rev Bras Psiquiatr 2000;22(Supl II):16-9 Introdução O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é caracterizado pela presença de obsessões e/ou de compulsões. A relativa sim- plicidade do diagnóstico categorial sugeriria tanto uma precisa delimitação nosográfica, quanto uma homogeneidade do qua- dro. No entanto, resultados de pesquisas recentes têm enfatizado dois conceitos. O primeiro refere-se à heterogeneidade do qua- dro. O segundo refere-se à concepção de que o TOC poderia ser estudado a partir de uma visão dimensional e contínua, ou seja, dentro de um espectro obsessivo-compulsivo. Sendo assim, para o aprofundamento do conhecimento do TOC é necessário buscar-se subgrupos mais homogêneos de pacientes. As peculiaridades da apresentação do TOC na in- fância e adolescência sugerem que o início precoce dos sinto- mas delimitaria um subtipo de pacientes. As prevalências de estudos epidemiológicos em adoles- centes revelaram taxas entre 1,9% e 3,0% nos Estados Uni- dos e entre 2,3% e 4,1% em outros países.1 A distribuição entre os sexos parece variar de acordo com as diversas fai- xas etárias, sendo que em crianças há uma preponderância de meninos. No presente artigo, procurou-se desenvolver os aspectos mais importantes e atuais na avaliação de crian- ças e adolescentes com TOC. Diagnóstico e quadro clínico Obsessões podem ser definidas como eventos mentais, tais como pensamentos, idéias, impulsos e imagens, vivenciados como intrusivos e incômodos.2 Como produtos mentais, as obsessões podem ser criadas a partir de qualquer substrato da mente, tais como palavras, medos, preocupações, memórias, imagens, músicas ou cenas. Compulsões são definidas como comportamentos ou atos mentais repetitivos, realizados para diminuir o incômodo ou a ansiedade causados pelas obsessões ou para evitar que uma situação temida venha a ocorrer.2 Não existem limites para a variedade possível das obsessões e das compulsões.3 Numa revisão, March e Leonard4 relataram como mais fre- qüentes em crianças e adolescentes as obsessões de contami- nação, de medo de ferir-se ou de ferir os outros, sexuais e de religiosidade e as compulsões de lavagem, repetição, checagem e rituais de tocar em objetos ou pessoas. Na infância, as compulsões comumente antecedem o início das obsessões, que podem ser menos freqüentes que na idade adulta. Em um estudo recente, foi descrito um intervalo médio de 1,6 anos entre o início das compulsões e o das obsessões em pacientes com início dos sintomas até os dez anos de idade.5 T T T T Transtorno obsessivo ranstorno obsessivo ranstorno obsessivo ranstorno obsessivo ranstorno obsessivo- - - - -compulsivo compulsivo compulsivo compulsivo compulsivo Maria Conceição do Rosario-Campos e Marcos T Mercadante Protoc, Departamento e Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP. Child Study Center, Yale University Schools of Medicine & Nursing, Yale, USA Uma questão importante para a avaliação de crianças com TOC é a semelhança entre os sintomas obsessivo-compulsivos (SOC) e os comportamentos repetitivos característicos de algumas fa- ses do desenvolvimento, tais como os rituais e as superstições. Dos dois aos quatro anos de idade, as crianças apresentam inten- sificação dos comportamentos repetitivos. Os rituais mais co- muns nesta fase pré-escolar acontecem, principalmente, nos ho- rários de dormir, de comer e de tomar banho. Por exemplo, uma história precisa ser contada da mesma forma várias vezes, os alimentos precisam ser organizados no prato de acordo com re- gras pré-estabelecidas, só tomam banho se estiverem com um brinquedo específico. A partir dos seis anos, os rituais se mani- festam mais em brincadeiras grupais. Os jogos passam a ter re- gras rígidas e iniciam-se as coleções dos mais variados objetos. Outros exemplos de comportamentos ritualísticos normais são as superstições. Encontradas em todas as faixas etárias, parece haver uma mudança qualitativa com a idade. Rituais e superstições são normais para estas fases do desen- volvimento. Eles têm geralmente o objetivo de auxiliar no de- sempenho e dar uma sensação de controle sobre a imprevisibilidade dos eventos. Além disso, não interferem no funcionamento da criança e não têm a freqüência ou a intensi- dade dos SOC. No entanto, como tratam-se de comportamen- tos repetitivos, podem ser confundidos com os SOC. Portanto, é importante reconhecer quando os rituais e as superstições tornam-se patológicos e quando as crianças passam a precisar de ajuda.5 Deve-se considerar a faixa etária, a duração diária dos comportamentos, sua intensidade e se interferem ou não nas suas atividades e no seu desenvolvimento. Para o diagnóstico do TOC é necessário que as obsessões e/ ou as compulsões causem interferência ou limitação nas ativi- dades da criança, que consumam tempo (ao menos uma hora por dia) e que causem sofrimento ou incômodo ao paciente ou a seus familiares.2 O diagnóstico do TOC é clínico, não exis- tindo nenhum exame laboratorial ou radiológico patognomônico da doença. Tanto o DSM-IV2 quanto a CID-106 utilizam os mesmos cri- térios diagnósticos para crianças, adolescentes e adultos, ressal- tando-se apenas que na infância não é imprescindível o reconhe- cimento de que os sintomas são excessivos ou irracionais. Ainda não existe um consenso sobre como determinar a ida- de de início do TOC. A maioria dos estudos considera o surgi- mento dos sintomas como a idade de início do transtorno. Ou- tros consideram o início do incômodo causado pelos sintomas ou a primeira vez em que o paciente procurou ajuda profissio- nal como a idade de início.
  • 2. SII 17 Rev Bras Psiquiatr 2000;22(Supl II):16-9 Transtorno obsessivo-compulsivo Rosario-Campos MC & Mercadante MT O início dos sintomas pode ser agudo ou insidioso e os SOC tendem a modificar-se bastante durante o curso da doença.7 Cada paciente tem uma história distinta. Não está definido se as peculiaridades do TOC em crianças seriam apenas caracte- rísticas patoplásticas dessa faixa etária, modificando-se com o desenvolvimento, ou se persistiriam até a idade adulta. Uma nova proposta de avaliação psicopatológica do TOC procura agrupar os sintomas que tendem a ocorrer em conjun- to. Nessa abordagem, quatro a cinco fatores ou dimensões sintomatológicas foram estabelecidos: “obsessões de agressão e compulsões relacionadas”; “obsessões religiosas, sexuais e compulsões relacionadas”; “obsessões de simetria e compul- sões de ordenação e arranjo”; “obsessões de contaminação e compulsões de limpeza/lavagem”; e “obsessões e compulsões de colecionismo”.8,9 Ainda não existem estudos avaliando a distribuição desses fatores em crianças. O espectro obsessivo-compulsivo O conceito de espectro está fundamentado na similaridade do TOC com determinados quadros, considerando a psicopa- tologia, a idade de início, as comorbidades, o curso clínico, a resposta e tipo de tratamento e, talvez, até a etiologia.10 Várias categorias nosográficas como, por exemplo, transtornos somatoformes, transtornos alimentares, tricotilomania e trans- tornos do controle dos impulsos têm sido alocadas no espec- tro.10 Além disso, pensar num continuum entre os transtornos dos movimentos repetitivos, variando dos tiques simples à ideação obsessiva, constitui um modelo eficaz para o avanço do conhecimento fisiopatogênico.11,12 A seguir, abordaremos apenas a associação entre o TOC e a síndrome de Tourette (ST). Esta associação entre TOC e ST tem sido descrita há vários anos mas, apenas recentemente, tem sido comprovada através de estudos clínicos, genéticos, de neuroimagem e neurofisiológicos.13,14 Quanto mais jovem for a amostra, maiores as chances dos pacientes apresentarem tiques. A ST é diagnosticada quando o paciente apresenta múltiplos tiques motores e ao menos um ti- que vocal, por um período mínimo de um ano no qual os tiques não estiveram ausentes por mais de três meses consecutivos.2 Pacientes com TOC associado a tiques apresentam mais fre- qüentemente obsessões de agressividade e sexuais, além de compulsões de simetria, ordenação e arranjo, colecionismo e “tic-like”. Compulsões “tic-like” são comportamentos seme- lhantes a tiques complexos, mas precedidos por obsessões. In- teressante ressaltar a sobreposição desses sintomas com aque- les descritos por March e Leonard.4 Diagnóstico diferencial Vários transtornos precisam ser considerados quando se ava- lia pacientes com TOC. Em relação aos transtornos de ansie- dade, crianças que apresentam obsessões somáticas (idéias obsessivas de doença) podem ter seus sintomas confundidos com sintomas do transtorno de pânico. Os sintomas de ansie- dade autonômica, freqüentemente relacionados aos SOC, tam- bém são encontrados nos outros transtornos de ansiedade, difi- cultando o diferencial. O transtorno de ansiedade de separação também pode ser confundido com o TOC quando o medo da ausência dos pais se mistura com a preocupação de que algo ruim aconteça a eles. A semelhança entre obsessões e idéias prevalentes, por vezes, é muito grande. Classicamente, as idéias obsessivas têm um ca- ráter egodistônico, são reconhecidas pelo sujeito como sendo próprias porém absurdas ou, no mínimo, exageradas e são refu- tadas ao máximo pelo paciente. Já a idéia delirante é considera- da egossintônica, fazendo parte do sujeito. Quando a criança é pequena, a capacidade em discriminar o conteúdo egodistônico ainda não foi desenvolvida, o que dificulta o diagnóstico. O transtorno depressivo maior é freqüente em pacientes com TOC. Contudo, não existem estudos dirigidos à infância. A distinção entre idéia obsessiva e idéia prevalente de ruína ou desesperança, encontrada na depressão, é muito difícil, embo- ra essa sempre seja egossintônica. Etiofisiopatogenia Genética A importância de fatores genéticos na etiologia do TOC tem sido enfatizada através de estudos de famílias, estudos com gê- meos e, mais recentemente, de estudos de genética molecular. Os estudos de famílias com TOC apresentaram resultados discordantes, com taxas de TOC entre os familiares de primei- ro grau variando de zero15 a 28,1%.16 Essa variação nos resul- tados ocorreu por vários motivos, entre eles a heterogeneidade das amostras, as diferenças nos critérios diagnósticos empre- gados e a utilização de métodos diferentes para a coleta dos dados. No entanto, todos os trabalhos têm demonstrado que quanto mais precoce é o início dos SOC nos pacientes, maior o risco de morbidade para TOC e SOC entre os familiares. Por exemplo, Bellodi et al17 relataram que o risco de morbi- dade familiar aumentou de 3,4% para 8,8% quando avaliaram apenas os pacientes com início do quadro até os 14 anos de idade. Pauls et al18 encontraram taxas duas vezes mais eleva- das de TOC e, principalmente de SOC, nos pacientes com iní- cio dos sintomas antes dos 18 anos. Estudos com gêmeos são necessários para comprovar a trans- missão genética, uma vez que o caráter familial poderia ser decorrência da mesma exposição ambiental. Os estudos de gêmeos revistos por Rasmussen e Tsuang,19 apresentam uma concordância para monozigotos de 53% a 87% e para dizigóticos de 22% a 47%. O próximo passo deve ser identificar precisamente quais se- riam os genes de susceptibilidade para o TOC. Para tanto, há duas abordagens principais: os estudos de ligação e os estudos de associação alélica. Até o momento, os poucos estudos nesta área têm sido inconclusivos e enfatizado a necessidade de se estabelecer subgrupos mais homogêneos de pacientes para a realização de um posterior estudo genômico. Imunologia A partir da descrição de prevalências aumentadas de SOC e TOC em crianças com coréia de Sydenham, surgiu a proposta de que ao menos um subgrupo de pacientes com TOC estaria
  • 3. SII 18 Rev Bras Psiquiatr 2000;22(Supl II):16-9 Transtorno obsessivo-compulsivo Rosario-Campos MC & Mercadante MT relacionado a alterações na resposta imune.20 Alguns trabalhos chegam a apontar que entre 10% a 30% das crianças com TOC apresentariam também alterações imunológicas. Foi então pro- posto o acrônimo PANDAS (Pediatric autoimmune neuropsychiatric disorders associated with streptococcal infections) para uma melhor identificação desses casos.21 Os critérios propostos para esse diagnóstico incluem início abrup- to, pré-puberal, seguido de curso com dramáticas exacerba- ções e remissões, documentada relação com infecção estreptocócica anterior ao início do quadro e presença de alte- rações motoras, como movimentos coreiformes, em crianças que preencham critérios para TOC ou ST. Desta hipótese nosográfica têm surgido propostas terapêuticas dirigidas à res- posta imune que, no entanto, ainda precisam de confirmação.22 Neuroanatomia e neuroimagem A fisiopatologia do TOC está relacionada aos gânglios da base, estruturas de localização subcortical profunda representadas pelo estriado (caudado e putâmen), globo pálido, substância negra e núcleo subtalâmico. Estudos de neuroimagem têm demonstrado alterações morfológicas e funcionais nos núcleos caudados.23 Um modelo teórico interessante propõe a existência de uma disfunção na circuitaria fronto-córtico-estriato-tálamo-cortical. De acordo com esse modelo, o núcleo caudado (a porção estriatal da alça) nãofiltrariaadequadamenteosimpulsoscorticais,acarretandouma certa liberação na atividade talâmica, por ausência de inibição das estruturas estriatais. Assim, os impulsos excitatórios originados no tálamo atingiriam o córtex órbito-frontal, criando um “refor- ço” que impediria o sujeito de retirar do foco de sua atenção certas preocupaçõesquenormalmenteseriamconsideradasirrelevantes.24 O mesmo modelo tem sido proposto para crianças e adolescentes, apesar das possíveis diferenças nas diversas etapas do desenvol- vimento ainda não terem sido delineadas. Tratamento Tratar uma criança com TOC implica em uma série de procedi- mentos. Uma vez que a criança terá seu crescimento influenciado pelo convívio com esse quadro, faz parte do seguimento planejar condutas que viabilizem um desenvolvimento adequado. Deve-se iniciar o tratamento com esclarecimentos a respeito da origem do quadro, estabelecimento de um vínculo com a criança e suporte e orientação familiar. A introdução de terapia cognitivo-comportamental tem de- monstrado melhora dos SOC4 e diminuição do risco de recaída após a retirada da medicação. As drogas eficazes no tratamento dos SOC são os inibidores da recaptação de serotonina (IRS).25 As liberadas nos Estados Unidos pelo Food and Drug Administration (FDA) para o uso em crianças são a clomipramina, a fluvoxamina e a setralina. No caso da clomipramina, o monitoramento cardíaco criterioso deve ser realizado. A ação dessas drogas no citocromo P450 também deve ser considerada, a fim de evitar, por exemplo, interações com determinados antibióticos. A introdução imediata de IRS deve ser considerada apenas quando os sintomas estão muito graves, quando houver risco de suicídio ou quadro depressivo intenso associado. Parâme- tros clínicos de gravidade incluem o tempo gasto com os SOC, a interferência nas atividades escolares e de vida diária, o so- frimento subjetivo da criança e mesmo dos pais. Pode-se, tam- bém, utilizar escalas de avaliação de sintomas. A Yale-Brown obsessive-compulsive scale (Y-BOCS)26 é a mais utilizada, possuindo uma versão adaptada para crianças, a Children Yale- Brown obsessive-compulsive scale (CY-BOCS).27 Nenhuma das duas escalas foi validada no Brasil. Deve-se manter a medicação por pelo menos três meses em dose máxima para avaliação de sua eficácia. Caso os sintomas estejam controlados, pode-se começar a redução para uma do- sagem de manutenção após seis meses e tentar sua suspensão após 18 meses. Frente à comorbidade com o transtorno de tiques ou à má resposta aos IRS, deve-se considerar a potencialização com neurolépticos.14 Conclusão ÉimportanteressaltarqueoTOCé,emsi,umconceito.Pornão ser “verdade” objetiva, irá necessariamente sofrer modificações nos próximos anos. O desenvolvimento de técnicas em biologia molecular e neuroimagem, utilizando subgrupos mais homogê- neos de pacientes, deverá ser fator significativo na transformação desse conceito. Com a divulgação do genoma humano e o desen- volvimento de tecnologias mais acessíveis de mapeamento, pro- postas individualizadas de tratamentos, baseadas no seqüencia- mento genético, poderão ser viáveis num futuro próximo. Fonte de financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo –Fapesp (Processo 99/08560-6). Referências 1. Geller D, Biederman J, Jones J, Park K, Schwartz S, Shapiro S, et al. Is juvenile obsessive-compulsive disorder a developmental subtype of the disorder? A review of the paediatric literature. J Am Acad Child Adolesc Psych 1998;37:420-7. 2. American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders. Fourth edition. Washington (DC): American Psychiatry Press; 1994.
  • 4. SII 19 Rev Bras Psiquiatr 2000;22(Supl II):16-9 Transtorno obsessivo-compulsivo Rosario-Campos MC & Mercadante MT Correspondência: Maria Conceição do Rosario-Campos Child Study Center/Yale University School of Medicine – 230 South Frontage Road Room #I-267 – New Haven, CT, USA 06520 3. Towbin KE, Riddle MA. Obsessive-compulsive disorder. In: Lewis M, editor. Child and adolescent psychiatry – a comprehensive textbook. New York: Williams & Wilkins; 1991. p. 685-97. 4. March JS, Leonard HL. Obsessive-compulsive disorder in children and adolescents: a review of the past ten years. J Am Acad Child Adolesc Psych 1996;34:1265-73. 5. Rosario-Campos MC. Transtorno obsessivo-compulsivo de início pre- coce e início tardio: características clínicas, psicopatológicas e de co- morbidade [dissertação]. São Paulo: Faculdade de Medicina da Uni- versidade de São Paulo; 1998. 6. Organização Mundial da Saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10 – descrições clínicas e diretrizes di- agnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas Editora; 1993. 7. Rapoport JL. Childhood obsessive-compulsive disorder. J Child Psychol Psych 1986;27:289-95. 8. Leckman JF, Grice DE, Boardman J, Zhang H, Vitale A, Bondi C, et al. Symptoms of obsessive-compulsive disorder. Am J Psych 1997;154:911-7. 9. Mattaix-Cols D, Rauch SL, Manzo PA, Jenike MA, Baer L. Use of factor-analyzed symptom dimensions to predict outcome with serotonin reuptake inhibitors and placebo in the treatment of obsessive- compulsive disorder. Am J Psych 1999;156:1409-16. 10. Hollander E, Benzaquen SD. The obsessive-compulsive spectrum disorders. Int Rev Psych 1997;9:99-109. 11. Miguel EC, Coffey BJ, Baer L, Savage CR, Rauch SL, Jenike MA. Phenomenology of intentional repetitive behaviors in obsessive- compulsive disorder and Tourette’s syndrome. J Clin Psych 1995;56:420-30. 12. Miguel EC, Baer L, Coffey BJ, Rauch SL, Savage CK, O’Sullivan RL, et al. Phenomenological differences appearing with repetitive behaviours in obsessive-compulsive disorder and Gilles de la Tourette syndrome. Brit J Psych 1997;170:140-5. 13. Leckman JF, Grice DE, Barr LC, Vries LC, Martin C, Cohen DJ, et al. Tic-related vs. non-tic-related obsessive-compulsive disorder. Anxiety 1995;1:208-15. 14. McDougle CJ, Goodman WK, Leckman JF, Lee NC, Heninger GR, Price L. Haloperidol addition in fluvoxamine-refractory obsessive- compulsive disorder: a double blind, placebo controlled study in patients with and without tics. Arch Gen Psych 1994;51:302-308. 15. Insel TR, Hoover C, Murphy DL. Parents of patients obsessive- compulsive disorder. Psychol Med 1983;13:807-11. 16. Lewis A. Problems of obsessional illness. Proc Royal Soc Med 1935;XXIX:325-36. 17. Bellodi L, Sciuto G, Diaferia G, Ronchi P, Smeraldi E. Psichiatric disorders in the families of patients with obsessive-compulsive disorder. Psich Res 1992;42:111-20. 18. Pauls DL, Alsobrook JP, Goodman W, Rasmussen S, Leckman JF. A family study of obsessive-compulsive disorder. Am J Psych 1995;152:76-84. 19. Rasmussen SA, Tsuang MT. Clinical characteristics and family history in DSM-III obsessive-compulsive disorder. Am J Psych 1986;143:317-22. 20. Swedo SE, Leonard HL, Shapiro MB, Casey BJ, Mannheim GB, Lenane MC, et al. Sydenham’s chorea: physical and psychological symptoms of St Vitus dance. Pediatrics 1993;91(4):706-13 21. Swedo SE, Leonard HL, Garvey M, Mittleman BB, Allen AJ, Perlmutter, et al. Pediatric autoimmune neuropsychiatric disorders associated with streptococcal infections: clinical descriptions of the first 50 cases. Am J Psych 1998;152(2):264-71. 22. Walkup J. PANDAS and PITANDS [medical letter]. Tourette Syndrome Assoc 1998;1:1-4. 23. Jenike MA, Breiter HC, Baer L, Kennedy DN, Savage CR, Olivares MJ, et al. Cerebral structural abnormalities in obsessive-compulsive disorder: a quantitative morphometric magnetic resonance imaging study. Arch Gen Psych 1996;53:625-32. 24. Baxter LR, Schwartz JM, Bergman KS, Szuba MP, Guze BH, Mazziola JC, et al. Caudate glucose metabolic rate changes with both drug and behaviour therapy for obsessive-compulsive disorder. Arch Gen Psych 1992;49:681-9. 25. Mercadante MT, Miguel EC, Gentil V. Abordagem farmacológica do transtorno obsessivo-compulsivo. In: Miguel EC. Transtornos do es- pectro obsessivo-compulsivo. Diagnóstico e tratamento. Rio de Ja- neiro: Guanabara Koogan; 1996. p. 86-97. 26. Goodman WK, Price LH, Rasmussen SA, Guze BH, Bergman K, Szuba MP. The Yale-Brown obsessive compulsive scale (Y-BOCS): part II. Validity. Arch Gen Psych 1989;46:1012-6. 27. ScahillL,RiddleMA,McSwiggin-HardinM,OrtSI,KingRA,Goodman WK,etal.Children’sYale-Brownobsessivecompulsivescale:reliability and validity. J Am Acad Child Adolesc Psych 1997;36:844-52.