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Original Article
Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 475-483, Oct./14
COMPOSIÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE ALELOPÁTICA DO ÓLEO
ESSENCIAL DE EUCALIPTO
CHEMICAL COMPOSITION AND ALLELOPATHIC ACTIVITY OF THE
EUCALYPTUS ESSENTIAL OIL
Marcelo Antonio TOMAZ1
; Adilson Vidal COSTA2
; Wagner Nunes RODRIGUES3
;
Patrícia Fontes PINHEIRO2
; Luciana Alves PARREIRA4
; Daniel RINALDO2
;
Vagner Tebaldi de QUEIROZ2
1. Professor, Doutor, Departamento de Produção Vegetal, Centro de Ciências Agrárias - CCA, Universidade Federal do Espírito Santo -
UFES, Alegre, Espírito Santo, tomaz@cca.ufes.br; 2. Professor, Doutor, Departamento de Química e Física, CCA - UFES, Alegre,
Espírito Santo; 3. Mestre, Doutorando em Produção Vegetal, CCA - UFES, Alegre, Espírito Santo; 4. Professora, Mestre, Departamento
de Química e Física, CCA - UFES, Alegre, Espírito Santo.
RESUMO: Os óleos essenciais constituem um tipo de metabólito secundário de grande importância econômica
e estão sendo cada vez mais estudados e utilizados como potentes inibidores de sementes e do crescimento de diversas
plantas. O presente trabalho teve por objetivo a análise química qualitativa e quantitativa bem como a avaliação da
atividade alelopática do óleo essencial extraído das folhas frescas de eucalipto (Eucalyptus citriodora) sobre a germinação
e o desenvolvimento radicular das sementes de sorgo (Sorghum bicolor L.) e pepino (Cucumis sativus L.), cultivados em
placa de Petri. O óleo essencial foi obtido por hidrodestilação, utilizando um aparelho tipo Clevenger, e analisado por
cromatografia em fase gasosa com detector de ionização de chama e espectrometria de massas. Foi possível identificar
doze constituintes químicos correspondendo a 97,69%, com predominância dos monoterpenos oxigenados citronelal
(64,92%) e iso-isopulegol (10,20%) e do citronelol (8,25%). Os ensaios biológicos utilizando o óleo essencial mostraram
que o mesmo apresenta efeito alelopático, prejudicando a germinação e o desenvolvimento da radícula das sementes de
sorgo e pepino, sendo a redução da germinação mais pronunciada no sorgo, e que o aumento da concentração do óleo leva
a uma redução linear na capacidade germinativa e no desenvolvimento da radícula.
PALAVRAS-CHAVE: Eucalyptus citriodora. Alelopatia. Óleo Volátil. Sorgo. Pepino.
INTRODUÇÃO
Durante o período de 1940 a 1980, o uso de
herbicidas sintéticos permitiu uma grande melhoria
da produção e da qualidade dos produtos agrícolas.
Porém, o uso indiscriminado destes produtos
resultou no desenvolvimento de muitos casos de
resistência a tais compostos por diversas espécies
daninhas, além de aumentar a poluição ambiental e
os riscos à saúde (BARBOSA, 2004). Portanto,
torna-se necessário buscar novos compostos, com
diferentes mecanismos de ação, possuidores de
espectro mais amplo para controle de plantas
daninhas e que apresentem menor impacto
ambiental.
Neste contexto, a investigação de
propriedades alelopáticas em plantas representa uma
oportunidade para solucionar esses problemas.
Alelopatia é definida como sendo qualquer efeito
direto e/ou indireto, danoso ou benéfico, que uma
planta (incluindo microrganismos) exerce sobre a
outra pela produção de compostos químicos e sua
liberação no ambiente. A maioria desses compostos
provém do metabolismo secundário e estão
simultaneamente relacionados a mecanismos de
defesa das plantas contra ataques de microrganismos
e insetos (SOUZA FILHO, 2006; FERREIRA et al.,
2007; SOUZA FILHO et al., 2009a).
Os óleos essenciais têm sido reportados
como potentes inibidores da germinação de
sementes e do desenvolvimento de diferentes
espécies de plantas (SOUZA FILHO et al, 2009b;
Souza Filho, 2009c). Esses óleos são misturas
naturais complexas, contendo uma variedade de
substâncias em diferentes proporções. Seus
constituintes podem pertencer às mais diversas
classes de compostos, porém, os terpenos e os
fenilpropenos são as classes de compostos mais
comumente encontradas (BARBOSA et al., 2004;
BAKKALI et al., 2008).
Entre as plantas que contém óleos
essenciais, as espécies de Eucalyptus, pertencente à
família Myrtaceae, estão entre as mais
comercializadas do mundo, sendo o óleo de
Eucalyptus citriodora um dos mais importantes em
volume comercializado (LORENZI; SOUZA,
2008).
Análises fitoquímicas de extratos e óleos
essenciais de espécies do gênero Eucalyptus
indicam a presença de glicosídeos cianogênicos,
Received: 18/09/12
Accepted: 20/02/14
476
Composição química... TOMAZ, M. A. et al
Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 475-483, Oct./14
triterpenos e monoterpenos, sendo os últimos os
principais componentes dos óleos essenciais. O óleo
essencial das espécies de Eucalyptus tem aplicação
terapêutica no tratamento de tuberculose e infecções
pulmonares (PEREIRA, 2010). Os monoterpenos
extraídos das folhas de E. citriodora, E. globulus e
E. teretcornis apresentam atividade antibacteriana
(RAMEZANI et. al., 2002). Adicionalmente, esses
óleos essenciais possuem efeitos analgésicos e anti-
inflamatórios (SILVA et al., 2003). Desse modo, as
folhas de várias espécies de eucalipto são uma rica
fonte de óleos essenciais que possuem uma vasta
atividade biológica, incluindo fungicida, inseticida,
herbicida e acaricida (BATISH et al., 2008).
Tendo em vista que o óleo essencial das
folhas de eucalipto tem sido responsável por efeitos
alelópaticos sobre algumas plantas, afetando a
germinação e o crescimento de espécies vegetais,
este estudo objetivou realizar a caracterização
química do óleo essencial de E. citriodora, bem
avaliar seu potencial alelopático sobre sementes de
plantas-teste: Sorghum bicolor (L.) e Cucumis
sativus L.
MATERIAL E MÉTODOS
Folhas completamente desenvolvidas e
frescas de E. citriodora foram coletadas no período
matutino (entre 8 e 9 horas) do dia 02 e março de
2012, na Fazenda Januaria de Pedra Menina
localizada em Dores do Rio Preto no Estado do
Espírito Santo, e encaminhadas ao laboratório.
O óleo essencial foi obtido por
hidrodestilação no Laboratório de Química do
Centro de Ciências Agrárias da Universidade
Federal do Espírito Santo. As folhas frescas (100 g)
foram transferidas para um balão, que foi acoplado
ao aparelho Clevenger e este ao condensador. A
hidrodestilação foi mantida após ebulição da água,
por três horas. Após obtenção de aproximadamente
500 mL de hidrolato, foi realizada partição,
utilizando o pentano como solvente. Foram
realizadas cinco extrações com 40 mL de pentano,
recolhendo a fase orgânica. Nesta, foi vertida uma
quantidade em excesso de sulfato de sódio anidro
para retirada de água da amostra, procedendo a sua
filtração. O filtrado foi levado ao evaporador
rotativo para obtenção do óleo essencial por
remoção do solvente. As amostras do óleo obtidas
foram transferidas para frascos de vidro e
armazenadas sob atmosfera de nitrogênio, a
temperatura de -4 ºC, até o momento das análises
(CASTRO et al., 2004).
A identificação dos compostos foi realizada
por cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro
de massas (CG-EM), em equipamento com detector
seletivo de massa, modelo QP-PLUS-2010
(SHIMADZU). A coluna cromatográfica utilizada
foi do tipo capilar de sílica fundida com fase
estacionária Rtx-5MS, de 30 m de comprimento e
0,25 mm de diâmetro interno, utilizando hélio como
gás de arraste. As temperaturas foram de 220 °C no
injetor e 300 °C no detector. A temperatura inicial
da coluna foi de 60 °C, sendo programada para ter
acréscimos de 3 °C a cada minuto, até atingir a
temperatura máxima de 240 °C. A identificação dos
compostos foi obtida por comparações dos espectros
de massas com os existentes na biblioteca NIST,
com a literatura e pelo índice de Kovat’s (ADAMS,
2007).
A quantificação dos constituintes químicos
do óleo essencial foi realizada por cromatografia em
fase gasosa em equipamento SHIMADZU GC-2010
Plus, equipado com detector de ionização de chama
(CG-DIC). O gás de arraste utilizado foi o
nitrogênio e coluna capilar Rtx-5MS, 30 m de
comprimento e 0,25 mm de diâmetro interno. As
temperaturas do injetor e do detector foram fixadas
em 240 e 250 °C, respectivamente. A programação
de temperatura no forno foi a mesma utilizada nas
análises por CG-EM. Uma quantidade de 10 mg das
amostras foram diluídas em 1 mL de diclorometano,
sendo injetado 1 µL da mistura.
Na avaliação do efeito alelopático foram
utilizados ensaios biológicos, realizados no
Laboratório de Nutrição Mineral de Plantas do
Centro de Ciências Agrárias da Universidade
Federal do Espírito Santo, seguindo a metodologia
proposta por Einhellig et al. (1983), empregando as
espécies S. bicolor L. (monocotiledônea) e C.
sativus L. (dicotiledônea). O óleo essencial foi
diluído em diclorometano até as concentrações de 0
(controle), 1000, 2000, 3000, 4000 e 5000 ppm para
composição dos tratamentos. Sendo transferidos 2
mL do óleo para placas de Petri de 11 cm de
diâmetro, contendo duas folhas de papel-filtro de
porosidade de 3 µm e peso específico de 80 g m-1
.
As placas foram deixadas à temperatura ambiente
até a completa evaporação do solvente. As sementes
de sorgo e pepino foram esterilizadas em solução de
hipoclorito de sódio a 20% e transferidas para as
placas de Petri. Cada placa foi umedecida com 2 mL
de água destilada e recebeu 20 sementes. As placas
foram transferidas para câmara de germinação (tipo
BOD) e incubadas a 25 ºC por um período de três
dias sob influência de lâmpadas fluorescentes de luz
branca e fria, com fotoperíodo de 24 horas (Brasil,
2009). Após esse período foram realizadas análises
de inibição da germinação e de crescimento
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Composição química... TOMAZ, M. A. et al
Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 475-483, Oct./14
radicular das plântulas em cada um dos ensaios
biológicos.
O delineamento experimental empregado foi
inteiramente casualizado, com cinco repetições. Os
dados obtidos foram submetidos a análise de
variância, através do teste F (p<0,05), e quando da
ocorrência de significância para a fonte de variação,
as médias foram estudadas através de análise de
regressão. As análises estatísticas foram realizadas
com o programa computacional Genes (CRUZ,
2006).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O óleo apresentou rendimento médio de
2,1%, valor próximo aos apresentados por Vitti &
Brito (2003) para diversas espécies de eucalipto.
A análise por CG-DIC e CG-EM
possibilitou a determinação da composição química
do óleo essencial obtido em percentual de 97,69%
para as folhas de Eucalyptus citriodora. Doze
componentes voláteis foram identificados com base
nos seus espectros de massas, comparados com os
da literatura e com espectroteca eletrônica, e em
seus índices de retenção, obtidos por comparação de
tempos de retenção com hidrocarbonetos lineares.
Os compostos identificados no óleo
essencial do eucalipto podem ser divididos em:
hidrocarbonetos monoterpenos e monoterpenos
oxigenados, mostrados na Tabela 1. Os
hidrocarbonetos monoterpenos identificados foram
α-pineno, β-pineno, p-cimeno, γ-terpineno. Os
monoterpenos oxigenados presentes no óleo foram o
1,8-cineol, acetato de α-terpinila, acetato de
citronelila, iso-isopulegol, neo-isopulegol, linalol,
citronelal e citronelol.
Tabela 1. Composição química do óleo essencial (%) e índice de Kovats calculado para folhas de E. citriodora.
Componentes Porcentagem da área IK(1)
calculado
α-pineno 0,80 945
β-pineno 0,18 986
p-cimeno 0,44 1033
1,8-cineol 1,75 1040
γ-terpineno 0,27 1067
Linalol 0,35 1098
iso-isopulegol 10,20 1153
citronelal 64,92 1162
neo-isopulegol 0,58 1164
β-citronelol 8,25 1235
Acetato de α-terpenila 6,74 1343
Acetato de citronelila 3,21 1354
Total 97,69 -
(1)
Índice de Kovats
Em estudo realizado com óleo essencial de
eucalipto, obtido de plantas cultivadas em região
diferente da utilizada neste estudo, Ootani et al.,
(2011) descrevem β-pineno (2,83%), 1,8-cineol
(3,44%), isopulegol (15,54%), citronelal (61,78%),
β-citronelol (7,90%) e Z-cariofileno (2,13%) como
principais componentes. Brito (2007) relatou a
presença dos compostos α-pineno (0,51%),
isopulegol (1,87%), citronelal (91,26%), citronelol
(1,92%), β-cariofileno (1,55%) e iso-isopulegol
(2,24%). Estanislau et al. (2001), estudando cinco
espécies de eucalipto cultivadas em Goiás,
identificaram os compostos 1,8-cineol (0,93%),
citronelal (82,33%), 3-neotujamol (6,78%),
isodiidrocarveol (0,43%), formato de citronelila
(7,80%) e 9-epicariofileno (0,43%). Pela
comparação dos resultados obtidos neste trabalho
com os descritos na literatura, é possível verificar
que existe diferença em relação à composição de
alguns constituintes e variação no teor de compostos
majoritários.
Souza Filho et al. (2009a) relatam que existe
considerável variação na composição dos
constituintes do óleo essencial de certas espécies de
plantas e que esta variação pode ser função da
sazonalidade, das condições edafoclimáticas, da
diferença entre indivíduos de diferentes populações
ou mesmo de uma mesma população. Sendo assim,
estas variações na composição química e no teor dos
constituintes presentes no óleo essencial podem
estar relacionadas aos quimiótipos em questão,
enfatizando a importância do estudo desta espécie
de eucalipto em regiões com diferentes tipos de
clima e solo.
Em avaliações da atividade fitotóxica de
óleos essenciais, deve-se ter especial atenção com o
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Composição química... TOMAZ, M. A. et al
Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 475-483, Oct./14
potencial osmótico ao qual as sementes são
expostas, tendo em vista que a alelopatia e o
potencial osmótico apresentam efeitos aditivos, que
pode causar a superestimação do efeito fitotóxico
dos óleos essenciais (Souza Filho, 2006). Neste
trabalho, para todas as concentrações testadas,
inclusive a máxima de 5.000 ppm, os efeitos
osmóticos foram desprezados, baseado nas
informações de Souza Filho & Alves (2000), que
indicam uma ausência de variação da germinação
em função do potencial osmótico até 0,2 MPa.
Assim, os efeitos verificados nos tratamentos podem
ser atribuídos, exclusivamente, à atividade dos
constituintes químicos presentes no óleo essencial
das folhas de E. citriodora.
Os resultados obtidos nos ensaios biológicos
são apresentados na Tabela 2. As plantas utilizadas
são consideradas plantas-teste, apresentando
germinação rápida, uniforme e sensibilidade, o que
permite identificar respostas mesmo sob baixas
concentrações das substâncias alelopáticas
(FERREIRA; ÁQUILA, 2000). Observa-se a
ocorrência de um efeito significativo do tratamento
com o óleo essencial na germinação e no
comprimento da radícula para ambas as espécies
vegetais estudadas.
Tabela 2. Quadrados médios (QM), médias e coeficientes de variação (CV) obtidos nos ensaios biológicos com
duas espécies vegetais submetidas a diferentes concentrações de óleo essencial de E. citriodora.
Espécie Parâmetro Germinação
(%)
Comprimento da radícula
(mm)
Sorgo QM 3297,33* 383,50*
Média 45,66 16,57
CV (%) 20,97 15,61
Pepino QM 117,50* 1001,15*
Média 93,50 46,30
CV (%) 5,65 10,09
*Significativo a 5% de probabilidade, pelo teste F.
A influência causada pela aplicação de uma
determinada substância sobre as sementes de uma
espécie vegetal pode ser estudada através do
porcentual final de sementes germinadas após o
tratamento com a citada. A reação das sementes é
variável de acordo com as suas características,
podendo ocorrer alterações na permeabilidade das
membranas, na utilização do oxigênio e mesmo na
conformação de enzimas e de receptores
(FERREIRA; ÁQUILA, 2000).
A atividade biológica de um determinado
agente aleloquímico depende tanto da concentração
do mesmo quanto do limite de resposta da espécie
tratada. Esse limite não é constante e está
intimamente relacionado à sensibilidade da espécie
receptora, aos processos da planta e às condições
ambientais (SOUZA FILHO et al., 2009a).
No presente trabalho, os efeitos inibitórios
estiveram positivamente associados à concentração
do óleo e às espécies receptoras, tanto quando se
analisaram os efeitos sobre a germinação das
sementes (Figura 1A e 1B), quanto o
desenvolvimento da radícula (Figura 1C e 1D) das
duas espécies de plantas receptoras.
Inibições crescentes foram sempre obtidas
com o aumento da concentração. Invariavelmente,
as inibições máximas foram sempre observadas na
concentração mais elevada (5.000 ppm). No mesmo
sentido, o sorgo apresentou maior sensibilidade aos
efeitos potencialmente alelopáticos do que o pepino,
sendo essa observação mais marcante quando se
analisaram os efeitos sobre a germinação das
sementes e menos marcante para os efeitos sobre o
desenvolvimento da radícula.
A partir da probabilidade observada nos
modelos de regressão, da significância dos
coeficientes das regressões e dos coeficientes de
determinação, notou-se que o modelo de regressão
que melhor se ajustou para explicar, tanto o
comportamento da germinação das sementes quanto
do crescimento radicular em função do aumento da
concentração do óleo essencial foi o modelo linear
decrescente. Logo, uma redução linear na
capacidade de germinação e no desenvolvimento
radicular ocorreu quando as sementes foram
expostas ao óleo, indicando que o mesmo apresenta
atividade alelopática.
Estudando a aplicação de óleos essenciais
de eucalipto em diferentes concentrações, Steffen et
al. (2010) também observaram que o aumento na
concentração do óleo essencial causou um efeito
inibitório no crescimento de mudas da própria
cultura.
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Composição química... TOMAZ, M. A. et al
Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 475-483, Oct./14
Figura 1. Germinação de sorgo (A) e pepino (B), e comprimento da radícula de sorgo (C) e pepino (D), em
função do aumento da concentração do óleo essencial de E. citriodora.
Os efeitos do óleo essencial sobre a
germinação de sementes e o desenvolvimento de
plantas são frequentemente explicados em termos
individuais de alguns dos seus principais
constituintes. Entretanto, é válido ressaltar que o
óleo essencial é uma mistura complexa de diferentes
componentes em proporções variadas e,
normalmente, é desconhecido como esses
constituintes interagem entre si e promovem seus
efeitos sobre outros organismos (SOUZA FILHO et
al., 2009a).
O efeito inibitório causado pela aplicação de
óleos essenciais de Eucalyptus spp. pode ocorrer
devido a presença de terpenos e monoterpenos no
óleo essencial extraído das folhas de eucalipto.
Esses compostos, quando depositados no solo,
causam a decomposição, volatilização, lixiviação e
exudação de compostos presentes nos tecidos
vegetais, inibindo o desenvolvimento de outras
plantas (HARBONE, 1991).
As diferenças na intensidade do efeito
alelopático de óleos essenciais também estão
relacionadas às variações na composição química.
Komai et al. (1991) observaram que os óleos
essenciais constituídos principalmente por
sesquiterpenos, que continham o grupo cetona ou
hidroxila, apresentavam maiores índices de inibição
alelopática que os óleos que continham
hidrocarbonetos. Dados da literatura revelam que os
monoterpenos inibem a germinação e o crescimento
radicular de diversas espécies de vegetais
(MULLER, 1965; FISCHER, 1986, 1994). Estes
compostos, por causarem a redução da atividade
mitótica e a formação de glóbulos lipídicos nas
plantas, apresentam atividades fitotóxicas em
diversas espécies, ao exemplo do milho, trigo, soja,
alfava e pepino (VAUGHN; SPENCER, 1993).
Einhellig (1983) afirma que terpenos
oxigenados são agentes inibidores mais potentes que
terpenos não oxigenados, podendo esse fato estar
relacionado à maior solubilidade dos primeiros em
água. Esse fato se torna importante neste trabalho,
visto que 95,62% dos compostos identificados no
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Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 475-483, Oct./14
óleo pertencem à classe dos terpenos oxigenados,
destacando-se o citronelal (64,72%).
Kohli et al. (1998) também relataram
diminuição da germinação de sementes quando os
óleos essenciais de E. tereticornis e E. citriodora
foram aplicados, na forma de vapor, sobre a planta
daninha Parthenium hysterophorus. Os mesmos
autores afirmam que o óleo de E. citriodora causou
mais fitotoxidez do que o óleo de E. tereticornis,
sendo esse fato atribuído às diferenças na
constituição química desses óleos. Além disso, a
aplicação do óleo de eucalipto provocou redução no
crescimento, no teor de clorofila e no teor de água,
com consequente diminuição da respiração celular
das plantas.
Batish et al. (2004), estudando a influência
do óleo essencial de E. citriodora sobre o
desenvolvimento inicial de Triticum aestivum, Zea
mays, Raphanus sativus, Cassia occidentalis,
Amaranthus viridis e Echinochloa crus-galli,
identificaram um efeito herbicida,
independentemente da concentração utilizada. No
entanto, resultados divergentes são encontrados na
literatura sobre o emprego de óleos essenciais
extraídos de diferentes espécies do mesmo gênero, o
que pode estar associado a diferenças na
composição dos óleos essenciais (ESTANISLAU et
al., 2001).
Alguns metabólicos secundários nas plantas
podem regular o desenvolvimento de outros
vegetais, da mesma ou de outras espécies. Logo, a
aplicação de óleos contendo esses metabólicos pode
ter o mesmo efeito regulatório, que pode ser de
promoção ou inibição do crescimento (TAIZ;
ZEIGER, 2006).
CONCLUSÕES
O óleo essencial de E. citriodora apresenta
efeito alelopático.
O aumento da concentração do óleo leva a
uma redução linear na capacidade germinativa e no
desenvolvimento da radícula.
ABSTRACT: Essential oils consist of a type of secondary metabolite that holds great economic importance,
they have been increasingly studied and used as potent inhibitors of seeds and growth of various plants. The present work
aimed at the qualitative and quantitative chemical analysis and evaluation of the allelopathic activity of the essential oil
extracted from fresh leaves of eucalyptus (Eucalyptus citriodora) over the germination and root development of seeds of
sorghum (Sorghum bicolor L.) and cucumber (Cucumis sativus L.), grown in a Petri dish. The essential oil was obtained
by steam distillation, using a Clevenger apparatus, and analyzed by chromatography in gas phase with flame ionization
detector and mass spectrometry. It was possible to identify twelve chemical constituents corresponding to 97.69%, with
predominance of oxygenated monoterpenes citronellal (64.92%) and iso-isopulegol (10.20%) and citronellol (8.25%). The
biological essays using the essential oil showed the presence of an allelopathic effect, affecting the germination and
radicule length of sorghum and cucumber seeds, the germination reduction being more pronounced in sorghum, also the
increase of the oil concentration leads to a linear decrease in the germination and in the radicule length.
KEYWORDS: Eucalyptus citriodora. Allelopathy. Volatile Oil. Sorghum. Cucumber.
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483
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Apêndice 1. Cromatograma do óleo essencial de folhas de E. citriodora.

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Óleo essencial de eucalipto inibe germinação

  • 1. 475 Original Article Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 475-483, Oct./14 COMPOSIÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE ALELOPÁTICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE EUCALIPTO CHEMICAL COMPOSITION AND ALLELOPATHIC ACTIVITY OF THE EUCALYPTUS ESSENTIAL OIL Marcelo Antonio TOMAZ1 ; Adilson Vidal COSTA2 ; Wagner Nunes RODRIGUES3 ; Patrícia Fontes PINHEIRO2 ; Luciana Alves PARREIRA4 ; Daniel RINALDO2 ; Vagner Tebaldi de QUEIROZ2 1. Professor, Doutor, Departamento de Produção Vegetal, Centro de Ciências Agrárias - CCA, Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, Alegre, Espírito Santo, tomaz@cca.ufes.br; 2. Professor, Doutor, Departamento de Química e Física, CCA - UFES, Alegre, Espírito Santo; 3. Mestre, Doutorando em Produção Vegetal, CCA - UFES, Alegre, Espírito Santo; 4. Professora, Mestre, Departamento de Química e Física, CCA - UFES, Alegre, Espírito Santo. RESUMO: Os óleos essenciais constituem um tipo de metabólito secundário de grande importância econômica e estão sendo cada vez mais estudados e utilizados como potentes inibidores de sementes e do crescimento de diversas plantas. O presente trabalho teve por objetivo a análise química qualitativa e quantitativa bem como a avaliação da atividade alelopática do óleo essencial extraído das folhas frescas de eucalipto (Eucalyptus citriodora) sobre a germinação e o desenvolvimento radicular das sementes de sorgo (Sorghum bicolor L.) e pepino (Cucumis sativus L.), cultivados em placa de Petri. O óleo essencial foi obtido por hidrodestilação, utilizando um aparelho tipo Clevenger, e analisado por cromatografia em fase gasosa com detector de ionização de chama e espectrometria de massas. Foi possível identificar doze constituintes químicos correspondendo a 97,69%, com predominância dos monoterpenos oxigenados citronelal (64,92%) e iso-isopulegol (10,20%) e do citronelol (8,25%). Os ensaios biológicos utilizando o óleo essencial mostraram que o mesmo apresenta efeito alelopático, prejudicando a germinação e o desenvolvimento da radícula das sementes de sorgo e pepino, sendo a redução da germinação mais pronunciada no sorgo, e que o aumento da concentração do óleo leva a uma redução linear na capacidade germinativa e no desenvolvimento da radícula. PALAVRAS-CHAVE: Eucalyptus citriodora. Alelopatia. Óleo Volátil. Sorgo. Pepino. INTRODUÇÃO Durante o período de 1940 a 1980, o uso de herbicidas sintéticos permitiu uma grande melhoria da produção e da qualidade dos produtos agrícolas. Porém, o uso indiscriminado destes produtos resultou no desenvolvimento de muitos casos de resistência a tais compostos por diversas espécies daninhas, além de aumentar a poluição ambiental e os riscos à saúde (BARBOSA, 2004). Portanto, torna-se necessário buscar novos compostos, com diferentes mecanismos de ação, possuidores de espectro mais amplo para controle de plantas daninhas e que apresentem menor impacto ambiental. Neste contexto, a investigação de propriedades alelopáticas em plantas representa uma oportunidade para solucionar esses problemas. Alelopatia é definida como sendo qualquer efeito direto e/ou indireto, danoso ou benéfico, que uma planta (incluindo microrganismos) exerce sobre a outra pela produção de compostos químicos e sua liberação no ambiente. A maioria desses compostos provém do metabolismo secundário e estão simultaneamente relacionados a mecanismos de defesa das plantas contra ataques de microrganismos e insetos (SOUZA FILHO, 2006; FERREIRA et al., 2007; SOUZA FILHO et al., 2009a). Os óleos essenciais têm sido reportados como potentes inibidores da germinação de sementes e do desenvolvimento de diferentes espécies de plantas (SOUZA FILHO et al, 2009b; Souza Filho, 2009c). Esses óleos são misturas naturais complexas, contendo uma variedade de substâncias em diferentes proporções. Seus constituintes podem pertencer às mais diversas classes de compostos, porém, os terpenos e os fenilpropenos são as classes de compostos mais comumente encontradas (BARBOSA et al., 2004; BAKKALI et al., 2008). Entre as plantas que contém óleos essenciais, as espécies de Eucalyptus, pertencente à família Myrtaceae, estão entre as mais comercializadas do mundo, sendo o óleo de Eucalyptus citriodora um dos mais importantes em volume comercializado (LORENZI; SOUZA, 2008). Análises fitoquímicas de extratos e óleos essenciais de espécies do gênero Eucalyptus indicam a presença de glicosídeos cianogênicos, Received: 18/09/12 Accepted: 20/02/14
  • 2. 476 Composição química... TOMAZ, M. A. et al Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 475-483, Oct./14 triterpenos e monoterpenos, sendo os últimos os principais componentes dos óleos essenciais. O óleo essencial das espécies de Eucalyptus tem aplicação terapêutica no tratamento de tuberculose e infecções pulmonares (PEREIRA, 2010). Os monoterpenos extraídos das folhas de E. citriodora, E. globulus e E. teretcornis apresentam atividade antibacteriana (RAMEZANI et. al., 2002). Adicionalmente, esses óleos essenciais possuem efeitos analgésicos e anti- inflamatórios (SILVA et al., 2003). Desse modo, as folhas de várias espécies de eucalipto são uma rica fonte de óleos essenciais que possuem uma vasta atividade biológica, incluindo fungicida, inseticida, herbicida e acaricida (BATISH et al., 2008). Tendo em vista que o óleo essencial das folhas de eucalipto tem sido responsável por efeitos alelópaticos sobre algumas plantas, afetando a germinação e o crescimento de espécies vegetais, este estudo objetivou realizar a caracterização química do óleo essencial de E. citriodora, bem avaliar seu potencial alelopático sobre sementes de plantas-teste: Sorghum bicolor (L.) e Cucumis sativus L. MATERIAL E MÉTODOS Folhas completamente desenvolvidas e frescas de E. citriodora foram coletadas no período matutino (entre 8 e 9 horas) do dia 02 e março de 2012, na Fazenda Januaria de Pedra Menina localizada em Dores do Rio Preto no Estado do Espírito Santo, e encaminhadas ao laboratório. O óleo essencial foi obtido por hidrodestilação no Laboratório de Química do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo. As folhas frescas (100 g) foram transferidas para um balão, que foi acoplado ao aparelho Clevenger e este ao condensador. A hidrodestilação foi mantida após ebulição da água, por três horas. Após obtenção de aproximadamente 500 mL de hidrolato, foi realizada partição, utilizando o pentano como solvente. Foram realizadas cinco extrações com 40 mL de pentano, recolhendo a fase orgânica. Nesta, foi vertida uma quantidade em excesso de sulfato de sódio anidro para retirada de água da amostra, procedendo a sua filtração. O filtrado foi levado ao evaporador rotativo para obtenção do óleo essencial por remoção do solvente. As amostras do óleo obtidas foram transferidas para frascos de vidro e armazenadas sob atmosfera de nitrogênio, a temperatura de -4 ºC, até o momento das análises (CASTRO et al., 2004). A identificação dos compostos foi realizada por cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massas (CG-EM), em equipamento com detector seletivo de massa, modelo QP-PLUS-2010 (SHIMADZU). A coluna cromatográfica utilizada foi do tipo capilar de sílica fundida com fase estacionária Rtx-5MS, de 30 m de comprimento e 0,25 mm de diâmetro interno, utilizando hélio como gás de arraste. As temperaturas foram de 220 °C no injetor e 300 °C no detector. A temperatura inicial da coluna foi de 60 °C, sendo programada para ter acréscimos de 3 °C a cada minuto, até atingir a temperatura máxima de 240 °C. A identificação dos compostos foi obtida por comparações dos espectros de massas com os existentes na biblioteca NIST, com a literatura e pelo índice de Kovat’s (ADAMS, 2007). A quantificação dos constituintes químicos do óleo essencial foi realizada por cromatografia em fase gasosa em equipamento SHIMADZU GC-2010 Plus, equipado com detector de ionização de chama (CG-DIC). O gás de arraste utilizado foi o nitrogênio e coluna capilar Rtx-5MS, 30 m de comprimento e 0,25 mm de diâmetro interno. As temperaturas do injetor e do detector foram fixadas em 240 e 250 °C, respectivamente. A programação de temperatura no forno foi a mesma utilizada nas análises por CG-EM. Uma quantidade de 10 mg das amostras foram diluídas em 1 mL de diclorometano, sendo injetado 1 µL da mistura. Na avaliação do efeito alelopático foram utilizados ensaios biológicos, realizados no Laboratório de Nutrição Mineral de Plantas do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo, seguindo a metodologia proposta por Einhellig et al. (1983), empregando as espécies S. bicolor L. (monocotiledônea) e C. sativus L. (dicotiledônea). O óleo essencial foi diluído em diclorometano até as concentrações de 0 (controle), 1000, 2000, 3000, 4000 e 5000 ppm para composição dos tratamentos. Sendo transferidos 2 mL do óleo para placas de Petri de 11 cm de diâmetro, contendo duas folhas de papel-filtro de porosidade de 3 µm e peso específico de 80 g m-1 . As placas foram deixadas à temperatura ambiente até a completa evaporação do solvente. As sementes de sorgo e pepino foram esterilizadas em solução de hipoclorito de sódio a 20% e transferidas para as placas de Petri. Cada placa foi umedecida com 2 mL de água destilada e recebeu 20 sementes. As placas foram transferidas para câmara de germinação (tipo BOD) e incubadas a 25 ºC por um período de três dias sob influência de lâmpadas fluorescentes de luz branca e fria, com fotoperíodo de 24 horas (Brasil, 2009). Após esse período foram realizadas análises de inibição da germinação e de crescimento
  • 3. 477 Composição química... TOMAZ, M. A. et al Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 475-483, Oct./14 radicular das plântulas em cada um dos ensaios biológicos. O delineamento experimental empregado foi inteiramente casualizado, com cinco repetições. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância, através do teste F (p<0,05), e quando da ocorrência de significância para a fonte de variação, as médias foram estudadas através de análise de regressão. As análises estatísticas foram realizadas com o programa computacional Genes (CRUZ, 2006). RESULTADOS E DISCUSSÃO O óleo apresentou rendimento médio de 2,1%, valor próximo aos apresentados por Vitti & Brito (2003) para diversas espécies de eucalipto. A análise por CG-DIC e CG-EM possibilitou a determinação da composição química do óleo essencial obtido em percentual de 97,69% para as folhas de Eucalyptus citriodora. Doze componentes voláteis foram identificados com base nos seus espectros de massas, comparados com os da literatura e com espectroteca eletrônica, e em seus índices de retenção, obtidos por comparação de tempos de retenção com hidrocarbonetos lineares. Os compostos identificados no óleo essencial do eucalipto podem ser divididos em: hidrocarbonetos monoterpenos e monoterpenos oxigenados, mostrados na Tabela 1. Os hidrocarbonetos monoterpenos identificados foram α-pineno, β-pineno, p-cimeno, γ-terpineno. Os monoterpenos oxigenados presentes no óleo foram o 1,8-cineol, acetato de α-terpinila, acetato de citronelila, iso-isopulegol, neo-isopulegol, linalol, citronelal e citronelol. Tabela 1. Composição química do óleo essencial (%) e índice de Kovats calculado para folhas de E. citriodora. Componentes Porcentagem da área IK(1) calculado α-pineno 0,80 945 β-pineno 0,18 986 p-cimeno 0,44 1033 1,8-cineol 1,75 1040 γ-terpineno 0,27 1067 Linalol 0,35 1098 iso-isopulegol 10,20 1153 citronelal 64,92 1162 neo-isopulegol 0,58 1164 β-citronelol 8,25 1235 Acetato de α-terpenila 6,74 1343 Acetato de citronelila 3,21 1354 Total 97,69 - (1) Índice de Kovats Em estudo realizado com óleo essencial de eucalipto, obtido de plantas cultivadas em região diferente da utilizada neste estudo, Ootani et al., (2011) descrevem β-pineno (2,83%), 1,8-cineol (3,44%), isopulegol (15,54%), citronelal (61,78%), β-citronelol (7,90%) e Z-cariofileno (2,13%) como principais componentes. Brito (2007) relatou a presença dos compostos α-pineno (0,51%), isopulegol (1,87%), citronelal (91,26%), citronelol (1,92%), β-cariofileno (1,55%) e iso-isopulegol (2,24%). Estanislau et al. (2001), estudando cinco espécies de eucalipto cultivadas em Goiás, identificaram os compostos 1,8-cineol (0,93%), citronelal (82,33%), 3-neotujamol (6,78%), isodiidrocarveol (0,43%), formato de citronelila (7,80%) e 9-epicariofileno (0,43%). Pela comparação dos resultados obtidos neste trabalho com os descritos na literatura, é possível verificar que existe diferença em relação à composição de alguns constituintes e variação no teor de compostos majoritários. Souza Filho et al. (2009a) relatam que existe considerável variação na composição dos constituintes do óleo essencial de certas espécies de plantas e que esta variação pode ser função da sazonalidade, das condições edafoclimáticas, da diferença entre indivíduos de diferentes populações ou mesmo de uma mesma população. Sendo assim, estas variações na composição química e no teor dos constituintes presentes no óleo essencial podem estar relacionadas aos quimiótipos em questão, enfatizando a importância do estudo desta espécie de eucalipto em regiões com diferentes tipos de clima e solo. Em avaliações da atividade fitotóxica de óleos essenciais, deve-se ter especial atenção com o
  • 4. 478 Composição química... TOMAZ, M. A. et al Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 475-483, Oct./14 potencial osmótico ao qual as sementes são expostas, tendo em vista que a alelopatia e o potencial osmótico apresentam efeitos aditivos, que pode causar a superestimação do efeito fitotóxico dos óleos essenciais (Souza Filho, 2006). Neste trabalho, para todas as concentrações testadas, inclusive a máxima de 5.000 ppm, os efeitos osmóticos foram desprezados, baseado nas informações de Souza Filho & Alves (2000), que indicam uma ausência de variação da germinação em função do potencial osmótico até 0,2 MPa. Assim, os efeitos verificados nos tratamentos podem ser atribuídos, exclusivamente, à atividade dos constituintes químicos presentes no óleo essencial das folhas de E. citriodora. Os resultados obtidos nos ensaios biológicos são apresentados na Tabela 2. As plantas utilizadas são consideradas plantas-teste, apresentando germinação rápida, uniforme e sensibilidade, o que permite identificar respostas mesmo sob baixas concentrações das substâncias alelopáticas (FERREIRA; ÁQUILA, 2000). Observa-se a ocorrência de um efeito significativo do tratamento com o óleo essencial na germinação e no comprimento da radícula para ambas as espécies vegetais estudadas. Tabela 2. Quadrados médios (QM), médias e coeficientes de variação (CV) obtidos nos ensaios biológicos com duas espécies vegetais submetidas a diferentes concentrações de óleo essencial de E. citriodora. Espécie Parâmetro Germinação (%) Comprimento da radícula (mm) Sorgo QM 3297,33* 383,50* Média 45,66 16,57 CV (%) 20,97 15,61 Pepino QM 117,50* 1001,15* Média 93,50 46,30 CV (%) 5,65 10,09 *Significativo a 5% de probabilidade, pelo teste F. A influência causada pela aplicação de uma determinada substância sobre as sementes de uma espécie vegetal pode ser estudada através do porcentual final de sementes germinadas após o tratamento com a citada. A reação das sementes é variável de acordo com as suas características, podendo ocorrer alterações na permeabilidade das membranas, na utilização do oxigênio e mesmo na conformação de enzimas e de receptores (FERREIRA; ÁQUILA, 2000). A atividade biológica de um determinado agente aleloquímico depende tanto da concentração do mesmo quanto do limite de resposta da espécie tratada. Esse limite não é constante e está intimamente relacionado à sensibilidade da espécie receptora, aos processos da planta e às condições ambientais (SOUZA FILHO et al., 2009a). No presente trabalho, os efeitos inibitórios estiveram positivamente associados à concentração do óleo e às espécies receptoras, tanto quando se analisaram os efeitos sobre a germinação das sementes (Figura 1A e 1B), quanto o desenvolvimento da radícula (Figura 1C e 1D) das duas espécies de plantas receptoras. Inibições crescentes foram sempre obtidas com o aumento da concentração. Invariavelmente, as inibições máximas foram sempre observadas na concentração mais elevada (5.000 ppm). No mesmo sentido, o sorgo apresentou maior sensibilidade aos efeitos potencialmente alelopáticos do que o pepino, sendo essa observação mais marcante quando se analisaram os efeitos sobre a germinação das sementes e menos marcante para os efeitos sobre o desenvolvimento da radícula. A partir da probabilidade observada nos modelos de regressão, da significância dos coeficientes das regressões e dos coeficientes de determinação, notou-se que o modelo de regressão que melhor se ajustou para explicar, tanto o comportamento da germinação das sementes quanto do crescimento radicular em função do aumento da concentração do óleo essencial foi o modelo linear decrescente. Logo, uma redução linear na capacidade de germinação e no desenvolvimento radicular ocorreu quando as sementes foram expostas ao óleo, indicando que o mesmo apresenta atividade alelopática. Estudando a aplicação de óleos essenciais de eucalipto em diferentes concentrações, Steffen et al. (2010) também observaram que o aumento na concentração do óleo essencial causou um efeito inibitório no crescimento de mudas da própria cultura.
  • 5. 479 Composição química... TOMAZ, M. A. et al Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 475-483, Oct./14 Figura 1. Germinação de sorgo (A) e pepino (B), e comprimento da radícula de sorgo (C) e pepino (D), em função do aumento da concentração do óleo essencial de E. citriodora. Os efeitos do óleo essencial sobre a germinação de sementes e o desenvolvimento de plantas são frequentemente explicados em termos individuais de alguns dos seus principais constituintes. Entretanto, é válido ressaltar que o óleo essencial é uma mistura complexa de diferentes componentes em proporções variadas e, normalmente, é desconhecido como esses constituintes interagem entre si e promovem seus efeitos sobre outros organismos (SOUZA FILHO et al., 2009a). O efeito inibitório causado pela aplicação de óleos essenciais de Eucalyptus spp. pode ocorrer devido a presença de terpenos e monoterpenos no óleo essencial extraído das folhas de eucalipto. Esses compostos, quando depositados no solo, causam a decomposição, volatilização, lixiviação e exudação de compostos presentes nos tecidos vegetais, inibindo o desenvolvimento de outras plantas (HARBONE, 1991). As diferenças na intensidade do efeito alelopático de óleos essenciais também estão relacionadas às variações na composição química. Komai et al. (1991) observaram que os óleos essenciais constituídos principalmente por sesquiterpenos, que continham o grupo cetona ou hidroxila, apresentavam maiores índices de inibição alelopática que os óleos que continham hidrocarbonetos. Dados da literatura revelam que os monoterpenos inibem a germinação e o crescimento radicular de diversas espécies de vegetais (MULLER, 1965; FISCHER, 1986, 1994). Estes compostos, por causarem a redução da atividade mitótica e a formação de glóbulos lipídicos nas plantas, apresentam atividades fitotóxicas em diversas espécies, ao exemplo do milho, trigo, soja, alfava e pepino (VAUGHN; SPENCER, 1993). Einhellig (1983) afirma que terpenos oxigenados são agentes inibidores mais potentes que terpenos não oxigenados, podendo esse fato estar relacionado à maior solubilidade dos primeiros em água. Esse fato se torna importante neste trabalho, visto que 95,62% dos compostos identificados no
  • 6. 480 Composição química... TOMAZ, M. A. et al Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 475-483, Oct./14 óleo pertencem à classe dos terpenos oxigenados, destacando-se o citronelal (64,72%). Kohli et al. (1998) também relataram diminuição da germinação de sementes quando os óleos essenciais de E. tereticornis e E. citriodora foram aplicados, na forma de vapor, sobre a planta daninha Parthenium hysterophorus. Os mesmos autores afirmam que o óleo de E. citriodora causou mais fitotoxidez do que o óleo de E. tereticornis, sendo esse fato atribuído às diferenças na constituição química desses óleos. Além disso, a aplicação do óleo de eucalipto provocou redução no crescimento, no teor de clorofila e no teor de água, com consequente diminuição da respiração celular das plantas. Batish et al. (2004), estudando a influência do óleo essencial de E. citriodora sobre o desenvolvimento inicial de Triticum aestivum, Zea mays, Raphanus sativus, Cassia occidentalis, Amaranthus viridis e Echinochloa crus-galli, identificaram um efeito herbicida, independentemente da concentração utilizada. No entanto, resultados divergentes são encontrados na literatura sobre o emprego de óleos essenciais extraídos de diferentes espécies do mesmo gênero, o que pode estar associado a diferenças na composição dos óleos essenciais (ESTANISLAU et al., 2001). Alguns metabólicos secundários nas plantas podem regular o desenvolvimento de outros vegetais, da mesma ou de outras espécies. Logo, a aplicação de óleos contendo esses metabólicos pode ter o mesmo efeito regulatório, que pode ser de promoção ou inibição do crescimento (TAIZ; ZEIGER, 2006). CONCLUSÕES O óleo essencial de E. citriodora apresenta efeito alelopático. O aumento da concentração do óleo leva a uma redução linear na capacidade germinativa e no desenvolvimento da radícula. ABSTRACT: Essential oils consist of a type of secondary metabolite that holds great economic importance, they have been increasingly studied and used as potent inhibitors of seeds and growth of various plants. The present work aimed at the qualitative and quantitative chemical analysis and evaluation of the allelopathic activity of the essential oil extracted from fresh leaves of eucalyptus (Eucalyptus citriodora) over the germination and root development of seeds of sorghum (Sorghum bicolor L.) and cucumber (Cucumis sativus L.), grown in a Petri dish. The essential oil was obtained by steam distillation, using a Clevenger apparatus, and analyzed by chromatography in gas phase with flame ionization detector and mass spectrometry. It was possible to identify twelve chemical constituents corresponding to 97.69%, with predominance of oxygenated monoterpenes citronellal (64.92%) and iso-isopulegol (10.20%) and citronellol (8.25%). The biological essays using the essential oil showed the presence of an allelopathic effect, affecting the germination and radicule length of sorghum and cucumber seeds, the germination reduction being more pronounced in sorghum, also the increase of the oil concentration leads to a linear decrease in the germination and in the radicule length. KEYWORDS: Eucalyptus citriodora. Allelopathy. Volatile Oil. Sorghum. Cucumber. REFERÊNCIAS ADAMS, R. P. Identification of essential oil components by gas chromatography/ mass spectrometry. London: Allured Pub. Corp., 2007. 804p. BAKKALI, F.; AVERBECK, S.; AVERBECK, D.; IDAOMAR, M. Biological effects of essential oils: a review. Food and Chemical Toxicology, Amsterdam, v. 46, n. 2, p. 446-475, 2008. BARBOSA, L. C. A. Os pesticidas, o homem e o meio ambiente. Viçosa: UFV, 2004. 215 p. BATISH, D. R.; SETIA, N.; SINGH, H. P.; KOHLI, R. K. Phytotoxicity of lemon-scented oil and its potential use as a bioherbicide. Crop Protection, Oxford, v. 23, p. 1209-1214, 2004. BATISH, D. R.; SINGH, H. P.; KOHLI, R. K.; KAUR, S. Eucalyptus essential oil as a natural pesticide. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 256, p. 2166-2174, 2008.
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  • 8. 482 Composição química... TOMAZ, M. A. et al Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 475-483, Oct./14 PEREIRA, J. L. Composição química dos óleos essenciais de espécies de Eucalyptus L’ Herit (Myrtaceae). 2010. 59 f. Dissertação (Mestrado em Agroquímica) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2010. RAMEZANI, H.; SINGH, H. P.; BATISH, D. R. O.; KOHLI, R. K. Antifungal activity of volatile oil of Eucalyptus citriodora. Fitoterapia, Amsterdam, v. 73, p. 261-262, 2002. SILVA, J.; ABEBE, W.; SOUSA, S. M.; DUARTE, V. G.; MACHADO, M. I.; MATOS, F. J. Analgesic and anti-inflammatory effects of essential oils of eucalyptus. Journal of Ethnopharmacology, Lausanne, v. 89, n. 23, p. 277‑283, 2003. SOUZA FILHO, A. P. S. Alelopatia e as plantas. Belém: Embrapa, 2006. 159 p. SOUZA FILHO, A. P. S.; ALVES, S. M. Potencial alelopático de plantas de acapu (Vouacapoua americana): efeitos sobre plantas daninhas de pastagens. Planta Daninha, Viçosa, v. 18, n. 3, p. 435-441, 2000. SOUZA FILHO, A. P. S.; BAYMA, J. C.; GUILHON, G. M. S. P.; ZOGHBI, M. G. B. Atividade potencialmente alelopática do óleo essencial de Ocimum americanum. Planta Daninha, Viçosa, v. 18, n. 3, p.499-505, 2009a. SOUZA FILHO, A. P. S.; GUILHON, G. M. S. P.; ZOGHBI, M. G. B.; CUNHA, R. L; Análise comparativa do potencial alelopático do extrato hidroalcoólico e do óleo essencial de folhas de cipó-d’alho (Bignoniaceae). Planta Daninha, Viçosa, v. 27, n. 4, p. 647-653, 2009b. SOUZA FILHO, A. P. S.; VASCONCELOS, M. A. M.; ZOGHBI, M. G. B.; CUNHA, R. L. Efeitos potencialmente alelopáticos dos óleos essenciais de Piper hispidinervium C. DC. e Pogostemon heyneanus Benth sobre plantas daninhas. Acta Amazônica, Manaus, v. 39, n. 2, p. 389-396, 2009c. STEFFEN, R. B.; ANTONIOLLI, Z. I.; STEFFEN, G. P. K. Efeito estimulante do óleo essencial de eucalipto na germinação e crescimento inicial de mudas de Eucalyptus grandis. Pesquisa Florestal Brasileira, Colombo, v. 30, n. 63, p. 199-206, 2010. TAIZ, L.; ZEIGER, E. Plant Physiology. 4. ed. Sinauer Associates, Inc: Massachusetts, 2006. 764 p. VAUGHN, S. F.; SPENCER, G. F. Volatile monoterpenes as potencial parent strutures for new herbicides. Weed Science, Champaign, v. 41, p. 114-119, 1993. VITTI, A. M. S.; BRITO, J. O. Óleo essencial de eucalipto. Piracicaba: ESALQ, 2003. 26p. (Documentos florestais nº 17).
  • 9. 483 Composição química... TOMAZ, M. A. et al Biosci. J., Uberlandia, v. 30, supplement 2, p. 475-483, Oct./14 Apêndice 1. Cromatograma do óleo essencial de folhas de E. citriodora.