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Neurociências

Contribuições para a Educação
Gisele Calia - Neuropsicóloga
SP, 20/01/14
OBJETIVOS



Introdução à Neurociência
Funções Cognitivas e Plasticidade cerebral

Contribuir para o diálogo entre
Neurociência/Pedagogia




Desvios no processo de aprendizagem
Interpretar relatórios
Avaliar notícias da mídia
QUESTÕES ATUAIS
ARTIGO REVISTA VEJA
EDIÇÃO 2226 – ANO 44 –
Nº29
20 de Julho de 2011
“Google Effects on Memory:
Cognitive Consequences of
Having Information at Our
Fingertips”
Betsy Sparrow; psicóloga;
Universidade de Columbia
ARTIGO – Questionamentos







A internet se tornou uma memória
externa?
O cérebro é uma estrutura que se
transforma com os desafios que lhe são
apresentados. Facilitar sua atividade
pode torná-lo preguiçoso?
A facilidade de armazenamento e
recuperação virtual de informações pode
atrofiar os instrumentos de busca
internos?
Que tipo de efeito a internet, mais
precisamente sites de busca tipo Google,
pode exercer sobre a plasticidade do
cérebro?
“Neurociência: como ela ajuda
a entender a aprendizagem”
edição 253 - Junho/Julho 2012
Como o cérebro aprende X Questões
tratadas por grandes teóricos, como
Piaget, Vygotsky, Wallon e Ausubel
Como o professor pode enriquecer o
processo de ensino e aprendizagem
usando as contribuições da
Neurociência?
Emoção e a retenção de informações
Motivação e Aprendizagem
Atenção e Percepção
Plasticidade Cerebral
Memória
http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/neurociencia-comoela-ajuda-entender-aprendizagem-691867.shtml
REFLEXÕES
1.
2.
3.
4.
5.

A emoção interfere no processo de retenção de informação.
É preciso motivação para aprender.
A atenção é fundamental na aprendizagem.
O cérebro se modifica em contato com o meio durante toda
a vida.
A formação da memória é mais efetiva quando a nova
informação é associada a um conhecimento prévio.
Conclusões dos teóricos ou de investigações neurológicas
recentes sobre o funcionamento cerebral? Ambas.
“O que hoje a Neurociência defende sobre o processo de
aprendizagem se assemelha ao que os teóricos mostravam
por diferentes caminhos” - psicóloga Tania B. I. Marques (UFRGS)
NEUROCIÊNCIA
NEUROLOGIA: saúde
NEUROBIOLOGIA:
química
NEUROFISIOLOGIA:
fisiologia
NEUROPSICOLOGIA:
comportamento
NEURODUCAÇÃO:
aprendizagem
NEUROMARKETING:
?
ETC.
AVANÇOS
TECNOLÓGICOS

INTERESSE PELO
FUNCIONAMENTO
DO CÉREBRO
Egito Antigo: estudos do
cérebro e funções
motoras – feridos de
guerra
Meados séc. XIX –
impulso pelos avanços
científicos, tecnológicos
CÉREBRO: INTRODUÇÃO
Células –morfologia
relativamente simples
SN  100 bilhões de
células
Aproximadamente 1000
tipos diferentes, mas com
arquitetura básica comum
A complexidade do
comportamento depende
menos da especialização
das células nervosas e mais
dos circuitos neurais
desenvolvidos
Células Nervosas - Tipos
NEURÔNIOS
fazem sinapses

CÉLULAS DA
GLIA
sustentam,
nutrem e
protegem os
neurônios
Citoarquitetura do Córtex
Cerebral

Mapa de Brodmann
REPRESENTAÇÃO CORTICAL
MOTORA
LOBOS: Occipital, Parietal,
Temporal e Frontal
Plasticidade Neuronal
Alterações no nº e tipo de
receptores de
neurotransmissores na
superfície da membrana do
neurônio
Aumento ou diminuição de
dendritos ou terminações
nervosas ou regenerações de
axônios
Embora processos de
neuroplasticidade em adultos
sejam limitados, estudos
recentes demonstram que
algumas funções cognitivas
podem ser substituídas por
áreas adjacentes a áreas
lesionadas ou homólogas no
outro hemisfério

Neurônio

FUSIFORMES
Plasticidade Neuronal
Princípios


Aprendizado: bastam 2 neurônios



Padrão de atividade eficiente: neurônio B manda msg
para A dizendo que o reconhece
diálogo
aprendizado
memória celular



Aumento de facilitação sináptica: depois do 1º
estímulo, o mesmo neurônio pós-sináptico precisa de
uma intensidade menor do mesmo estímulo para
responder
Princípio primordial da
neuroplasticidade
“A entrada muda a resposta”
•
•

O neurônio pós-sináptico é capaz de se modificar para
tornar a resposta mais eficiente
Mesmo depois de passado um longo tempo a potência
de resposta fica aumentada.
NEUROPLASTICIDADE = capacidade de adaptação do
sistema nervoso às mudanças nas condições do
ambiente que ocorrem no dia-a-dia da vida dos
indivíduos. Relacionada ao desenvolvimento, à
adaptação e ao aprendizado.
NEUROPSICOLOGIA
Ampara-se na avaliação de manifestações
comportamentais (disfunções) para a investigação
do funcionamento cerebral.
COGNIÇÃO (ato de conhecer)

COMPORTAMENTOS (amplo)

ATIVIDADE DO SNC (cérebro)
FUNÇÕES COGNITIVAS
Sistemas funcionais
complexos formados por
redes de conexões
neuronais
• Ação conjunta de diversas
regiões do cérebro.
• Estudos:
• Casos clínicos (lesões)
• Populações normais
(sem lesões detectadas)
• Experimentais humanos
•
FUNÇÕES MENTAIS
SUPERIORES
•
•
•
•
•
•
•
•

ATENÇÃO
FUNÇÕES EXECUTIVAS
LINGUAGEM (verbal, escrita, cálculo...)
MEMÓRIA (verbal e visual)
EFICIÊNCIA INTELECTUAL GERAL (QI)
PERCEPÇÃO
FUNÇÕES MOTORAS
HABILIDADES VISUOESPACIAIS e
VISUOCONSTRUTIVAS
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ATENÇÃO

 Importante
pré-requisito
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cognitivas.
 Abrange mecanismos responsáveis
pela seleção, inibição, alternância e
sustentação de estímulos.
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para a consciência enquanto mantém
outros
estímulos
afastados
(distratores)
EXEMPLO: Teste de Atenção
STROOP TEST
MEMÓRIA – Aspectos Gerais
MEMÓRIA  CONHECIMENTO QUE PODE SER
CODIFICADO, RETIDO (armazenado) E RECUPERADO
(evocado)


Memória retrógrada (antes acidente) X anterógrada



Memória remota (infância) X recente



Memória longo prazo X curto prazo
MEMÓRIA LONGO PRAZO


IMPLÍCITA  HABILIDADES REFLEXAS MOTORAS E

PERCEPTUAIS (RECORDADA INCONSCIENTEMENTE) –Ex: bicicleta


EXPLÍCITA (DECLARATIVA)  CONHECIMENTO FACTUAL DE
PESSOAS, LUGARES, E O QUE OS FATOS SIGNIFICAM
(RECORDADA DE FORMA CONSCIENTE E DELIBERADA)

EPISÓDICA: EVENTOS E EXPERIÊNCIAS PESSOAIS
SEMÂNTICA: FATOS
MEMÓRIA CURTO PRAZO




IMEDIATA

OPERACIONAL
MEMÓRIA OPERACIONAL
“Sistema responsável pelo
armazenamento de curto prazo e pela
manipulação de informações necessárias
para funções cognitivas superiores” .
(Working Memory, Baddeley, 2002)


Registra e reproduz a informação com
manipulação
Exemplo: Testes de Memória
VERBAL

VISUAL
Exemplo: Teste de Memória
Operacional
ORDEM DIRETA
1-7
5–8-2
6–4-3-9
4–2–7–3-1
6–1-9–4–7–3

ORDEM INVERSA
6-3
6–9-4
7–2–8-6
7–5–8–3-6
3–9- 2–4–8-7

5–9–1–7–4–2-8

4–1–7–9–3–8–6

3–8–2–9–5–1–7-4

5–8–1–9–2–6–4-7

2 – 7 – 5 – 8 – 6 – 2 – 5– 8- 4

7 – 1 – 3 – 9 – 4 – 2 – 5– 6- 8
FUNÇÕES EXECUTIVAS
Habilidades que possibilitam a criação de
novos padrões de comportamentos e
formas de pensar especialmente em
situações não rotineiras.
Tomada de decisões
Criação e realização de metas, de planos
e estratégias (e monitoração)
Detecção e resolução de problemas
Flexibilidade mental
Iniciativa
Figura de Rey
Capacidade de Planejamento
(visuoconstrutivo)
LINGUAGEM
Neuropsicologia
“É o resultado de uma
atividade nervosa que
permite a comunicação
interpessoal de estados
psíquicos através da
materialização de
representações
multimodais destes
estados”

Linguistas
“Um sistema arbitrário de
símbolos, governado por
regras, sendo marcada pelo
caráter criativo. É algo
maior que uma coleção de
sons, pois traz uma função
representacional. Se
apresenta com uma lógica
interna de organização /
inteligência (abstração /
temporalidade /
sociabilidade)”
LINGUAGEM
VERBAL







ESPONTÂNEA: uso da
gramática; fluência...
COMPREENSÃO
PARAFASIAS: semânticas
ou fonéticas
NEOLOGISMOS
NOMEAÇÃO
REPETIÇÃO





PATOLOGIAS
AFASIA: Alteração
adquirida da linguagem
decorrente de lesão ou
distúrbio cerebral que se
manifesta através da
linguagem oral (expressão
e compreensão)
DISLEXIAS: distúrbios
da leitura e escrita.
LINGUAGEM
Áreas associativas nas regiões
temporal, frontal e parietal
esquerdas estão envolvidas na
mediação de conceitos e na
produção e compreensão de
linguagem.
Para a organização, produção e
compreensão da linguagem o
cérebro deve organizar-se e
trabalhar em conjunto com
diversas
outras
áreas
relacionadas ao processamento
sensorial, ao controle atencional
e à memória operacional.
FUNÇÃO INTELECTUAL
GERAL


INTELIGÊNCIA, RACIOCÍNIO, ABSTRAÇÃO,
CONCEITUAÇÃO; QI



ESCALAS WECHSLER – WAIS; WISC; WMS



Conhecimentos gerais; analogias; síntese; compreensão de
padrões sociais; raciocínio matemático; amplitude atencional;
praxia visuo-construtiva; velocidade de processamento
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Exemplo: WISC-IV
As habilidades de raciocínio verbal de L. R. M.
mensuradas pelo Índice de Compreensão Verbal,
estão acima de aproximadamente 70% das
crianças com a mesma idade (ICV = 108;
intervalo de confiança 95% = 100-115).
O Índice de Compreensão Verbal avalia raciocínio
verbal e formação de conceitos.
WISC-IV (cont.)
Índice de Organização Perceptual
Índice de Memória Operacional
Índice de Velocidade de Processamento
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ANDRADE,VM (org) – Neuropsicologia Hoje – São
Paulo, Artes Médicas, 2004.
MESULAM, M M - Principles of Behavioral and
Cognitive Neurology -Oxford University Press, 2ª
edição, 2000.
MUSZKAT,M., MIRANDA,M. – Neuropsicologia do
Desenvolvimento – Neuropsicologia Hoje, São Paulo,
Artes Médicas, 2004;pgs211-24
NITRINI, R – Neuropsicologia: das bases anatômicas à
reabilitação – São Paulo, FMUSP, 1996.
BIBLIOGRAFIA
Neurociência Aplicada
à Aprendizagem
Telma Pantano; Jaime
Luiz Zorzi
Editora Pulso
S. José Campos/SP; 2009
OBRIGADA!

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Neuropsicologia para Educadores

  • 1. Neurociências Contribuições para a Educação Gisele Calia - Neuropsicóloga SP, 20/01/14
  • 2. OBJETIVOS   Introdução à Neurociência Funções Cognitivas e Plasticidade cerebral Contribuir para o diálogo entre Neurociência/Pedagogia    Desvios no processo de aprendizagem Interpretar relatórios Avaliar notícias da mídia
  • 3. QUESTÕES ATUAIS ARTIGO REVISTA VEJA EDIÇÃO 2226 – ANO 44 – Nº29 20 de Julho de 2011 “Google Effects on Memory: Cognitive Consequences of Having Information at Our Fingertips” Betsy Sparrow; psicóloga; Universidade de Columbia
  • 4. ARTIGO – Questionamentos     A internet se tornou uma memória externa? O cérebro é uma estrutura que se transforma com os desafios que lhe são apresentados. Facilitar sua atividade pode torná-lo preguiçoso? A facilidade de armazenamento e recuperação virtual de informações pode atrofiar os instrumentos de busca internos? Que tipo de efeito a internet, mais precisamente sites de busca tipo Google, pode exercer sobre a plasticidade do cérebro?
  • 5. “Neurociência: como ela ajuda a entender a aprendizagem” edição 253 - Junho/Julho 2012 Como o cérebro aprende X Questões tratadas por grandes teóricos, como Piaget, Vygotsky, Wallon e Ausubel Como o professor pode enriquecer o processo de ensino e aprendizagem usando as contribuições da Neurociência? Emoção e a retenção de informações Motivação e Aprendizagem Atenção e Percepção Plasticidade Cerebral Memória http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/neurociencia-comoela-ajuda-entender-aprendizagem-691867.shtml
  • 6. REFLEXÕES 1. 2. 3. 4. 5. A emoção interfere no processo de retenção de informação. É preciso motivação para aprender. A atenção é fundamental na aprendizagem. O cérebro se modifica em contato com o meio durante toda a vida. A formação da memória é mais efetiva quando a nova informação é associada a um conhecimento prévio. Conclusões dos teóricos ou de investigações neurológicas recentes sobre o funcionamento cerebral? Ambas. “O que hoje a Neurociência defende sobre o processo de aprendizagem se assemelha ao que os teóricos mostravam por diferentes caminhos” - psicóloga Tania B. I. Marques (UFRGS)
  • 8. AVANÇOS TECNOLÓGICOS INTERESSE PELO FUNCIONAMENTO DO CÉREBRO Egito Antigo: estudos do cérebro e funções motoras – feridos de guerra Meados séc. XIX – impulso pelos avanços científicos, tecnológicos
  • 9. CÉREBRO: INTRODUÇÃO Células –morfologia relativamente simples SN  100 bilhões de células Aproximadamente 1000 tipos diferentes, mas com arquitetura básica comum A complexidade do comportamento depende menos da especialização das células nervosas e mais dos circuitos neurais desenvolvidos
  • 10. Células Nervosas - Tipos NEURÔNIOS fazem sinapses CÉLULAS DA GLIA sustentam, nutrem e protegem os neurônios
  • 14. Plasticidade Neuronal Alterações no nº e tipo de receptores de neurotransmissores na superfície da membrana do neurônio Aumento ou diminuição de dendritos ou terminações nervosas ou regenerações de axônios Embora processos de neuroplasticidade em adultos sejam limitados, estudos recentes demonstram que algumas funções cognitivas podem ser substituídas por áreas adjacentes a áreas lesionadas ou homólogas no outro hemisfério Neurônio FUSIFORMES
  • 15. Plasticidade Neuronal Princípios  Aprendizado: bastam 2 neurônios  Padrão de atividade eficiente: neurônio B manda msg para A dizendo que o reconhece diálogo aprendizado memória celular  Aumento de facilitação sináptica: depois do 1º estímulo, o mesmo neurônio pós-sináptico precisa de uma intensidade menor do mesmo estímulo para responder
  • 16. Princípio primordial da neuroplasticidade “A entrada muda a resposta” • • O neurônio pós-sináptico é capaz de se modificar para tornar a resposta mais eficiente Mesmo depois de passado um longo tempo a potência de resposta fica aumentada. NEUROPLASTICIDADE = capacidade de adaptação do sistema nervoso às mudanças nas condições do ambiente que ocorrem no dia-a-dia da vida dos indivíduos. Relacionada ao desenvolvimento, à adaptação e ao aprendizado.
  • 17. NEUROPSICOLOGIA Ampara-se na avaliação de manifestações comportamentais (disfunções) para a investigação do funcionamento cerebral. COGNIÇÃO (ato de conhecer) COMPORTAMENTOS (amplo) ATIVIDADE DO SNC (cérebro)
  • 18. FUNÇÕES COGNITIVAS Sistemas funcionais complexos formados por redes de conexões neuronais • Ação conjunta de diversas regiões do cérebro. • Estudos: • Casos clínicos (lesões) • Populações normais (sem lesões detectadas) • Experimentais humanos •
  • 19. FUNÇÕES MENTAIS SUPERIORES • • • • • • • • ATENÇÃO FUNÇÕES EXECUTIVAS LINGUAGEM (verbal, escrita, cálculo...) MEMÓRIA (verbal e visual) EFICIÊNCIA INTELECTUAL GERAL (QI) PERCEPÇÃO FUNÇÕES MOTORAS HABILIDADES VISUOESPACIAIS e VISUOCONSTRUTIVAS • PRAXIAS
  • 20. ATENÇÃO  Importante pré-requisito para manifestações de outras funções cognitivas.  Abrange mecanismos responsáveis pela seleção, inibição, alternância e sustentação de estímulos.  Mecanismos que selecionam uma parte dos estímulos capturando-os para a consciência enquanto mantém outros estímulos afastados (distratores)
  • 21. EXEMPLO: Teste de Atenção STROOP TEST
  • 22. MEMÓRIA – Aspectos Gerais MEMÓRIA  CONHECIMENTO QUE PODE SER CODIFICADO, RETIDO (armazenado) E RECUPERADO (evocado)  Memória retrógrada (antes acidente) X anterógrada  Memória remota (infância) X recente  Memória longo prazo X curto prazo
  • 23. MEMÓRIA LONGO PRAZO  IMPLÍCITA  HABILIDADES REFLEXAS MOTORAS E PERCEPTUAIS (RECORDADA INCONSCIENTEMENTE) –Ex: bicicleta  EXPLÍCITA (DECLARATIVA)  CONHECIMENTO FACTUAL DE PESSOAS, LUGARES, E O QUE OS FATOS SIGNIFICAM (RECORDADA DE FORMA CONSCIENTE E DELIBERADA) EPISÓDICA: EVENTOS E EXPERIÊNCIAS PESSOAIS SEMÂNTICA: FATOS
  • 25. MEMÓRIA OPERACIONAL “Sistema responsável pelo armazenamento de curto prazo e pela manipulação de informações necessárias para funções cognitivas superiores” . (Working Memory, Baddeley, 2002)  Registra e reproduz a informação com manipulação
  • 26. Exemplo: Testes de Memória VERBAL VISUAL
  • 27. Exemplo: Teste de Memória Operacional ORDEM DIRETA 1-7 5–8-2 6–4-3-9 4–2–7–3-1 6–1-9–4–7–3 ORDEM INVERSA 6-3 6–9-4 7–2–8-6 7–5–8–3-6 3–9- 2–4–8-7 5–9–1–7–4–2-8 4–1–7–9–3–8–6 3–8–2–9–5–1–7-4 5–8–1–9–2–6–4-7 2 – 7 – 5 – 8 – 6 – 2 – 5– 8- 4 7 – 1 – 3 – 9 – 4 – 2 – 5– 6- 8
  • 28. FUNÇÕES EXECUTIVAS Habilidades que possibilitam a criação de novos padrões de comportamentos e formas de pensar especialmente em situações não rotineiras. Tomada de decisões Criação e realização de metas, de planos e estratégias (e monitoração) Detecção e resolução de problemas Flexibilidade mental Iniciativa
  • 29. Figura de Rey Capacidade de Planejamento (visuoconstrutivo)
  • 30. LINGUAGEM Neuropsicologia “É o resultado de uma atividade nervosa que permite a comunicação interpessoal de estados psíquicos através da materialização de representações multimodais destes estados” Linguistas “Um sistema arbitrário de símbolos, governado por regras, sendo marcada pelo caráter criativo. É algo maior que uma coleção de sons, pois traz uma função representacional. Se apresenta com uma lógica interna de organização / inteligência (abstração / temporalidade / sociabilidade)”
  • 31. LINGUAGEM VERBAL       ESPONTÂNEA: uso da gramática; fluência... COMPREENSÃO PARAFASIAS: semânticas ou fonéticas NEOLOGISMOS NOMEAÇÃO REPETIÇÃO   PATOLOGIAS AFASIA: Alteração adquirida da linguagem decorrente de lesão ou distúrbio cerebral que se manifesta através da linguagem oral (expressão e compreensão) DISLEXIAS: distúrbios da leitura e escrita.
  • 32. LINGUAGEM Áreas associativas nas regiões temporal, frontal e parietal esquerdas estão envolvidas na mediação de conceitos e na produção e compreensão de linguagem. Para a organização, produção e compreensão da linguagem o cérebro deve organizar-se e trabalhar em conjunto com diversas outras áreas relacionadas ao processamento sensorial, ao controle atencional e à memória operacional.
  • 33. FUNÇÃO INTELECTUAL GERAL  INTELIGÊNCIA, RACIOCÍNIO, ABSTRAÇÃO, CONCEITUAÇÃO; QI  ESCALAS WECHSLER – WAIS; WISC; WMS  Conhecimentos gerais; analogias; síntese; compreensão de padrões sociais; raciocínio matemático; amplitude atencional; praxia visuo-construtiva; velocidade de processamento informações; pensamento lógico não verbal; pensamento antecipatório.
  • 34. Exemplo: WISC-IV As habilidades de raciocínio verbal de L. R. M. mensuradas pelo Índice de Compreensão Verbal, estão acima de aproximadamente 70% das crianças com a mesma idade (ICV = 108; intervalo de confiança 95% = 100-115). O Índice de Compreensão Verbal avalia raciocínio verbal e formação de conceitos.
  • 35. WISC-IV (cont.) Índice de Organização Perceptual Índice de Memória Operacional Índice de Velocidade de Processamento
  • 36. BIBLIOGRAFIA SUGERIDA ANDRADE,VM (org) – Neuropsicologia Hoje – São Paulo, Artes Médicas, 2004. MESULAM, M M - Principles of Behavioral and Cognitive Neurology -Oxford University Press, 2ª edição, 2000. MUSZKAT,M., MIRANDA,M. – Neuropsicologia do Desenvolvimento – Neuropsicologia Hoje, São Paulo, Artes Médicas, 2004;pgs211-24 NITRINI, R – Neuropsicologia: das bases anatômicas à reabilitação – São Paulo, FMUSP, 1996.
  • 37. BIBLIOGRAFIA Neurociência Aplicada à Aprendizagem Telma Pantano; Jaime Luiz Zorzi Editora Pulso S. José Campos/SP; 2009