As principais pragas observadas no feijoeiro são divididas em pragas de solo e pragas da parte aérea. Elas causam danos estruturais ao se alimentarem das partes das plantas de feijão, e algumas agem como vetores de doenças. Os resultados obtidos pelos ataques dessas pragas podem causar a morte e o mau desenvolvimento da planta e redução da qualidade dos grãos. A Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), a Cigarrinha-verde (Empoasca kraemeri) e a Mosca branca (Bemisia tabaci) são exemplos de insetos-pragas que acometem a cultura do feijoeiro.
O manejo de pragas no feijoeiro é uma técnica utilizada com o principal objetivo de deixar a densidade populacional da praga abaixo do nível de dano, isto é, o número de indivíduos que trazem prejuízo ao produtor.
A amostragem é realizada para identificar se os danos causados pelas pragas atingiram o nível de dano econômico.
Existem dois tipos, sendo o primeiro quando o feijoeiro se encontra desde a emergência até o estágio de três a quatro folhas trifolioladas e o segundo após esse período.
No primeiro caso, deve-se amostrar as plantas em 2m de linha. Após o estágio de três a quatro folhas trifolioladas, as plantas devem ser batidas vigorosamente sobre um pano de batida, que deve ser colocado entre as duas fileiras do plantio, para deslocar os insetos e os inimigos naturais. Finalizadas as amostragens, é preciso consultar a ficha técnica e comparar com o nível de controle obtido. Se o nível para o controle da praga for atingido, deve-se efetuar o controle corretamente, podendo ser biológico, químico, cultural ou outros.
É necessário compreender as condições climáticas ideais para que a aplicação seja bem sucedida. As condições ideais de aplicação são: temperatura abaixo de 30° C, velocidade do vento entre 2 e 8 km/h, umidade relativa do ar acima de 50%, pH da calda variando entre 5 e 6, não aplicação na presença de orvalho e tamanho de gota adequado.
2. 2
• Introdução;
• Amostragem;
• Controle biológico;
• Principais pragas;
• Danos a cultura;
• Manejo;
• Condições de aplicação;
• Adjuvantes.
SUMÁRIO
3. 3
• Visa manter o organismo abaixo do ND
(nível de dano), que antecede o nível de
dano econômico;
• Sistema convencional: sem
diagnose;
• Sistema de controle: amostragem
previa.
MANEJO DE PRAGAS
Fonte: Universidade Federal de Viçosa, 2015.
4. 4
• Identificar os danos, as pragas
e seus inimigos naturais;
• Kit de amostragem do feijoeiro.
AMOSTRAGEM
Fonte: Embrapa, 2001.
5. 5
• Emergência até o estágio de 3-4 folhas trifolioladas.
AMOSTRAGEM
Fonte: Embrapa, 2001.
6. 6
• Após o estágio de 3-4 folhas
trifolioladas.
AMOSTRAGEM
Fonte: Embrapa, 2001.
Fonte: Maissoja, 2022.
7. 7
CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS
Fonte: João Vitor, 2022.
• No controle biológico, as
pragas e outros
transmissores de doenças
são combatidos com a
introdução de seus inimigos
naturais;
• Fungos, vírus, bactérias ou
parasitoides.
9. 9
• Adultos são mariposas de
coloração pardo-escura;
• Lagartas são de coloração
cinza-escura;
• Ciclo de vida: 42 dias;
• Emergência das plântulas
até o início do florescimento.
Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon)
Fonte: Unesp, 2022.
Fonte: Embrapa, 2015.
10. 10
• Maior dano: germinação das
plantas;
• Consomem sementes no sulco de
plantio;
• O ataque dessa praga danifica o
sistema condutor de água e
nutrientes da planta;
• Resulta: sintomas de murcha e
secamento de folhas, com
posterior morte.
DANOS
Fonte: Unesp, 2022.
12. 12
• Fêmea cinza-escura, macho pardo-amarelada;
• Ciclo de vida: 42 a 48;
• Período crítico vai da emergência até V4/R5;
• Favorecidas por anos secos e de estiagem;
• Casulos revestidos pelo solo.
Casulo Perfurações Larva Mariposa
Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)
Fonte: Embrapa, 2015.
15. 15
• Coloração verde, tanto
adulta quanto ninfa;
• Ninfas, não possuem asas e se
locomovem lateralmente;
• Ciclo de vida: 24 dias;
• Se adepta bem em regiões
quente e secas;
• Período crítico: até a floração.
Cigarrinha-verde (Empoasca kraemeri)
Fonte: Unesp, 2022.
Fonte: Unesp .2022
16. 16
• Ninfas e adultos alimentam-se
do floema da planta;
• Ação toxicogênica (podem
bloquear o floema);
• Curvatura da borda e
amarelecimento das folhas;
• Feijão de segunda época mais
suscetível.
DANOS
Fonte: Embrapa, 2015.
19. 19
• Adultos possuem dois pares de
asas brancas;
• Ciclo de vida: 25 a 50 dias;
• Todo desenvolvimento da
cultura;
• Adultos localizam-se na face
abaxial da folha.
Mosca branca (Bemisia tabaci)
Fonte: Unesp, 2022.
20. 20
• Dano direto: sugam a seiva;
• Dano indireto: transmissão do vírus
do mosaico dourado do feijoeiro
(VMDF);
• Prejuízos à cultura podem atingir 100
%;
• Os danos são mais significativos
quando mais jovem.
.
DANOS
Fonte: Unesp, 2022.
24. 24
• Adultos: são besouros pequenos,
com até 6 mm de comprimento;
• As larvas são branco-leitosas, com
a cabeça e o último segmento
abdominal escuros;
• Ciclo de vida: 24 a 40 dias;
• Causam desfolha durante todo o
ciclo da cultura.
Vaquinha (Diabrotica speciosa)
Fonte: Unesp, 2022.
Fonte: Unesp, 2022.
25. 25
• Destruição de área foliar e ataque às
raízes;
• Danos mais significativos ocorrem no
estágio de plântula;
• As larvas alimentam-se das raízes, de
nódulos e de sementes em germinação;
• Altas populações podem alimentar-se
também de flores e vagens.
DANOS
Fonte: Embrapa, 2015.
27. 27
• Os adultos possuem coloração
preta com regiões amareladas;
• Larvas possuem coloração
branco hialina;
• Ciclo de vida: em média 40 dias;
• Muito favorecido por baixas
temperaturas;
• Emergência até florescimento.
Mosca-minadora (Liriomyza huidobrensis)
Fonte: Unesp, 2022.
28. 28
• As larvas alimentam-se dos
tecidos entre as epidermes,
fazendo galerias (minas);
• Destruição do parênquima
foliar, resultando em redução
da capacidade fotossintética
e, consequentemente, queda
na produtividade.
DANOS
Fonte: Unesp .2022
Fonte: Unesp, 2022.
31. 31
• Coloração amarelo-clara e
dourada;
• Ciclo de vida: 25 dias;
• Condições favoráveis:
temperaturas elevadas e baixa
umidade;
• Período critico: até a floração.
Tripes (Thrips palmi)
Fonte: Unesp, 2022.
32. 32
• São decorrentes da alimentação
das ninfas e adultos nas folhas e
flores;
• Tecidos mortos necrosam, ficam
bronzeados ou ressecam e
tornam-se quebradiços;
• Provocam estrias esbranquiçadas
nas folhas;
• Dobramento de bordos.
DANOS
Fonte: Unesp, 2022.
34. 34
• Percevejo mais abundante no
feijoeiro;
• Coloração marrom- clara;
• As ninfas são semelhantes a formigas
e já causam danos aos grãos;
• Início de formação de vagens.
Percevejo-manchador-dos-grãos (Neomegalotomus simplex)
Fonte: Embrapa, 2015.
35. 35
• Coloração que pode variar
de cinza a marrom;
• Ciclo de vida: 26 dias;
• 11 mm de comprimento e
dois espinhos laterais no
protórax.
Percevejo-marrom (Euschistus heros)
Fonte: Embrapa, 2015.
36. 36
• Alimentam-se diretamente dos
grãos desde o início de formação
de vagens;
• Os grãos atacados ficam
menores, enrugados, chochos e
mais escuros;
• Afetam a qualidade das
sementes, reduzindo o poder
germinativo e transmitindo a
mancha de levedura.
DANOS
Fonte: Embrapa, 2015.
38. 38
• Mariposa de coloração
marrom-acinzentada;
• Lagarta apresenta coloração
verde-clara;
• Ciclo de vida: 47 dias;
• Comum no Centro Oeste;
• Favorecida por estiagem.
Falsa-medideira (Pseudoplusia includens)
Fonte: Embrapa, 2015.
Fonte: Elevagro, 2022.
39. 39
• Alimentam-se das folhas,
não destroem as suas
nervuras;
• Podem consumir de 80 cm2
a 200 cm2 de folhas
durante a fase larval.
DANOS
Fonte: Unesp, 2022.
41. 41
• Temperatura abaixo de 30 graus;
• Velocidade ideal de 2 a 8 km/h;
• Umidade acima de 50%;
• pH entre 5 a 6;
• Não aplicar na presença de orvalho;
• Tamanho da gota: condições
climáticas.
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO
Fonte: João Vitor, 2022.
42. 42
• São utilizados com a finalidade de aumentar a eficácia, facilitar a
aplicação e diminuir os riscos de perda dos defensivos agrícolas;
• Estabilização do pH da calda;
• Evitar a formação de espuma;
• Diminuir a tensão superficial da calda;
• Ajudar na aderência e espalhamento da gota na folha.
Adjuvantes
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