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““CuidadoCuidado
aoao
A todos os que sofrem e estão sós, dai sempre
um sorriso de alegria. Não lhes
proporciones apenas os vossos cuidados,
mas também o vosso coração”.
Madre Teresa de Calcutá
Os cuidadores: Afinal, quem são essas
pessoas? Quais as suas condições de vida?
Qual a perspectiva de auto-cuidado para
aqueles que gastam a maior parte dos seus
tempos dedicando-se a pessoas com
limitações as mais diversas,e, portanto, em
condições de vulnerabilidade? Teriam esses
cuidadores o preparo adequado para cuidar
de pessoas com certas incapacidades e
vulnerabilidades? E suas Redes de Apoio?
Funcionam?
• Projeto de Estágio do CIEPSI do
Uniceplac: “Cuidado ao Cuidador”
• Supervisora: Profa Juliana Cardoso
• promoção de saúde aos cuidadores,
ajudando-os nos seus processos de auto-
cuidado e indiretamente contribuir para que
as pessoas cuidadas sejam assistidas da
melhor forma possível
Estudo: apresentar propostas de
intervenção, que vise o cuidado com
estes cuidadores, na perspectiva de
aumentar a qualidade de vida dos
cuidadores,e, indiretamente, das
pessoas cuidadas.
• observações feitas no estágio/as
reflexões feitas individual e
coletivamente sobre os contextos dos
cuidadores atendidos no CIEPSI.
Opção teórica: abordagem fenomenológico existencial, por
entendermos que a mesma possibilita um olhar mais amplo e, ao
mesmo tempo, singular, sobre o fenômeno "cuidar" e seus
eventos psicológicos correlacionados.
• quais os graus de conhecimento do cuidador em relação a sua
prática de cuidado?
• Como ele lida com o desgaste físico e mental gerados pelo
cuidado, normalmente centralizado em um único cuidador?
Confirma-se a tese de que os cuidadores, normalmente possuem
menos motivação no desempenho de suas funções?
• E o Estado? o que diz diante da ausência de um processo
continuado de educação em saúde, voltado exclusivamente
para esse grupo?
REFERENCIAL TEÓRICO
• Fenomenologia: dar voz aos cuidadores que procuram a
clínica em busca de ajuda para lidar com as dificuldades
de lidar com as problemáticas que envolvem seus
fazeres enquanto cuidadores;
• Terapia Grupal: favorecer as trocas entre os cuidadores,
para que os mesmos possam ajudar e serem ajudados...
Amparar os cuidadores, nas suas tentativas de conciliar
suas necessidades de independência e autonomia, com
as demandas que envolvem uma ampla Rede de apoio.
Segundo Boff(1999) cuidar é uma atitude, é mais
do que atenção, zelo e desvelo; é ocupar-se,
preocupar-se, responsabilizar-se e envolver-se
afetivamente com o outro com quem carece de
ajuda; é solidariedade pura e simples.
Para Heidegger(2005) existencialmente, o cuidado
se encontra a priori, antes de toda e qualquer
atitude e situação que envolvem os seres
humanos humano, o que implica em dizer que o
cuidado se acha em toda atitude e situação de
fato, concreta, existente; dito de outro modo, que
o cuidado se encontra na raiz primeira do ser
humano, antes de qualquer outra coisa.
Karsch(2003) destaca um ponto fundamental
na relação estabelecida entre cuidador e a
pessoa sob seus cuidados: a estrutura
familiar e o nível de comprometimento dos
demais integrantes da família(Rede de
apoio). Muitos familiares não se
comprometem igualmente, sendo habitual a
ausência de compreensão sobre a
necessidade de comprometimento de todos,
para não sobrecarregar uma pessoa da
família, como normalmente acontece..
. DELIMITAÇÃO DO ESTUDO: "Cuidado ao Cuidador“: tem
como proposta oportunizar aos cuidadores uma escuta
terapêutica qualificada de suas demandas; dos seus dramas,
necessidades, frustrações, enfim, das suas dores, nem sempre
levadas em consideração por aqueles que desconhecem as suas
lutas diárias.
As transformações no modelo de atenção em
saúde devem priorizar ações voltadas para
inclusão social, autonomia e auto - cuidado
dos pacientes, sendo esta a essência do
projeto "Cuidado ao cuidador", do qual vida
fazemos parte.
É certo que, nós, os profissionais de saúde e
pacientes, ainda convivemos com as
dificuldades da superação do modelo
biomédico e hospitalocêntrico, o que acaba
por dificultar a adesão dos pacientes a um
tratamento preventivo, que evite o
agravamento dos danos já instalados em suas
estruturas psíquicas, prejudicando suas
qualidades de
oferecer cuidados aos cuidadores,
sensibilizando- os para o fato de que os
mesmos carecem, com certa urgência, de
se cuidar, se fortalecer, se empoderar,
cada vez mais, para que não adoeçam,
aumentando a complexidade das
situações em que se encontram, por conta
das empreitadas que vivenciam
diariamente, como cuidadores.
INTERVENÇÕES:
1. Oficinas grupais, voltadas para a elevação da auto-estima; que,
ao mesmo tempo favoreça o autorreconhecimento identitário
como ser único no mundo, e, com isso o autoconhecimento
necessário para que os mesmos se percebem nas teias relacionais
que engendram suas vidas;
2. Propor dinâmicas grupais que objetivem a criação de vínculos,
(para tanto,recorrer a epoché fenomenológica, no sentido de
suspensão de todo e qualquer juízo sobre as problemáticas
vivenciadas pelos pacientes)não somente com os terapeutas
envolvidos, como com os demais cuidadores; Ver a possibilidade
dessas dinâmicas serem pensadas na perspectiva do
Psicodrama(Moreno, 2016).
•
3. Por que as mulheres são
majoritariamente as que cuidam? Rodas
de conversas sobre "o conhecimento
como combustível para a intervenção e
pressuposto fundamental para a
libertação". Garrafa, 2005 & Martín-
Baró, 2017)
4. Oferecer palestras/ rodas de conversa
sobre "a importância das redes de apoio
no amparo dos cuidadores".
O CASO JOANA(nome fictício):
“A pessoa vulnerável necessita
cuidado regado com afetividade,
especialmente ternura, pois
deseja ser tratada com delicadeza
e sensibilidade”
Fonte: Roque Junges – Ética e gênero: o paradigma do cuidado -
Convergência no. 348 (dezembro – 2001)
Montagem: Renato,SJ.
Cuidado ao Cuidador: Auto-cuidado e Qualidade de Vida

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Cuidado ao Cuidador: Auto-cuidado e Qualidade de Vida

  • 2. A todos os que sofrem e estão sós, dai sempre um sorriso de alegria. Não lhes proporciones apenas os vossos cuidados, mas também o vosso coração”. Madre Teresa de Calcutá
  • 3. Os cuidadores: Afinal, quem são essas pessoas? Quais as suas condições de vida? Qual a perspectiva de auto-cuidado para aqueles que gastam a maior parte dos seus tempos dedicando-se a pessoas com limitações as mais diversas,e, portanto, em condições de vulnerabilidade? Teriam esses cuidadores o preparo adequado para cuidar de pessoas com certas incapacidades e vulnerabilidades? E suas Redes de Apoio? Funcionam?
  • 4. • Projeto de Estágio do CIEPSI do Uniceplac: “Cuidado ao Cuidador” • Supervisora: Profa Juliana Cardoso • promoção de saúde aos cuidadores, ajudando-os nos seus processos de auto- cuidado e indiretamente contribuir para que as pessoas cuidadas sejam assistidas da melhor forma possível
  • 5. Estudo: apresentar propostas de intervenção, que vise o cuidado com estes cuidadores, na perspectiva de aumentar a qualidade de vida dos cuidadores,e, indiretamente, das pessoas cuidadas. • observações feitas no estágio/as reflexões feitas individual e coletivamente sobre os contextos dos cuidadores atendidos no CIEPSI.
  • 6. Opção teórica: abordagem fenomenológico existencial, por entendermos que a mesma possibilita um olhar mais amplo e, ao mesmo tempo, singular, sobre o fenômeno "cuidar" e seus eventos psicológicos correlacionados. • quais os graus de conhecimento do cuidador em relação a sua prática de cuidado? • Como ele lida com o desgaste físico e mental gerados pelo cuidado, normalmente centralizado em um único cuidador? Confirma-se a tese de que os cuidadores, normalmente possuem menos motivação no desempenho de suas funções? • E o Estado? o que diz diante da ausência de um processo continuado de educação em saúde, voltado exclusivamente para esse grupo?
  • 7. REFERENCIAL TEÓRICO • Fenomenologia: dar voz aos cuidadores que procuram a clínica em busca de ajuda para lidar com as dificuldades de lidar com as problemáticas que envolvem seus fazeres enquanto cuidadores; • Terapia Grupal: favorecer as trocas entre os cuidadores, para que os mesmos possam ajudar e serem ajudados... Amparar os cuidadores, nas suas tentativas de conciliar suas necessidades de independência e autonomia, com as demandas que envolvem uma ampla Rede de apoio.
  • 8. Segundo Boff(1999) cuidar é uma atitude, é mais do que atenção, zelo e desvelo; é ocupar-se, preocupar-se, responsabilizar-se e envolver-se afetivamente com o outro com quem carece de ajuda; é solidariedade pura e simples. Para Heidegger(2005) existencialmente, o cuidado se encontra a priori, antes de toda e qualquer atitude e situação que envolvem os seres humanos humano, o que implica em dizer que o cuidado se acha em toda atitude e situação de fato, concreta, existente; dito de outro modo, que o cuidado se encontra na raiz primeira do ser humano, antes de qualquer outra coisa.
  • 9. Karsch(2003) destaca um ponto fundamental na relação estabelecida entre cuidador e a pessoa sob seus cuidados: a estrutura familiar e o nível de comprometimento dos demais integrantes da família(Rede de apoio). Muitos familiares não se comprometem igualmente, sendo habitual a ausência de compreensão sobre a necessidade de comprometimento de todos, para não sobrecarregar uma pessoa da família, como normalmente acontece..
  • 10. . DELIMITAÇÃO DO ESTUDO: "Cuidado ao Cuidador“: tem como proposta oportunizar aos cuidadores uma escuta terapêutica qualificada de suas demandas; dos seus dramas, necessidades, frustrações, enfim, das suas dores, nem sempre levadas em consideração por aqueles que desconhecem as suas lutas diárias.
  • 11. As transformações no modelo de atenção em saúde devem priorizar ações voltadas para inclusão social, autonomia e auto - cuidado dos pacientes, sendo esta a essência do projeto "Cuidado ao cuidador", do qual vida fazemos parte. É certo que, nós, os profissionais de saúde e pacientes, ainda convivemos com as dificuldades da superação do modelo biomédico e hospitalocêntrico, o que acaba por dificultar a adesão dos pacientes a um tratamento preventivo, que evite o agravamento dos danos já instalados em suas estruturas psíquicas, prejudicando suas qualidades de
  • 12. oferecer cuidados aos cuidadores, sensibilizando- os para o fato de que os mesmos carecem, com certa urgência, de se cuidar, se fortalecer, se empoderar, cada vez mais, para que não adoeçam, aumentando a complexidade das situações em que se encontram, por conta das empreitadas que vivenciam diariamente, como cuidadores.
  • 13. INTERVENÇÕES: 1. Oficinas grupais, voltadas para a elevação da auto-estima; que, ao mesmo tempo favoreça o autorreconhecimento identitário como ser único no mundo, e, com isso o autoconhecimento necessário para que os mesmos se percebem nas teias relacionais que engendram suas vidas; 2. Propor dinâmicas grupais que objetivem a criação de vínculos, (para tanto,recorrer a epoché fenomenológica, no sentido de suspensão de todo e qualquer juízo sobre as problemáticas vivenciadas pelos pacientes)não somente com os terapeutas envolvidos, como com os demais cuidadores; Ver a possibilidade dessas dinâmicas serem pensadas na perspectiva do Psicodrama(Moreno, 2016). •
  • 14. 3. Por que as mulheres são majoritariamente as que cuidam? Rodas de conversas sobre "o conhecimento como combustível para a intervenção e pressuposto fundamental para a libertação". Garrafa, 2005 & Martín- Baró, 2017) 4. Oferecer palestras/ rodas de conversa sobre "a importância das redes de apoio no amparo dos cuidadores".
  • 15. O CASO JOANA(nome fictício):
  • 16. “A pessoa vulnerável necessita cuidado regado com afetividade, especialmente ternura, pois deseja ser tratada com delicadeza e sensibilidade” Fonte: Roque Junges – Ética e gênero: o paradigma do cuidado - Convergência no. 348 (dezembro – 2001) Montagem: Renato,SJ.